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PEÇA 3 RECURSO ORDINÁRIO

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AO EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 2ª VARA DO TRABALHO DE NOVO HAMBURGO/RS.
Reclamatória Trabalhista nº: 0101010-10.2021.5.04.0004
Lua Cheia Comércio de Utilidades para o Lar Ltda, já devidamente qualificada nos autos do processo em epígrafe, movido por Penélope Charmosa, que também já qualificada, vem, por intermédio de seu procurador signatário, Paulo Roberto Haag Francisco, com endereço profissional na Rua XXXX, bairro, XXXX, em XXXX/RS, endereço eletrônico XXXX, no qual devem ser recebidas as intimações e notificações, conforme procuração em anexo, vem, tempestiva e respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 893, inciso II, e artigo 891, inciso, I, ambos dispositivos da CLT, interpor RECURSO ORDINÁRIO ao Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região. 
Ressalta-se que foram atendidos todos os requisitos de admissibilidade do presente recurso, entre os quais denota-se através do depósito recursal que consta devidamente recolhido no valor de R$XXXX, conforme comprovante de recolhimento em anexo, bem como as custas, que devidamente recolhidas conforme o artigo 789, §1º da CLT, no valor de R$XXXX, conforme comprovantes anexados dentro do prazo recursal.
Ante o exposto, o recorrente, solicita à Vossa Excelência, o recebimento do presente recurso, e consequentemente, seja intimada a parte contrária para, querendo, apresentar contrarrazões no prazo legal, conforme prevê o artigo 900 da CLT e após seja o presente recurso remetido ao Egrégio TRT4.
Nestes termos, pede deferimento.
Novo Hamburgo, XX de XXXX de 2023.
Paulo Roberto Haag Francisco
OAB/RS nº: XXXX
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO
Origem: 2ª Vara do Trabalho de Novo Hamburgo/RS.
Processo nº: 0101010-10.2021.5.04.0004
	Recorrente: Lua Cheia Comércio de Utilidades para o Lar Ltda.
Recorrida: Penélope Charmosa
EGRÉGIO TRIBUNAL
COLENDA TURMA
NOBRES JULGADORES
1. DOS FATOS
A recorrente, Lua Cheia Comércio de Utilidades para o Lar Ltda, havia celebrado contrato de trabalho com a parte recorrida Penélope Charmosa em 01/09/2016, para exercer a função de auxiliar de faturamento. Entretanto, na data 01/07/2020, a empregada, ora recorrida, foi dispensada sem justa causa por meio de aviso prévio trabalhado, que foi cumprido no período de 02/07/2020 a 31/07/2020. Posteriormente, no dia 03/08/2020, o empregador realizou o pagamento das verbas rescisórias.
Em 07/08/2020 a parte recorrida entrou com a respectiva reclamatória trabalhista, contra o recorrente, com o objetivo de resgatar certos direitos que entende como devidos por parte do empregador. Outrossim, no dia 01/03/2023, foi prolatada a sentença do juízo a quo, que decidiu os pedidos feitos por Penélope Charmosa como procedentes, porém de forma parcial.
Destarte, a parte recorrente apresenta o referido recurso ordinário com o propósito de buscar a reforma da decisão do juízo supracitado, no tocante as questões que serão consideradas a seguir, uma vez que tais pontos em destaque não estão em conformidade com a legislação, bem como com o entendimento jurisprudencial desse Egrégio Tribunal e do TST.
1.1 Reintegração da Recorrida
Primeiramente, a sentença proferida concedeu o pedido da parte recorrida no que tange a sua reintegração ao grupo de colaboradores da empresa, essa ideia materializou-se com base na interpretação de que a recorrida tinha estabilidade no período de 01/04/2020 a 31/03/2021, como a demissão se sucedeu em julho/2020, entendeu assim o magistrado. No entanto, tal decisão merece ser reformada.
Destaca-se a importância de citar que a Associação de Leitura dos Empregados da Empresa, que na época a recorrida tinha sido eleita presidente, tal entidade havia sido criada pelos próprios funcionários da empresa, fato esse que pode ser observado e constatado no estatuto social da referida entidade. 
Nesse contexto, levado em consideração o disposto no art.543, caput, §3º e §4 da CLT, o direito à estabilidade somente se aplicaria a parte recorrida, caso ela tivesse sido eleita para o cargo administrativo sindical ou representação profissional. Como pode observar-se, o caso em tela mencionado, não corresponde a abrangência e exigência do dispositivo legal, em virtude, que o seu exercício ou indicação não decorreu de eleição prevista em lei. 
De forma congruente, segue a Súmula 369 do Tribunal Superior do Trabalho, que diz o seguinte:
DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA.
I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho.
II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes.
III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente.
IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade.
V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho.
Diante dos fundamentos aqui expostos, requer a reforma da sentença proferida pelo juízo de primeira instância, a fim de que seja julgado improcedente o pedido de reintegração da parte recorrida no grupo da empresa.
