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Transtornos Alimentares - PROB 3

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–
Os transtornos da alimentação (TAs) são quadros 
psiquiátricos que acometem, sobretudo, adolescentes e 
adultos jovens do sexo feminino, causando aumento de 
morbimortalidade. Potencialmente crônicos, causam 
grande prejuízo no funcionamento global e estão 
associados a comportamentos alimentares alterados, 
controle do peso por meio de atitudes caóticas e 
arriscadas, motivadas por percepção distorcida do corpo, 
da imagem e do peso. 
Os transtornos alimentares envolvem uma perturbação 
da alimentação ou do comportamento relacionado à 
alimentação, que costumam incluir 
• Alterações dos alimentos ou da 
quantidade consumida pela pessoa 
• Medidas que as pessoas adotam para 
evitar que os alimentos sejam absorvidos 
(por exemplo, autoinduzindo o vômito ou 
tomando laxantes) 
Para que um comportamento alimentar incomum seja 
considerado um transtorno, o comportamento precisa 
continuar por um determinado período e causar 
prejuízo significativo à saúde física da pessoa e/ou à 
capacidade de desempenhar funções na escola ou no 
trabalho ou afetar negativamente as interações da 
pessoa com outros. 
➔Os transtornos alimentares incluem 
• Anorexia nervosa 
• Transtorno alimentar restritivo evitativo 
• Transtorno da compulsão alimentar 
periódica 
• Bulimia nervosa 
• Pica 
• Transtorno de ruminação 
➔A anorexia nervosa é caracterizada por uma busca 
incessante pelo emagrecimento, uma imagem corporal 
distorcida, um medo extremo da obesidade e a restrição 
do consumo de alimentos, que resultam em um peso 
corporal significativamente baixo. A pessoa com 
anorexia nervosa limita a ingestão de alimentos, mas 
também pode comer compulsivamente e, em seguida, 
compensar isso por meio de purgação (por exemplo, ao 
autoinduzir o vômito ou tomar laxantes). A pessoa com 
esse transtorno pode limitar sua ingestão de alimentos a 
ponto de prejudicar sua saúde. Embora a palavra 
anorexia signifique perda do apetite, muitas pessoas 
com anorexia nervosa não perdem o apetite até estarem 
muito emaciadas. 
➔O transtorno alimentar restritivo evitativo é 
caracterizado pelo fato de que a pessoa come muito 
pouco e/ou evita comer determinados alimentos sem 
ter a preocupação quanto à forma física ou o peso que 
é característica de pessoas com anorexia nervosa ou 
bulimia nervosa. Geralmente, as pessoas com esse 
transtorno podem não ter interesse em comer, podem 
ser extremamente seletivas em relação aos alimentos e 
podem evitar certos tipos de alimentos. Por exemplo, é 
possível que ela evite alimentos que têm uma 
determinada cor, consistência ou odor. Algumas pessoas 
têm medo das possíveis consequências adversas da 
alimentação, como asfixia ou vômito. 
➔O transtorno da compulsão alimentar periódica é 
caracterizado pela ingestão de uma quantidade de 
alimentos excepcionalmente maior que a quantidade 
que a maioria das pessoas consumiria em um período 
semelhante e em circunstâncias semelhantes. A pessoa 
sente perda do controle durante e após um episódio de 
compulsão alimentar e esses episódios lhe causam 
angústia. O episódio de alimentação compulsiva não é 
seguido por purgação ou outras tentativas de compensar 
o excesso de alimentos consumidos. 
➔A bulimia nervosa é caracterizada por episódios 
repetidos de ingestão rápida de grandes quantidades de 
alimentos, seguidos por tentativas de compensar o 
excesso de alimentos consumidos. Por exemplo, é 
possível que a pessoa autoinduza o vômito ou tome 
laxantes. 
➔A pica ocorre quando a pessoa ingere regularmente 
substâncias que não são alimentos. 
➔O transtorno de ruminação é caracterizado pela 
regurgitação de alimentos após terem sido consumidos. 
Os transtornos alimentares são muito mais frequentes 
em mulheres, sobretudo nas mais jovens, do que em 
homens. 
