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Profa. Dra. Camila Lima UNIDADE II História da Educação Fim do período imperial: discurso sobre a importância do ensino público promovido pelo Estado – escola como espaço específico voltado para a educação. Ainda há predomínio da família na promoção e controle da educação de seus filhos – educação domiciliar. Escravizados – não têm acesso à educação formal. Mesmo sem políticas públicas voltadas para a inclusão dos negros, aqueles que nasceram livres ou foram libertos em alguns casos conseguiam acesso ao ensino. Intelectuais negros do período imperial (atuaram no movimento abolicionista): André Rebouças (engenheiro), Luis Gama (advogado), José do Patrocínio, Teodoro Sampaio, Juliano Moreira, Manoel Querino etc. Educação no Brasil – República Velha (1889-1930) Proclamação da República – diferentes projetos para o Brasil. Positivismo: corrente filosófica de grande influência no exército brasileiro e na política do início da República. Positivismo: Auguste Comte (1798-1857). Filosofia da História: pensa sobre como a História se transforma, propõe diferentes etapas e um sentido para a História e esta chegaria a um momento de maior desenvolvimento. Também se desenvolve como uma religião cívica – culto à humanidade: define quais seriam os “heróis” a serem lembrados e tomados como exemplo (ex.: Tiradentes). Valorização da mulher como educadora – extensão do papel da mãe (cuidadora). Proletariado deveria ser incorporado à sociedade. Defendiam a educação pública apenas no ensino elementar. Disciplinas científicas deveriam fazer parte do ensino básico: Matemática, Astronomia, Física, Química, Biologia, Sociologia e Moral. Escolas deveriam ter por objetivo desenvolver os valores nacionalistas, o patriotismo e a cidadania. Preocupação com a vida prática das pessoas – educação utilitarista. Escola: deveria preparar para o exercício da cidadania e para as diferentes profissões. Influências do Positivismo na Educação Brasileira Defendem separação entre Estado e Igreja – Estado laico. Ensino também deveria ser laico: ensino religioso deveria ser substituído pela educação moral e cívica. Questão sobre a presença do ensino religioso seria motivo de disputas durante todo o período republicano. Com a liberdade de culto no período colonial, diferentes grupos religiosos passaram a atuar na educação brasileira – mantém-se a influência religiosa na educação (além da participação de maçons). Escolas Normais: Voltadas para a formação de professores. Criadas inicialmente no período imperial, mas com existência frágil e intermitente. No período imperial a educação primária estava confiada às províncias, que muitas vezes não tinham recursos e empregavam professores sem formação adequada. Inicialmente as mulheres não podem ingressar nas Escolas Normais. Com a influência do positivismo, as mulheres passam a ser aceitas nas Escolas Normais no final do período imperial. Docência: primeira profissão a se abrir para as mulheres. Outras mudanças na educação no período republicano 1874 – criada uma Escola Normal no Rio de Janeiro: Preparação de professores para a instrução primária – homens e mulheres. Curso de 3 anos. Embora fosse uma instituição particular, o curso era gratuito. 1880 – criada uma Escola Normal pública no município da corte Inicialmente funcionava dentro do Externato do Colégio Pedro II. Para homens e mulheres. Curso gratuito. Dirigido por Benjamin Constant – inspiração positivista. 4 anos de curso. É influenciada pelas inovações pedagógicas que circulavam na Europa e nos Estados Unidos. Jardins de infância: para o desenvolvimento das crianças (“cultivar”). Utilização do método intuitivo: desenvolvimento da percepção direta e experimental das crianças. Incorporavam aulas de ginástica, pintura, desenho, exercícios de linguagem e de cálculo, escrita, leitura, história, geografia e religião. Recebiam crianças de 3 a 7 anos. Creches: cuidavam das crianças pequenas fora do ambiente familiar (mães que trabalhavam fora de casa). Educação Infantil na Primeira República Benjamin Constant – assumiu a chefia da Secretaria de Estado dos Negócios da Instrução Pública entre 1890 e 1900 – primeiro conjunto de reformas educacionais do novo regime. Decreto n. 981, de 1890 – diretrizes que organizam todos os níveis de ensino. Ginásio Nacional (Colégio Pedro II) – modelo para o ensino secundário. Exames de