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Texto da Aula 5 - ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA

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24/04/2023 11:06 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/12
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA
AULA 5
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24/04/2023 11:06 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/12
Prof.ª Jacqueline Colaço
CONVERSA INICIAL
Nesta etapa queremos compreender a concepção iluminista do homem e seu fruto no idealismo
alemão. O Renascimento havia se consolidado como um momento de transição entre a filosofia
medieval e a moderna e já apontava para uma nova visão de homem. O racionalismo tornou-se uma
base sólida para que o Iluminismo pudesse emergir. Dessa forma, filósofos como Voltaire (1694-1778),
com seu estilo literário irônico e vibrante, irá despontar como um defensor da liberdade de
pensamento.
O grande filósofo Kant (1724-1804), ao falar da autonomia do homem, irá sustentar o “exame
crítico da razão”, dando forma à sensibilidade. O pensamento desses filósofos serviu como pano de
fundo para o idealismo alemão, em que os filósofos Fichte e Schelling destacam-se pela defesa do
princípio unificador, uma inteligência exterior. Outro filósofo que merece destaque é Hegel e sua
concepção de consciência como razão ou espírito absoluto.
A concepção iluminista do ser humano vai contra a escuridão da Idade Média, pois é baseada num
caminho que se inicia com o Renascimento e é levado pelo chamado racionalismo cartesiano, que dá
ao homem o pensamento de que a razão era o principal motivo para se desafiar a vida.
Nomes fortes do Iluminismo apresentarão questões de fundamental relevância para o estudo do
homem, especialmente o conceito de liberdade. Entre esses filósofos, destacam-se Voltaire (1694-1778)
e suas críticas à prepotência dos poderosos, e Rousseau e a concepção do homem bom selvagem. Kant
(1724 -1804) é o principal filósofo iluminista alemão que, ao se debruçar sobre a pergunta “o que é o
ser humano?”, se vê obrigado a responder “o que posso saber? e “como devo agir?”.
Nessa fase também se destacam os filósofos Montesquieu, D’Alembert e Adam Smith.
O pensamento de Kant foi o que deu base para o idealismo alemão, que tinha como principais
pensadores Fiche e Hegel. 
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TEMA 1 – ILUMINISMO: RAZÃO E LIBERDADE
De acordo com Lucien Goldmann (1979), os valores fundamentais do iluminismo são a igualdade,
a tolerância, a liberdade e a propriedade privada, os quais poderiam ser relacionados com a atividade
comercial, ou seja, esse pensamento teria sido um ideal da burguesia. Entretanto, o iluminismo não foi
um movimento coeso e uniforme.
Porém, podemos afirmar que o grande mérito dos iluministas foi o desenvolvimento de uma
mentalidade na qual a atenção dos intelectuais se voltava para o mundo terreno, concreto; há a
valorização de estudos históricos e o entusiasmo pelo progresso.
Figura 1 – Iluminista
Crédito: Luis Colon 17/Shutterstock.
TEMA 2 – KANT: CRÍTICA DA RAZÃO
No contexto do Iluminismo, surge o filósofo Immanuel Kant (1724-1804), o qual se dedicou ao
ensino e à investigação filosófica. Sua filosofia dedicou-se em responder a quatro questões
fundamentais:
O que posso saber?
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https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 4/12
Como devo agir?
O que posso esperar?
O que é o ser humano?
Figura 2 – Questões
Crédito: Nikolaeva/Shutterstock.
A última questão envolve as outras e é o principal assunto desta etapa, pois para Kant, o ser
humano e capaz de se guiar pela sua razão. É, por isso, dotado de razão e liberdade.
Mas por que realizamos atos contrários à razão? Segundo Kant, a nossa vontade é afetada pelas
inclinações, que são os desejos, as paixões, os medos, e não apenas a razão. Por isso, Kant afirma que
devemos educar a vontade para alcançar a boa vontade, portanto, a filosofia de Kant representa uma
superação do racionalismo e do empirismo, pois se fundamenta em dois grandes ramos: a
sensibilidade que nos oferece dados e o entendimento que determina as condições.
Figura 3 – Kant
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Crédito: Irina Belkina/Shutterstock.
TEMA 3 – IDEALISMO ALEMÃO: SISTEMA UNIFICADOR
Kant baseia-se no idealismo para conceber sua noção de livre-arbítrio: “Faze aquilo que te tornarás
digno de ser feliz”.
Começa uma filosofia baseada no romantismo, no século XIX, chamada de idealismo alemão, a
qual mantém do romantismo o nacionalismo, o amor à pátria e a valorização da sociedade em geral.
