Prévia do material em texto
Estratégia MED Prof. Paulo Dalto| Doença Arterial Coronariana Estável 2CARDIOLOGIA PROF. PAULO DALTO INTRODUÇÃO Olá, querido(a) Estrategista! Este é um RESUMÃO de seu livro Doença Arterial Coronariana Estável. Ele foi elaborado de maneira bem didática e direta, com os assuntos mais quentes sobre o tema. Um detalhe importante: diagnóstico, tratamento e conduta são os temas mais cobrados. Aqui vai uma orientação: sugiro que você use este livro como um guia de consulta rápida, e não deixe de ler o livro completo, pois lá você encontrará informações e questões que ajudarão a sedimentar seu conhecimento. Vamos começar nosso resumo? ;) @estrategiamed /estrategiamed Estratégia MED t.me/estrategiamed @ profpaulodalto https://www.instagram.com/estrategiamed/ https://www.facebook.com/estrategiamed1 https://www.youtube.com/channel/UCyNuIBnEwzsgA05XK1P6Dmw?app=desktop https://t.me/estrategiamed https://www.instagram.com/profpaulodalto/ Estratégia MED Prof. Paulo Dalto| Resumo Estratégico | Março 2021 3 Doença Arterial Coronariana EstávelCARDIOLOGIA SUMÁRIO 1.0 DEFINIÇÃO 5 2.0 AVALIAÇÃO AMBULATORIAL DO PACIENTE COM DOR TORÁCICA 5 2.1 ANAMNESE E EXAME FÍSICO 5 2.2 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOR TORÁCICA. 7 2.3 EXAMES COMPLEMENTARES 7 2.3.1ECOCARDIOGRAMA 7 2.3.2 TESTE ERGOMÉTRICO (TE) 8 2.3.3 CINTILOGRAFIA DE PERFUSÃO MIOCÁRDICA (CPM) 9 2.3.4 TOMOGRAFIA DE ARTÉRIAS CORONÁRIAS 9 2.3.5. CATETERISMO CARDÍACO 10 3.0 TRATAMENTO 12 3.1 NÃO FARMACOLÓGICO - MUDANÇA DO ESTILO DE VIDA 12 3.2 FARMACOLÓGICO 12 3.2.1 DROGAS ANTI-ISQUÊMICAS 12 3.2.2 DROGAS QUE PREVINEM EVENTOS CARDIOVASCULARES 14 3.3 INDICAÇÕES DE REVASCULARIZAÇÃO 14 4.0 LISTA DE QUESTÕES 16 5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 17 Estratégia MED Prof. Paulo Dalto| Resumo Estratégico | Março 2021 4 Doença Arterial Coronariana EstávelCARDIOLOGIA 1.0 DEFINIÇÃO CAPÍTULO A doença arterial coronariana (DAC) estável tem como causa principal a obstrução de uma ou mais artérias coronárias por placas ateroscleróticas. A palavra estável explica como essa doença se comporta, de forma estável. A dor anginosa geralmente é precipitada pela mesma intensidade de atividade física, tem caráter crônico (> 2 meses de duração) e não muda de padrão. O eletrocardiograma (ECG) geralmente é normal, e os marcadores de necrose miocárdica, negativos. CAPÍTULO 2.0 AVALIAÇÃO AMBULATORIAL DO PACIENTE COM DOR TORÁCICA A avaliação do paciente com suspeita de DAC é multimodal, iniciando-se pela anamnese e exame físico, podendo progredir para a realização de exames invasivos, como o cateterismo. Nos pacientes com dor torácica, é importante a realização de uma história clínica e exame físico completos, além da pesquisa dos fatores de risco (hipertensão, diabetes, dislipidemia, tabagismo, obesidade, história familiar de doença coronariana precoce). 2.1 ANAMNESE E EXAME FÍSICO A apresentação clínica é variável, com pacientes manifestando dor torácica típica, pacientes assintomáticos, ou com sintomas atípicos (equivalentes isquêmicos). A angina típica é descrita como um desconforto torácico (constrição, aperto, peso, queimação) que pode irradiar para a região cervical, mandíbula, dorso, epigástrio ou membros superiores, com duração menor do que 10 minutos. Frequentemente é desencadeada ou agravada por atividade física ou estresse emocional, e aliviada com repouso ou uso de nitratos (normalmente a melhora ocorre em menos de 5 minutos). Para classificação adequada da dor torácica, três dados da anamnese são fundamentais: 1) localização e tipo; 2) irradiação ou sintomas associados; 3) fatores desencadeantes. Figura 1. Localização e irradiação da dor anginosa Estratégia MED Prof. Paulo Dalto | Resumo Estratégico | Março 2021 5 Doença Arterial Coronariana EstávelCARDIOLOGIA Baseado nessas três características, podemos classificar a