madureza: atestam conclusão do ensino secundário – obrigatório para a candidatura ao ensino superior. Estados (antigas províncias) deveriam organizar escolas secundárias seguindo o plano de ensino do Ginásio Nacional. Ensino organizado em séries e em disciplinas científicas – caráter enciclopédico, substituindo o ensino mais acadêmico e literário anterior (tradição jesuítica). Analfabetismo: grande problema a ser solucionado. Jornais da época discutem muito essa questão. Aumentar os índices de alfabetização do país era uma grande preocupação do momento: Fundamental para a cidadania. Fundamental para o “progresso da nação”. Escolas – edifícios monumentais, modelos pensados para ser um edifício salubre e adequado para as atividades educativas. Propaganda da educação como projeto civilizador da sociedade e consolidação dos ideais republicanos. Sobre a educação durante a Primeira República, não é correto afirmar: a) Há influência do positivismo. b) As mulheres passam a integrar progressivamente mais vagas nas Escolas Normais. c) A construção física das escolas passa a ser também símbolo das ações do governo para promover o avanço por meio da educação. d) Há grande avanço na redução do analfabetismo, questão que seria solucionada nas primeiras décadas da República. e) O Estado passa a ocupar-se mais nas iniciativas e na regulação da educação. Interatividade Sobre a educação durante a Primeira República, não é correto afirmar: a) Há influência do positivismo. b) As mulheres passam a integrar progressivamente mais vagas nas Escolas Normais. c) A construção física das escolas passa a ser também símbolo das ações do governo para promover o avanço por meio da educação. d) Há grande avanço na redução do analfabetismo, questão que seria solucionada nas primeiras décadas da República. e) O Estado passa a ocupar-se mais nas iniciativas e na regulação da educação. Resposta Primeira República – grande preocupação com a superação dos altos níveis de analfabetismo. Educação deveria preparar para: Cidadania. Mercado de trabalho. Liberdade / superação do escravismo. Diferentes propostas de reformas para o ensino. Ensino secundário e superior: bastante elitistas. Diferentes iniciativas educacionais da Primeira República Além das políticas oficiais, outras iniciativas marcaram a primeira república. Pluralidade de iniciativas religiosas. Inspiração em diversas correntes pedagógicas norte-americanas e europeias. Influência de discussões de outras áreas, como a biologia, a psicologia etc. na construção de novas propostas para a educação. Atenção às experiências exteriores. Exemplo importante – educação na França. Construção do tripé da educação pública francesa: gratuita, obrigatória e laica. Publicações anarquistas – criticam a educação tradicional, que seria: Centrada na figura autoritária do professor. Não oferecia instrumentos para que os alunos compreendessem de fato os assuntos estudados. Alunos deveriam obedecer. Não favorecia a construção de uma atitude combativa, para que os alunos se formassem como cidadãos que lutam por seus direitos. Educação Racional Libertária – contribuição anarquista Diferentemente, a escola desejada pelos anarquistas deveria: Ser baseada na racionalidade e na liberdade. Renovar o ensino, valorizando os conhecimentos científicos. Preparar os alunos para serem livres pensadores (semdogmatismo). Usar métodos para explicar a realidade. Compreender o psiquismo dos educandos. Valorizar a espontaneidade, criatividade e observação dos alunos. Ocorrer em um ambiente propício à educação. Escolas criadas pelos anarquistas eram chamadas de Escolas Modernas. Consideravam que as crianças nasciam sem preconceitos e abertas a construir o conhecimento. A ciência deveria ser patrimônio de todos, que deveriam compreender seus avanços. Meninos e meninas deveriam receber educação científica. 1919: surge a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher Fundadoras: Berta Lutz (1894-1976) e Maria Lacerda de Moura (1887-1945). 