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AULA 3 - Cristianismos latino-americanos

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RELIGIOSIDADES NA AMÉRICA 
LATINA 
AULA 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Jefferson Zeferino 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Nesta aula, vamos falar sobre os cristianismos latino-americanos. 
Queremos explicar a formação dos cristianismos em nosso continente, suas 
principais características e vertentes. Vamos explorar as peculiaridades do 
catolicismo e do protestantismo histórico e pentecostal. Apresentaremos novas 
expressões do cristianismo na América Latina, como neopentecostalismo, 
comunidades emergentes e novas religiões. Ainda, trataremos de tradições 
autóctones, como a teologia da libertação e a teologia da missão integral. 
TEMA 1 – FORMAÇÃO DOS CRISTIANISMOS LATINO-AMERICANOS 
A religião cristã chega ao “Novo Mundo” junto com os invasores europeus, 
a partir de 1492. Inicialmente, pela ação missionária, os católicos ibéricos 
buscaram converter os nativos e cuidar espiritualmente dos colonizadores, 
construindo igrejas e catedrais. Depois, pelas atividades dos herdeiros da 
reforma, anglo-saxões e germânicos que acompanharam os fluxos migratórios e 
organizaram comunidades protestantes, vinculadas sobretudo a grupos 
nacionais. Não obstante, é possível verificar, ainda, o aparecimento de um 
cristianismo popular, que vai se mesclando às diversas culturas e produzindo um 
jeito latino-americano de ser cristão. 
 
 
 
3 
Legenda: Jesus Cristo de los Andes, estátua na fronteira entre Argentina e Chile, na Cordilheira 
dos Andes. 
Créditos: Diego Grandi/Shutterstock. 
1.1 Cristianismo 
A fé em Jesus Cristo não se origina nas monarquias europeias que 
expandiram seus domínios no século XVI. As primeiras comunidades cristãs 
surgem na região do crescente fértil, entre os povos semitas, no interior do 
império romano, no período chamado helenístico (séc. I-VI d.C.). Conforme a 
tradição, Jesus de Nazaré, filho de Maria, era hebreu, do povo de Israel. Foi um 
mestre (rabí) que reuniu discípulos ao seu redor. Por conta de suas palavras e 
ações, entrou em conflito com as autoridades políticas e religiosas de seu tempo. 
Por volta do ano 30, foi morto por crucifixão – uma das penas mais cruéis da 
época –, condenado como “rei dos judeus”. A fé cristã também narra a sua 
ressurreição. 
Assim, a memória das palavras, da morte e da ressurreição de Jesus de 
Nazaré animam a organização de comunidades pela região do oriente médio. 
Segundo Dussel (1985, p. 167), eram sobretudo gente pobre, escravos e de 
pouco prestígio social, que se reuniam nas casas para celebrações. Mantendo 
oposição ao Império e às sinagogas, os primeiros cristãos foram perseguidos e 
mortos. Esta época é conhecida como “Igreja dos mártires”, pois muitos 
morreram por negar o culto aos deuses romanos, ou por professar a fé na 
ressurreição de Jesus, por exemplo. 
Os cristãos acreditam que Jesus é o messias esperado por Israel. Filho 
do Criador de tudo que existe, é a segunda pessoa da Trindade, junto com o Pai 
e o Espírito Santo. Ele é homem e Deus, único mediador e reconciliador da 
humanidade. Os cristãos creem ainda que a Salvação é operada pela ação 
gratuita da divindade, mediante a fé do ser humano. 
As comunidades cristãs se espalharam por todo o Império Romano, do 
norte da África à região eslava. Assim, a partir do século IV, lideranças políticas, 
reis e imperadores se converteram ao cristianismo. O mais conhecido foi 
Constantino. Assim, conforme Dussel (1985, p.175), o Estado usou a Igreja para 
justificar a dominação e o controle do povo, enquanto a Igreja usou os aparatos 
estatais para as suas atividades pastorais. Essa união marca um período 
chamado de “Cristandade”, ao longo do qual se desenvolve a identificação do 
 
