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Estruturas de Concreto I Aula 2 Kíssila Botelho Goliath Propriedades do Concreto → Resistência à compressão característica (𝑓𝑐𝑘) Grupo I: 𝑓𝑐𝑘= 20 a 50 MPa (C20 a C50) Grupo II: 𝑓𝑐𝑘 = 55 a 90 MPa (C55 a C90) IntroduçãoMateriais Propriedades do Concreto → Diagrama Tensão vs Deformação - Compressão Função do 𝑓𝑐𝑘. Quanto maior o 𝑓𝑐𝑘, maior o módulo e maior a fragilidade. IntroduçãoMateriais IMP Propriedades do Aço → Massa Específica (𝝆𝒄) = 7850 kg/m³ → Coeficientede dilatação térmica (αs) = 10-5/°C → Resistência à Tração / Compressão (𝒇𝒚𝒌) = 250 MPa p/ barras lisas (CA-25) = 500 MPa p/ barras nervuradas (CA-50) = 600 MPa p/ fios nervurados (CA-60) IntroduçãoMateriais Propriedades do Aço → Diagrama Tensão vs Deformação - Tração Introdução Diagrama característico Diagrama idealizado Materiais IMP Requisitos de DurabilidadeRequisitos de Durabilidade Classe de Agressividade Ambiental (CAA) Requisitos de DurabilidadeRequisitos de Durabilidade Qualidade do concreto Requisitos de DurabilidadeRequisitos de Durabilidade Proteção da Armadura Elementos estruturais Em um edifícios os principais elementos estruturais são: → Laje: são placas que, além das cargas permanentes, recebem as ações de uso e as transmitem para os apoios; travam os pilares e distribuem as ações horizontais entre os elementos de contraventamento; → Viga: são barras horizontais que delimitam as lajes, suportam paredes e recebem ações das lajes ou de outras vigas e as transmitem para os apoios; → Pilares: são barras verticais que recebem as ações das vigas ou das lajes e dos andares superiores as transmitem para os elementos inferiores ou para a fundação; → Fundações: são elementos como blocos, lajes, sapatas, vigas, estacas etc., que transferem os esforços para o solo. A estrutura A estrutura A estrutura Elementos estruturais Laje maciça Laje nervurada Laje cogumelo Elementos estruturais → Linear: • Elementos chamados de barras. • Vigas e Pilares. → Superfície (bidimensionais) • Uma Dimensão Pequena em Relação as Demais • Lajes, Vigas-Parede, Cascas e Pilares-Parede → Volume (Tridimensionais) • Três Dimensões Significativas • Sapatas e Blocos Elementos estruturais Elementos estruturais LinearSuperfície Volumétrico Elementos estruturais Elementos estruturais Segurança da Estrutura Dimensionamento de um elemento estrutural Desempenho estrutural Economia Estética Deve garantir: 1. Segurança; 2. Bom desempenho em serviço; 3. Durabilidade. Segurança da Estrutura Condições para uma estrutura segura (conceito de segurança) Devem ser garantidos os seguintes itens: 1) Resistência; 2) Estabilidade; 3) Durabilidade. Segurança da Estrutura Método dos Estados Limites Estado limite: define as condições para quais uma estrutura deixa de cumprir a sua função determinada, ou não satisfaz mais as condições de segurança admitidas na sua concepção. A segurança estrutural é obtida com a introdução dos coeficientes de ponderação. Tem-se coeficientes de segurança para cada tipo de ação. Tem-se coeficientes de segurança para as resistências dos diversos materiais. A estrutura será segura quando as solicitações de cálculo forem iguais ou menores às resistidas no estado limite considerado. Segurança da Estrutura Método dos Estados Limites • A ponderação das ações e dos materiais considera: • A variabilidade na resistência dos materiais utilizados; • As características geométricas da estrutura; • As incertezas nas ações; • As imprecisões inerentes ao processo de cálculo. No método dos estados limites as resistências dos materiais e as ações são consideradas variáveis aleatórias. É um método semiprobabilístico, pois alguns dados ainda são determinísticos, como a resistência do material em diferentes pontos da estrutura. Segurança da Estrutura Método dos Estados Limites → Estados Limites: • Estado Limite Último (ELU): -Perda de Equilíbrio da Estrutura -Ruptura ou Deformação