1922: transformou-se em Federação Brasileira pelo Progresso Feminino. Objetivos – promover: a educação das mulheres; direito ao voto; direito à escolha profissional. Acesso feminino à educação – reivindicações feministas Maria Lacerda: discutia com intelectuais da época, argumentando que não havia uma condição natural/biológica para que as mulheres não pudessem ser educadas da mesma forma que os homens. O alimento do cérebro era a educação, e uma vez que os cérebros femininos fossem também alimentados se desenvolveriam. Diferentes grupos discutiram sobre o acesso ao ensino pelas mulheres durante o início da república brasileira. Sobre isso, podemos afirmar: a) Anarquistas e feministas defendiam a educação das mulheres, enquanto positivistas ainda viam com ressalvas o avanço intelectual feminino. b) O movimento feminista defendia o direito ao voto e à educação, mas considerava que apenas o magistério seria profissão adequada às mulheres. c) As reivindicações de acesso ao ensino pelas mulheres tiveram pouca resistência. d) A profissão do magistério se abriu às mulheres nesse momento, juntamente com a possibilidade de atuarem em uma variada gama de profissões. e) Aspectos culturais e da moralidade do período eram entraves para o acesso feminino ao ensino e ao mercado de trabalho. Interatividade Diferentes grupos discutiram sobre o acesso ao ensino pelas mulheres durante o início da república brasileira. Sobre isso, podemos afirmar: a) Anarquistas e feministas defendiam a educação das mulheres, enquanto positivistas ainda viam com ressalvas o avanço intelectual feminino. b) O movimento feminista defendia o direito ao voto e à educação, mas considerava que apenas o magistério seria profissão adequada às mulheres. c) As reivindicações de acesso ao ensino pelas mulheres tiveram pouca resistência. d) A profissão do magistério se abriu às mulheres nesse momento, juntamente com a possibilidade de atuarem em uma variada gama de profissões. e) Aspectos culturais e da moralidade do período eram entraves para o acesso feminino ao ensino e ao mercado de trabalho. Resposta Revolução de 1930: fim da política do café com leite (SP/MG). 1930 - 1934: Governo Provisório. Constituição de 1934: Voto secreto (dificulta o voto de cabresto). Voto feminino (reivindicação feminista). Justiça eleitoral (coibir crimes eleitorais). Direitos trabalhistas (aclama críticas dos trabalhadores sobre o governo liberal). Primeira eleição indireta, demais seriam diretas. Educação durante o Governo Vargas 1934-1937: Vargas assumiu como presidente eleito pela primeira eleição indireta (deveria ser sucedido após eleições diretas). 1937: Golpe de Estado Inicia-se um governo autoritário de Vargas. 1937-1945: Estado Novo. Diferentes posturas sobre a educação disputariam espaço nesses longos anos dos governos Vargas. 1923: fundada a Liga Brasileira da Higiene Mental. Promovia posturas concordantes com as doutrinas eugenistas e da educação higiênica em voga em vários países nesse momento (funciona até 1947). Eugenia: conjunto de teorias que surgem no final do século XIX e que ganham destaque especialmente pelas políticas nazistas de extermínio de certos grupos de pessoas na Alemanha, que buscava o aprimoramento biológico de uma determinada população. Surge influenciada pelo pensamento racista do século XIX, que procura justificativas “científicas” para explicar a desigualdade dos diferentes povos no mundo. Incorpora a ideia de seleção natural de Darwin para tentar interferir nesse processo, promovendo ações que auxiliariam no surgimento de humanos mais fortes, saudáveis, inteligentes etc. Influência do pensamento eugenista A eugenia podia ter uma postura positiva, no sentido de promover as “melhores” características, com incentivo de casamentos de pessoas consideradas “melhores” e, assim, transmissão de suas “qualidades” aos seus descendentes. A eugenia considerada positiva também poderia contar com a promoção de cuidados sanitários para prevenir doenças, ou cuidados para melhorar a saúde das pessoas. Mas podia apresentar uma postura negativa, promovendo essa melhoria ao eliminar os indivíduos considerados menos adequados, o que levou, numa solução extrema, aos campos de extermínio nazistas. No Brasil, no geral, a eugenia foi pensada em termos positivos, ou seja, agindo para incentivar que os indivíduos que tivessem as “melhores” características pudessem transmiti-las às gerações futuras. Influência da eugenia na educação: Mulher vista como naturalmente destinada ao cuidado da família e à maternidade. Mulheres deveriam cuidar da educação das crianças em casa e nas escolas primárias (extensão da maternidade). Conhecimentos sobre o desenvolvimento infantil passam a ser centrais para o ensino. Professores devem observar o desenvolvimento das crianças, se está adequado e como se pode intervir nesse processo. Deveriam ser realizadas campanhas educativas sobre o higienismo nas escolas primárias e secundárias. Governo Vargas cobrava das mulheres atitudes patrióticas na educação infantil, para criarem cidadãos adequados aos ideais modernizadores daquele momento. Meninas deveriam ser educadas para uma maternidade sadia (qual herança genética seria deixada pelos pais?). 