 
4 
cristianismo com as culturas europeias: armênia, bizantina, latino-germana, 
russa, polonesa. 
Na mesma época da invasão do Novo Mundo, na passagem do século XV 
para o XVI, entre os cristãos ocidentais acontece o que ficou conhecido como 
Reforma Protestante. Como explicam Andrade e Rüppel Junior (2021, p. 119), a 
Reforma foi um movimento no interior da Igreja ocidental que buscou renovar as 
suas crenças e doutrinas a partir da Bíblia. O movimento deu origem a novas 
expressões eclesiásticas do cristianismo, como luteranos, anabatistas, 
calvinistas e anglicanos. 
1.2 Cristianismo latino-americano 
O cristianismo que chega no Novo Mundo, através dos católicos, é 
marcado por um viés bélico. A cruz, sinal de Salvação para os cristãos, chega 
na América com a espada, trazida por espanhóis e portugueses. Assim, como 
explica Dussel (1992, p. 9-11), a religião cristã abençoou e justificou a 
dominação, nas figuras da Igreja e do Estado. Evangelização e civilização são 
duas expressões de um mesmo processo violento: impor fé e cultura a pessoas 
consideradas selvagens. Conforme explica Rüppell Junior (2020, p. 47), o papa 
Alexandre VI, através da bula Inter cætera, de 1493, concedeu ao Rei espanhol 
direitos de colonização e evangelização dos territórios a leste, enquanto Portugal 
ficava com a parte a oeste de Cabo Verde. 
A Igreja católica se organizou hierarquicamente na américa espanhola, a 
partir do Caribe, pela criação de dioceses e paróquias e pela construção de 
templos, com presença de clero secular e ordens religiosas, de franciscanos, 
mercedários, carmelitas e jesuítas (Rodríguez, 1992, p. 70). Na América 
portuguesa, a primeira etapa de evangelização foi levada a cabo por clérigos 
para atender às necessidades dos colonos. Somente com a chega dos jesuítas, 
em 1549, começa uma nova etapa, com intensa atividade missionária junto aos 
povos originários, mas não sem atritos com autoridades políticas e religiosas. 
Como observa Rodríguez (1992, p. 83): “à diferença do avanço das estruturas 
eclesiásticas das colônias espanholas, no Brasil o desenvolvimento da Igreja 
institucional foi lento” – considerando que, até 1675, havia apenas um bispo, da 
Bahia. 
Os protestantes, na mesma época, tentam estabelecer comunidades no 
Novo Mundo. Ao norte, os tripulantes ingleses do navio Mayflower tiveram 
 
 
5 
sucesso na empreitada de descobrir um novo lugar para viver em uma sociedade 
cristã, liderados por puritanos calvinistas (Rüppell Junior, 2020, p. 47). No Brasil, 
conforme Torquato (2017, p. 17), os protestantes não tinham autorização para 
entrar no território, de modo que a sua presença acompanha as invasões 
francesas (1555-1567), no Rio de Janeiro, e holandesas (primeiro em 1624-
1625, depois em 1630-1654), no Pernambuco. As igrejas fundadas 
desapareceram com a expulsão dos invasores. Apenas com a abertura dos 
portos lusitanos para estrangeiros, no século XIX, outros cristãos passaram a 
viajar para o país (franceses, ingleses, estadunidenses, alemães e outros), de 
confissão diferente da católica (portugueses), acompanhando comerciantes e 
migrantes. No início do século XX, a partir da ação de missionários europeus 
que antes tinham passado pelos EUA, igrejas pentecostais começaram a se 
estabelecer no Brasil. 
Assim, se por um lado o cristianismo latino-americano ficou marcado por 
uma hegemonia católica e por uma disputa institucional e política entre católicos 
e protestantes, por outro, a mensagem cristã foi recebida como libertação por 
povos nativos, negros escravizados e colonos pobres. 
Conforme Armando Lampe (1992, p. 324), na Jamaica, “os escravos 
aproveitaram especialmente da Igreja batista nativa para organizar a resistência 
ativa contra a escravidão”; na Guiana, “contra as intenções do missionário J. 
Smith, os escravos aproveitaram-se de sua mensagem cristã, que frisava a 
igualdade entre as pessoas, para iniciar a rebelião contra a escravatura”. 
TEMA 2 – CATOLICISMO LATINO-AMERICANO 
Como vimos, o evangelho chega junto com a espada. Espanhóis e 
portugueses, a partir de 1492, impuseram aos povos ameríndios a sua cultura e, 
como consequência, a fé em Jesus Cristo. Assim, para entender o cristianismo 
latino-americano,é necessário estudar as suas origens, isto é, o cristianismo 
ibérico. Vejamos qual catolicismo chegou ao Novo Mundo e como se 
estabeleceu e se desenvolveu, em especial no Brasil. 
 