dor torácica: CLASSIFICAÇÃO DA DOR TORÁCICA Tipo A (definitivamente anginosa) Possui as 3 características Tipo B (provavelmente anginosa) Possui 2 características Tipo C (provavelmente não anginosa) Apenas 1 característica Tipo D (definitivamente não anginosa) Nenhuma característica A angina típica equivale às dores dos tipos A e B, já a atípica, a dos tipos C e D. Uma dor acima da mandíbula, abaixo do epigástrio ou localizada em uma região pontual do tórax raramente é anginosa. Alguns pacientes podem apresentar os famosos equivalentes isquêmicos: dispneia, síncope, fadiga ou palpitações. PACIENTES QUE PODEM APRESENTAR DOR TORÁCICA ATÍPICA OU EQUIVALENTE ISQUÊMICO • Mulheres • Idosos • Diabéticos • Pacientes com doença renal crônica • Pacientes com quadro demencial • Transplantados cardíacos A maioria dos pacientes apresenta exame físico normal. Porém, durante o episódio de angina, podem ocorrer indícios da existência ou não de DAC, como a presença de terceira bulha (B3) ou galope, quarta bulha (B4), sopro de insuficiência mitral, desdobramento paradoxal de segunda bulha (B2) e crepitações pulmonares bibasais. Achados de doença aterosclerótica em outros territórios, como pulsos em membros inferiores diminuídos, endurecimento arterial e aneurisma de aorta abdominal, aumentam a probabilidade de DAC. Estratégia MED Prof. Paulo Dalto| Resumo Estratégico | Março 2021 6 Doença Arterial Coronariana EstávelCARDIOLOGIA 2.2 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOR TORÁCICA. A dor torácica pode ter origem cardíaca ou não cardíaca. O esquema a seguir mostra os principais diagnósticos diferenciais. DOR TORÁCICA CARDÍACA ISQUÊMICA NÃO ISQUÊMICA ANGINA INSTÁVEL IAM PERICARDITE DISSECÇÃO AGUDA DE AORTA VALVULAR ANGINA ESTÁVEL GASTROESOFAGIANA NÃO GASTROESOFAGIANA NÃO CARDÍACA RGE ESPASMO ESOFAGIANO PNEUMOTÓRAX EMBOLIA PULMONAR MUSCULOESQUELÉTICA PSICOEMOCIONAL ÚLCERA PÉPTICA *IAM = infarto agudo do miocárdio, RGE = refluxo gastroesofágico 2.3 EXAMES COMPLEMENTARES Os principais exames que auxiliam no diagnóstico e acompanhamento da DAC estável são o ecocardiograma, teste ergométrico, cintilografia de perfusão miocárdica, tomografia de artérias coronárias e o cateterismo. 2.3.1ECOCARDIOGRAMA Possui importante papel no diagnóstico e prognóstico de DAC, principalmente naqueles pacientes em que a história clínica e o ECG são inconclusivos. Pode ser realizado através de estresse físico (bicicleta ergométrica) ou farmacológico, com dobutamina (mais comum). O exame é considerado positivo quando há hipocinesia ou acinesia naqueles segmentos que apresentavam contratilidade normal em repouso, ou quando há piora da contratilidade em segmentos previamente hipocinéticos. As principais indicações na coronariopatia são: • Avaliação de dor torácica em pacientes que não conseguem fazer esforço físico. • Avaliação de isquemia miocárdica em indivíduos assintomáticos com teste ergométrico positivo ou duvidoso. • Avaliação de dor torácica em pacientes com bloqueio de ramo esquerdo (BRE) ou infra de ST ≥ 1 mm. • Determinação de viabilidade miocárdica (músculo cardíaco que ainda está vivo após injúria cardíaca). • Avaliação funcional em pacientes com lesões coronarianas conhecidas. • Pré-operatório de cirurgia não cardíaca de pacientes com três ou mais fatores de risco para DAC, e que não podem se exercitar. Estratégia MED Prof. Paulo Dalto | Resumo Estratégico | Março 2021 7 Doença Arterial Coronariana EstávelCARDIOLOGIA 2.3.2 TESTE ERGOMÉTRICO (TE) É o exame não invasivo mais utilizado na angina estável. Para avaliação de DAC crônica, as principais indicações são: • Pacientes com probabilidade pré-teste intermediária, que conseguem se exercitar e com ECG interpretável (ausência de BRE, marca-passo, depressão do segmento ST > 1 mm em repouso). • Avaliação de prognóstico de DAC conhecida (ver a capacidade funcional, sintomas). • Suspeita de angina vasoespástica (Prinzmetal). • Avaliação de indivíduos assintomáticos com mais de dois fatores de risco. • História familiar de doença cardiovascular precoce ou morte súbita. ◊ Interpretação do TE: deve ser baseadaem dados clínicos, eletrocardiográficos, hemodinâmicos e nos escores prognósticos. Os critérios eletrocardiográficos são os mais cobrados em provas. Veja a seguir: 1. Infradesnivelamento com morfologia horizontal ou descendente ≥ 1mm, aferido no ponto J (Figuras C e D). 