1931: criado o Ministério da Educação e da Saúde (Educação e Saúde pensadas em conjunto). Nas Constituições de 1934 e 1937 afirma-se expressamente que se deve favorecer o desenvolvimento de uma educação eugênica. Na escola, era dever cuidar e aprender sobre saúde, higiene e condicionamento físico – contribuiriam para formar uma “raça” (termo usado na época) fisicamente forte. Educação Física passa a ser disciplina importante. 1931: criação do Conselho Nacional de Educação. Reforma do ensino superior – Decreto n. 19.851, de 1931. Cria o Estatuto das Universidades Brasileiras. Universidades: unificação e integração de diversas faculdades. Cursos universitários: tanto de conhecimentos desinteressados quanto utilitários. Autonomia universitária – podem criar regulamentos próprios, sem intervenção do Estado. Universidades deveriam ter ao menos 3 das seguintes faculdades: Direito, Medicina, Engenharia, Educação, Ciências e Letras. A admissão de estudantes: exames de aprovação (vestibular), comprovação de conclusão do ensino secundário e prova de idoneidade moral. Todos os cursos superiores deveriam ser credenciados pelo Ministério da Educação e da Saúde (MES). Reformas do Ensino de Francisco Campos Esse estatuto se manteria com poucas alterações até 1968, quando foi realizada uma reforma do ensino superior. 1934: criada a Universidade de São Paulo. 1935: criada a Universidade do Distrito Federal (RJ). Reformas do Ensino de Francisco Campos Reforma do ensino secundário – Decreto n. 19.890, de 1931: Ensino secundário: passa a ter duração de 7 anos, dividido em 2 ciclos: Primeiro ciclo – fundamental: 5 anos. Segundo ciclo – complementar: 2 anos – 3 opções: Para os candidatos à Faculdade de Direito. Para os candidatos aos cursos de Medicina, Farmácia e Odontologia. Para os candidatos aos cursos de Engenharia e Arquitetura. Aumento nonúmero de anos do ensino secundário o torna ainda mais elitista. Muitas avaliações e bastante detalhadas no decreto. Voltado para as profissões que formariam a elite profissional e dirigente do pais. Ainda assim, a classe média teve maior acesso ao ensino no período Vargas pela ampliação das vagas. Momento de maior autoritarismo de Vargas – nacionalismo reforçado nas escolas. Destaque para a Educação Física, para promover cidadãos sadios e dispostos a construir a nação, ensino católico, educação moral e cívica, estudos e História e Geografia do Brasil. Valorização do canto orfeônico e das festas cívicas. Objetivos do ensino secundário: formação dos adolescentes – desenvolvimento intelectual e de sentimentos patrióticos. Decreto-lei n. 4.244, de 1942: Ensino secundário de 7 anos, divididos em 2 ciclos (estrutura que se manteria até a década 1970): Primeiro ciclo, de 4 anos – ginásio. Segundo ciclo, de 3 anos – colegial (2 ramos: clássico e científico). Reformas do Ensino de Gustavo Capanema Durante o Governo Vargas, quais medidas não foram tomadas no campo educacional? a) Desenvolvimento da educação eugênica. b) Preocupação com questões de saúde e higiene nas escolas. c) Destaque para a Educação Física. d) Criação de universidades. e) Promoção de uma educação com grande liberdade para o debate e a discussão. Interatividade Durante o Governo Vargas, quais medidas não foram tomadas no campo educacional? a) Desenvolvimento da educação eugênica. b) Preocupação com questões de saúde e higiene nas escolas. c) Destaque para a Educação Física. d) Criação de universidades. e) Promoção de uma educação com grande liberdade para o debate e a discussão. Resposta 1924: criada a Associação Brasileira de Educação: conferências e debates sobre a educação. 1931: congresso em Niterói – discutem sugestões de mudanças na educação nacional. 