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O Desenvolvimento do Sistema de Bretton Woods, 1947-1961 História Econômica Geral II – IE/UFRJ Daniel Barreiros A questão da conversibilidade da libra esterlina � Em tese, situação era favorável para a moeda inglesa no pós-Segunda Guerra Mundial � Reconstrução era viável � Capacidade produtiva e oferta de moeda não exigiam maxidesvalorização � Inflação era menor que nos países continentais Entraves à conversibilidade da libra esterlina � Barreiras comerciais � Controles de capitais � Ativos em libras detidos pela Commonwealth � Saldos £ 3,5 bi � Reservas £ 0,5 bi � Negociar conversão em papéis ilíquidos era inviável � Difíceis negociação bilaterais para o bloqueio dos saldos se impunham Pressão dos EUA pela conversibilidade da libra � Encerrar regime de preferência imperial � Apoiar interesses exportadores dos EUA � Expectativa de realinhamento global a partir a conversibilidade da libra � Concessão de empréstimo de US$ 3,75 bi Crise da Libra, 1947 � Conversibilidade: 15/07/1947 � Inconversibilidade: 20/08/1947 � Câmbio de equilíbrio havia mudado de forma radical � Recessão nos Estados Unidos, 1948-1949 � Importações americanas vindas da zona de libra caem � Agentes se antecipam e atacam a libra � Desvalorização em 09/1949 Estados Unidos flexibilizam as exigências para entrada no sistema Bretton Woods � Crise da Libra + Início da Guerra Fria � Transição para o regime de Bretton Woods é alongada � Plano Marshall é autorizado � EUA abrandam retórica liberal � Aceitam algumas práticas rejeitadas na conferência de Bretton Woods, caso a caso França busca alternativas ao dólar escasso e à fragilidade cambial � Desvalorização do franco de 119F para 214F por US$ � Prática de câmbio paralelo � Flexibiliza restrições à desvalorização � Retaliação do FMI � Governo francês decide impor taxa média 264F por US$ Europa ocidental unida para contornar a escassez de dólares � Superávit americano crescia em US$ 3 bi a.a. � Resultava em déficits persistentes e crescentes na Europa ocidental � União Europeia de Pagamentos (1950-1958) � Objetivo: restaurar conversibilidade em conta corrente � Mecanismo multilateral de compensações � BIS era responsável por acompanhar as transações no âmbito da UEP � Membros da UEP deviam reduzir e equalizar suas tarifas externas Bibliografia � EICHENGREEN, B. O sistema de Bretton Woods. In: A globalização do capital. São Paulo, Editora 34, p. 131-182, 2000.