2. Infradesnivelamento com morfologia ascendente ≥ 1,5 mm, em indivíduos de moderado ou alto risco de DAC; > 2 mm em indivíduos de baixo risco (aferido no ponto Y, ou seja, a 80 ms do ponto J). Figura B. Figura 7. Representações das alterações do segmento ST encontradas no TE: A - Infradesnível do ponto J, com aspecto ascendente rápido do segmento ST, que retorna à linha de base antes de 80 ms (2 quadradinhos). B - Infradesnível ascendente lento do segmento ST, medido após o ponto J (ponto Y). C - Infradesnível do ponto J com segmento ST horizontal ≥ 80 ms. D - Infradesnível medido no ponto J, com segmento ST descendente. E - Supradesnível do ponto J. Estratégia MED Prof. Paulo Dalto| Resumo Estratégico | Março 2021 8 Doença Arterial Coronariana EstávelCARDIOLOGIA 2.3.3 CINTILOGRAFIA DE PERFUSÃO MIOCÁRDICA (CPM) Avalia o coração nos aspectos de perfusão miocárdica, integridade celular, metabolismo, contratilidade e função global ou segmentar. As indicações da CPM na coronariopatia são as seguintes: • Pacientes sintomáticos com probabilidade pré-teste moderada a alta e ECG não interpretável, ou quando não conseguem se exercitar. • Avaliação de indivíduos assintomáticos, com teste ergométrico positivo ou duvidoso. • Para determinar viabilidade miocárdica. • Avaliação funcional em pacientes com lesões coronarianas conhecidas. 2.3.4 TOMOGRAFIA DE ARTÉRIAS CORONÁRIAS A tomografia computadorizada (TC) cardíaca oferece duas modalidades distintas de exames: o escore de cálcio (EC) e a angiotomografia coronariana. • ESCORE DE CÁLCIO A informação mais importante que o EC traz é a respeito da forte associação com risco de eventos cardiovasculares futuros, independentemente da presença de isquemia e dos fatores de risco tradicionais (hipertensão, diabetes, tabagismo etc.). A quantidade de cálcio nas artérias coronárias correlaciona-se ao total de carga de aterosclerose. Atualmente, a principal utilização é na estratificação de risco cardiovascular por meio da detecção de aterosclerose subclínica, principalmente em pacientes assintomáticos de risco intermediário. • ANGIOTOMOGRAFIA CORONÁRIA Permite a avaliação da anatomia coronariana, determinando o grau de obstrução das artérias. Sua principal utilidade é na exclusão de DAC em pacientes sintomáticos de probabilidade intermediária. É muito útil na sala de emergência, quando a equipe está em dúvida se a dor torácica é de etiologia coronariana. Outras indicações são: • Pacientes sintomáticos, com testes não invasivos duvidosos ou conflitantes. • Sintomas persistentes a despeito de testes de isquemia normais ou inconclusivos. • Avaliação de enxertos de revascularização miocárdica (ponte de safena e/ou mamária) em pacientes sintomáticos. » Que teste escolher? - Paciente capaz de exercitar-se: teste ergométrico. Se ECG for interpretável, realizar exame de estresse associado à imagem (cintilografia ou ecocardiograma). - Paciente incapaz de exercitar-se: estresse farmacológico com cintilografia ou ecocardiograma. - Testes funcionais conflitantes, inconclusivos, em pacientes de risco intermediário: testes anatômicos (preferência pela angio TC de coronárias). Estratégia MED Prof. Paulo Dalto | Resumo Estratégico | Março 2021 9 Doença Arterial Coronariana EstávelCARDIOLOGIA 2.3.5. CATETERISMO CARDÍACO Os principais objetivos do cateterismo ou angiografia coronariana