Plástica Excessiva -Instabilidade por Deformação Deduz-se, portanto, que, em serviço, a estrutura não deve ou não pode jamais alcançar o estado limite último (ruína). Segurança da Estrutura Método dos Estados Limites → Estados Limites: • Estado Limite de Serviço (ELS): -Deformações Excessivas: ELS-DEF -Vibração Excessiva Estética do Acabamento e/ou danos no funcionamento de equipamentos e Instalações Desconforto aos Usuários e/ou Danos à Construção ELS-F: Formação de Fissuras ELS-W: Abertura de Fissuras Segurança da Estrutura →Em geral, o seguinte critério deve ser atendido para verificação de estruturas pelo Método dos Estados Limites: 𝑹𝒅 ≥ 𝑺𝒅 onde 𝑅𝑑 representa as resistências de cálculo e 𝑆𝑑 representa as ações de cálculo. Segurança da Estrutura No projeto das estruturas de concreto armado e protendido o dimensionamento dos diferentes elementos estruturais é feito no chamado “Estado Limite Último” (ruína), onde os elementos estruturais são dimensionados como se estivessem prestes a romper, pelo menos teoricamente. No entanto, para evitar que a ruptura ocorra, todas as estruturas são projetadas com uma margem de segurança, isto é, uma folga de resistência relativamente aos carregamentos aplicados na estrutura, de tal forma que, para ocorrer a ruptura a estrutura teria que estar submetida a carregamentos bem superiores para os quais foi projetada. Segurança da Estrutura A margem de segurança no dimensionamento dos elementos estruturais ocorre com a introdução de coeficientes numéricos chamados “coeficientes de ponderação” ou “coeficientes de segurança”, que farão com que, em serviço, as estruturas trabalhem longe ou a uma certa “distância” da ruína. Majora as cargas Minora as resistências As resistências dos materiais – o concreto e o aço –são minoradas por coeficientes de segurança dos materiais, sendo em geral 1,4 para o concreto e 1,15 para o aço. Segurança da Estrutura Resistências Segurança da Estrutura Quais são os tipos de carregamento que uma estrutura tem que suportar? → Pessoas → Peso próprio do material → Móveis → Entulho → Vento → Veículos → Cargas sísmicas → Neve → Correntezas → Etc Segurança da Estrutura Valores de Cálculo Os valores de cálculo de uma grandeza de interesse estrutural são obtidos dos valores característicos, multiplicando-os por vários coeficientes de ponderação, que visam prever a possibilidade de ocorrência de valores mais desfavoráveis, seja na execução ou durante a vida útil da estrutura, sob utilização nas condições previstas e projeto. Segurança da Estrutura Ações – Classificação de ações estruturais “causas que provocam o aparecimento de esforços ou deformações nas estruturas. Do ponto de vista prático, as forças e as deformações impostas pelas ações são consideradas como se fossem as próprias ações. As deformações impostas são por vezes designadas por ações indiretas e as forças, por ações diretas.” Segurança da Estrutura Ações Segurança da Estrutura Ações →No projeto, todas as ações que possam produzir efeitos significativos à estrutura (esforços internos e deformações) devem ser considerados. As ações podem ser classificadas em três grandes grupos: -Ações permanentes -Ações variáveis -Ações excepcionais Segurança da Estrutura Ações – Ação Permanente “Ações permanentes são as que ocorrem com valores praticamente constantes durante toda a vida útil da construção.” (NBR 6118). As ações permanentes são usualmente designadas pelo subíndice “g”. • Ações permanentes diretas: peso próprio das estruturas e de elementos construtivos e empuxos de terra. • Ações permanentes indiretas: retração, fluência, recalque de apoio, imperfeições geométricas. Segurança da Estrutura Peso específico dos materiais (NBR 6120) Segurança da Estrutura • Ações – Ação Variáveis “Consideram-se como ações variáveis as cargas acidentais das construções, bem como efeitos, tais como forças de frenação, de impacto e centrífugas, os efeitos do vento,das variações de temperatura, do atrito nos aparelhos de apoio e, em geral, as pressões hidrostáticas e hidrodinâmicas. Em função de sua probabilidade de ocorrência durante a vida da construção, as ações variáveis são classificadas em normais ou especiais” (NBR 8681). As ações variáveis são usualmente designadas pelo subíndice “q”. Segurança da Estrutura • Ações – Ação Variáveis • Ações variáveis diretas: cargas acidentais (decorrentes do uso), ação do vento (NBR 6123), ação da água e ações variáveis durante a construção. • Ações variáveis indiretas: variações uniformes e não uniformes de temperatura e ações dinâmicas provenientes de choques e vibrações. Segurança da Estrutura • Cargas acidentais em edificações (NBR 6120) Segurança da Estrutura • Ações – Ações Excepcionais • São “as ações decorrentes de causas tais como explosões, choques de veículos, incêndios, enchentes ou sismos excepcionais”. Segurança da Estrutura • Ações As ações são normalmente quantificadas por um valor representativo, em geral valores característicos 𝐹𝑘. Os valores de cálculo das ações, 𝐹𝑑 , são obtidos ao multiplicarmos os valores característicos pelos respectivos coeficientes de ponderação 𝛾𝑓. 𝛾$ = 𝛾$% & 𝛾$& & 𝛾$' Segurança da Estrutura Coeficientes de Ponderação das ações (NBR 6118) Segurança da Estrutura Coeficientes de Ponderação das ações (NBR 6118) ELU ELS Frequente Variáveis Segurança da Estrutura Ações – Combinação das ações Um carregamento é definido pela combinação das ações que têm probabilidades não desprezíveis de atuarem simultaneamente sobre a estrutura, durante um período preestabelecido. A combinação das ações deve ser feita de forma que possam ser determinados os efeitos mais desfavoráveis para a estrutura; a verificação da segurança em relação aos estados limites últimos e aos estados limites de serviço deve ser realizada em função de combinações últimas e combinações de serviço, respectivamente. Segurança da Estrutura Combinação no ELU (NBR 6118) Segurança da Estrutura Ações – Combinação das ações As combinações de serviço são classificadas de acordo com sua permanência na estrutura e devem ser verificadas como estabelecido a seguir: a)quase-permanentes: podem atuar durante grande parte do período de vida da estrutura e sua consideração pode ser necessária na verificação do estado limite de deformações excessivas; b)frequentes: se repetem muitas vezes durante o período de vida da estrutura e sua consideração pode ser necessária na verificação dos estados limites de formação de fissuras, de abertura de fissuras e de vibrações excessivas. Podem também ser consideradas para verificações de estados limites de deformações excessivas decorrentes de vento ou temperatura que podem comprometer as vedações; c)raras: ocorrem algumas vezes durante o período de vida da estrutura e sua consideração pode ser necessária na verificação do estado limite de formação de fissuras. Combinação no ELS (NBR 6118) Segurança da Estrutura Combinação no ELS (NBR 6118) Segurança da Estrutura Solicitações de cálculo Para cálculos no ELU de estruturas comuns de concreto armado, em geral, os esforços de cálculo são obtidos diretamente da multiplicação dos esforços característicos das ações permanentes e vaiáveis pelo coeficiente γ( = 1,4, e expressos na forma seguinte: 𝑺𝒅 = 𝟏, 𝟒(𝑺𝒈𝒌 + 𝑺𝒑𝒌) Segurança da Estrutura Exercício 1: Seja uma barra sujeita às seguintes forças de compressão: • peso próprio = 100 kN • revestimento = 50 kN • alvenaria = 100 kN • sobrecarga = 100 kN • vento = 30 kN • temperatura = 20 kN • Determine as combinações em ELU. Segurança da Estrutura Exercício 2: Para os valores de deformações específicas 𝜀! = 1,5 mm/m e 2,1 mm/m, determinar as tensões correspondentes para barras de aço CA-50, a partir dos respectivos diagramas idealizados de cálculo da NBR 6118. Dado: E=210 GPa. Diagrama característico Diagrama idealizado
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