 
6 
 
Legenda – Catedral de Santiago de Compostela, Espanha. Segundo a tradição, ali está o 
sepulcro de Tiago Maior, apóstolo de Jesus. 
Créditos: Pabkov/Adobestock. 
2.1 Catolicismo Ibérico 
O cristianismo chega à Península Ibérica, território mais ao ocidente do 
ocidente – finis terrae, como define Dussel (1985, p. 185) –, através de sua 
tradição latina. Já no século II, comunidades cristã se encontravam 
estabelecidas na província chamada Hispania, que se consolidará como 
cristandade com a expansão visigótica (590-700). Não obstante, por sua posição 
geográfica, de passagem entre a Europa e a África, a península será por muito 
tempo um espaço de fronteira e uma zona de conflito. 
Os povos árabes e berberes, de religião mulçumana, dominaram o 
território por um longo período, proibindo o latim e quase apagando a presença 
cristã na região. Porém, a partir das Asturias, no norte, foi promovido o que ficou 
conhecido como reconquista. No séculos VIII ao XV, a cristandade foi se 
reorganizando e retomando antigos reinos, até alcançar o seu esplendor no 
século XVI. 
Como observa Dussel (1985, p. 194), é curioso que, ainda no ano de 
1492, em que Cristóvão Colombo chegou ao Novo Mundo, os espanhóis 
tomaram Granada, o último reino árabe na península, de modo que “a conquista 
 
 
7 
da América [...] é a continuação natural da reconquista espanhola”. Por isso, 
Torquato (2017, p. 16) afirma que “o catolicismo que ali se desenvolveu foi 
caracterizado pelo viés da reconquista e plasmado pelo ideário cruzadístico 
iniciado pelo Papa Urbano durante o Concílio de Clermont, em 1095.” 
2.2 Catolicismo latino-americano 
Conforme Rodríguez (1992), dois projetos de evangelização foram postos 
em marcha no Novo Mundo. Ainda que a evangelização da América acontecesse 
sob o signo da violência e opressão, foram feitas tentativas de reconhecimento 
da alteridade e da convicção de que a Salvação não deve ser imposta. Assim, o 
catolicismo que aqui se desenvolveu foi marcado, por um lado, pela proximidade 
com os poderes políticos, resquício do Padroado Régio, e por uma pretensão de 
uma cristandade colonial, submetendo tudo e todos à fé cristã católica; e por 
outro, pela construção de comunidades de pessoas livres, como queria Frei 
Bartolomeu de las Casas (citado por Rodríguez, 1992, p. 85): “Cristo concedeu 
aos apóstolos somente a licença e a autoridade de pregar o evangelho aos que 
voluntariamente o quisessem ouvir, mas não a de forçar ou inferir algum 
incômodo ou desagrado aos que não o quisessem escutar”. 
Segundo Rüppell Junior (2020, p. 47): 
Os missionários de ordens religiosas como a dos franciscanos, 
dominicanos e jesuítas acompanhavam os exploradores na 
colonização da América, desde o Haiti até Lima, da Venezuela até o 
Paraguai. Vindo a se preocupar bastante como a dignidade dos 
nativos, conforme revela o conflito com os bandeirantes na região de 
São Paulo, no Brasil (Grego, 2008, p. 56). 
Rodríguez (1992) relata que as primeiras dioceses e paróquias surgem no 
Caribe, já em 1511, expandindo-se tanto para dentro das ilhas como em direção 
ao continente. A construção de igrejas e conventos no Novo Mundo, segundo o 
regime do padroado, ficou sob responsabilidade de autoridades civis. O mesmo 
aconteceu com a criação de paroquias e a nomeação de bispos. Pelo padroado, 
a Igreja a autorizava que um senhor, o patrono, organizasse a vida eclesiástica 
em determinadas terras. Dessa forma, o administrador ficava responsável pela 
construção e manutenção das igrejas, bem como pelo sustento do culto e dos 
clérigos. 
Assim, a atividade da hierarquia católica não se restringiu apenas ao culto, 
mas contribuiu, sobretudo, com a educação. Por muito tempo, a igreja foi a 
 
