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AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DO JOELHO Anatomia aplicada Articulação tíbio femoral: o É a maior do corpo; o Superfícies articulares não são congruentes; o É uma articulação em dobradiça modificada que possui 2 graus de liberdade; o Posição de repouso: 25° de flexão; Articulação patelofemoral: Articulação plana modificada A patela melhora a eficiência da extensão (últimos 30°de extensão). O grau de estresse sobre a articulação patelofemural depende de inúmeros fatores: o Presença ou ausência de patela alta o Hipermobilidade articular generalizada do paciente. o Anteversão femoral e o ângulo “Q” aumentados podem aumentar a instabilidade da articulação patelofemural. Articulação tíbio fibular superior: o É uma articulação sinovial plana entre a tíbia e a cabeça da fíbula. Tendão patelar (ligamento patelar): o É a porção central do tendão do quadríceps femoral que se continua da patela até a tuberosidade da tíbia. o A face posterior do ligamento patelar está separada da membrana sinovial por um grande coxim gorduroso infrapatelar e da tíbia por uma bolsa sinovial. o Os ligamentos cruzados estabelecem conexões tão íntimas com a cápsula articular podendo- se dizer que na realidade estes são espessamentos da cápsula articular, e que, como tais são parte integrante dela.» (KAPANGJI, 2000, 5º Edição). o Os ligamentos estabilizam a articulação, evitando movimentos anormais, auxiliados pelos meniscos. Ligamento cruzado anterior (LCA): o Insere-se na eminência intercondilar da tíbia e vai se fixar na face medial do côndilo lateral do fêmur. o Apresenta um suprimento sanguíneo relativamente escasso. o Impede o movimento de deslizamento anterior da tíbia ou deslizamento posterior do fêmur (Movimento de gaveta anterior), além da hipertensão do joelho. @thalitarosalen. studie Ligamento cruzado posterior (LCP): o É mais robusto, porém mais curto e menos oblíquo em sua direção quando comparado ao LCA. o Insere-se na fossa intercondilar posterior da tíbia e na extremidade posterior do menisco lateral e dirige-se para frente e medialmente, para se fixar na parte anterior da face medial do côndilo medial do fêmur. o É estirado durante a flexão da articulação joelho. o Impede o movimento de deslizamento posterior da tíbia ou o deslocamento anterior do fêmur (Movimento de gaveta posterior). Ligamento colateral medial (tibial): o É um feixe membranáceo, largo e achatado que se prolonga para parte posterior da articulação. o Insere-se no côndilo medial do fêmur e no côndilo medial da tíbia. o É intimamente aderente ao menisco medial. o Impede o movimento de afastamento dos côndilos mediais do fêmur e tíbia (bocejo medial). Ligamento colateral lateral (fibular): o É um cordão fibroso, arredondado e forte, inserido no côndilo lateral do fêmur e na cabeça da fíbula. o Não se insere no menisco lateral. o Impede o movimento de afastamento dos côndilos laterais do fêmur e tíbia (bocejo lateral). Meniscos: o Aumentam a congruência óssea; o Aumentam a área de distribuição de forças (atuam como amortecedores das cartilagens que envolvem o joelho, absorvendo impactos e choques) INSPEÇÃO Vista anterior, em pé: o Identificação de joelho valgo e de joelho varo; o Anormalidades patelares, como patela alta, patela baixa e patelas medializadas; o Valgum: é o desvia medial da extremidade distal de um segmento. o Varum: é o desvio lateral da extremidade distal de um segmento. A= Joelho em Valgo B= Joelho em Varo Posicionamento da patela Vista lateral, em pé: o Permite avaliar os joelhos hiper estendidos e as anormalidades patelares. Vista posterior, em pé: o Visualização das anormalidades em valgo e em varo e permite a observação direta da área poplítea. Vista medial, sentado: o Posicionamento da patela, alterações ósseas e aumento anormal de volume; o Observação de torção tibial. Vista anterior e lateral, sentado: o Posicionamento da patela, alterações ósseas e aumento anormal de volume; o Observação de torção tibial. MARCHA: o Notar alterações no comprimento do passo, velocidade da marcha, cadência ou desvio linear e angular; o Observar a presença de movimentos anormais da patela, pelve, quadril e tornozelo. PALPAÇÃO ANTERIOR Com o joelho estendido: o Patela; o Tendão patelar; o Superfície cartilaginosa da patela; o Músculo Quadríceps e Sartório; o Ligamento colateral medial e pata de ganso; o Tensor da fáscia lata; o Trato iliotibial; o Cabeça da fíbula. Com o joelho flexionado: o Linha articular tibiofemural; o Platô tibial; o Côndilos femorais; o Músculos adutores. PALPAÇÃO POSTERIOR