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APS GESTÃO DE PESSOAS Treinamento e Desenvolvimento (T&D) Treinamento: “educação profissional que visa adaptar o homem ao trabalho em determinada empresa, preparando-o adequadamente para o exercício de um cargo podendo ser aplicado a todos os níveis ou setores da empresa” Barreto (1995). Desenvolvimento: “aperfeiçoar as capacidades e motivações dos empregados a fim de torná-los futuros membros valiosos da organização” (MILKOVICH e BOUDREAU, 2000). A partir do entendimento dos conceitos de treinamento e desenvolvimento, pode-se deixar claro que o treinamento é voltado para o condicionamento da pessoa e para a execução de tarefas, já o desenvolvimento trata-se do crescimento da pessoa em nível de conhecimento, habilidade e atitude. Outro fator importante de se pontuar é em momento a organização visualiza a necessidade de implantar algum T&D. Pode-se dizer que os principais momentos são: quando se identifica metas a se cumprir ou gargalos a serem reparados; falhas na comunicação; remanejamento de pessoas; modernização da organização; diagnose da organização que aprende (Peter Senge). Ademais, as principais finalidade do T&D são adequar as pessoas à cultura organizacional, mudar atitudes inadequadas, adaptar as pessoas para lidar com a modernização da empresa, preparar pessoas para serem remanejadas entre outras coisas. Vantagens do T&D · Ganho em competitividade e em qualidade · Identifica os pontos fortes e fracos das pessoas e da organização como um todo · Capacita as pessoas da organização · Aumenta a lucratividade da empresa · Racionaliza procedimentos · Aumenta a produtividade · Propicia um clima organizacional saudável · Reduz desperdícios e retrabalho Desvantagens do T&D · Mobilização de recursos · Dificuldade de gerir modismos · Pessoas têm dificuldade em perceber seu próprio crescimento · Dificuldade do remanejamento de pessoas · Dificuldade de outplacement (recolocação) Por fim, segue um processo simples de como funciona o treinamento e desenvolvimento dentro de uma empresa: Primeira etapa: Diagnose, ou seja, definir: Por que treinar e desenvolver? Para que treinar e desenvolver? Quem deve ser treinado e desenvolvido? Quando deve ser treinado e desenvolvido? Segunda etapa: Planejamento Qual a melhor forma de treinar e desenvolver? Que comportamentos devem ser modificados? Onde deve ser ministrado? Quem deve treinar e desenvolver? O que deve ser avaliado? Ensinar: · O que deve ser ensinado? · Como deve ser ensinado? · Quanto deve ser ensinado? · Quando deve ser ensinado? Terceira Etapa: Implementação: fatores que afetam a implementação de programas de T&D: · Qualidade dos participantes e dos recursos; · Facilidades de comunicação; · Envolvimento da administração superior; · Flexibilidade do programa. Quarta Etapa: Avaliação: Acompanha todo o processo e não apenas o final dele, é uma forma de balanceamento onde os resultados alcançados e os esperados são comparados de forma que os possíveis desvios possam ser contornados (feedbacks). Avaliação de desempenho (AD) Avaliação de desempenho: implica na “identificação, mensuração e administração do desempenho humano nas organizações” (GÓMEZ-MEJÍA, BALKIN e CARDY, 1995). Desempenho: “conjunto de entregas e resultados de determinada pessoa para a empresa ou negócio” (DUTRA, 2002). Resumidamente a avaliação de desempenho engloba todo o processo desde a identificação do desempenho, passando pela mensuração, ou seja, medindo tal desempenho, até alcançar projeções para o médio e curto prazo, onde o potencial de cada estará a serviço da organização. Por quais motivos implantar a AD? · Alicerçar a ação do gestor · Nortear e mensurar o processo de treinamento e desenvolvimento (T&D) · Facilitar o feedback das pessoas · Facilitar o progresso das organizações O processo de avaliação de desempenho muita das vezes necessita de ter alguns cuidados na hora de ser implantando, alguns desses cuidados são: que as pessoas não vejam a sua participação “como uma situação de recompensa ou de punição pelo desempenho passado” (RIDER,1973); o processo não pode ser visto como injusto; o grupo de avaliadores precisa ter uniformidade quanto à mensuração atentando para a questão da “leniência, que trata da tendência que têm algumas pessoas de abrandar o seu julgamento sobre os avaliados; o processo deve, necessariamente, agregar valor àqueles envolvidos; o avaliador não pode “se deixar levar por alguma característica do avaliado que lhe impede de interpretar as demais características com neutralidade e clareza” (MARRAS, 2000); Outro ponto importante são as finalidades da AD, que abrange principalmente a identificação do valor das pessoas para a organização, desenvolver talentos, fornecer informações essenciais que auxiliem o desenvolvimento, tornar transparente a relação entre avaliadores e avaliados além de abastecer a organização com avaliações periódicas. Vantagens da AD: · Possibilita a descoberta de talentos · Facilita o feedback às pessoas da organização · Auxilia o direcionamento dos esforços da organização · Auxilia o aprimoramento da qualidade de vida · Situa as pessoas na estrutura organizacional Desvantagens da AD: · Serve de justificativa para discussões salariais · Trata-se de um processo vulnerável · Há uma tendência à exclusão dos não envolvidos diretamente com o processo · Dificuldade de manter as avaliações periódicas · Inibe o desenvolvimento criativo do potencial humano · Dificulta a avaliação do grupo Existem alguns pré-requisitos importantes quando se faz avaliações de desempenho, um deles é deixar claro o objetivo em sintonia com o desempenho e determinar o responsável pelo processo. Além disso o consentimento entre quem avalia e quem é avaliado é fundamental. Há também diversas opiniões sobre qual seria o melhor método para se avaliar as pessoas. Alguns acreditam que “o ideal é que cada uma delas avalie o seu próprio desempenho” (CHIAVENATO, 1999). Por outro lado, há quem defenda que “avalia o desempenho de cada um de seus membros (equipe) e programa com cada um deles as providências necessárias para a sua melhoria” (CHIAVENATO, 1999). Portanto, segue alguns tipos possíveis de AD já criados: · Método de escalas gráficas: utilização de indicadores de desempenho para a elaboração de gráficos, que facilitarão a avaliação; · Observação direta: cuidado, o avaliador pode dar a interpretação que desejar a determinado comportamento, atitude ou algum gesto mesmo ou até um olhar do alunado em observação; · Listas de verificação (check-list): o gestor analisa somente as características essenciais das pessoas da organização; · Pesquisa de campo: troca entre posições (unidades) acerca da pessoa a ser avaliada, de modo que ambas as atividades trabalhem em conjunto, avaliando no grupo o desempenho das pessoas individualmente; · Incidentes críticos: são avaliadas as atitudes das pessoas de uma forma extrema (pontos fortes ou fracos); · Avaliação por escrito: o responsável pelo processo tem a possibilidade de apresentar, por exemplo, os potenciais do avaliado; · Método comparativo: “utilizar análises comparativas entre uma e outra pessoa da organização ou entre esta última e o grupo onde ela atua” (MARRAS, 2000); · Padrões de trabalho: “estabelecimento de metas de trabalho e administração para as pessoas da organização, destinadas a melhorar a produtividade” (OBERG, 1997); · Escolha forçada (forced choice): possibilidade de neutralizar o subjetivismo ao “estabelecer padrões de comparação objetivos entre os indivíduos” (OBERG, 1997); · Avaliação por objetivos (APO): requer a participação ativa tanto do avaliador, quanto do avaliado, pois ambos sabem qual é o objetivo final da equipe, caso contrário poderiam “nadar, nadar e morrer na praia” (figura do atleta e treinador); · 360 graus: “quem emite os feedbacks são pessoas situadas em diferentes posições ao redor do receptor e que fazem parte de sua rede de contatos: superior imediato, subordinados, stakeholders, entre outros” (REIS, 2003); · Balanced Scorecard (BSC): intuito de avaliar o desempenhosob quatro perspectivas: financeira, do cliente, dos processos internos e do aprendizado e crescimento.
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