Buscar

Módulo I Estudos de Intervenção

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1. O que se entende por randomização e ocultamento da randomização? Qual o papel dessas estratégias.
A randomização refere-se ao processo de atribuição aleatória de participantes em um estudo a diferentes grupos de tratamento. Isso é feito para minimizar o viés e garantir que as características dos grupos sejam comparáveis no início do experimento. O ocultamento da randomização envolve manter em segredo a sequência de alocação dos participantes aos diferentes grupos, impedindo que pesquisadores e participantes saibam antecipadamente a que grupo cada indivíduo será designado. Pode ser feito por meio de procedimentos como envelopes lacrados.
A randomização não torna comparável em termos da exposição.
Perda de seguimento principal problema do estudo de intervenção – viés de seleção – perda seletiva.
A randomização reduz o viés ao garantir que as características dos grupos sejam comparáveis no início do estudo, contribuindo para resultados mais confiáveis. Permite a inferência de causalidade ao isolar o efeito do tratamento, uma vez que as diferenças observadas entre os grupos podem ser atribuídas ao tratamento e não a fatores pré-existentes. Garante que qualquer diferença observada entre os grupos ao longo do estudo seja mais provavelmente devido ao tratamento do que a fatores iniciais desiguais. Facilita a aplicação de testes estatísticos válidos para determinar se as diferenças observadas entre os grupos são estatisticamente significativas. Reforça a confiabilidade dos resultados, uma vez que a randomização minimiza a possibilidade de confusão de variáveis que poderiam distorcer a interpretação dos resultados. Contribui para a ética, pois a aleatoriedade ajuda a garantir que todos os participantes tenham chances iguais de receber os diferentes tratamentos, evitando qualquer discriminação injusta. Aumenta a generalização dos resultados para a população mais ampla, pois os grupos são mais susceptíveis de serem representativos. Ajuda a controlar tanto os vieses conhecidos quanto os desconhecidos, melhorando a validade interna e externa do estudo. O ocultamento da randomização protege contra influências indevidas ou conscientes na atribuição dos participantes aos grupos, aumentando a integridade do estudo.
2. Qual o problema que as análises interinas podem trazer sobre o erro tipo I, e como lidar com esse problema?
As análises interinas em estudos de intervenção podem aumentar o risco de erro tipo I, também conhecido como falso positivo. Isso ocorre porque, ao realizar análises repetidas ao longo do tempo, há uma maior chance de observar diferenças estatisticamente significativas apenas por acaso, especialmente quando o tamanho da amostra é pequeno.
Formas de lidar:
Ajuste de Nível de Significância: Utilizar métodos de ajuste de nível de significância, como o Método de Bonferroni, para controlar o aumento cumulativo do erro tipo I com múltiplas análises. Isso implica em estabelecer um nível de significância mais rigoroso para compensar o aumento do risco.
Ajuste de Poder Estatístico: Ao planejar o estudo, é crucial realizar cálculos de tamanho de amostra que levem em consideração o número de análises planejadas. Isso pode ajudar a manter um equilíbrio adequado entre a detecção de efeitos reais e a minimização do erro tipo.
Identificar e controlar fatores de confusão que podem influenciar as análises interinas. O controle eficaz desses fatores pode reduzir a probabilidade de resultados espúrios.
3. Qual a diferença entre ensaios clínicos de superioridade e de não equivalência?
Ensaios Clínicos de Superioridade:
Em ensaios clínicos de superioridade, o objetivo principal é demonstrar que um novo tratamento é estatisticamente superior a um tratamento existente ou padrão. Os pesquisadores buscam evidências de que a intervenção experimental é mais eficaz, resultando em melhores desfechos clínicos. A hipótese nula assume que não há diferença entre os tratamentos ou que o tratamento padrão é igual ou superior ao tratamento experimental.
Ensaios Clínicos de Não Equivalência (ou de Não Inferioridade):
