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Aula 6 - Sistema Locomotor Isabelle L. Joelho - Definição Composição do joelho: O joelho é uma articulação complexa formada pela extremidade distal do fêmur e proximal da tíbia (articulação femoro- tibial) e do fémur com a patela (articulação patelo-femoral). Movimento: flexo-extensão Se o joelho for considerado como um órgão cujas funções é absorver, transmitir e redirecionar forças no membro inferior, a abordagem se torna funcional. Assim, o tratamento das disfunções dessa articulação passa a ter por meta a restauração da função como um todo I. LCA - LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR O LCA é responsável por 85% da estabilização anterior do joelho. O tratamento da lesão aguda do LCA é feito pela substituição do LCA por enxerto tendinoso Mecanismo de trauma do LCA: o A ruptura do ligamento cruzado anterior geralmente ocorre após um trauma torcional do joelho. o O mecanismo mais comum ocorre quando o paciente roda o seu corpo e o seu pé permanece fixo no chão. Esse movimento é muito comum durante a prática esportiva, por isso os atletas recreacionais e mesmo os atletas profissionais são os que mais sofrem esse tipo de lesão. o Impacto de posterior para anterior o Acima de 10 graus de rotação pode lesionar (hiperextensão) Aula 6 - Sistema Locomotor Isabelle L. II. LCP - LIGAMENTO CRUZADO POSTERIOR O LCP é amplamente reconhecido como o restritor primário contra o deslocamento posterior da tíbia Lesões são significativamente menos comuns (musculatura também faz a estabilização da parte posterior, não necessariamente precisa fazer a reconstrução da LCP) A reconstrução do LCP deve ser feita sempre que não houver desinserção com fragmento ósseo Lesão normalmente por estiramento excessivo Mecanismo de trauma do LCP: Trauma frontal no esporte Trauma com hiperflexão do joelho (estiramento) Acidente motociclístico Acidente automobilístico (pessoa sentada no carona, no impacto o corpo projeta pra frente e o joelho bate no console do carro) Tratamento: videoartroscopia 1. LCL - LIGAMENTO COLATERAL LATERAL O complexo ligamentar lateral é o principal restritor secundário da estabilização anterior e posterior do joelho. Como estabilizador secundário, é responsável por 58% da estabilidade anterior e por 64% da estabilidade posterior. Mecanismo de trauma do LCL: o Mais grave o Uma lesão de contato, como um golpe direto no lado interna do joelho, ou uma lesão sem contato, como um estresse de hiperextensão (quando se estica demais o joelho), pode resultar em uma força de varismo no joelho lesionando o ligamento colateral lateral (LCL). 2. LCM - LIGAMENTO COLATERAL MEDIAL O complexo medial é reforçado (mais forte) na região do canto posteromedial pela inserção do músculo semimembranoso, que forma o ligamento oblíquo posterior. Mecanismo de trauma do LCM: o Mais comum o O mais comum ocorre quando o joelho é forçado para dentro (estresse em valgo), e o fêmur roda internamente em relação a tíbia, quando essa está fixa ao chão, com aproximadamente 30 graus de flexão do joelho ou além. Teste de Lachman (Richey) Ligamento cruzado anterior (LCA) Decúbito dorsal 30º de flexão Aula 6 - Sistema Locomotor Isabelle L. Anteriorização da tíbia em relação ao fêmur (estabiliza-se o fêmur e faz-se uma tração anterior na tíbia, puxar pra frente) Banda Póstero Lateral Maior sensibilidade Graduação Grau 1: parada firme Grau 2: parada pouco firme Grau 3: sem resistência Teste da Gaveta Anterior Ligamento cruzado anterior (LCA) DDH (decúbito dorsal horizontal) Quadril 45 joelho 90º de flexão Apoio sobre o pé do paciente Anteriorização da tíbia em relação ao fêmur Testar em RI (rotação interna), N (neutra) e RE (rotação externa Lesões periféricas associadas Observar se há relaxamento dos flexores Banda Antero medial Mais sensível Rotação externa: o Instabilidade antero medial Rotação interna máxima: Positivo quando há lesão do ligamento cruzado posterior Teste da Gaveta Posterior Ligamento cruzado posterior (LCP) DDH (decúbito dorsal horizontal) 90º Posteriorização