Essa ideologia é o pensamento de Kant, que fala que o sujeito tem papel mais importante que o
objeto em termos de conhecimento.
Como consequência disso, tudo que conhecemos são ideias e representações do mundo, a nossa
consciência.
É um resumo de que as coisas não têm propriedades que não sejam impostas pelos sujeitos; em si
mesmas, as coisas não são de conhecimento dos homens se não estiverem diante do sujeito da razão
que lhe deem representações.
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Figura 4 – O idealismo alemão tem suas bases, também, no pensamento de Kant
Crédito: Marusya Chaika/Shutterstock.
TEMA 4 – FICHTE E SCHELLING
Johann Gottlieb Fichte é considerado um dos pioneiros do idealismo alemão. Ele retoma os
princípios de Kant, segundo o qual conhecemos as coisas a priori, e o que colocamos nelas significa que
temos a consciência que temos das coisas por pensamentos próprios.
Sendo assim, a condição de conhecer é a existência do eu como princípio da consciência.
Fichte transforma o eu como princípio da consciência criadora de toda a realidade e funda a
doutrina que fala que a realidade é feita do espírito humano.
Essa mesma ideia é retomada e amadurecida por outro pensador alemão, Friedrich Schelling
(1772-1854), o qual procurou explicar como se dá a existência do mundo real, das coisas, a partir do eu,
discordando de Fichte no que se refere à determinação do mundo como puro não eu, ou seja, à ideia de
que a realidade exterior seria produto da concepção do eu.
Figura 5 – Fichte
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Crédito: German Vizulis/Shutterstock.
TEMA 5 – HEGEL E O CONHECIMENTO UNIVERSAL
O grande nome do idealismo alemão é, sem dúvida, Georg Friedrich Hegel (1770-1831). Buscando
respostas para diversas questões, Hegel tenta reconciliar a filosofia com a realidade, sendo considerado
o último grande pensador a propor uma grande tentativa de fazer do pensamento o refúgio da razão e
da liberdade.
Para compreender o pensamento de Hegel, precisamos saber sua forma de entender a realidade
como espírito; não apenas como substância, mas também como sujeito. Isso quer dizer que devemos
pensar a realidade como processo e movimento, e não como coisa/substância.
Esse movimento do espírito se dá em três fases: o ser em si; o ser fora de si e o retorno ou ser para
si.
Figura 6 – Hegel
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Crédito: Marusya Chaika/Shutterstock.
5.1 TRADIÇÃO POSITIVISTA
Na tradição positivista, a sociedade poderia ser compreendida da mesma forma que são
compreendidos os fenômenos da natureza. Hegel acreditava que esses fatos sociais poderiam ser
estudados por meio dos mesmos métodos científicos que são empregados, por exemplo, nas ciências
naturais.
Ele defendia então o que chamamos de equivalência metodológica entre a ciência da sociedade e
as ciências da natureza. Uma das questões fundamentais é um conceito desenvolvido pelo autor, o
conceito de fator social, que é toda maneira de agir, fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo
uma coerção exterior ou não, que em geral envolve todos, tem uma extensão e apresenta uma
existência própria, independentemente das manifestações individuais da sociedade e do indivíduo.
Vamos ver três fatores fundamentais disso que Durkheim chama de fato social: o primeiro deles é
a generalidade, que funciona para todo mundo e tem a coerção sobretodos os comportamentos; a
segunda característica é uma força coercitiva sobre o indivíduo, maior do que o indivíduo e está
colocada para fora dele, tipo de consciência social para fora do indivíduo quer dizer que o indivíduo não
tem sobre ela muito poder de manipulação e então é constrangido por essas forças.
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Os fatos sociais estão fora das consciências individuais, eles estão numa consciência coletiva que
não é uma consciência do grupo, que é uma consciência da sociedade, como cumprir as obrigações
como irmão, como marido, como cidadão, quando o indivíduo executa seus contratos, é mais ou menos
desse tipo de coerção e desse tipo de constrangimento que Durkheim fala.
Outra coisa fundamental na obra do autor é a oposição, que vai ser uma posição fundamental em
toda a ciência social e para a sociologia, como na antropologia e ciência política, que é a oposição
indivíduo-sociedade como uma questão central. Para Durkheim, a sociedade prevalece sobre o
indivíduo, uma vez que ela se constitui como um conjunto de normas e regras de ação construídas de
fora. Ela externa as próprias regras do fato social, está fora das consciências individuais. A sociedade
então tem uma definição de conjunto de normas de ação, de pensamento, de sentimento, que estão
presentes não apenas nas consciências individuais, mas também em uma construção social. Temos
outra definição do que são os fatos sociais, que é o método que Durkheim defende, o método de
observação e a experimentação indireta, ou seja, começa no comparativo.