Em ensaios clínicos de não equivalência, o objetivo é mostrar que um novo tratamento não é significativamente pior do que um tratamento existente. A ideia é estabelecer que a nova intervenção é "não inferior" à intervenção padrão em termos de eficácia, com uma margem de não inferioridade previamente definida. A hipótese nula assume que a nova intervenção é inferior à intervenção padrão, enquanto a hipótese alternativa busca mostrar que a nova intervenção não é significativamente inferior.
4. Em que situações o duplo mascaramento é desnecessário?
Em estudos com intervenções clínicas claramente perceptíveis ou invasivas, pode ser difícil ou impraticável mascarar completamente os participantes ou os profissionais de saúde envolvidos. Nesses casos, o mascaramento pode ser parcial ou desnecessário. Em ensaios clínicos pragmáticos, que buscam avaliar a eficácia de intervenções em condições do mundo real, pode haver uma flexibilidade maior em relação ao duplo mascaramento devido à necessidade de replicar as condições do cotidiano.
5. Um ECC comparou uma droga biológica com placebo para pacientes com artrite reumatoide. O desfecho de interesse era progressão da doença em 26 semanas. No grupo do medicamento 13% dos pacientes apresentaram progressão da doença contra 26% no grupo que recebeu placebo. Calcule a eficácia da medicação e o número necessário a tratar (NNT), e interprete essas medidas.
6. Análises por intenção de tratamento são muito comuns em artigos de ECC. Qual a principal limitação dessa estratégia para lidar com não adesão.
A não adesão, quando os participantes não seguem completamente o protocolo de tratamento atribuído, pode resultar em uma diluição do efeito do tratamento. Se alguns participantes não aderirem ao tratamento, a análise ITT incluirá esses casos na análise, refletindo a realidade do mundo real, mas potencialmente diminuindo a magnitude do efeito do tratamento observado. Isso pode tornar mais difícil detectar diferenças significativas entre os grupos de tratamento e controle.
Imputação de Dados Ausentes: Preencher ou imputar dados ausentes de participantes não aderentes pode ser uma abordagem na análise ITT. No entanto, a escolha do método de imputação pode afetar os resultados, e isso é uma área de considerável debate.
Análises de Sensibilidade: Realizar análises de sensibilidade para examinar o impacto potencial da não adesão nos resultados. Isso pode envolver diferentes abordagens de imputação ou exclusão de participantes não aderentes para avaliar a robustez dos resultados.
Análises por Protocolo (APP): Realizar análises por protocolo, que excluem participantes não aderentes, pode oferecer uma visão complementar, mas isso pode introduzir viés de seleção e afetar a validade externa.
Avaliação da Adesão: Realizar uma análise separada que avalie a relação entre adesão e desfechos para fornecer insights adicionais sobre como a adesão impacta os resultados.
Consideração de Variabilidade na Adesão: Reconhecer que a adesão pode variar e que a análise ITT pode não capturar totalmente os efeitos em subgrupos específicos ou em situações de alta não adesão.
Utilização de Instrumentos de Adesão: Em alguns casos, a utilização de instrumentos para medir a adesão, como registros de medicação ou diários, pode fornecer dados mais precisos sobre a exposição ao tratamento.
7. Um ECC foi desenhado para redução de peso em adolescentes com sobrepeso e obesidade. Os grupos de intervenção foram assim constituídos: (i) orientações gerais sobre saúde; (ii) dieta; (iii) atividade física; e (iv) atividade física+dieta. Como você classificaria esse ECC?
O ensaio fatorial é um tipo de desenho experimental em que os participantes são alocados aleatoriamente a diferentes combinações de dois ou mais fatores de intervenção. Cada fator pode ser avaliado isoladamente e em combinação com outros fatores, permitindo uma análise mais detalhada dos efeitos de cada intervenção e de suas interações.
Este desenho permiteexaminar não apenas os efeitos independentes da dieta e da atividade física, mas também a interação entre essas duas intervenções. Isso pode proporcionar insights valiosos sobre se a combinação de dieta e atividade física resulta em efeitos sinérgicos, aditivos ou até mesmo se há algum antagonismo entre essas abordagens para a redução de peso em adolescentes com sobrepeso e obesidade.

Continue navegando