1932: redigem um manifesto, escrito por Fernando de Azevedo e assinado por 26 educadores e intelectuais. Documento deveria ser base para reformas educacionais. Portugal: dependente das riquezas do Brasil. Alguns signatários: Anísio Teixeira, M. B. Lourenço Filho, Heitor, Lira, Carneiro Leão, Cecília Meireles, A. F. de Almeida Prado. Escola Nova A resolução de grande parte dos problemas brasileiros passava pela educação. Educação: corresponde ao “ideal de vida” de cada época. Educação brasileira: inadequada para o seu tempo. A instrução deveria deixar de ser privilégio da elite econômica e ser direito de todo indivíduo. Deveria ser essencialmente pública – direito de todos. Família e Estado deveriam atuar de forma conjunta e colaborativa, em uma relação de confiança. Todos deveriam receber a mesma educação. Educação comum a todas as crianças permitiria maior igualdade de oportunidades futuras. Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova (1932) A finalidade da educação seria desenvolver os indivíduos ao máximo possível – desenvolvimento integral, de todas as suas potencialidades, físicas e mentais. O Estado deveria garantir 3 princípios da educação: Gratuidade – acesso aos menos favorecidos economicamente. Laicidade – escola acima de crenças particulares e disputas religiosas. Obrigatoriedade. Deveria ser criado um fundo para que o Estado pudesse garantir a promoção da educação no país. Deveria ocorrer uma cooperação entre poder federal (ordena o plano geral de educação) e os estados (aplicam os princípios do plano adequando-os à realidade de seus territórios). Proposta se apresentava em concordância com as pesquisas científicas e avanços no conhecimento sobre o desenvolvimento infantil daquele momento – criança no centro da educação. Respeito aos processos mentais, ao desenvolvimento de cada fase da vida, à curiosidade infantil. Liberdade e incentivo ao aprendizado. Atividades que motivavam a espontaneidade e alegria dos estudantes. Estudantes deveriam observar, experimentar, criar atividades de seu interesse. Educação íntegra: contínua e articulada em seus diversos graus – do primário ao ensino superior. Ensino Secundário deveria preparar tanto para a educação profissional como a intelectual. Alguns dos que assinaram o manifesto participaram de políticas públicas para educação dos Estados. Anísio Teixeira – influência do pensamento de Dewey. 1931: diretor geral de instrução do Distrito Federal. 1932: criou o Instituto de Educação do Rio de Janeiro: onde funcionou o primeiro curso superior para a formação de professores primários. Preocupação com a formação profissional e com aquisição cultural geral pelos futuros professores. Curso com duração de 2 anos, com disciplinas de Biologia Educacional, Psicologia Educacional, Sociologia Educacional, entre outras. 1946: Anísio Teixeira criou a Escola Parque, em Salvador. Localizada em um bairro vulnerável. Recebia alunos que não tinham onde morar. Além do ensino regular, a escola atendia outras necessidades das crianças. Crianças tinham acesso à arte, educação física e oficinas culturais. Atendia em tempo integral. Crianças deveriam ser educadas para a comunidade e para a democracia. Alunos aprendiam também sobre higiene. Espaços para atividade física. Espaços para oficinas: tecelagem, tapeçaria, encadernação, cerâmica, cartonagem, costura, bordado etc. Educação integral: sentido mais amplo, não apenas temporal (quanto tempo os alunos permanecem na escola), mas do desenvolvimento de suas potencialidades (físicas e mentais). Não havia reprovação. Professores recebiam um treinamento para atuarem de forma adequada ao novo modelo proposto. O Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova apresenta algumas propostas de mudanças na educação brasileira, entre elas: a) Adequação da formação de professores para atuar em modelo de educação integral. b) Uma política educacional nacional unitária, independentemente das características e particularidades de cada Estado. c) A educação como um direito de todos. d) A manutenção do ensino religioso nas escolas públicas. e) O ensino secundário deveria ser sempre profissionalizante. Interatividade O Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova apresenta algumas propostas de mudanças na educação brasileira, entre elas: a) Adequação da formação de professores para atuar em modelo de educação integral. b) Uma política educacional nacional unitária, independentemente das características e particularidades de cada Estado. c) A educação como um direito de todos. d) A manutenção do ensino religioso nas escolas públicas. e) O ensino secundário deveria ser sempre profissionalizante. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!