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PROCESSO ADM - JEANE MARTINS

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CLUBE DO CONCURSO 
TEMA: PROCESSO ADMINISTRATIVO (P.A) PROFESSORA: JEANE MARTINS 
_______________________________________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________________________________ 
Avenida Presidente Vargas, entre Manoel Eudóxio e Professor Tostes, Centro, Macapá-AP. 
 
Direito Administrativo 
 
1 – Conceito:É a sequência da 
documentação e das providências 
necessárias para a obtenção de 
determinado ato final 
 
Procedimento administrativo ou 
processo administrativo, no âmbito do 
Direito Administrativo “é uma sucessão 
itinerária e encadeada de atos 
administrativos que tendem, todos, a 
um resultado final e conclusivo” 
(MELLO, 2008, p. 480). 
 
- Procedimento administrativo – é o modo 
pelo qual o processo anda, ou a maneira de 
se encadearem os seus atos – é o rito. 
 
O P. A está previsto na Lei 9784/99 onde é 
disciplinado para a procedimentalização em 
âmbito Federal, servindo de parâmetro para 
estados, municípios e Distrito Federal desde 
que não haja lei própria designando o 
procedimento, nesta Lei também fica 
exemplificado a diferença entre Órgão: 
unidade de atuação que integra a estrutura 
da administração direta ou indireta (não 
possui característica de personalidade 
jurídica própria não pode ser sujeita a 
direitos e obrigações), Entidade: unidade de 
atuação dotada de personalidade jurídica 
(sujeitos de direitos e obrigações) e 
Autoridade: agente ou servidor dotado do 
poder de decisão. 
 
Pode ser: 
a) vinculado: quando existe lei 
determinando a seqüência dos atos, ex. 
licitação 
b) discricionário: ou livre, nos casos em 
que não há previsão legal de rito, seguindo 
apenas a praxe administrativa. 
 
Destaque: Na esfera administrativa não 
existe coisa julgada, podendo sempre ser 
intentada ação judicial, mesmo após uma 
decisão administrativa – art. 5º, XXXV. 
 
2 – Princípios do processo administrativo 
 
Além dos princípios constitucionais, o P. A. É 
regido também por princípios implícitos e 
explícitos contidos na Lei 9.784/99, sendo os 
mais importantes exemplificados abaixo: 
 
a) Princípios expressos – Listados na Lei 
9784/1999 
 
Art. 2o A Administração Pública obedecerá, 
dentre outros, aos princípios da legalidade, 
finalidade, motivação, razoabilidade, 
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, 
contraditório, segurança jurídica, interesse 
público e eficiência. 
 
Destaques 
 
1 - Finalidade: A finalidade do ato é seu intento 
finalístico, é o norte da correta aplicação da lei. 
 
Todo ato administrativo procura atingir uma 
finalidade de interesse da administração 
pública. Tem-se que o princípio da finalidade 
exige que o ato seja praticado sempre com 
finalidade pública. 
 
Este princípio proíbe que o ato administrativo 
venha a ser praticado sem interesse público ou 
conveniência para a administração, ansiando 
exclusivamente a atender interesses privados, 
por nepotismo ou encalço dos agentes da 
administração pública. 
CLUBE DO CONCURSO 
TEMA: PROCESSO ADMINISTRATIVO (P.A) PROFESSORA: JEANE MARTINS 
_______________________________________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________________________________ 
Avenida Presidente Vargas, entre Manoel Eudóxio e Professor Tostes, Centro, Macapá-AP. 
 
 
Quando o administrador age em 
desconformidade com este princípio, há um 
desvirtuamento da lei. A sua conduta revela 
um desvio de poder, podendo ensejar a 
nulidade do ato. 
 
Prescreve o doutrinador Celso Antônio 
Bandeira de Melo[17] que o princípio da 
finalidade não é apenas uma decorrência do 
princípio da legalidade, é inerência dele, 
correspondendo a aplicação da lei em 
conformidade com sua razão de ser, do seu 
objetivo. Assim, a finalidade seria um 
elemento da própria lei, é o fator que 
proporciona entendê-la. 
 
 
2 - Motivação: O art. 93, IX, da CF/88, 
prevê que todos os julgamentos dos órgãos 
do Poder Judiciário serão públicos, e todas 
as decisões serão fundamentadas, sob 
pena de nulidade. 
 
O princípio da motivação é um direito 
político e implícito do cidadão e deriva do 
Estado Democrático de Direito. Ato 
administrativo sem motivação afronta o 
poder discricionário, enveredando nas raias 
do arbítrio. 
Na lei 9.784/99, esse mesmo princípio é 
consagrado no art. 2º, VII, que determina 
que a decisão do administrador deverá ter a 
indicação dos pressupostos de fato e de 
direito que a ensejarem. 
 
Os motivos devem ser aduzidos 
previamente, ao tempo da expedição do ato. 
Acaso intempestivos, ou insuficientemente 
motivados, são ilegítimos e invalidáveis pelo 
Poder Judiciário. 
 
3 – Razoabilidade:O princípio da 
razoabilidade encontra-se esculpido no art. 2, 
parágrafo único, VI, que estabelece que nos 
processos administrativos serão observados, 
entre outros, os critérios de adequação entre 
meios e fins, vedada a imposição de 
obrigações, restrições e sanções em medida 
superior àquelas estritamente necessárias ao 
atendimento do interesse público 
 
4 – Moralidade: O princípio da moralidade 
administrativa está inserido na Constituição 
Federal, mais precisamente no art. 5º, LXXIII, 
como um princípio fundamental a ser respeitado 
pela Administração Pública 
A moralidade administrativa acarreta para a 
Administração Pública o dever de agir com boa-
fé, lealdade e transparência, respeitando as 
expectativas legítimas geradas nos 
administrados. 
 
Em relação ao processo administrativo, no art. 
50, da Lei n. 9.784/99, prevendo a anulação de 
todo e qualquer ato administrativo que tenha 
sido praticado sob o vício da imoralidade, por 
intermédio de ação popular. 
 
5 – Segurança Jurídica: A segurança jurídica 
tem, no processo administrativo, por finalidade 
primordial a garantia da certeza da aplicação 
justa da lei, conforme os ditames jurídicos de 
direito, evitando que sejam desconstituídos, 
sem justificativa plausível, os atos ou situações 
jurídicas, ainda que tenha ocorrido alguma 
inadequação com o texto legal no decorrer de 
sua constituição. 
 
Encontra-se, ainda, consagrado no art. 2°, XIII: 
interpretação da norma administrativa da 
forma que melhor garanta o atendimento do 
fim público a que se dirige, vedada aplicação 
retroativa de nova interpretação. e no art. 55 
(convalidação), ambos da Lei Geral do Processo 
Administrativo. 
 
b) Princípios específicos: Relacionados com o 
processo administrativo 
 
1. Legalidade objetiva – o PA deve apoiar-se 
em norma legal específica 
 
O princípio da legalidade objetiva é tido como 
o de maior importância no Direito 
Administrativo, pois é o que assegura que 
CLUBE DO CONCURSO 
TEMA: PROCESSO ADMINISTRATIVO (P.A) PROFESSORA: JEANE MARTINS 
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Avenida Presidente Vargas, entre Manoel Eudóxio e Professor Tostes, Centro, Macapá-AP. 
 
somente os atos que estão postos em lei 
serão formalmente executados pela 
Administração, é o que “só permite a 
instauração do processo administrativo com 
base na lei e para preservá-la” (GASPARINI, 
2005, p. 859). 
 
Ao revés, poderá ocorrer a invalidação do 
processo administrativo, caso haja o 
desrespeito a esse princípio constitucional. 
 
 
2. Oficialidade – impulsionado pela 
administração 
 
Conforme art. 5º da lei nº 9.784/99, o 
processo administrativo pode iniciar-se de 
ofício ou a pedido de interessado. 
 
Diferentemente do processojudicial, em 
que prevalece a inércia jurisdicional, no 
processo administrativo, a própria 
administração pública pode instaurar o 
instrumento para aplicação do direito a uma 
dada situação fática. 
 
No âmbito da administração pública, o 
processo pode ser instaurado de ofício pela 
própria administração pública, independe de 
qualquer solicitação ou requerimento. 
 
Não há de se falar na aplicação da inércia 
no seio administrativo, até porque prevalece 
nesta seara a autotutela, princípio que 
impõe à administração pública o dever de 
anular suas atuações ilegais, e revogar 
aquelas que se tornarem inconvenientes ou 
inoportunas, sempre respeitados os direitos 
adquiridos, e a manifestação judicial 
(súmula 473 do Supremo Tribunal Federal). 
 
O Princípio da Oficialidade autoriza a 
Administração a requerer diligências, 
investigar fatos de que toma conhecimento 
no curso do processo, solicitar pareceres, 
laudos, informações, rever os próprios atos 
e praticar tudo o que for necessário à 
consecução do interesse público. 
 
Portanto, a oficialidade está presente: 
1) no poder de iniciativa para instaurar o 
processo; 
2) na instrução do processo; 
3) na revisão de suas decisões. Em todas essas 
fases, a Administração pode agir exofficio 
 
3. informalismo ou formalismo moderado. 
Informalismo não significa ausência de forma; O 
processo administrativo é formal no sentido de 
que deve ser reduzido a escrito e conter 
documentado tudo o que ocorre no seu 
desenvolvimento; 
É informal no sentido de que não está sujeito a 
formas rígidas. 
Por alguns denominado princípio do 
informalismo. Consiste na adoção de ritos e 
formas processuais mais simples, respeitando-
se os princípios fundamentais do processo, mas 
deixando de se fundar em purismos formalistas, 
adquirindo, assim, uma acepção mais informal, 
quando comparado aos processos judiciais. 
A finalidade desta característica é evitar 
obstáculos na busca da verdade dos fatos, o 
que dificultaria o andamento do processo, em 
detrimento do interesse público. 
A cautela que se deve ter ao interpretar este 
princípio é para não confundir o caráter informal 
com o que seria uma falta de cuidado com a 
condução do processo administrativo, havendo 
a obrigação de se cumprir os preceitos legais 
estabelecidos, no sentido de se evitar a nulidade 
processual. 
Na realidade, o formalismo somente deve existir 
quando for necessário para atender ao 
interesse público e proteger os direitos dos 
particulares. 
É o que está expresso no Art. 2º, que exige, 
nos processos administrativos, a 
“observância das formalidades essenciais à 
CLUBE DO CONCURSO 
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Avenida Presidente Vargas, entre Manoel Eudóxio e Professor Tostes, Centro, Macapá-AP. 
 
garantia dos direitos dos administrados” e a 
“adoção de formas simples, suficientes para 
proporcionar adequado grau de certeza, 
segurança e respeito aos direitos dos 
administrados”. 
 Art. 22. Os atos do processo administrativo 
não dependem de forma determinada senão 
quando a lei expressamente a exigir. 
Ex: o reconhecimento de firma, salvo 
imposição legal para casos específicos, só 
pode ser exigido quando houver dúvida de 
autenticidade e a autenticação de 
documentos exigidos em cópia poderá ser 
feita pelo próprio órgão administrativo. 
4. verdade real 
 
Trata da busca da verdade, não restringindo 
a Administração apenas à versão dos 
sujeitos, mas devendo produzir todas as 
provas lícitas necessárias para seu 
convencimento. 
 
5. garantia de defesa 
Os princípios da ampla defesa e do 
contraditório estão previstos no art. 5º, LV, 
da Constituição Federal, “de modo que aos 
litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral são 
assegurados o contraditório e ampla defesa, 
com os meios e recursos a ela inerentes.” 
O contraditório relaciona-se com a 
igualdade processual. Assim, as partes 
(autor e réu, demandante e demandado, 
exequente e executado, embargante e 
embargado) devem ser tratadas igualmente 
pelo julgador. Se um documento for 
colacionado ao processo, e a uma parte for 
concedido 5 (cinco) dias para ciência e 
manifestação nos autos, a outra também 
deve ser outorgado referido prazo. 
O princípio da ampla defesa com cabimento 
nos processos judiciais e administrativos, 
relaciona-se com a possibilidade de a parte 
acusada utilizar os meios de prova admitidos 
no direito para formulação de sua defesa, e 
assim tentar provar sua inocência. 
Segundo a melhor doutrina, a ampla defesa 
divide-se em autodefesa e defesa técnica. A 
primeira é a defesa manejada pelo próprio 
acusado. Quando o réu é interrogado, seu 
interrogatório é considerado, 
simultaneamente, meio de prova e meio 
defesa; assim, cabe ao réu tentar provar sua 
inocência quando da prestação de 
esclarecimento acerca dos fatos que lhes são 
imputados. Por sua vez, a defesa técnica é 
aquela que é ofertada por profissional 
devidamente habilitada para esse fim, qual 
seja, o advogado (bacheral em direito inscrito 
na OAB). 
De se destacar que a lei nº 9.784/99, mais 
precisamente no art. 3º, IV, aponta como 
sendo direito do administrado perante a 
administração pública fazer-se 
assistir, facultativamente, por advogado, 
salvo quando obrigatória a representação, por 
força da lei. 
Sendo assim, a presença de advogado nos 
processos administrativos federais não é 
obrigatória, ficando a critério do administrado a 
utilização da defesa técnica. 
6 – Verdade Real 
Trata da busca da verdade, não 
restringindo a Administração apenas à 
versão dos sujeitos, mas devendo produzir 
todas as provas lícitas necessárias para 
seu convencimento. 
7 –Pluralidade de Instâncias 
Corresponde ao que, no processo judicial, 
seria o duplo grau de jurisdição. 
Trata-se da garantia de que todas as 
decisões estão sujeitas à revisão ou 
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Avenida Presidente Vargas, entre Manoel Eudóxio e Professor Tostes, Centro, Macapá-AP. 
 
modificação por instâncias administrativas 
hierarquicamente superiores. Tem como 
fundamento o princípio da verdade material, 
pois o que se busca é a verdade real dos 
fatos, razão pela qual, ao contrário do 
processo judicial, admitem-se a produção 
de novas provas, novas arguições e 
alegações, e reexame de matéria de fato. 
8. “reformatio in pejus” 
No âmbito do processo administrativo 
prevalece o princípio “reformatio in pejus”. 
Sendo assim, o órgão administrativo 
julgador do recurso pode agravar a 
situação do recorrente, conforme 
preconiza o art. 64, parágrafo único da lei 
nº 9.784/99, mediante prévia cientificação 
da parte para produção de alegações – 
“se da aplicação do disposto neste artigo 
puder decorrer gravame à situação do 
recorrente, este deverá ser cientificado para 
que formule suas alegações antes da 
decisão”. 
Exemplificando, o recorrente que tenha sido 
condenado a reparar dano causado ao 
poder público no valor de R$ 5.000,00 (cinco 
mil reais), pode ter sua situação agravada 
em sede recursal, caso o órgão julgador 
aumente o valor a ser devolvido aos cofres 
públicos. Nada obsta tal decisão, desde que 
a parte recorrente seja previamente 
intimada para apresentação de alegações. 
Posição do STF - A possibilidade da 
administração pública, em fasede recurso 
administrativo, anular, modificar ou extinguir 
os atos administrativos em razão de 
legalidade, conveniência e oportunidade, é 
corolário dos princípios da hierarquia e da 
finalidade, não havendo se falar em 
reformatio in pejus no âmbito administrativo, 
desde que seja dada a oportunidade de 
ampla defesa e o contraditório ao 
administrado e sejam observados os prazos 
prescricionais

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