são estratificar o risco de morte e eventos cardiovasculares e avaliar se a anatomia coronária é favorável à revascularização percutânea ou cirúrgica. Por ser um método invasivo, possui indicações mais restritas. As principais são: • Pacientes com angina CCS ≥ 3 refratária ao tratamento clínico. • Achados de alto risco nos testes não invasivos. • História de morte súbita abortada (parada cardiorrespiratória revertida). • Presença de arritmias ventriculares significativas. • Pacientes com angina e evidências de insuficiência cardíaca. • Diagnósticos incertos após realização de testes não invasivos. A tabela a seguir mostra os achados de alto risco (> 3% morte/ano) dos principais métodos diagnósticos não invasivos em pacientes com DAC crônica. MÉTODO ACHADOS Ecocardiograma de estresse • FE < 35% em repouso • FE < 35% no esforço ou queda > 10 pontos • Dilatação do ventrículo esquerdo no estresse • Alterações > 2 segmentos ou envolvendo 2 leitos coronários Cintilografia de perfusão miocárdica • Isquemia ≥ 10% do VE • Alteração perfusional > 10% em repouso sem diagnóstico de infarto prévio • Aumento da captação pulmonar Teste ergométrico • Infra ST > 2 mm com baixa carga ou que persiste na recuperação • Supra de ST • Fibrilação/taquicardia ventricular durante o esforço Angiotomografia de coronárias • Lesões ≥ 70% em várias artérias ou ≥ 50% no TCE Estratégia MED Prof. Paulo Dalto| Resumo Estratégico | Março 2021 10 Doença Arterial Coronariana EstávelCARDIOLOGIA Juntando tudo! Este fluxograma resume o raciocínio clínico na investigação de DAC crônica em pacientes sintomáticos: DOR TORÁCICA CRÔNICA Angina CCS III ou IV; sobrevivente de morte súbita Diagnóstico duvidoso Angio TC de coronárias Teste não é de alto risco Otimizar tratamento clínico Melhora dos sintomas Manter tratamento clínico Sintomas refratários Cateterismo Teste de alto risco NÃO: teste funcional SIM: cateterismo direto Estratégia MED Prof. Paulo Dalto | Resumo Estratégico | Março 2021 11 Doença Arterial Coronariana EstávelCARDIOLOGIA CAPÍTULO 3.0 TRATAMENTO Esse é o assunto mais cobrado! Os principais objetivos são prevenir o infarto do miocárdio, diminuindo a mortalidade, e reduzir os sintomas e a ocorrência de isquemia, com melhora na qualidade de vida. 3.1 NÃO FARMACOLÓGICO - MUDANÇA DO ESTILO DE VIDA Envolve o controle dos fatores de risco para aterosclerose: hipertensão arterial, diabetes mellitus, tabagismo, dislipidemia, obesidade e sedentarismo. Resumindo em três ações: dieta, atividade física e cessação do tabagismo. 3.2 FARMACOLÓGICO Os antiagregantes plaquetários, hipolipemiantes (especialmente as estatinas), betabloqueadores e inibidores da enzima conversora de angiotensina I (iECA), reduzem a incidência de infarto e aumentam a sobrevida. Os antagonistas dos canais de cálcio e a trimetazidina reduzem os sintomas e os episódios de isquemia miocárdica, melhorando a qualidade de vida dos pacientes. A ivabradina mostrou-se benéfica nos pacientes com disfunção ventricular (FE < 50%) e FC > 70 bpm, a despeito do uso de betabloqueadores. 3.2.1 DROGAS ANTI-ISQUÊMICAS • BETABLOQUEADORES São drogas antianginosas de primeira linha. Possuem benefícios quanto à mortalidade e redução de infarto após síndrome coronariana aguda. São medicações que diminuem a frequência cardíaca (efeito cronotrópico negativo), a contratilidade miocárdica (efeito inotrópico negativo), a condução atrioventricular e a atividade ectópica ventricular. Muito eficazes na redução da angina induzida por esforço, melhorando a capacidade de exercício. Estão indicados para todos os pacientes com angina estável, sem infarto do miocárdio prévio e/ou disfunção do VE. • BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO São agentes de segunda linha. Possuem eficácia semelhante aos betabloqueadores no controle da angina, pois provocam vasodilatação coronariana e sistêmica (principalmente arterial e arteriolar). Os principais representantes são: Di-hidropiridínicos (nifedipina, amlodipina, felodipina): podem ser combinados com os betabloqueadores nos casos de angina refratária. A nifedipina de curta ação deve ser evitada nos pacientes com IAM, pois resulta em taquicardia reflexa e aumenta a mortalidade. Não di-hidropiridínicos (verapamil e diltiazem):levam à redução da frequência cardíaca, não sendo recomendada a associação com betabloqueadores devido ao risco de bradicardia grave. • NITRATOS DE AÇÃO RÁPIDA Representados pelo dinitrato de isossorbida sublingual (Isordil®). São medicações de primeira linha no tratamento agudo das crises anginosas. • NITRATOS DE AÇÃO PROLONGADA Representados pelo dinitrato de isossorbida oral, mononitrato de isossorbida (Monocordil®) e propatilnitrato. Seu uso contínuo induz à tolerância medicamentosa, que pode ser contornada através do espaçamento entre as doses (período de 8 a 10 horas livre da medicação). São considerados terapia de terceira linha. • TRIMETAZIDINA (Vastarel®) É uma medicação com efeitos metabólicos e anti-isquêmicos, sem qualquer interferência na hemodinâmica cardiovascular (não altera PA e FC). Está indicada nos casos de angina refratária ao Estratégia MED Prof. Paulo Dalto| Resumo Estratégico | Março 2021 12 Doença Arterial Coronariana EstávelCARDIOLOGIA tratamento medicamentoso de primeira e segunda linhas. • IVABRADINA (Procoralan®) Não afeta a pressão arterial, a contratilidade miocárdica e a condução intracardíaca. Pode ser utilizada como alternativa nos pacientes intolerantes aos betabloqueadores ou naqueles que não controlam a FC a despeito destes. • ALOPURINOL É a última opção de tratamento, quase nunca utilizado na prática clínica e muito pouco cobrado em prova. Trata-se de um inibidor da xantina oxidase, que atua reduzindo os níveis de ácido úrico nos pacientes com gota. Também possui propriedades antianginosas. Para finalizar, que tal um algoritmo resumindo tudo que você estudou sobre tratamento medicamentoso até agora? TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA ANGINA ESTÁVEL PARA ALÍVIO DOS SINTOMAS E MELHORA NA QUALIDADE DE VIDA CONTROLE DOS FATORES AGRAVANTES E/OU PRECIPITANTES DA ANGINA NITRATOS DE AÇÃO RÁPIDA BETABLOQUEADORES BLOQUEADORES DE CANAIS DE CÁLCIO NITRATOS DE AÇÃO PROLONGADA ALOPURINOL TRIMETAZIDINA IVABRADINA 1ª LINHA 3ª LINHA 4ª LINHA 2ª LINHA (associada a betabloqueadores e / ou entre si) CRISE AGUDA Estratégia MED Prof. Paulo Dalto | Resumo Estratégico | Março 2021 13 Doença Arterial Coronariana EstávelCARDIOLOGIA 3.2.2 DROGAS QUE PREVINEM EVENTOS CARDIOVASCULARES Na DAC crônica, devemos dar preferência às medicações que reduzem a mortalidade. São elas: inibidores da enzima conversora de angiotensina (iECA), estatinas, betabloqueadores e aspirina. Olhos abertos para esta atualização! O AAS não está mais indicado como profilaxia primária de eventos cardiovasculares! Ele pode ser prescrito como profilaxia secundária (pacientes que já apresentaram algum evento cardiovascular como infarto e AVC), pois, nesse cenário, os benefícios estão bem estabelecidos. A dose recomendada é de 75 mg/dia - 162 mg/dia. MEDICAÇÕES QUE PREVINEM EVENTOS CARDIOVASCULARES • IECA • Estatinas • Betabloqueadores • AAS (profilaxia secundária) 3.3 INDICAÇÕES DE REVASCULARIZAÇÃO O tratamento intervencionista é composto pela cirurgia de revascularização miocárdica e pela angioplastia percutânea. A decisão sobre a forma de tratamento deve ser baseada na presença e gravidade dos sintomas de isquemia, em sua extensão, complexidade e localização das lesões, disfunção ventricular e presença de comorbidades. SITUAÇÕES EM QUE A REVASCULARIZAÇÃO TEM BENEFÍCIO COMPROVADO • Lesão de tronco > 50% • Pacientes triarteriais (3 artérias acometidas) • Lesão grave de DA proximal • Pacientes biarteriais (2 artérias