 
8 
principal responsável pela educação, saúde e assistência social nas colônias, e 
posteriormente nos Estados nacionais da América Latina. Conforme Torquato 
(2017, p. 17), a Igreja católica, no Brasil, através dos jesuítas, catequizou os 
índios e educou a elite colonial, conseguindo manter a sua hegemonia no “poder 
e no imaginários daqueles que formavam a opinião pública brasileira”, de modo 
a afastar o perigo protestante. 
Conforme Eduardo Hoornaert (1992, p. 306), a evangelização no Brasil 
foi “de cima para baixo e de fora para dentro”. Os índios foram benevolamente 
reduzidos ao mundo europeu em “missões” e “aldeias”. Os negros escravizados, 
encerrados nos engenhos de cana de açúcar, foram submetidos às violências e 
devoções dos senhores. Mas esse processo não se desenvolveu sem 
resistências e rebeldias, pois houve a produção de um cristianismo mestiço “de 
muita reza pouco padre, muito santo pouco sacramento, muita festa pouca 
penitência, muita promessa pouca missa” (Hoornaert, 1992, p. 306). 
TEMA 3 – PROTESTANTISMO LATINO-AMERICANO 
A América Latina está marcada culturalmente pela devoção popular 
católica. A empresa colonial foi bastante eficaz no enraizamento do cristianismo 
católico no continente. Porém, isso não impediu que o cisma do ocidente 
chegasse ao Novo Mundo, e que assim comunidades calvinistas, luteranas, 
anglicanas, batistas, metodistas etc. anunciassem o Evangelho, frutificando suas 
experiências autóctones. Vejamos como se formou e se desenvolveu o 
protestantismo por aqui. 
 
 
9 
 
Legenda – João Maurício de Nassau, cristão reformado holandês do século XVII, governou por 
24 anos a colônia neerlandesa do Recife, que chegou a ter cerca de 22 igrejas e congregações 
protestantes. 
Crédito: Morphart_creation/Shutterstock. 
3.1 Origens do protestantismo latino-americano 
Como explica Jean-Pierre Bastian (1992, p. 468), a reforma protestante é 
contemporânea à expansão colonial de Espanha e Portugal. Assim o 
protestantismo na América começa com as invasões ao Novo Mundo. Do ponto 
de vista religioso, as colônias marcaram a expansão da fé cristã sem a corrupção 
protestante; do ponto de vista político, caracterizaram-se pela disputa por 
controle das rotas marítimas comerciais. Assim, “o protestantismo foi 
considerado como uma heresia que ameaçava a integridade ideológica e política 
de uma unidade sociopolítica complexa erigida no modelo da cristandade”. 
Tratava-se de uma ameaça a ser combatida, tanto em terra como nos mares. 
A primeira tentativa de fixação aconteceu em 1555, quando Nicolas 
Durand de Villegaignon, liderando uma frota francesa, invadiu a Baía de 
Guanabara e estabeleceu a França Antártica em uma ilha. Segundo Torquato 
(2017, p. 31), esse empreendimento foi econômico, pois a França tinha interesse 
no pau-brasil, mas também religioso. A experiência durou 5 anos, tendo recebido 
o apoio de João Calvino. Desse modo, luteranos, calvinistas, católicos e tamoios 
tiveram uma convivência relativamente pacífica. Porém, os portugueses 
expulsaram completamente os franceses em 1567. 
 
 
10 
Os holandeses tentaram se estabelecer, no século seguinte, no nordeste 
brasileiro. Primeiro, sem sucesso, em 1624-25. Após cinco anos, segundo 
Torquato (2017, p. 36), liderados por João Maurício de Nassau, retornam com 
64 navios e 3,8 mil homens, e logo mais 6 mil. Estabeleceram uma zona de 
liberdade e tolerância religiosa entre reformados, católicos, judeus e tapuias, 
ampliando o tráfico negreiro e a mão de obra escrava nos engenhos de cana-de-
açúcar. Segundo Bastian (1992, p. 470), os holandeses chegaram a ter 22 
igrejas e congregações protestantes, com cerca de 50 pastores ao logo dos 24 
anos em que dominaram as regiões de Olinda e Recife, no Pernambuco. No 
Caribe, também se desenvolveram colônias protestantes, conduzidas por 
ingleses, holandeses e dinamarqueses, baseadas no trabalho escravo e no 
cultivo de cana-de-açúcar. 
Somente no século XIX, sob a hegemonia do ImpérioBritânico, e movidas 
por questões comerciais, as nações recém independentes aceitaram a tolerância 
religiosa (Bastian, 1992, p. 476), permitindo a construção de templos e cemitérios 
protestantes e autorizando cultos públicos para a comunidade estrangeira 
residente. O protestantismo nasce no continente, como explica Bastian (1992, p. 
483), articulando um anticatolicismo autoritário com o liberalismo radical de 
valores democráticos e seculares, com contribuições na política republicana e 
na educação de ricos e pobres. 
3.2 Consolidação e expansão protestante 
O protestantismo é um fenômeno religioso de princípios bastante 
diversos. A partir da Reforma no século XVI, diversos movimentos reformadores 
aconteceram no interior das Igrejas, dando origem a novas denominações. Não 
obstante a sua expressão minoritária na população latino-americana, no século 
XX os protestantes já estavam organizados em diversas denominações em todo 
continente: 
Essa minoria religiosa tinha-se organizado pouco a pouco e, sob a 
influência dos modelos missionários, era regida por estruturas de 
assembleiam de sínodo de conferência ou de convenção, segundo as 
tradições presbiterianas, congregacionistas, luteranas, metodistas ou 
batistas, entre outras. Essas estruturas organizacionais davam forma 
às sociedades protestantes e eram lugares privilegiados para inculcar 
práticas e valores democráticos. Ao mesmo tempo, esforços unitários 
se desenvolveram e reuniram as diversas sociedades anualmente em 
nível nacional, o que não tardou a se transformar, por movimentos 
similar em nível continental, quando o primeiro congresso das 
 
 
11 
sociedades protestantes na América Latina, celebrado no cidade do 
Panamá, em fevereiro de 1916. (Bastian, 1992, p. 492) 
De grande importância para o protestantismo foi a ação missionária norte-
americana, sobretudo de pentecostais. Estes, ao contrário de outras 
denominações, conhecidas como evangélicos tradicionais, que ficaram muito 
restritas a suas comunidades nacionais, ganharam capilaridade entre os 
camponeses e trabalhadores, com a criação de igrejas como as Assembleias de 
Deus e a Congregação Cristã do Brasil. Torquato (2017, p. 61-62) observa que 
o protestantismo se desenvolveu em oposição ao catolicismo. O protestante era 
o oposto do católico; no caso pentecostal, era caracterizado por longos cabelos 
e roupas simples, abandando eventos esportivos e sempre com rigor disciplinar. 
Se, por um lado, a ascese evangélica formava um cidadão com valores morais 
exemplares para a sociedade, por outro tornava a comunidade religiosa um 
gueto. Afinal, após a conversão, o fiel não mantinha mais seus antigos laços 
sociais e afetivos. 
Torquato (2017, p. 62) destaca, ainda, que o crescimento das Igrejas 
protestantes também foi resultado da expansão urbana, pois elas eram o 
principal local de socialização das pessoas recém-chegadas às cidades. Pouco 
a pouco, os protestantes ampliaram a sua atuação no Brasil, não apenas pela 
prestação de serviços educativos e de saúde, mas também através de intensa 
atividade proselitista, marcada, entre outros aspectos, por grandes cultos de 
cura, entendidos como momentos de intervenção miraculosa e divina. 
TEMA 4 – NOVAS EXPRESSÕES DO CRISTIANISMO NA AMÉRICA LATINA 
O cristianismo como fenômeno religioso acompanhou o desenvolvimento 
das culturas. Ainda que se possa perceber uma fixação doutrinal que atravessa 
os séculos, o que é expresso textualmente no chamado Credo Apostólico, ao 
longo dos tempos surgiram novas manifestações religiosas no interior do próprio 
cristianismo. A partir disso, podemos perceber fenômenos como o 
neopentecostalismo, a renovação carismática e as novas religiões que também 
se manifestaram na América Latina. 
 
 
12 
 
Legenda – As novas expressões do cristianismo na América Latina ficaram marcadas pelo 
espetáculo midiático, pela pregação fundamentalista e pela ideologia neoliberal. 
Créditos: Paul Shuang/Shutterstock. 
4.1 Neopentecostalismo 
Como observa Senia Pilco (1995, p. 37-38), o movimento pentecostal, é 
marcado pela espontaneidade litúrgica e pela insistência na ação do Espírito 
Santo, com o cultivo explícito de dons carismáticos, glossolalia (oração em 
línguas), curas e milagres, além de um forte compromisso comunitário. No 
decorrer do século XX, ele se espalhou a partir dos EUA por toda a América 
Latina. Com o crescimento urbano, a expansão do capitalismo transnacional e o 
desenvolvimento dos meios de comunicação de massa (primeiro o rádio e a 
televisão, depois a internet), emergiu um novo movimento cristão. Assim, vemos 
surgir as chamadas “igrejas eletrônicas”, com líderes “televangelizadores”, que 
oferecem um espetáculo midiático, com pregação bíblica fundamentalista e 
ideologicamente alinhada ao neoliberalismo de Ronald Regan, nos EUA. 
Adilson José Francisco (2014, p. 11-12) compreende o 
neopentecostalismo como continuação do pentecostalismo clássico, na medida 
em que enfatiza a ação do Espírito Santo nas curas, milagres e interpretações 
bíblica. Não obstante, há também uma inovação no ethos evangélico. Os 
neopentecostais surgem em contextos eminentemente urbanos e interculturais, 
 
