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VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Anatomia do joelho, lesões ligamentares e meniscais Anatomia do Joelho O joelho é a maior e mais solicitada articulação do corpo humano, sendo composto pelos ossos fémur distal, tíbia proximal, fíbula proximal e patela, acoplados por estruturas de suporte e estabilização como ligamentos, cápsula articular, meniscos e músculos. Devido à elevada solicitação mecânica a que é submetido na sua função de suporte, um grande número de lesões lhe está associada, tais como rompimentos totais e parciais dos ligamentos, fissuras e lesões nos meniscos, fraturas ósseas, entre outras. Articulação sinovial. A estrutura articular do joelho é formada pelos côndilos femorais, côndilos tibiais e patela. Vários tecidos moles contribuem para a estabilidade do joelho (por exemplo, ligamentos cruzados e colaterais) e fornecem amortecimento dentro da articulação (por exemplo, meniscos). Anatomia: - Avaliar a presença de sinais de desgaste; - Patela anteriormente (o tendão do quadríceps se liga no polo superior da patela e o ligamento patelar se liga no polo inferior da patela); - Músculo quadríceps (m. vasto lateral + m. vasto medial + m. vasto intermédio + m. reto femoral); - Artéria poplítea (ramo da artéria femoral); - Importante palpar os pulsos (femoral, poplíteo, tibial posterior, fibular, pedioso). - Ligamento cruzado anterior (LCA) se insere na espinha tibial. - Ligamento cruzado posterior (LCP) se insere na parte posterior do inter-sulco. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C - Vista axial do fêmur. Condromalácia ocorre mais na mulher a partir da 2º ou 3º década de vida isso ocorre, uma vez que a bacia ginecoide altera o ângulo Q do joelho e isso causa insuficiência do vasto medial (quanto maior o ângulo Q maior a sobrecarga no vasto medial). Cursa com dor após repouso (ficar sentada na mesma posição por algumas horas) e com agachamento acima de 90º graus (patela bate no côndilo), além de sensação de areai no joelho. Vascularização e inervação do joelho VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Artérias geniculares medial e lateral irrigam o joelho em si (a cápsula articular). Ligamentos do joelho A cápsula articular do joelho é fortalecida por ligamentos extracapsulares, que são o ligamento da patela, ligamentos colaterais fibular e tibial, ligamento oblíquo e ligamento poplíteo arqueado, e por ligamentos intracapsulares, que são os ligamentos cruzados e meniscos, que ficam entre as faces articulares. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Ligamento cruzado anterior limita o deslocamento posterior do fêmur sobre a tíbia durante a flexão e a hiperextensão da articulação do joelho. - LCA (mais comumente lesada – rotação externa do fêmur e movimento em valgo). - HEMARTROSE muito ligado a lesão do LCA sinal da tecla positivo (significa que tem líquido/ edema). Ligamento cruzado posterior é o mais forte, limita o deslocamento anterior do fêmur sobre a tíbia durante a extensão; esse ligamento é o principal estabilizador do fêmur. Ligamentos colaterais (medial e lateral) contribuem para a estabilização na posição em pé. - Ligamento colateral medial (impeditivo do estresse em valgo). - Ligamento colateral lateral (impeditivo do estresse em varo). Meniscos Os meniscos são lâminas de fibrocartilagem, formadas por colágeno do tipo 1. Função de suporte, amortecimento e lubrificação do joelho Menisco: principal lesão é degenerativa (degenera com a idade). A ruptura dos ligamentos colaterais tibiais costuma resultar em ruptura do menisco medial, que se rompe com maior facilidade do que o menisco lateral, que é mais protegido por ter mais mobilidade. Periferia do menisco é a área VASCULARIZADA os meniscos são relativamente avasculares, pois seu suprimento vascular chega somente na periferia, chamada de zona vermelha. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Menisco medial em formato de C. Menisco lateral em formato ovoide/ circunferencial. Lesão aguda normalmente é por trauma ROTACIONAL. Radiografia e RNM do joelho 4 densidades que devem ser buscadas na RX: osso (materiais metálicos têm a mesma densidade da cortical óssea), líquido, ar e músculo. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C - A: Displasia condilar e patela normal / B: Sinais inflamatórios e fissura patelar. - A cartilagem da patela é a maior cartilagem do corpo. Biomecânica do joelho Começa a ser avaliada assim que o paciente chega ao consultório avaliar a marcha. Extensão de – 10 graus Flexão de 140 a 160 graus. Translação de 5 graus. Rotação interna e externa de 5 a 7 graus. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C - Ângulo Q normal de 15 a 20º graus. Exame físico do joelho Antes de realizar manobras específicas, deve-se tranquilizar o paciente e deixá-lo confortável para que, assim, relaxe a musculatura, evitando resultados falso-negativos nos testes. Sempre se deve comparar o joelho afetado com o joelho contralateral, pois muitos testes diagnósticos utilizam, como critério de positividade, a comparação com o joelho íntegro. É importante ressaltar que a dor no joelho também pode ser originada de patologias localizadas na coluna lombar e no quadril. HISTÓRIA: tipo de acidente, mecanismo de trauma, derrame. Exame da marcha, equimoses, aumento de volumes, pontos dolorosos, lesões neuro vasculares e testes ou provas. INSPEÇÃO: A inspeção tem início pela marcha e pelo alinhamento dos membros. Depois, o examinador deve buscar a presença de edema ou derrame articular, hipotrofia muscular e deformidades ósseas. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Os pacientes podem apresentar desvio da linha média em varo (joelho se afasta do centro – o centro de deformidade se afasta da linha média) ou valgo (joelho se aproxima do centro – o centro de deformidade se aproxima da linha média). PALPAÇÃO: Tuberosidades ósseas, ligamento patelar, tendão do quadríceps. Sinal da apreensão Deslocamento da patela de medial para lateral e vice-versa. Sinal da tecla Usando o dedo indicador da mão dominante, comprime-se a patela contra o fêmur. A sensação de rechaço ou de acomodação da patela sobre o líquido indica a presença de derrame articular. Testes meniscais (sempre avaliar dos dois lados): - Teste de Smile Compressão da interlinha articular é um exemplo de teste semiológico com grande sensibilidade. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Teste da gaveta anterior (LCA) Com o paciente em decúbito dorsal, com o quadril a 45 graus e o joelho em torno de 70 a 90 graus de flexão, deve-se sentar sobre o pé do paciente e, com as duas mãos abraçar a região proximal da tíbia. Os polegares devem estar posicionados ao nível da tuberosidade anterior da tíbia, com os dedos indicador e médio na região posterior. Desse modo, é realizada a tração anterior da tíbia com o pé em posição neutra, rotação interna e rotação externa. - Positividade: Quando a anteriorização da tíbia sob o fêmur é comparativamente maior do que no joelho contralateral. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Teste de Lachman (LCA) Com o paciente em decúbito dorsal, deve-se sustentar o joelho do paciente entre 20 e 30 graus de flexão, com uma mão sobre o fêmur distal e outra sobre a região proximal da tíbia. Então, deve-se forçar o fêmur posteriormente e a tíbia anteriormente. - Positividade: Quando há maior translação anterior da tíbia em comparação ao joelho contralateral. Teste da gaveta posterior (LCP) Realizada da mesma forma que a manobra da gaveta anterior, porém empurrando a tíbia em direção posterior. Por isso, costuma ser realizada logo após a manobra da gaveta anterior. - Positividade: Quando a tíbia se mover posteriormente, sempre comparando como lado contralateral. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Teste para condromalácia patelar: diminuição da força de contração por dor. Lesão aguda meniscal: protocolo PRICE (repouso, gelo, compressão e analgésicos), a não ser que haja lesão em alça de balde (que é uma urgência ortopédica). Lesão de LCA geralmente é necessário cirurgia, mas sempre deve ser analisada a personalidade do paciente.
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