Durkheim estava pensando em comportamentos desviantes, que chama de patologias sociais. Essa
crise moral faz parte do objeto de investigação do sociólogo. É o fato social como coisa e não como
ideia, então há uma diferença também fundamental na obra do autor porque é algo que não está na
cabeça das pessoas e dos indivíduos; é uma coisa que paira sobre todos os indivíduos.
Nesse sentido, a sociedade é sempre maior do que o grupo de indivíduos que a compõem. Assim,
existe uma concepção de indivíduo-sociedade e de indivíduo, e essa condição de vida em sociedade
está tentando constituir a sociologia e o método científico.
Durkheim vai mostrar o método comparativo, que falaremos mais para frente, mas como método
por excelência das Ciências Sociais. Vamos retomar a obra de Durkheim, O suicídio, publicada em 1897,
que vai buscar vários quadros estatísticos sobre o suicídio, em várias sociedades e culturas diferentes,
para pensar então como poderia encontrar uma causa desse fenômeno.
Figura 7 – Durkheim
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Crédito: Natata/Shutterstock.
O autor não dá muitas explicações, pois elas são bastante definidas e vão dizer que a causa maior
do suicídio entre as sociedades é uma causa social, como também vai fazer a análise, por exemplo, da
religião, das formas elementares da vida religiosa, o que é uma retomada justamente desse argumento
que é a religião.
Ele também apresenta uma consequência dessa consciência coletiva. Nesse sentido, fala dos
constrangimentos e das forças de coração, dos fatos sociais, das instituições, por exemplo, da igreja, das
escolas, que compõem um pouco esse quadro normatizador.
NA PRÁTICA
Vamos fazer uma interpretação? Leia o texto de Hegel e interprete a metáfora a ave de minerva
alça seu voo ao entardecer.
Faça uma reflexão pensando nas conexões entre o texto e a concepção de homem na perspectiva
do idealismo alemão, especialmente, para Hegel.
FINALIZANDO
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Nesta etapa compreendemos a concepção iluminista do homem e seu fruto no idealismo alemão.
O racionalismo tornou-se uma base sólida para que o Iluminismo pudesse emergir. Estudamos o
Iluminismo: a razão que busca a liberdade; Kant: a crítica da razão; o idealismo alemão: sistema
unificador; Fichte e Schelling; Hegel: o projeto de conhecimento universal e a tradição positivista de
Durkheim.
REFERÊNCIAS
ABRÂO, B. (org.). História da filosofia. São Paulo, Nova Cultura, 2014. (Coleção Os Pensadores).
ARENDT, H. A condição humana. Lisboa: Relógio D’água, 2001.
CARDOSO, D. Pensamento conjugado com ação. Entrevista concedida a Márcia Junges. IHU On-
line, São Leopoldo, n. 488, ano 14, p. 37-39, 2016.
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FERRY, L.; VINCENT, J-D. O que é o homem? Sobre os fundamentos da biologia e da filosofia.
Porto: ASA, 2003.
GOLDMANN, L. Dialética e cultura. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
GUARDINI, R. O mundo e a pessoa. São Paulo: Duas Cidades, 1963.
JAPIASSÚ, H.; MARCONDES, D. Dicionário básico de filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
MARITAIN, J. A filosofia moral: exame histórico crítico dos grandes sistemas. Rio de Janeiro: Agir,
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MONDIN, B. O homem quem é ele? Elementos da antropologia filosófica. São Paulo: Paulus,
1980.
OLIVEIRA, M. Antropologia filosófica contemporânea, subjetividade e inversão teórica. São
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PORTA, M. A filosofia a partir de seus problemas. São Paulo: Loyola, 2002.
RABUSKE, A. Antropologia filosófica. Petrópolis, RJ: Vozes, 1993.
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https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 12/12
REALE, G.; ANTISERI, D. História da filosofia. São Paulo: Loyola, 2006. v. 4.
VALVERDE, A et al. Natureza humana em movimento. Ensaios de antropologia filosófica. São
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VAZ, H. C. L. Antropologia filosófica I. São Paulo: Loyola, 1991.
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_____. Escritos de Filosofia VI: Ontologia e História. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2001.
_____. Escritos de Filosofia VII: Raízes da Modernidade, São Paulo: Loyola, 2002.

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