 
13 
de modo que há uma diferenciação importante com o pentecostais clássicos, nos 
seguintes aspectos: 
liberalização de hábitos da vida cotidiana, como formas de vestir; 
defesa da “teologia da prosperidade”; acentuada ênfase na atuação do 
diabo como explicação dos males; combate às religiões mediúnicas e 
ao catolicismo; extensa prática de rituais de cura e exorcismos; 
ostensiva atuação midiática e político-partidária, estruturada, em geral, 
com base no modelo de gestão empresarial adotado pela Igreja 
Universal do Reino de Deus, Internacional da Graça, Renascer em 
Cristo, Mundial do Poder de Deus, Ministério Sal da Terra, e uma 
miríade de denominações evangélicas de origem mais recente. 
(Francisco, 2014, p. 12) 
Torquato (2017, p. 134-135) sublinha que o neopentecostalismo segue a 
lógica capitalista meritocrática, ao se voltar para a prosperidade e para um Deus 
que realiza tudo o que o fiel deseja. Basta pedir, investir, se dedicar e receber. 
Os problemas são vistos como falta de fé ou ação diabólica. Por conta disso, 
passa a ser travada uma batalha espiritual para a libertação individual e da 
cidade. Assim, os meios de comunicação e a política partidária também se 
tornam campos de ação para cantores, obreiros, pastores e bispos 
neopentecostais, compreendidos como apostolado que se presta a salvaguardar 
e impulsionar valores cristãos contra as investidas do Diabo, além de 
beneficiarem as próprias denominações. 
4.2 Renovação carismática e novas religiões 
O pentecostalismo também desencadeou, no interior das Igrejas 
históricas, incluindo a Igreja Católica, movimentos de renovação, que não 
significam necessariamente uma ruptura com as denominações. Conforme Pilco 
(1995, p. 38-39), os movimentos de renovação carismática derivam, entre 
protestantes e católicos, da vivência e da reflexão sobre os diferentes dons de 
cada crente, bem como de suas compreensões sobre a ação de Cristo e do 
Espírito na Igreja. Tomando o pentecostalismo clássico como premissa 
fundamental, tais movimentos expressam o desejo de libertação da Igreja. 
Não obstante, Rosa (2016, p. 42) observa que o movimento pentecostal 
não se resume a uma confissão cristã, mas é expressão da pentecostalidade 
própria da fé cristã. Portanto, é um movimento transconfessional, pois “nenhuma 
denominação pentecostal ou movimento carismático pode deter a plenitude da 
experiência do Espírito”. Ensaia-se uma reaproximação entre cristãos católicos 
e protestantes. 
 
 
14 
Outros movimentos religiosos surgem entre os cristãos, tendo o texto 
bíblico como inspiração. Porém, muitos não consideram tais movimentos como 
cristãos, por conta de desvios doutrinário, como uma fé não trinitária, ou a crença 
em outrostextos como revelação divina, para além da Bíblia. Segundo Pilco 
(1995, p. 40): “Os movimentos religiosas contemporâneos possuem 
características especificas e comuns, com o fato da ter sido fundadas por um 
indivíduo que se autodefine “o novo profeta” eleito pela divindade para entregar 
aos homens as últimas revelações de Deus”. 
TEMA 5 – CRISTIANISMO DE LIBERTAÇÃO NA AMÉRICA LATINA E MISSÃO 
INTEGRAL 
Para finalizar esta aula, vamos estudar uma expressão do cristianismo 
que surge a partir da década de 1960, no meio popular, rural e urbano, entre 
trabalhadores e camponeses. Trata-se de uma pesagem peculiar. O cristianismo 
latino-americano de reflexo das vivências cristãs e das teologias estrangeiras, 
seja entre protestantes ou católicos, passa a ser fonte de uma experiência, a 
qual, baseada na fé bíblica, assume os desafios e os problemas da vida 
concreta, sobretudo no engajamento em prol da superação de situações de 
pobreza e dependência. 
 
Legenda – O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), no Brasil, tem suas origens no 
cristianismo da libertação, expresso pelas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). 
 
 
15 
Créditos: Joa Souza/Shutterstock. 
5.1 Teologia da libertação 
Michel Löwy (2016, p. 74-75) define como cristianismo da libertação um 
movimento social que reuniu clérigos, leigos (em sua maioria) e organizações 
populares a partir da década de 60. A ideia desse movimento se diferencia da 
noção de “Igrejas dos Pobres”, pois é uma experiência para além das estruturas 
eclesiásticas, bem como da própria “Teologia da Libertação”, pois não pode ser 
reduzida à produção textual de importantes estudiosos latino-americanos. 
Assim, o cristianismo da libertação é tanto reflexo de uma práxis, como a reflexão 
sobre essa práxis. O sentido aqui não é propriamente político ou sociológico, 
mas religioso e espiritual, expressando-se pela “opção preferencial pelos 
pobres”, com a percepção de que são sujeitos da história, e não objeto da 
caridade cristã. 
Entre os católicos, tal opção é assumida explicitamente pela hierarquia 
continental, reunida na Conferência Episcopal Latino-Americana (Celam), nas 
Assembleias de Medellín (1968) e Puebla (1979), e reafirmada em Aparecida 
(2007), pelo Papa Bento XVI, como implicação da fé cristológica da Igreja 
(Bingemer, 2017, p. 43-47). Porém, teóricos da libertação da América Latina 
foram objetos investigados e silenciados pelo Vaticano nos últimos 50 anos. 
Como observa Löwy (2016, p. 84), este movimento não foi operado desde 
as sacristias, mas resultado de convergências internas e externas à Igreja, a 
partir da periferia para o centro, combinando a fé cristã do povo com o 
crescimento da classe trabalhadora urbana, o desenvolvimento dependente das 
nações latino-americanas e a consequente pauperização da população, somada 
à intensificação das lutas sociais, cujo clímax é a Revolução Cubana, de 1959. 
A organização das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), espalhadas por todo 
o continente, foi central. Segundo Bingemer (2017, p. 33), a comunidade de base 
é uma organização simples e horizontal, liderada comumente por mulheres, 
tendo como base a leitura da bíblica, sempre confrontada com a realidade, a fim 
de produzir transformações em favor dos pobres. Tais comunidades são a base 
para diversos movimentos sociais na América Latina, como o Movimento dos 
Trabalhadores Sem Terra (MST), no Brasil, os sandinistas, na Nicarágua, e os 
zapatistas, no México. 
 
 
16 
Do ponto de vista teórico, diversas contribuições reflexivas de católicos e 
protestantes marcaram a teologia da libertação, como Gustavo Gutierrez, 
Leonardo e Clodovis Boff e Ruben Alves, e podem ser assim caracterizadas, 
conforme Löwy (2016, p. 77): 1. combate a idolatria da morte; 2. libertação 
histórica como antecipação do Reino de Deus; 3. crítica à teologia dualista de 
origem platônica; 4. nova hermenêutica bíblica, centrada na experiência do 
Êxodo; 5. crítica moral e social ao capitalismo como pecado estrutural; 6. 
mediação analítica com o marxismo; 7. opção pelo pobres e solidariedade com 
as lutas de libertação; e 8. comunidades inseridas entre os pobres. 
5.2 Teologia da missão integral 
A missão integral, como o próprio nome sugere, diz respeito à 
integralidade da missão da Igreja. É a expressão de um protestantismo histórico 
engajado com todos os seres humanos e com o ser humano todo. Como explica 
Cícero Bezerra (2017, p. 14), o conceito de integralidade compreende que a 
pregação do evangelho não se limita ao culto, à adoração e ao louvor a Deus, 
mas abrange a totalidade humana, comprometendo-se com demandas 
espirituais, sociais e emocionais, além de outras necessidades humanas. Trata-
se de um proposta de teólogos latino-americanos – conforme Rodrigues (2009, 
p. 18), de uma teologia holística, feita “de baixo”, contextualizada, enraizada no 
Movimento Evangélico, unindo a evangelização com a responsabilidade social. 
Valdir Steuernagel (1992, p. 7-8) enfatiza, ao apresentar a obra do teólogo 
equatoriano René Padilla, Missão Integral, que “a evangelização não pode 
acontecer de forma alienada da realidade”. Essa reflexão de Padilla 
foi apresentada em 1974, no 1º Congresso Internacional sobre Evangelização 
Mundial (Lausanne), cujo tema era “Para que o Mundo ouça a Sua voz”. A 
Missão Integral, portanto, é um movimento que faz parte da senilidade da igreja 
com o anúncio do Evangelho. Nesse sentido, compreende-se a preocupação de 
Padilla (1992, p. 149-150): 
O desafio que a igreja encara no campo do desenvolvimento hoje é 
fundamentalmente o desafio de um desenvolvimento humano, no 
contexto da justiça. Fazem falta modelos de missão plenamente 
adaptados a uma situação marcada por uma distância abismal entre 
ricos e pobres. Os modelos de missão baseados na riqueza do 
Ocidente solidarizam-se com esta situação de injustiça e condenam as 
igrejas do mundo pobre a uma permanente dependência. No final das 
contas, portanto, são contraproducentes para a missão. 
 
 
17 
Rodrigues (2009, p. 60) aponta, ainda, que a missão integral nasce como 
ruptura com a prática missional estadunidense de “ganhar almas” no continente, 
sendo fruto da necessidade de teólogos e pastores latino-americano de uma 
interpretação da salvação comprometida com a transformação da realidade, a 
partir de uma leitura distinta do mundo anglo-saxão do Congresso de Lausanne 
(1974). Tal conflito impediu a popularização da missão integral, que ficou restrita 
aos círculos teológicos. 
NA PRÁTICA 
O atual Presidente da República Federativa do Brasil, Jair Messias 
Bolsonaro (sem partido), foi eleito, em 2018, fazendo uso de diversas referências 
religiosas, como seu lema de campanha e o nome da coligação eleitoral: “Brasil 
acima de tudo, Deus acima de todos”. Tendo conhecido um pouco sobre o 
cristianismo na América Latina, leia o texto a seguir e tente estabelecer relações 
entre os grupos religiosos que formam o cristianismo latino-americano com os 
citados no texto. 
PY, F. Nunca se viu um governo tão abençoado: fundamentos teológicos do 
bolsonarismo. Instituto Humanitas Unisinos, 17 out. 2020. 
<http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/603763-nunca-se-viu-um-governo-tao-
abencoado-fundamentos-teologicos-do-bolsonarismo-artigo-de-fabio-py>. 
Acesso em: 6 set. 2021. 
FINALIZANDO 
Nesta aula, estudamos os seguintes temas: 
• A fé em Jesus de Nazaré chegou na América Latina no século XVI, sendo 
formada historicamente pelo catolicismo ibérico e pelo protestantismo 
anglo-saxão, bem como por expressões autóctones como a mensagem 
de libertação. 
• O catolicismo chegou junto com a espada dos colonizadores portugueses 
e espanhóis. Foi uma experiência violenta marcada por um espírito 
cruzadístico. Porém, houve tentativas de anúncio pacífico com respeito à 
alteridade dos povos originários. 
• O protestantismo chega à América Latina oficialmente no século XIX. 
Antes,foram desenvolvidas tentativas fracassadas, sobretudo com as 
 
 
18 
comunidades migrantes. Diversas sociedades protestantes se organizam 
no continente, e assim diversas denominações contribuíram para a 
política e a educação da região. Destaque para as missões norte-
americanas e pentecostais, que produziram igrejas autóctones. 
• Novas expressões religiosas surgem ao longo do século XX, marcadas 
pelo espetáculo midiático, pela pregação fundamentalista e pela ideologia 
neoliberal. Neopentecostais e carismáticos são expressões da 
pentecostaliade da fé cristã. 
• O cristianismo latino-americano é fonte de experiências eclesiais e 
teológicas de compromisso político e social, vinculando fé e vida. O 
cristianismo da libertação e a missão integral da Igreja são expressões de 
um engajamento, a partir da fé bíblica, em busca da superação de 
situações de pobreza e dependência que marcam historicamente o 
continente. 
 
 
 
 
19 
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influências e movimentos históricos. Curitiba: InterSaberes, 2021. 
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Paulo: Edições Paulinas,1992. 
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BINGEMER, M. C. Teologia latino-americana: raízes e ramos. Petrópolis: 
Vozes; Rio de Janeiro: Editora PUC, 2017. 
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Latina. São Paulo: Fundação Perseu Abramo; Expressão Popular, 2016. 
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B; Temática Publicações, 1992. 
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impedimentos entre Evangélicos e Evangelicais Dissertação (Mestrado) –
UMESP/PPGCR, São Paulo, 2009. 
 
 
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RODRÍGUEZ, M. A invasão e a evangelização na América Latina (século XVI). 
In: DUSSEL, E (Org.) História liberationis: 500 anos de história da Igreja na 
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carismáticos. Caminhos de Diálogo, Curitiba, ano 4, n. 6, p. 39-49, jan./dez. 
2016. 
RÜPPEL JUNIOR, I. Cristianismo. Curitiba: Contentus, 2020. 
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o reino e a igreja. São Paulo: FTL-B; Temática Publicações, 1992. p. 7-8. 
TORQUATO, N. O cristianismo no Brasil: dos navegantes portugueses aos 
navegantes digitais. Curitiba: InterSaberes, 2017.

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