acometidas) sem lesão na DA proximal, mas com isquemia importante • Disfunção do VE • Lesão grave em vaso derradeiro (presença de um único vaso viável responsável pela irrigação cardíaca. Por exemplo: apenas a artéria descendente anterior está aberta, as outras encontram-se ocluídas). Que método de revascularização escolher? A cirurgia de revascularização miocárdica continua sendo a primeira opção de tratamento para a maioria dos pacientes com doença de tronco de coronária esquerda e triarteriais com acometimento de DA proximal, principalmente naqueles com disfunção do ventrículo esquerdo e/ou diabetes. A angioplastia geralmente é reservada para situações menos complexas, como lesões uni ou biarteriais, em não diabéticos, e que não envolvem a DA proximal. Baixe na Google Play Baixe na App Store Aponte a câmera do seu celular para o QR Code ou busque na sua loja de apps. Baixe o app Estratégia MED Preparei uma lista exclusiva de questões com os temas dessa aula! Acesse nosso banco de questões e resolva uma lista elaborada por mim, pensada para a sua aprovação. Lembrando que você pode estudar online ou imprimir as listas sempre que quiser. Resolva questões pelo computador Copie o link abaixo e cole no seu navegador para acessar o site Resolva questões pelo app Aponte a câmera do seu celular para o QR Code abaixo e acesse o app Estratégia MED Prof. Paulo Dalto| Resumo Estratégico | Março 2021 14 Doença Arterial Coronariana EstávelCARDIOLOGIA Lesão uniarterial Geralmente angioplastia. Exceções: 1. Lesão de TCE (tronco de coronária esquerda) 2. Lesão de DA proximal (individualizar) 3. Paciente passará por outros procedimentos cirúrgicos (ex: troca valvar) Lesão de TCE ou multiarterial Cirurgia é a escolha na maioria dos casos Baixe na Google Play Baixe na App Store Aponte a câmera do seu celular para o QR Code ou busque na sua loja de apps. Baixe o app Estratégia MED Preparei uma lista exclusiva de questões com os temas dessa aula! Acesse nosso banco de questões e resolva uma lista elaborada por mim, pensada para a sua aprovação. Lembrando que você pode estudar online ou imprimir as listas sempre que quiser. Resolva questões pelo computador Copie o link abaixo e cole no seu navegador para acessar o site Resolva questões pelo app Aponte a câmera do seu celular para o QR Code abaixo e acesse o app Estratégia MED Prof. Paulo Dalto| Resumo Estratégico | Março 2021 15 Doença Arterial Coronariana EstávelCARDIOLOGIA https://estr.at/3lwLy1J https://estr.at/3lwLy1J Estratégia MED Prof. Paulo Dalto| Resumo Estratégico | Março 2021 16 Doença Arterial Coronariana EstávelCARDIOLOGIA CAPÍTULO 5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS Fim de resumo! DAC estável é um assunto extenso e que envolve outras áreas da cardiologia, como as síndromes coronarianas agudas e dislipidemias. Portanto, não deixe de estudar todos esses temas. Este resumo contém os assuntos mais cobrados em provas, mas o conteúdo completo você encontra em nosso livro digital. Pode contar comigo para qualquer dúvida! Um grande abraço. Professor Paulo Dalto Estratégia MED Prof. Paulo Dalto | Resumo Estratégico | Março 2021 17 Doença Arterial Coronariana EstávelCARDIOLOGIA https://med.estrategiaeducacional.com.br/ 1.0 DEFINIÇÃO 2.0 AVALIAÇÃO AMBULATORIAL DO PACIENTE COM DOR TORÁCICA 2.1 ANAMNESE E EXAME FÍSICO 2.2 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOR TORÁCICA. 2.3 EXAMES COMPLEMENTARES 2.3.1ECOCARDIOGRAMA 2.3.2 TESTE ERGOMÉTRICO (TE) 2.3.3 CINTILOGRAFIA DE PERFUSÃO MIOCÁRDICA (CPM) 2.3.4 TOMOGRAFIA DE ARTÉRIAS CORONÁRIAS 2.3.5. CATETERISMO CARDÍACO 3.0 TRATAMENTO 3.1 NÃO FARMACOLÓGICO - MUDANÇA DO ESTILO DE VIDA 3.2 FARMACOLÓGICO 3.2.1 DROGAS ANTI-ISQUÊMICAS 3.2.2 DROGAS QUE PREVINEM EVENTOS CARDIOVASCULARES 3.3 INDICAÇÕES DE REVASCULARIZAÇÃO 4.0 LISTA DE QUESTÕES 5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS