Prévia do material em texto
Amanda Monteiro 06/05/2021 Cinesiologia e Biomecânica Cada osso do quadril consiste, na realidade, na junção de três ossos separados: o ílio, o ísquio e o púbis que estão fundidos no adulto. Na face lateral do osso do quadril, onde os três ossos se ossificam, existe uma depressão circular grande, o acetábulo, que recebe a cabeça do fêmur. Embora cada osso do quadril seja um único osso no adulto, os três componentes de cada osso do quadril são considerados separadamente para fins descritivos. O ílio, o mais superior e maior dos três ossos pélvicos, tem uma crista e quatro ângulos, ou espinhas – importantes pontos de reparo em anatomia de superfície que servem para inserções musculares. A crista ilíaca forma a proeminência do quadril e termina anteriormente como espinha ilíaca ântero-superior. Imediatamente abaixo desta espinha está a espinha ilíaca ântero inferior. A terminação posterior da crista ilíaca é a espinha ilíaca póstero-superior, e imediatamente abaixo está a espinha ilíaca póstero-inferior. Abaixo da espinha ilíaca póstero-inferior está a incisura isquiática maior pela qual passa o nervo isquiático. Na face medial do ílio está a face auricular rugosa que se articula com o sacro. A fossa ilíaca é a superfície lisa, côncava na porção anterior do ílio. O músculo ilíaco origina-se dessa fossa. A tuberosidade ilíaca, para a fixação do ligamento sacroilíaco, está posicionada posteriormente à fossa ilíaca. Três cristas rugosas estão presentes na face glútea na parte posterior do ílio. Estas cristas que servem para fixar os músculos glúteos são as linhas glúteas inferior, anterior e posterior . O ísquio, o osso póstero-inferior do osso do quadril, tem várias características distintas. A espinha isquiática é a projeção imediatamente posterior e inferior à incisura isquiática maior do ílio. Inferior a esta espinha encontra-se a incisura isquiática menor do ísquio. O túber isquiático é a projeção óssea que suporta o peso do corpo na posição sentada. Uma incisura do acetábulo profunda está presente na porção inferior do acetábulo. O grande forame obturado é formado pelo ramo do ísquio, junto com o do púbis e está coberto pela membrana obturatória na qual se fixam vários músculos. O púbis, o osso anterior do osso do quadril, consiste em um ramo superior e um ramo inferior que sustentam o corpo do púbis. O corpo contribui para a formação da sínfise púbica – a articulação entre os dois ossos do quadril. Na extremidade lateral da margem anterior do corpo está o tubérculo púbico, um ponto de fixação para o ligamento inguinal. O quadril é uma articulação esférica formada pela cabeça do fêmur e o acetábulo, osso do quadril. O acetábulo é formado pela união dos três ossos pélvicos, ilíaco, ísquio e o púbis. Essa articulação é recoberta por uma camada de cartilagem, que possibilita o movimento da articulação com pouco atrito, e envolto por uma cápsula articular composta por fortes ligamentos. E são eles: ligamento iliofemoral, que refreia a extensão do quadril e também limita a rotação do fêmur em torno do seu eixo longitudinal; o ligamento pubofemoral. Que restringe a abdução do quadril bem como a extensão e a rotação lateral; ligamento isquiofemoral, situado mais para trás que os demais, que limita a rotação medial do quadril. Ligamento da cabeça do fêmur, sendo sua principal função conduzir vasos sanguíneos à cabeça do fêmur; e ligamento transverso do acetábulo, que são fortes fibras achatadas que cruzam a incisura acetabular. Devido a essa anatomia do quadril, ele possui uma ótima coaptação, o que favorece sua estabilidade sendo considerada a articulação mais difícil de luxar no corpo humano, porém possui amplitudes de movimento limitadas quando comparada a outras articulações, como por exemplo, a articulação do ombro.Na borda do acetábulo está situada uma cartilagem fibrosa, o labrum acetabular, que tem como função manter a pressão intra-articular e distribuir o líquido sinovial dentro da articulação. Também existem pequenas bolsas, denominadas bursas, de material gelatinoso que são preenchidas por uma pequena quantidade de líquido sinovial e propiciam melhor deslizamento entre as estruturas articulares e a redução do impacto entre elas. Toda essa estrutura está revestida por músculos responsáveis pela postura bípede, sendo essa uma das maiores importâncias da anatomia do quadril. E são esses músculos, que associados aos músculos abdominais e paravertebrais que compõe o CORE (centro de força), que são solicitados durante todas as aulas de Pilates para manter a estabilidade durante a realização dos exercícios. A articulação do quadril realiza movimentos de flexão, adução (relativa ou adução combinada), abdução, rotação interna (ou medial) e rotação externa. E como é uma articulação com três graus de liberdade por realizar movimentos nos três eixos (sagital, longitudinal e horizontal) realiza a circundução, que nada mais é que a transição pelos três planos de movimento. Os objetivos dos componentes dessa articulação são diminuir o impacto articular e aumentar a estabilidade do movimento, porém por diversos motivos eles podem perder total ou parcialmente a sua função alterando a biomecânica articular e consequentemente gerar uma patologia como a artrose de quadril. Todos esses movimentos são realizados em amplitudes consideradas normais, variando de acordo com o alongamento e mobilidade de cada indivíduo, e podem ser aumentados com exercícios e treinamentos específicos realizados, por exemplo, por bailarinos.No entanto, movimentos compensatórios podem acontecer, e se não realizados de maneira adequada e com o desgaste gerado na superfície articular lesões podem ocorrer com o decorrer do tempo. Referências: GROUP, Voll Pilates. TUDO SOBRE ANATOMIA DO QUADRIL E COMO UTILIZAR O PILATES NA REABILITAÇÃO. 2019. Disponível em: https://blogpilates.com.br/anatomia-do-quadril/#:~:text=A%20articula%C3%A7%C3 %A3o%20do%20quadril%20realiza,ou%20medial)%20e%20rota%C3%A7%C3%A3 o%20externa.. Acesso em: 06 maio 2021. Van De Graaff, Kent M. (Kent Marshall), 1942- Anatomia humana / Kent M. Van De Graaff ; [tradução da 6. ed. original e revisão científica Nader Wafae]. - Barueri, SP : Manole, 2003. https://blogpilates.com.br/aplicacao-na-estabilidade-escapular/ https://blogpilates.com.br/fraqueza-do-core/ https://blogpilates.com.br/flexibilidade-muscular-e-alongamentos/