da tíbia Lesão do LCP Teste para lesão do ligamento colateral lateral e medial (estresse em varo ou estresse em valgo) Ligamento colateral lateral (LCL) e ligamento colateral medial (LCM) Joelho deve ficar em 0 graus de extensão, anulando os cruzados, se deixar em 30º graus, os cruzados tem ação sobre o ligamento I. Menisco medial O menisco medial acompanha o comportamento do compartimento Aula 6 - Sistema Locomotor Isabelle L. medial, sendo mais estável e menos móvel. A sutura meniscal está indicada nas lesões do terço periférico do menisco em joelhos estáveis ou que serão estabilizados. II. Menisco lateral O menisco lateral, à semelhança do compartimento lateral, é mais móvel. As lesões agudas isoladas ou associadas às lesões ligamentares devem ser tratadas por sutura ou ressecção de fragmentos soltos. Tratamento: videoartroscopia Teste de McMurray Menisco lateral e medial Lesões dos cornos posteriores DDH Quadril a 90 graus, joelho flexão máxima Palpação da interlinha (transição entre a tíbia e o femur) Outra mão no pé Movimento de FLEXÃO → EXTENSÃO RI testa Menisco Lateral RE testa Menisco Medial Positivo se clique palpável (Faloppa) Descrição do Tarcísio = DOR ou estalidos é positivo Teste de Appley Decúbito ventral Flexão do joelho e quadril extensão 1ª parte = compressão axial (empurra para baixo e faz as rotações) RI e RE Dor onde aponta o calcanhar 2º tempo: distração com alivio da dor (puxa pra cima e faz as rotações) Obs.: doença fêmoro patelar pode dar positivo Teste de Steinmann Sentado sobre a mesa Joelho fletido 90º RI e RE perna Dor ou estalido Aula 6 - Sistema Locomotor Isabelle L. Faloppa = Steinmann I Teste de Steinmann II Flexão gradativa da perna Dor na interlinha de anterior posterior pela posteriorização dos meniscos Sinal de Smillie Dor a palpação da interlinha Marcha do pato Lesão do corno posterior, dor que limita A instabilidade patelar é uma patologia comum e debilitante que afeta, em geral, os jovens, causando limitação das atividades e podendo evoluir com artrite. A luxação patelar ocorre em 3% de todas as lesões do joelho. Incidência de um em cada mil pacientes, sendo a maioria mulheres e jovens (10-16 anos). Paciente sentado: o Alinhamento do tendão patelar, inserção TAT o Desvio lateral extensão sinal do J invertido (quando a patela luxa e faz o sinal do J invertido em relação ao ligamento patelar) o Joelho em “baioneta” = Joelho a 30 graus: patela com desvio lateral pelo tendão patelar o Pode-se medir ângulo Q (formado pelo fêmur e pela tíbia) com maior fidedignidade o Observar crepitação e estalidos (crepitação femoropatelar em flexo-extensão) Aula 6 - Sistema Locomotor Isabelle L. Teste da Compressão Patelar Em extensão 30º de flexão Comprime a patela (foto 2) Dor e crepitação = condromalácea, artrose ou instabilidade fêmoropatelar Sinal da Apreensão Descrito por Smille Caracteriza a luxação redicivante da patela Decúbito dorsal 30º de flexão Paciente resiste ao movimento de lateralização Teste da instabilidade patelar Terapeuta coloca uma das suas mãos na borda medial da patela tentando palpar a região logo abaixo da faceta medial da patela. Com a outra mão realiza uma rotação interna da tíbia e move passivamente a perna em flexão e extensão. Tendinite patelar Também conhecida como “joelho do saltador” É uma causa frequente de dor anterior no joelho em atletas que praticam vôlei, basquete, futebol, corridas delongas distâncias e tênis. Geralmente, é ocasionada por excesso ou inadequação de treinamento. Ocorre por sobrecarga crônica sobre o tendão. Bursite pré-patelar A bursite mais frequente do joelho é a pré-patelar. Ocorre em pacientes que permanecem longos períodos ajoelhados, devido à profissão, ou esportistas que têm contato do joelho com o chão, como lutadores Aula 6 - Sistema Locomotor Isabelle L. Teste cubo de gelo (teste da tecla) Derrame Apertar a patela para ver se há líquido Grau o 1. Sem líquido o 2. Discreta elevação patelar o 3. Rechaço patelar o 4. Patela não toca a tróclea (muito edema)
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