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Estratégias de leitura - texto e contexto

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Estratégias de leitura - texto e contexto
Apresentação
Nesta Unidade de Aprendizagem, vamos trabalhar com o segundo nível de uma leitura vertical, que 
é o do contexto. Nele, procuraremos aperfeiçoar a leitura que fazemos do que está nas entrelinhas, 
mas que é igualmente importante para o aprofundamento da leitura de um texto. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Desenvolver leituras verticais adequadas aos objetivos do leitor;•
Aprimorar as estratégias de leitura contextual de um texto;•
Produzir e ler textos com foco nos elementos contextuais relevantes a cada produção.•
Desafio
Uma carta é um texto, normalmente, de linguagem simples e familiar, motivo pelo qual é 
considerado de fácil leitura. Considerando, contudo, que se trata de um texto íntimo, ele carece de 
informações prévias para que seja analisado em profundidade.
Na leitura da carta a seguir, aponte quais conhecimentos prévios o destinatário deve saber para 
que ele possa entender o texto e o contexto do assunto tratado.
Oi, Dinho!
Tudo bem? Como está aí, já se acostumou? Estou com saudades. Não te mandei nada por e-mail 
porque estou sem internet, mas assim que der eu mando algo, viu? E aí, estudando muito? Aqui tá 
bem puxado, mas estou amando o curso. Estou tendo muitos trabalhos para fazer, mas os 
resultados têm me deixado feliz! Cada vez tenho mais certeza de que era este o meu destino.
E os três reis magos? Ainda se falam? Eu fiquei sabendo de cada história das férias... é verdade o 
que falaram sobre a barraquinha de churros? Olhe lá, hein!
Pode ter certeza de que todos aqui estão sentindo tua falta... Você vem pra cá no feriado? Se vier 
nos avise para podermos nos ver. Agora que você e a Nica foram embora, sobraram poucas pessoas 
para bater um papo um pouco mais interessante... Só consigo isto com o Juan e com o Roger. Pois 
é, eu continuo com o cara dos três sax e estamos nos dando super bem!
Falando da Nica, ela foi chamada na federal, mas resolveu ficar mesmo. Ela já está instalada lá, 
trabalhando, fazendo música. Além disso, os pais dela não querem ela aqui. Ligue para ela qualquer 
dia!
Você não sabe o que me aconteceu ontem! Eu caí de bicicleta naquela avenida em frente a minha 
casa, aquela que tem uma cratera gigantesca e cheia de ônibus! Ainda bem que eu caí na calçada e 
só ralei o joelho e as mãos.
Bom, eu vou parando por aqui... Vê se não esquece das amizades, OK? Beijos da amiga, 
Jana
Infográfico
Veja o infográfico para compreender melhor o tema "Estratégias de leitura", especialmente, as 
questões inerentes ao contexto em que o texto se insere.
 
Conteúdo do livro
Para compreender as questões contextuais que envolvem a leitura e produção de um texto, leia o 
capítulo Estratégias de Leitura – Texto e Contexto da obra Comunicação e expressão disponível a 
seguir.
COMUNICAÇÃO 
E EXPRESSÃO 
Letícia Sangaletti
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin CRB-10/2147
S225c Sangaletti, Leticia.
Comunicação e expressão [recurso eletrônico] / Leticia
Sangaletti, Laís Virginia Alves Medeiros; [revisão técnica: 
Laís Virginia Alves Medeiros] . – Porto Alegre: SAGAH 2018.
ISBN 978-85-9502-215-7
1. Comunicação. 2. Língua Portuguesa. I. Medeiros, Laís
Virginia Alves. II. Título.
CDU 81’38
Revisão técnica:
Laís Virginia Alves Medeiros
Mestra em Letras – Estudos da Linguagem: 
Teorias do Texto e do Discurso
Bacharela em Letras – Habilitação Tradutora: Português e Francês
Estratégias de leitura – 
texto e contexto
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Desenvolver leituras verticais adequadas aos seus objetivos como
leitor.
 � Aprimorar as estratégias de leitura contextual de um texto.
 � Produzir e ler textos com foco nos elementos contextuais relevantes
a cada produção.
Introdução
Neste texto, você vai trabalhar com o segundo nível de uma leitura vertical, 
que é o do contexto. Você deve aperfeiçoar a leitura que faz do que está 
nas entrelinhas, mas que é igualmente importante para o aprofundamento 
da leitura de um texto.
Contexto: conceituando
A leitura é uma atividade complexa de produção de sentidos. Ela ocorre com 
base em elementos linguísticos que estão presentes na superfície e na forma 
de organização do texto. Contudo, requer a mobilização de um conjunto de 
saberes diverso e vasto. Um texto é construído na interação entre sujeito e 
texto. Para a produção de sentido, é necessário considerar o contexto. 
Para Solé (1998), a leitura é o processo pelo qual a linguagem escrita é 
compreendida. Esse processo envolve o texto, o leitor e ainda suas expectativas 
e conhecimentos prévios. Isso porque, para ler, é necessário ter o domínio das 
habilidades de decodificação, a definição do objetivo da leitura e a ativação de 
ideias e experiências prévias. Também é necessária a realização de previsões 
e inferências que se apoiam em informações do texto e nos conhecimentos 
prévios.
Todos esses conhecimentos constituem diferentes tipos de contextos sub-
sumidos por um contexto mais abrangente, o contexto sociossignificativo. É 
importante você levar em conta quais significados devem se tornar explícitos. 
Isso vai depender do uso que o produtor do texto fizer dos fatores contextuais. 
Dessa forma, a explicitude do texto escrito em contraposição à parte implícita 
do texto falado não passa de um mito. Tanto na fala quanto na escrita, os pro-
dutores fazem uso de uma multiplicidade de recursos, muito além das simples 
palavras que compõem as estruturas (KOCH; ELIAS, 2006).
Na leitura, o contexto linguístico, chamado pelas autoras de cotexto, orienta 
o leitor na construção da imagem do que ele lê. Porém, além da questão linguís-
tica, a leitura do texto também demanda a reativação de outros conhecimentos 
armazenados na memória. “A produção de sentido se realiza à medida que
o leitor considera aspectos contextuais que dizem respeito ao conhecimento
da língua, do mundo, da situação comunicativa, enfim.” (KOCH; ELIAS,
2006, p. 59).
De acordo com as autoras, o contexto é um dos conceitos centrais nos 
estudos em linguística textual. Elas citam como exemplo a metáfora do 
iceberg: ele possui uma pequena superfície à flor da água (o que é explícito) 
e uma imensa superfície subjacente, que é o fundamento da interpretação 
(o implícito). Você pode considerar que o contexto é o iceberg como um
todo, sendo tudo aquilo que contribui para (ou determina a) construção do
sentido de alguma forma.
Para que duas ou mais pessoas possam se compreender mutuamente, é preciso que 
seus contextos sociocognitivos sejam no mínimo parcialmente semelhantes. Ou seja, 
seus conhecimentos devem ser compartilhados pelo menos em partes, tendo em 
vista que é impossível duas pessoas partilharem exatamente as mesmas informações.
Ao entrar em uma interação, cada um dos interlocutores traz consigo sua bagagem 
cognitiva, o que já é, por si mesmo, um contexto. Em uma situação cotidiana, Koch 
exemplifica que os interlocutores situam o seu dizer em um determinado contexto, 
que é constituinte e constitutivo do próprio dizer (KOCH; ELIAS, 2006). Assim, vão 
alternando, ajustando ou conservando o contexto, de acordo com o curso da interação, 
com o objetivo de chegar à compreensão.
Estratégias de leitura – texto e contexto96
Contexto e compreensão
Como você viu, para que haja compreensão do texto e para a construção da 
coerência textual, é imprescindível que se considere o contexto. Ele engloba 
não apenas o cotexto, mas também a situação de interação imediata, a situ-
ação mediata (entorno sociopolítico e cultural) e o contexto cognitivo dos 
interlocutores.
De acordo com Koch e Elias (2006), o contexto cognitivo dos interlocutores 
subsome os demais. Isso ocorre pois ele reúne todos os tipos de conhecimento 
arquivados na memória dos atores sociais que precisam ser mobilizados por 
ocasião do intercâmbio verbal. São eles:
 � O conhecimento linguísticopropriamente dito;
 � O conhecimento enciclopédico, que pode ser declarativo (que se recebe 
pronto e é introjetado na memória “por ouvir falar”) ou episódico (ad-
quirido por meio da convivência social e armazenado em “bloco” sobre 
as diversas situações e eventos da vida cotidiana);
 � O conhecimento da situação comunicativa e de suas “regras”
(situacionalidade);
 � O conhecimento superestrutural ou tipológico (gêneros e tipos textuais);
 � O conhecimento estilístico (registros, variedades da língua e sua ade-
quação às situações comunicativas);
 � O conhecimento de outros textos que permeiam a cultura
(intertextualidade).
Nesse sentido, Koch e Elias apontam que o contexto é constitutivo da 
própria ocorrência linguística. Nessa esteira, afirmam “[...] que se pode dizer 
que certos enunciados são gramaticalmente ambíguos, mas o discurso se encar-
rega de fornecer condições para sua interpretação unívoca.” (KOCH; ELIAS, 
2006, p. 64). Assim, o contexto é, de acordo com as autoras, um conjunto de 
suposições que tem por base os saberes dos interlocutores, mobilizados para 
a interpretação de um texto.
Para Koch e Elias, assumir esse pressuposto implica dizer que as relações 
entre informação explícita e conhecimentos pressupostos como partilhados 
podem ser estabelecidas, como você já viu nos capítulos anteriores, por meio 
de estratégias de “sinalização textual”. Por intermédio delas, o locutor, por 
ocasião do processamento textual, procura levar o interlocutor a recorrer ao 
contexto sociocognitivo.
97Estratégias de leitura – texto e contexto
Koch e Elias (2006, p. 66-67) afirmam que um estudo de texto sem a consideração do 
contexto é altamente insuficiente, pois:
 � Certos enunciados são ambíguos, mas o contexto permite fazer uma interpretação 
unívoca;
 � O contexto permite preencher as lacunas do texto, isto é, estabelecer os “elos
faltantes”, por meio de interferências-ponte;
 � Os fatores contextuais podem alterar o que se diz;
 � Tais fatores se incluem entre aqueles que explicam ou justificam por que se disse 
isso e não aquilo (o contexto justifica). 
Para saber mais sobre o assunto, leia o texto “Categorias de análise textual aplicadas 
à leitura e à produção de textos” (ELEUTÉRIO, 2010).
Contexto na escrita
Koch e Elias (2006) afirmam que é preciso distinguir entre contexto de produ-
ção e contexto de uso. No que concerne à interação face a face, esses contextos 
coincidem. Mas, quando se trata da escrita, não, pois nessa o contexto de uso 
é o mais importante para a interpretação.
Conforme as autoras, independentemente da situação comunicativa, o 
sentido de um texto não se relaciona apenas com a estrutura textual em si 
mesma. Grande parte dos objetos de discurso a que o texto faz referência 
é apresentada de forma incompleta. Desse modo, muita coisa permanece 
implícita na mensagem. 
Quem produz o texto pressupõe que o leitor/ouvinte possui conhecimentos 
textuais, situacionais e enciclopédicos. Então, não deixa explícitas as informações 
que considera redundantes ou desnecessárias. É preciso fazer um “balanceamento” 
do que necessita ser explicitado e do que pode permanecer implícito. Isso supondo 
que o interlocutor poderá recuperar essa informação por meio de inferências. 
Nas palavras das estudiosas: “O leitor/ouvinte espera sempre um texto do-
tado de sentido e procura, a partir da informação contextualmente dada, cons-
Estratégias de leitura – texto e contexto98
truir uma representação coerente, por meio da ativação de seu conhecimento 
de mundo e/ou deduções que o levam a estabelecer relações de temporalidade, 
causalidade, oposição etc.” (KOCH; ELIAS, 2006, p. 72).
Desse modo, o leitor/ouvinte usa todos os componentes e estratégias cog-
nitivas que tem à disposição para dar ao texto uma interpretação dotada de 
sentido. Assim, as estudiosas afirmam que, para que duas ou mais pessoas 
possam se compreender mutuamente, é imprescindível que seus contextos 
sociocognitivos sejam semelhantes, nem que seja parcialmente. 
Para ver exemplos de crônicas, leia o capítulo “(Con)texto, leitura e sentido” (KOCH; 
ELIAS, 2006).
Nas Figuras 1 e 2, você pode ver alguns exemplos em que o contexto é 
importante para a compreensão da mensagem.
Figura 1. Charge sobre padronização do conceito de família.
Fonte: Laerte (2015).
99Estratégias de leitura – texto e contexto
Figura 2. Charge sobre piso salarial dos professores no Rio Grande do Sul.
Fonte: Latuff (2014).
Ambas as charges, feitas por Laerte e Latuff, possuem conotação política 
e estão ligadas a um contexto. Para alguém que não sabe o que aconteceu, 
fica difícil compreender o que as imagens estão ironizando. A primeira, por 
exemplo, trata de um capítulo polêmico da história brasileira, em que deputados 
propuseram que a concepção de família, por lei, fosse considerada apenas 
a tradicional: homem, mulher e filhos. Já a segunda está relacionada a um 
episódio em que o governador eleito em 2014 no estado do Rio Grande do Sul 
fez uma piada, dizendo que, se os professores quisessem piso (no caso, eles 
reivindicavam o piso salarial de professor), deveriam procurar na Tumelero 
(uma loja de produtos para construção civil).
Agora, leia a crônica a seguir (CARPINEJAR, 2016): 
E quando uma cidade inteira morre? Uma cidade para no ar?
Quando uma cidade some e o sangue se transforma em vento?
Estratégias de leitura – texto e contexto100
Quando os relâmpagos emudecem. Quando as estrelas ficam enver-
gonhadas de brilhar e o sol de aparecer.
Quando uma cidade perde as suas residências dentro de um avião? 
Porque cada homem era uma casa, uma família, uma esperança.
A queda da aeronave na Colômbia que levava o time do Chapecoense 
matou toda Chapecó na madrugada desta terça-feira (29/11). Porque 
Chapecó era o Chapecoense. Nunca vi uma torcida como aquela: pais, 
mães e filhos levantando bandeiras na Arena Condá.
As ruas se esvaziavam para ouvir melhor o coração do estádio.
Uma equipe movida pela alegria dos moradores que incentivaram 
com a loucura infantil do bairrismo e da gincana. Um viveiro de vozes, 
uma caixa de ressonância de gritos.
Uma equipe que veio de baixo, da mais simples e monocromática 
chuteira, da pobreza da grama em 43 anos de história, que subiu da série 
D para A em apenas seis anos em 2013, campeão catarinense por cinco 
vezes, que se manteve com prestígio na elite do futebol brasileiro e que 
disputaria a final da Copa Sul-Americana na próxima quarta, o que seria 
seu maior título. Novatos no triunfo, mas veteranos na resiliência.
22 mil pessoas nas arquibancadas eram 210 mil pessoas na cidade. 
74 mortos são 210 mil chapecoenses.
Não duvido que um país inteiro não tenha definhado junto em Rio-
negro, perto de Medellín, na Colômbia.
Jamais contaremos os mortos da tragédia. Jamais saberemos ao certo 
o número de mortos. Somos hoje todos desaparecidos.
Esse texto, intitulado “Somos todos Chapecoense”, de Fabrício Carpinejar, 
é do dia 29 de novembro de 2016 e fala sobre a tragédia que o time de futebol 
Chapeconse, da cidade de Chapecó (SC), sofreu quando viajava para um 
disputa importante: a final da Copa Sul-Americana, na Colômbia. O avião em 
que o time estava caiu, matando 74 pessoas. Nessa crônica, o reconhecimento 
dos fatos é um pouco mais fácil do que nos exemplos anteriores, pois há certa 
contextualização das informações no texto. 
101Estratégias de leitura – texto e contexto
Você pode aprender mais sobre texto e contexto no 
link e código a seguir (JUBA CRUZZ COVERS MUSICAIS, 
2015): 
https://goo.gl/8vwrLj
CARPINEJAR, F. Somos todos Chapecoense. O Globo, Rio de Janeiro, 29 nov. 2016. 
Disponível em: <http://blogs.oglobo.globo.com/fabricio-carpinejar/post/somos-
-todos-chapecoense.html>. Acesso em: 08 out. 2017.
ELEUTÉRIO, J. M. Categorias de análise textual aplicadas à leitura e à produção de 
textos. Linguagem, São Carlos, v. 17, 2010. Disponível em: <http://www.letras.ufscar.
br/linguasagem/edicao17/art_eleuterio.pdf>. Acesso em: 08 out. 2017.
JUBA CRUZZCOVERS MUSICAIS. Texto e contexto: Prof. Pasquale explica! [S.l.]: YouTube, 
2015. 1 vídeo. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=h8XgdSDSbzU>. 
Acesso em: 08 out. 2017.
KOCH, I. G. V.; ELIAS, V. M. Ler e compreender: os sentidos do texto. 3. ed. São Paulo: 
Contexto, 2006.
LAERTE. [Estatuto da Família]. [S.l.]: JusLiberdade, 2015. Charge. Disponível em: <http://
jusliberdade.com.br/wp-content/uploads/2015/10/Redu%C3%A7%C3%A3o-da-
-Maioridade-4.jpg>. Acesso em: 08 out. 2017.
LATUFF. Sartori e o piso dos professores. [S.l.]: Sul21, 2014. Charge. Disponível em: <https://
www.sul21.com.br/jornal/sartori-e-o-piso-dos-professores/>. Acesso em: 08 out. 2017.
SOLÉ, I. Estratégias de leitura. 6. ed. Porto Alegre: Penso, 1998.
Estratégias de leitura – texto e contexto102
Dica do professor
O vídeo a seguir trata da leitura contextual e alguns procedimentos de análise. Veja!
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Exercícios
1) Considerando as informações contextuais da crônica de Clarice Lispector, a função principal 
da mulher, no ano de 1960, como dona de casa era: 
Dirigir um lar – Clarice Lispector - 24 de fevereiro de 1960 
Somente uma mulher, e dona de casa, sabe e reconhece a grande tarefa que é bem dirigir 
uma casa. A dona de casa tem de ser, antes de tudo, uma economista, uma “equilibrista” das 
finanças, principalmente, com as dificuldades da vida atual. O lar é o lugar onde devemos 
encontrar a nossa paz de espírito num ambiente limpo, sadio e agradável e cabe à mulher 
providenciar isso [...] 
A boa dona de casa é a que sabe dar ordens e acompanha de perto a sua execução. É a que 
mantém a limpeza, a ordem, o capricho em sua casa, sem fazer desta um eterno lugar de 
cerimônias, de deveres, onde tudo é proibido. É a que faz de sua casa o lugar de descanso, da 
felicidade, do marido e dos filhos, onde eles se sentem realmente bem, à vontade e são bem 
tratados. O melhor lugar do mundo.
A) Promover a espiritualidade da família.
B) Definir o que era permitido ou proibido.
C) Preparar um lugar cerimonioso.
D) Gerir a casa e mantê-la em ordem.
E) Promover a paz de espírito dos moradores.
A capa da Revista Veja, de 11 de março de 2013, traz a notícia da morte de Hugo Chávez e 
posiciona a Revista Veja contrária à imagem do presidente falecido. Assinale a opção que NÃO 
evidencia esse posicionamento: 
2) 
A) A imagem escura.
B) Um olhar calculista fixo e sombrio.
C) A expressão “herança sombria”.
D) A predominância de tons pretos e avermelhados.
E) O período em que Hugo Chávez comandou a Venezuela.
Ao tematizar o mesmo fato da Revista Veja, a Revista Carta Capital de 11 de março de 2013, traz 
também a notícia da morte de Hugo Chávez. Observe as informações contextuais presentes na 
capa e julgue as três asserções que seguem com relação ao posicionamento deste veículo quanto 
às ações do ex-presidente.
Das três afirmativas, pode-se dizer que: 
I. A Revista Carta Capital, provavelmente, foi favorável à política do ex-presidente, o que pode ser 
afirmado pela manchete “a morte de um líder” e pela imagem de um líder que olha para frente com 
um semblante de visionário. 
II. A Revista Carta Capital, provavelmente, foi contrária à política do ex-presidente, o que pode ser 
afirmado pela opção por uma imagem desfocada e cores vibrantes. 
III. Os indícios deixados na capa não são suficientes para que o leitor infira sobre o posicionamento 
da Revista Carta Capital em relação à política do ex-presidente. 
3) 
A) Está correta a asserção III.
B) Estão corretas as asserções I e II.
C) Estão corretas as asserções II e III.
D) Está correta a asserção I.
E) Está correta a asserção II.
4) Língua - Caetano Veloso 
 
Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões 
Gosto de ser e de estar 
E quero me dedicar a criar confusões de prosódia 
E uma profusão de paródias 
Que encurtem dores 
E furtem cores como camaleões 
Gosto do Pessoa na pessoa 
Da rosa no Rosa 
E sei que a poesia está para a prosa 
Assim como o amor está para a amizade 
E quem há de negar que esta lhe é superior? 
E deixe os Portugais morrerem à míngua 
"Minha pátria é minha língua" 
Fala Mangueira! Fala! 
Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó 
O que quer 
O que pode esta língua? 
 
Dos versos destacados a seguir, qual dispensa inferências a conhecimentos específicos para 
que o leitor possa construir um sentido?
A) Gosto do Pessoa na pessoa.
B) [Gosto] Da rosa no Rosa.
C) E deixe os Portugais morrerem à míngua.
D) Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó.
E) O que quer/ O que pode esta língua?
5) A rosa de Hiroshima – Vinícius de Morais 
 
Pensem nas crianças 
Mudas telepáticas 
Pensem nas meninas 
Cegas inexatas 
Pensem nas mulheres 
Rotas alteradas 
Pensem nas feridas 
Como rosas cálidas 
Mas oh não se esqueçam 
Da rosa da rosa 
Da rosa de Hiroshima 
A rosa hereditária 
A rosa radioativa 
Estúpida e inválida. 
A rosa com cirrose 
A anti-rosa atômica 
Sem cor sem perfume 
Sem rosa sem nada. 
 
Ao intitular a poesia de “A rosa de Hiroshima”, Vinícius de Morais faz uma associação entre 
as imagens da rosa e da bomba de Hiroshima. Os termos que, objetivamente, conduzem o 
leitor para tal ligação são:
A) Rosa com cirrose, rosas cálidas.
B) Rotas alteradas; cegas inexatas.
C) Rosa radioativa, anti-rosa atômica.
D) Crianças mudas, feridas.
E) Crianças telepáticas; rosas cálidas.
Na prática
Veja agora uma situação em que a leitura contextual se faz presente em nosso dia a dia. 
 
 
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Texto e contexto
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
4 fatores de contextualização
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Estratégias de leitura
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.

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