1.2 Participação dos Lucros e Resultados
Na sentença foi determinado que a parte recorrente que entrou com o recurso deveria efetuar o pagamento à parte contrária atinente a participação nos lucros e resultados da empresa, conforme previsto na convenção coletiva da categoria, referente ao ano de 2019, visto que a parte recorrida alega não ter recebido o respectivo valor, contudo, esse é outro ponto que merece ser reformado.
Ao observar o documento Anual de informações Sociais (RAIS) do ano-base 2019, acompanhada do respectivo recibo de entrega, que se encontram acostados aos autos do processo, percebe-se que a parte recorrida se encontrava nesse período, em benefício do auxílio de incapacidade temporária.
Assim, considerando a ausência da parte recorrida de atividade laboral no ano de 2019, em virtude de estar recebendo auxílio doença ou auxílio enfermidade, o empregado está sob licença não remunerada, conforme previsto no artigo 476, da CLT, motivo pelo qual acarreta a suspensão do contrato de trabalho.
Além disso, é importante notar que o caso em análise, não é condizente com entendimento da Súmula 451, do TST, que enseja o empregado que laborou no período, a condição de receber valores sobre a participação dos lucros e resultados da empresa, de maneira proporcional a que trabalhou, isto é, 01/12 avos por cada mês de trabalho. 
Portanto, em consideração do que foi apresentado, solicita-se a reforma da sentença no que se refere a pagamento da participação de lucros e resultados da empresa, haja vista, que se mostra de forma evidente que a recorrida não faz jus ao recebimento, pois não desempenhou nenhuma atividade laboral nesse período. Nesse sentido, tal decisão merece ser reformada, ou seja, ser considerada improcedente.
1.3 Das Férias
Em relação a sentença, o recorrente foi condenado ao pagamento da diferença de férias, devido a empregada não ter gozado de 30 dias úteis referente ao período aquisitivo de 01/09/2016 a 31/08/2017. No entanto, a decisão merece ser reformada. 
De acordo com os documentos acostados aos autos do processo, sendo o aviso de férias em que consta a devida assinatura da reclamante e do responsável da empresa, juntamente com a respectiva data de 01/10/2017. Ademais, também consta nos referidosdocumentos, o recibo de férias, datado de 30/10/2017 referente ao período aquisitivo de 01/09/2016 a 31/08/2017, cujo gozo acorreu no período de 01/11/2017 a 30/11/2017, contemplado 30 dias corridos.
Inicialmente, considerando que o período de férias da reclamante teve início em 01/11/2017, que a parte reclamada notificou a parte contrária em 01/10/2017, conforme atesta o aviso de férias, sendo assim, comprovou-se que o rito legal para concessão de férias, foi obedecido, tendo em vista, que foi feito 30 dias antes do início do gozo das respectivas férias, conforme previsto no artigo 135, da CLT.
 Outrossim, a parte reclamada recorre às disposições do artigo 145, da CLT, que estabelece o pagamento das férias até 2 (dois) dias antes do início do período correspondente. Isso é corroborado pelo comprovante anexado ao processo, em que o gozo das férias teve início em 01/11/2017 e o pagamento foi efetuado em 30/10/2017.
 Além disso, é relevante ressaltar o artigo 130, Inciso I, da CLT, o qual estipula que a concessão das férias ocorra após cada período de 12 (doze) meses, correspondente a 30 (trinta) dias corridos, desde que o empregado não tenha se afastado das suas atividades por mais de 5 (cinco) vezes no referido período.
Sendo assim, requer a reforma da sentença, isto é, que seja julgado como improcedente o pagamento de diferença de férias, conforme justificado por meio dos fundamentos apresentados anteriormente. 
2. DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer o conhecimento e provimento do presente recurso ordinário, sendo reformada a sentença do juiz a quo, em relação aos seguintes pontos que foram questionados e fundamentados:
a) Reconhecer como improcedente o pedido de reintegração da parte recorrida na empresa;
b) Declarar improcedente o pedido de pagamento de valores no tocante a participação nos lucros e resultados da empresa;
c) Determinar a improcedência do pedido de pagamento da diferença de férias;
d) Condenar a parte recorrida ao pagamento de honorários advocatícios fixados no percentual de 15% (quinze por cento), com base no artigo 719-A, da CLT.
Nestes termos, pede provimento.
Novo Hamburgo, XX de XXXX de 2023.
Paulo Roberto Haag Francisco
OAB/RS nº: XXXX
 
ROL DE ANEXOS 
· Ficha de Registro de Empregados da empresa Lua Cheia Comércio de Utilidades para o Lar Ltda;
· Cópia da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do ano-base: 2019, acompanhada do recibo de entrega;
· Cópia do Estatuto Social da Associação de Leitura dos Empregados da empresa Lua Cheia Comércio de Utilidades para o Lar Ltda; 
· Cópia da ata de eleição e posse da reclamante como presidente da respectiva entidade;
· Aviso e recibo de férias;
· Comprovante de recolhimento do depósito recursal e custas.

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