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UNIASSELVI 
CURSO BACHARELADO EM DIREITO
JEFFERSON ALMEIDA FREIRE
DIREITOS DAS COISAS – AV1
RONDONOPOLIS-MT
2021
 INTRODUÇÃO 
Neste estudo de caso apresentando será tratado uma forma clara e concisa um dos meios de aquisição originaria a usucapião é um instituto jurídico clássico, ao qual propõe a aquisição da aquisição da propriedade através da posse.
O Código Civil destina uma seção só para tratar do tema da usucapião de bens imóveis. Por consequência, a usucapião é um regulamento dentro do nosso ordenamento jurídico como meio de aquisição de bens imóveis, garantindo o direito à propriedade para aqueles que detenham as condições legais determinadas no CC. 
Portanto, neste estudo de caso estudaremos de forma mais precisa o instituto da usucapião de forma pratica, apresentado no caso hipotético, demonstrando as condições legais exigidas para a constituição do direito.
 
AV-1
Para tratamento inicial deste estudo, devemos observar alguns fatores, Joana está na posse mansa, pacífica e ininterrupta do referido imóvel, ela também usufruindo a propriedade como fonte de geração de renda e faz dela sua moradia, com mais de 11 anos consecutivos, considerando assim como se fosse proprietário, podendo assim pleitear a aquisição originaria do referido imóvel através do USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIO. 
Segundo Venosa (2013, p. 307) descreve o proprietário como a pessoa que pode dispor de uma coisa, usufruí-la ou até destruí-la é titular do direito mais amplo, dentro do que se denomina "direito real", ou seja, direito de propriedade.
Além disso, devemos mencionar a situação de abandono do imóvel rural, sendo como uma fonte de perca do imóvel conforme o § 1 do art. 1.276 do CC.
Neste contexto, existe uma forma originaria de aquisição da propriedade o usucapião extraordinário, consoante ao art. 1.238 do CC, e sua redução de tempo de 15 para 10 anos conforme o parágrafo único deste mesmo artigo.
Também, neste mesmo contexto pode-se ser usado o art. 1.239, por si tratar de um imóvel rural, utilizado como moradia e fonte de renda para com a família, o tempo de posse ininterrupta passa ser de 5 anos, ou seja, ela possui o dobro de tempo exigido por lei. 
Para compreender melhor o assunto Tocantins (2006, p. 19) descreve a usucapião:
	
Posse ad usucapionem: é a que se prolonga por determinado prazo lapso de tempo estabelecido na lei, deferindo a seu titular a aquisição de domínio. Para que adquira a posse por usucapião, será necessário, além dos elementos essenciais à posse, a aquisição de outros acidentais: boa-fé; decurso ou trato do tempo suficiente; que seja mansa e pacífica; que funde em justo-título, salvo na usucapião extraordinária; que seja “cum animo domini”, tendo o possuidor a coisa como sua.
Ainda, Tocantins (2006, p. 63-64) cita a diferença entre o usucapião extraordinária descrito no art. 1238 do CC e a usucapião ordinário descrito no art. 1.242 do CC.
3) Usucapião extraordinário: art. 1.238 do CC. 
Estabelece o Código Civil duas modalidades de usucapião extraordinário: 
 Comum: está previsto no caput do artigo 1.238, que reduziu o prazo de posse de 20 (vinte) para 15 (quinze) anos, impondo apenas o cumprimento pressupostos já mencionados anteriormente, sem qualquer limitação de metragem, nem exigindo do possuidor moradia ou que seja o seu único imóvel. 
 Social: está previsto no parágrafo único do art. 1.238 do CC, reduzido de 15 (quinze) para 10 (dez) anos se o possuidor tiver estabelecido moradia habitual ou se tiver realizado no imóvel obras ou serviços de caráter produtivo. 
4) Usucapião ordinário: art. 1.242 do CC. 
O usucapião ordinário decorre de justo título, isto é, um contrato translativo de domínio, sem, porém, garantir registro. Como dito anteriormente, o justo título presume a boa-fé. O legislador civil inovou ao criar o usucapião ordinário comum e o usucapião ordinário social.
 Usucapião ordinário comum: consuma-se pela posse mansa e pacífica por 10 (dez) anos ininterruptos e justo título. 
 Usucapião ordinário social: consuma-se pela posse por 5 (cinco) anos, exigindo do possuidor justo título e boa-fé objetiva. Isto significa dizer que a hipótese somente ocorrerá quando a pessoa adquirir onerosamente um imóvel que aparenta aos olhos de todos estar regular e que gere registro válido no cartório de Registro de Imóveis, que, por fato superveniente, venha a ser cancelado. Se o possuidor tiver moradia no local ou construção para atividades civis ou mercantis, terá direito de requerer usucapião.
No caso em tela preposto, a forma mais adequada de aquisição originaria do referido imóvel rural para Joana será o usucapião extraordinário consoante ao art. 1.238 do CC, com redução do lapso temporal de 10 anos ininterruptos, ou pelo art. 1.239 do CC, sendo um imóvel rural inferior a 50 hectares, ela constitui um tempo superior descrito em lei, ainda este imóvel se tornou sua moradia e fonte de renda, art. este abaixo descrito: 
Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. (BRASIL, 2002)
Joana possui posse própria do imóvel objeto do usucapião extraordinário, como poder ser observado que: posse própria aquela que conter um elemento essencial o animus domini, ou seja, a intenção de domínio, de ser proprietário do bem. Entretanto, também será considerada posse própria aquela que se originou pela tomada de posse alheia, ainda que injusta. (FARIAS e ROSENVALD, 2006, p. 60 APUD OLIVEIRA, 2011, p. 19) 
Quanto à posse imprópria, está se caracteriza por subordinação, ou seja, o possuidor a exerce em subordinação a outro que assim determina. Esse tipo de posse pode ser notado nos contratos de aluguel, onde o locatário exercerá sobre a coisa a posse imprópria, ainda embora justa. (MIRANDA, 1971, p. 42-43 APUD OLIVEIRA, 2011, p. 19)
Considerando a posse de Joana é caracteriza como uma posse direta, mesmo por não ter todos os poderes inerente a propriedade, esta exerce o contato físico e imediato.
Para tanto Fiuza (2006, p. 866, APUD OLIVEIRA, 2011, p. 18) explica que a posse será direta quando o possuidor exercer sobre a coisa poder físico imediato.
Assim, Tocantins (2006, p. 17) aporta a posse direta e a indireta: 
Posse Direta ou imediata: é a posse da pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal ou real; 
Posse Indireta ou mediata: a posse de quem a posse direta foi havida. Ou seja, o proprietário exerce a posse indireta em razão de seu domínio.
Ainda a posse de Joana é uma posse velha do referido imóvel, tendo um lapso temporal de 11 anos e 11 meses, ininterruptos sobre a posse do objeto em tela, assim Tocantins (2006, p. 17) descreve tais posses: “Posse Nova: é a posse de menos de ano e dia; Posse Velha: é a de ano e dia ou mais.”
No contexto apresentando, Joana tem boa-fé na posse do referido imóvel rural, para Tocantins (2006, p. 18) “Posse de boa-fé: é a posse onde o possuidor ignora o vício ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa. Trata-se de critério subjetivo, onde se analisam dados psicológicos sobre a posse; Posse de má-fé: o possuidor que tinha conhecimento da ilegitimidade de seu direito de posse, em razão de vício ou obstáculo impeditivo de sua aquisição. Pela teoria da ética, liga-se a idéia de má-fé à idéia de culpa; pela teoria psicológica, só se indaga da ciência sobre o impedimento por parte do possuidor.”
Portanto, Joana possui a seguintes características da posse: própria, direta, velha e boa-fé.
Segundo a teoria Savigny, Joana age de maneira animus no referido imóvel, tratando-se ela age como possuidora, realizando melhoria e transformando o objeto em fonte de renda para sua família. 
1-Teoria de Savigny: posse é o poder de dispor fisicamente da coisa, com o ânimo de considerá-la sua e defendê-la contra a intervenção de terceiros.
[...]
Há dois elementosna posse: um elemento material, o corpus, que é representado pelo poder físico sobre a coisa; e, um elemento intelectual, o animus, ou seja, o propósito de ter a coisa como sua.
2 – Teoria de Ihering: posse é o pressuposto para o exercício da propriedade.
Para esse jurista, a distinção entre corpus e animus é irrelevante, considerando que a noção de animus já se encontra na de corpus, sendo a maneira como o proprietário age em face da coisa de que é possuidor. (TOCANTINS, 2006, p. 14-15)
Consoante Junior (2019) destaca que para Savigny, corpus é o elemento material que traduz a possibilidade de dispor fisicamente da coisa. Já o animus reflete o aspecto espiritual, subjetivo, que é a intenção de ter a coisa como própria. Por esta teoria, somente a concorrência dos dois elementos permite que se fale em posse. Como é o caso de Joana ela possui estes elementos subjetivos, pois ela está fisicamente na propriedade abandonada e tem a intenção de ter como sua.
Tradição: no sentido jurídico é a entrega material da coisa adquirida, para lhe transferir a propriedade ou a entrega material da coisa devida, para que se cumpra a obrigação assumida, na intenção de dela se liberar, ou quitar.
[...]
A tradição pode ser:
 Efetiva ou real: entrega da própria coisa;
 Simbólica: entrega de uma representação da coisa, como a entrega das chaves do lugar onde o bem se encontra.
 Ficta: ficção aposta em um contrato, a qual se dá por meio da cláusula constituti no constituto possessório. (TOCANTINS, 2006, p. 55, 70)
Para continuarmos como o caso, deve-se observar o tipo de aquisição que Joana deverá obter, os tipos de aquisição da propriedade segundo Abram (2013, p. 146) são várias as formas de se adquirir a propriedade: registro do título, usucapião e acessão.
Primeiramente deve-se falar do título a que a lei se refere é a escritura pública, uma vez que, em se tratando de bens imóveis é obrigatório que esta seja lavrada em um cartório. Outra forma de aquisição da propriedade é a usucapião, que é o direito de propriedade que o possuidor da coisa que a possui como sua, sem que haja oposição de ninguém durante um certo prazo de tempo, passa a ter. Enfim, por último, adquire-se a propriedade pela acessão, que quer dizer tudo aquilo que é acrescido ao imóvel, que pode se dar de forma natural ou artificial. (ABRAM, 2013, p. 146-147)
Para Joana, ela utilizará como meio de aquisição originaria do imóvel, o instituto da usucapião de forma extraordinária.
Em consonância com a jurisprudência "o fâmulo da posse ou detentor é aquele que, em razão de sua situação de dependência econômica ou de um vínculo de subordinação em relação a uma outra pessoa (possuidor direto ou indireto), exerce sobre o bem, não uma posse própria, mas a posse desta última e em nome desta, em obediência a uma ordem ou instrução. (GOMES, 2008)
Para embasamento jurídico do caso em tela, consonante a decisão do TJMT de 11/02/2020, que corrobora para o fato:
RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE USUCAPIÃO –USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIO – ART. 1.238 DO CC/2002 – POSSE LONGEVA E COM ÂNIMO DE DONO – ORIGEM EM CONTRATO DE COMPRA E VENDA – AUSÊNCIA DE OPOSIÇÃO DURANTE O LAPSO PRESCRICIONAL – ROBUSTO CONJUNTO PROBATÓRIO – IMPRESCINDIBILIDADE PROVA TESTEMUNHAL – PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS COMPROVADOS – SENTENÇA REFORMADA – RECURSO PROVIDO. 1. A usucapião é modo de aquisição originaria da propriedade, que exige para sua caracterização a posse prolongada do imóvel, de forma mansa e pacífica, e com ânimo de dono (animus domini). 2. Um vez que no momento em que o Código Civil de 2002 entrou em vigor não havia transcorrido mais da metade do prazo estabelecido na lei revogada (CC/1916), deve ser observada as disposições do art. 1.238 do CC/2002. 3. A prova documental é suficiente à comprovação do exercício da posse nos moldes exigidos pela lei à caracterização da usucapião, não sendo imprescindível a prova testemunhal quando outros elementos de provas se mostraram idôneos à amparar a pretensão declaratória.
(N.U 0010915-10.2009.8.11.0003, CÂMARAS ISOLADAS CÍVEIS DE DIREITO PRIVADO, JOAO FERREIRA FILHO, Primeira Câmara de Direito Privado, Julgado em 11/02/2020, Publicado no DJE 04/03/2020)
Portanto, Joana possui o direito de obter o registro desta propriedade em seu nome, pois está fora abandonada pelo antigo proprietário, também ela possui um posse mansa e pacifica com mais de 5 anos ininterruptos nesta área, constitui seu lar e fonte de renda para seus filhos, constituindo assim a função social da propriedade.
CONCLUSÃO
O estudo de caso apresentado, demonstrou como poderíamos auxiliar a Joana a constituir o seu direito a propriedade conforme fundamentos basilares do CC, mostrou como a função social da propriedade foi constituída, mesmo o imóvel não sendo de Joana, via título, está agia como se fosse sua propriedade, constituindo um lar para seus filhos e também sua fonte de renda.
Para o Código Civil em seu art. 1.239 a usucapião extraordinário da propriedade rural a qual ela pleiteia, seria o meio mais viável de constituição do seu direito a propriedade, Joana possui vários fatores decisivos para pleitear o mérito, não vou entrar no quesito quanto a praticidade desta aquisição, por meio judicial ou extrajudicial. 
Portanto, a elaboração desta atividade demonstrou uma situação de posse e sua função social, e suas formas de aquisição, vindo de encontro com as atividades jurídicas dentro de um escritório, assim bastante atual e envolvente propõe um desafio maior no teor acadêmico. 
REFERÊNCIAS
ABRAM, Danielle Boppré de Athayde. Noções de direito/ Danielle Boppré de Athayde Abram. Indaial: Uniasselvi, 2013.
BRASIL, Casa Civil. LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Institui o Código Civil. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm> Acessado em 06 abr. 2021.
GOMES, Rede de Ensino Luiz Flávio. O que é fâmulo da posse? 2008. Disponivel em <https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/39989/o-que-e-famulo-da-posse> Acessado em 06 abr. 2021.
JUNIOR, Arão Teodomiro De Sousa. FORMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL PELO INSTITUTO DA USUCAPIÃO: BREVE ANÁLISE SOB A ÓTICA DO CÓDIGO CIVIL, CONSTITUIÇÃO FEDERAL E LEIS EXTRAVAGANTES. 2019. Disponível em < https://jus.com.br/artigos/75890/formas-de-aquisicao-da-propriedade-imovel-pelo-instituto-da-usucapiao-breve-analise-sob-a-otica-do-codigo-civil-constituicao-federal-e-leis-extravagantes> Acessado em 06 abr. 2021.
OLIVEIRA, Patricia. A INTERVERSÃO DO CARÁTER DA POSSE NAS AÇÕES DE USUCAPIÃO DE BEM IMÓVEL. 2011. Disponivel em <http://lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2017.pdf> Acessado em 06 abr. 2021.
TOCANTINS. Fundação Universidade do Tocantins – UNITINS / Empresa de Educação Continuada Ltda - EDUCON Fundamentos e Práticas Judiciárias .__Palmas : UNITINS / EDUCON, 2006. Disponível em <https://www2.unitins.br/BibliotecaMidia/Files/Documento/AVA_635043148515552500direito_civil_iii.pdf>. Acessado em 06 abr. 2021.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil: parte geral / Sílvio de Salvo Venosa. - 13. ed. – São Paulo: Atlas, 2013.

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