Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FÁRMACOS ANTIDEPRESSIVOS ● A organização mundial da saúde indica que 13-20% da população mundial apresenta sintomas depressivos; ● 2-3% desse total atribuídos a indivíduos com transtornos afetivos graves; ● 15-30% cometem suicídio ou são potenciais suicidas; ● A depressão caracteriza-se por humor deprimido e ou a perda de interesses em praticamente todas as atividades; É uma doença psiquiátrica, crônica e recorrente, que produz uma alteração do humor (é o conjunto de disposições afetivas e instintivas que determinam a tonalidade fundamental da atividade psíquica) caracterizada por uma tristeza sem fim; ● Transtorno depressivo maior (TDM) - caracteriza-se por uma desregulação do humor, episódios recorrentes de depressão; ● Etiologia multifatorial - Psicológicos (ausência de figura materna), Ambientais (substâncias psicoativas, estilo de vida errática), Biológicos (sistema límbico, eixo endócrino) e genéticos; ● Sintomas – Mente (falta de memória, pensamentos de morte ou suicídio), comportamento (perda de interesse), sentimentos e corpo; Evolução dos tratamentos antidepressivos ● 1950 – A depressão não tinha um tratamento farmacológico desenvolvido; ● 1960 – clomipramina, surgimento de antidepressivos tricíclicos; ● 1970 – 1980: agentes mais seletivos (ação única) - Antidepressivos tetraciclicos (maprotilina, amoxapina); ● Após 1980 – Antidepressivos ISRS (fluoxetina); ● A partir de 1990 – Novos agentes afetando múltiplos sistemas monoaminérgicos; novos antidepressivos (nefazodona, venlafaxina, duloxetina); Usos dos antidepressivos ● Depressão; ● Quadros ansiosos em geral; ● TEPT (transtorno do estresse pós-traumático), TOC (transtorno obsessivo compulsivo), somatizações e conversões; ● Transtornos de personalidade; ● Agitação na demência, autismo e retardo mental; ● Dores crônicas e Fibromialgia; ● Alguns quadros orgânicos funcionais como: Síndrome do intestino irritável, dispepsia funcional; ● Algumas cefaleias; ● Cessação do tabagismo (bupropiona): Hipótese biológica da depressão (relação direta com os neurotransmissores noradrenalina, dopamina e serotonina) ● Imipramina (foi testada em pacientes esquizofrênicos sem sucesso; pacientes apresentaram melhora de humor), iproniazida (usado para tratar pacientes com tuberculose; inibidor da enzima MAU; pacientes apresentaram melhora de humor; Reserpina (usado para tratamento de pacientes hipertensos; causa depleção nos neurotransmissores serotonina, dopamina e noradrenalina; ● Teoria da monoamina cerebrais – Os déficits de monoaminas provoca depressão, enquanto excessos provoca mania (noradrenalina e serotonina); ● Hipótese sobre alteração de receptores - Disfunção do nº, sensibilização de receptores (diminuição da síntese e liberação de neurotransmissores); Vias serotoninérgicas e adrenérgicas ● Origens nos núcleos da Rafe; projeções para o córtex (prosencéfalo), núcleos talâmicos e hipotalâmicos, cerebelo, áreas espinhais; ● Ciclo de vigila-sono; ● Regulação do humor, apetite, emoções, resposta ao estresse, atividade do SNA e motivação (cognição, comportamento, ansiedade, transmissão sensorial e função sexual); ● Os fármacos antidepressivos podem atuar nas vias de produção; ● A serotonina é sintetizada a partir de um aminoácido (triptofano), o triptofano vai ter acesso ao neurônio pré-sináptico através de um transportador simporte. A enzima triptofano hidroxilase vai hidrolisar o triptofano em; ● Síntese da noradrenalina - é sintetizada a partir do aminoácido tirosina (a tirosina é transportada para o terminal pré-sináptico noradrenérgico por um transportador do tipo simporte), a tirosina é convertida em L-DOPA pela enzima hidroxilase. A L-DOPA é convertida em dopamina através da descarboxilação; ● Recaptação e metabolismo é de grande importância para a manutenção fisiológica da célula; ● Receptores da serotonina – hipocampo e área límbica (5HT2 – ansiedade); centro do sono (5HT2); O único que é um canal iônico é o 5HT3; ● Tratamento da depressão com antidepressivos – aumento de monoaminas na sinapse (depressão - diminuição dos níveis de neurotransmissores 5HT e NA; Antidepressivos – aumento dos níveis de neurotransmissores 5HT e NA); Início dos efeitos terapêuticos dos antidepressivos ● Dessensibilização dos autos receptores pré-sinápticos; ● Redução na inibição da síntese de neurotransmissor e da exocitose; ● Aumento de atividade dos receptores pós-sinápticos; Classificação ● Inibidores da degradação de neurotransmissores – Inibidores da monoaminaoxidase (IMAO): Impedem a enzima monoamino oxidase (MAO A e B), de destruir os neurotransmissores monoaminérgicos; aumentam consideravelmente a 5HT, NA e Dopamina cerebral – leva um quadro de euforia e excitação (fármacos: tranilcipromina, fenelzina); ● Efeitos adversos dos IMAO - estimulação central (distúrbio do sono, agitação e convulsões), ação anticolinérgica (menor que os antidepressivos tricíclicos), elevação leve e persistente da pressão diastólica; ● Antidepressivos tricíclicos - núcleo com 3 anéis, semelhantes a anti histamínicos de primeira geração (fenotiazina), imipramina e amitriptilina são os protótipos dessa classe (inibidores da recaptação de norepinefrina e serotonina); potencializam a neurotransmissão realizada pela 5-HT e NE; ● Efeitos colaterais - Hipotensão postural (antagonismo alfa 1-adrenérgico); sedação (antagonismo H1); Efeitos anticolinérgicos (boca seca, visão turva, constipação, retenção urinária, glaucoma, confusão mental): antagonismo M1; Alteração cardiovascular (taquicardia sinusial- aumento da transmissão noradrenérgica), prolongamento do tempo de condução cardíaca; ● Toxicidade aguda - Há risco de óbito em superdosagens; principais efeitos de superdosagem de ATC (SNC- excitação, delírio, convulsões, depressão respiratória); Cardiovascular;
Compartilhar