Com joelho ligeiramente flexionado: o Face posterior; o Face pósterolateral; o Face póstero-medial; o Músculos posteriores da coxa; o Gastrocnêmio Movimentos do joelho Músculos flexores do joelho: o Bíceps Femoral; o Semimembranoso; o Semitendinoso. Músculos extensores do joelho: o Reto femoral (bi articular); o Vasto Lateral; o Vasto Medial; o Vasto Intermédio. Rotadores mediais: o Sartório; o Semitendinoso; o Semimembranoso o Vasto medial o Poplíteo. o Deslocam para trás a parte interna do platô tibial, o joelho gira de tal forma que a ponta do pé se dirija para dentro. Rotadores laterais: o Bíceps femoral; o Tensor da fáscia lata. o Ao deslocar a parte externa do platô tibial para trás, fazem o joelho girar de tal forma que a ponta do pé se dirija diretamente para fora. MOBILIDADE DOS SEGMENTOS Triagem para amplitude de movimento: o Movimentos Ativos o Movimentos Passivos o Avaliação goniométrica Movimento passivo –flexão de joelho Movimento passivo –extensão de joelho Movimento passivo –deslizamento medial da patela TESTES FUNCIONAIS DO JOELHO o Andar; o Subir e descer escadas (andando - correndo); o Agachamento (ambos os joelhos devem flexionar simetricamente); o Agachamento seguido por salto (também ambos os joelhos devem atuar simetricamente); o Correr em linha reta para frente; o Correr em linha reta para a frente e parar sob comando. o Salto vertical; o Correr e tornecer o corpo (correr em 8); o Saltar e agachar-se totalmente; o Mudanças direção, torções e giros. Anatomia palpatória do joelho Músculos Flexores do Joelho: Semetindinoso Músculos Flexores: Grácil Músculos Flexores: Semimembranoso 1:Semitendinoso; 2: Grácil; 3: Semimembranoso. Músculos Extensores do Joelho o Vasto Medial: Solicitar ao paciente que faça uma extensão do Joelho. o Palpação: infero-medial da coxa o Vasto Lateral: Solicitara o paciente que faça uma extensão do Joelho. Reto femoral o Paciente em flexão do quadril e joelho em extensão incompleto. o Solicitar ao paciente que ele o calcanhar sustentado pela mão do terapeuta. TESTES TESTE DE McMURRAY Menisco Medial –Stress em Valgo Menisco Lateral –Stress em Varo Menisco lateral o Objetivo: verificar o comprometimento do corno posterior do menisco lateral. o Paciente: em decúbito dorsal, com Flexão de Quadril de 90º e com Flexão de Joelho de mais de 90º. o Terapeuta: com uma das mãos segura o Pé do Paciente e a outra segura o Joelho. o Teste: terapeuta realiza movimento de Rotação Interna do Joelho combinada com Stress em Varo duranteo movimento de extensão do joelho. o Positivo: Estalido Audível ou Palpável no Menisco Lateral. Menisco medial o Objetivo: verificar o comprometimento do corno posterior do menisco medial. o Paciente: em decúbito dorsal, com Flexão de Quadril de 90º e com Flexão de Joelho de mais de 90º. o Terapeuta: com uma das mãos segura o Pé do Paciente e a outra segura o Joelho. o Teste: terapeuta realiza movimento de Rotação Externa do Joelho combinada com Stress em Valgo durante o movimento de extensão do joelho. o Positivo: Estalido Audível ou Palpável no Menisco Medial. Teste de steinmann o Objetivo: verificar o comprometimento dos meniscos. o Paciente: sentado, com o Joelho em Flexão de 90º e pernas pendentes ao lado da mesa. o Terapeuta: segura firmemente o Ante pé e o Calcanhar do Paciente com as mãos. o Teste: realizar movimentos compressão em Rotação Interna e Rotação Externa. o Positivo: Estalido Audível ou dor na região do menisco correspondente. Teste de apley de compressão o Objetivo: verificar o comprometimento dos meniscos. o Paciente: em prono, com Joelho em Flexão de 90º. o Terapeuta: segura firmemente a região plantar do Pé. o Teste: Aplica-se uma força axial junto ao pé a medida em que se realiza-se rotação interna e externa da perna. o Positivo: Presença de dor ou estalidos junto às interlinhas articulares durante a fase de compressão de teste, para o menisco medial em RE da perna e para o lateral em RI. Teste de lachman o Objetivo: verificar o comprometimento dos Ligamentos Cruzados (Anterior e Posterior). o Paciente: em Supino, com Joelho em Semi- Flexão de 20 a 30º. o Terapeuta: com uma das mãos, segura firmemente a extremidade distal do Fêmur; com a outra, segura firmemente a extremidade proximal da Tíbia. o Teste: realizar movimentos de deslocamento ANTERIOR e POSTERIOR da Tíbia em relação ao Fêmur. o Positivo: ✓ DESLOCAMENTO ANTERIOR: LCA ✓ DESLOCAMENTO POSTERIOR: LCP Teste da gaveta anterior o Objetivo: verificar o comprometimento do Ligamento Cruzado Anterior (LCA). o Paciente: em Supino, com Joelho em Flexão de 80ºa 90ºe com Rotação Neutra. o Terapeuta: realiza uma “pegada” firme e suave com as duas Mãos na extremidade proximal da Perna. OBS: o Terapeuta deve fixar o Pé do Paciente, sentando suavemente sobre o mesmo. o Teste: realizar movimentos de deslocamento ANTERIOR da Tíbia em relação ao Fêmur. o Positivo: deslocamento anterior da Tíbia. Teste da gaveta posterior o Objetivo: verificar o comprometimento do Ligamento Cruzado Posterior (LCP). o Paciente: em Supino, com Joelho em Flexão de 80 a 90º e com Rotação Neutra. o Terapeuta: realiza uma “pegada” firme e suave com as duas Mãos na extremidade proximal da Perna. o Teste: realizar movimentos de deslocamento POSTERIOR da Tíbia em relação ao Fêmur. OBS: o Terapeuta deve fixar o Pé do Paciente, sentando suavemente sobre o mesmo. o Positivo: deslocamento posterior da Tíbia. Teste ativo do quadríceps o Objetivo: verificar o comprometimento do Ligamento Cruzado Posterior (LCP). o Paciente: em Supino, com Joelho em Flexão de 80 a 90ºe com Rotação Neutra. o Terapeuta: estabiliza o Pé do Paciente para não haver deslocamento. o Teste: após verificar o posicionamento da Tuberosidade da Tíbia, solicita-se ao paciente contrair o Quadríceps. o Positivo: deslocamento anterior da Tuberosidade da Tíbia. TESTE DE GODFREY -“Sinal do Deslocamento Posterior” o Objetivo: verificar o comprometimento do Ligamento Cruzado Posterior (LCP). É uma gaveta posterior gravitacional. o Paciente: em Supino, com Joelho e Quadril em Flexão de 90o; as pernas devem ficar paralelas ao chão. o Terapeuta: segura os calcâneos do paciente, posicionando as pernas paralelas ao solo. o Teste: manter a posição anterior por alguns segundos, a força da gravidade empurra a tíbia posteriormente o Positivo: deslocamento posterior da extremidade proximal da Tíbia. ESTRESSE MEDIAL EM EXTENSÃO (TESTE DO ESTRESSE EM VALGO) o Objetivo: verificar o comprometimento do Ligamento Colateral Medial (LCM). o Paciente: em Supino, com Joelho em Extensão. o Terapeuta: segura a face medial do terço distal da Perna com uma das mãos; posiciona a outra mão na região lateral do Joelho. o Teste: estresse em valgo do joelho realizando pressão medial da mão do Joelho, e contrapressão lateral da mão posicionada na perna. o Positivo: A abertura da interlinha articular medial em hiper extensão pode significar lesão do LCP e do ligamento colateral medial. A abertura em 0º e em 30º geralmente indica lesão ligamentar medial isolada. ESTRESSE LATERAL EM EXTENSÃO o Objetivo: verificar o comprometimento do Ligamento Colateral Lateral (LCL). o Paciente: em Supino, com Joelho em Extensão. o Terapeuta: segura a face lateral do terço distal da perna com uma das mãos; posiciona a outra mão na região medial do joelho. o Teste: aplicar estresse em varo realizando pressão lateral da mão do joelho, e contrapressão medial da mão da perna. o Positivo: A abertura da interlinha articular lateral em hipertensão sugere lesão ligamentar lateral associada a lesão do pivô central. A abertura a 0º e a 30º pode indicar lesão isolada dos ligamentos laterais. ESTRESSE LATERAL EM FLEXÃO DE 30º o Objetivo: verificar o comprometimento do Ligamento Colateral Lateral (LCL). o Paciente: em Supino, com Joelho em Flexão de 30º. o Terapeuta: segura a face lateral do terço distal da Perna com uma das mãos; posiciona a outra mão na região medial do Joelho. o Teste: pressão lateral da mão do Joelho, e contrapressão medial da mão da perna. o Positivo: abertura da pinça articular lateral + “CLICK” + DOR. TESTE DE APLEY DE DISTRAÇÃO o OBJETIVO: verificar o comprometimento dos Ligamentos Colaterais (Medial e Lateral). o PACIENTE: em Prono, com Joelho em Flexão de 90º. o Terapeuta: segura firmemente a região plantar do Pé. o Teste: realizar movimentos com tração superior do Joelho em Rotação Interna e Rotação Externa. o Positivo: dor na região medial à Rotação Externa –dor na região Lateral à Rotação Interna. SINAL DE CLARCK o Objetivo: verificar Disfunções Fêmoro-Patelares. o Paciente: em supino. o Terapeuta: pressiona inferiormente a base da Patela. o Teste: solicitar ao paciente a contração isométrica voluntária do Quadríceps. o Positivo: dor Patelo femoral e inabilidade para contrair o Quadríceps. “TILT” PATELAR TESTE DO RECHAÇO -“Sinal da Tecla” o Objetivo: verificar a presença de “Grandes Derrames Articulares”. o Paciente: em Supino. o Terapeuta: coloca as mãos ao redor da Articulação do Joelho, pressionando o Derrame para posicionar sob a Patela. o Teste: pressionar a Patela inferiormente com o Indicador de uma das mãos. o Positivo: rechaço da Patela. @thalitarosalen. studie
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