 
DIAGNOSTICO- DMS-5 
➔ B. A ingestão de substâncias não nutritivas, não alimentares, é 
inapropriada ao estágio de desenvolvimento do indivíduo. 
➔C. O comportamento alimentar não faz parte de uma prática 
culturalmente aceita. 
➔D. Se o comportamento alimentar ocorrer no contexto de outro 
transtorno mental (p. ex., deficiência intelectual [transtorno do 
desenvolvimento intelectual], transtorno do espectro autista, 
esquizofrenia) ou condição médica (incluindo gestação), é suficientemente 
grave a ponto de necessitar de atenção clínica adicional. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
A ingestão de substâncias não nutritivas, não alimentares, pode ocorrer 
durante o curso de outros transtornos mentais (p. ex., transtorno do 
espectro autista, esquizofrenia) e na síndrome de Kleine-Levin. 
→Anorexia nervosa. A pica normalmente pode ser distinguida de 
outros transtornos alimentares pelo consumo de substâncias não 
➔A. Ingestão persistente de substâncias não nutritivas, não alimentares, 
durante um período mínimo de um mês. 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-de-sa%C3%BAde-mental/transtornos-alimentares/anorexia-nervosa
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-de-sa%C3%BAde-mental/transtornos-alimentares/transtorno-alimentar-restritivo-evitativo
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-de-sa%C3%BAde-mental/transtornos-alimentares/transtorno-da-compuls%C3%A3o-alimentar-peri%C3%B3dica
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-de-sa%C3%BAde-mental/transtornos-alimentares/transtorno-da-compuls%C3%A3o-alimentar-peri%C3%B3dica
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-de-sa%C3%BAde-mental/transtornos-alimentares/bulimia-nervosa
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-de-sa%C3%BAde-mental/transtornos-alimentares/pica
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-de-sa%C3%BAde-mental/transtornos-alimentares/transtorno-de-rumina%C3%A7%C3%A3o
–
nutritivas, não alimentares. É importante observar, no entanto, que 
algumas apresentações de anorexia nervosa incluem a ingestão de 
substâncias não nutritivas, não alimentares, como lenços de papel, na 
tentativa de controlar o apetite. Nesses casos, quando a ingestão de 
substâncias não nutritivas, não alimentares, é usada essencialmente 
como meio de controle do peso, anorexia nervosa deverá ser o 
diagnóstico primário. 
➔Transtorno factício. Alguns indivíduos com transtorno factício podem 
ingerir intencionalmente objetos estranhos como parte do padrão de 
falsificação de sintomas físicos. Nesses casos, existe um elemento 
fraudulento compatível com a indução deliberada de lesão ou doença. 
Autolesão não suicida e comportamentos de autolesão suicida nos 
transtornos da personalidade. Alguns indivíduos podem deglutir itens 
potencialmente nocivos (p. ex., alfinetes, agulhas, facas) no contexto de 
padrões desadaptativos de comportamento associados a transtornos 
da personalidade ou autolesão não suicida. 
➔A. Regurgitação repetida de alimento durante um período mínimo de um mês. O 
alimento regurgitado pode ser remastigado, novamente deglutido ou cuspido. 
➔B. A regurgitação repetida não é atribuível a uma condição gastrintestinal ou a outra 
condição médica (p. ex., refluxo gastroesofágico, estenose do piloro). 
➔C. A perturbação alimentar não ocorre exclusivamente durante o curso de anorexia 
nervosa, bulimia nervosa, transtorno de compulsão alimentar ou transtorno alimentar 
restritivo/evitativo 
➔D. Se os sintomas ocorrerem no contexto de outro transtorno mental (p. ex., deficiência 
intelectual [transtorno do desenvolvimento intelectual] ou outro transtorno do 
neurodesenvolvimento), eles são suficientemente graves para justificar atenção clínica 
adicional. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
➔Condições gastrintestinais. É importante diferenciar regurgitação no 
transtorno de ruminação de outras condições caracterizadas por refluxo 
gastroesofágico ou vômitos. Condições como gastroparesia, estenose 
do piloro, hérnia de hiato e síndrome de Sandifer em lactentes deverão 
ser excluídas por exames físicos e testes laboratoriais apropriados. 
➔Anorexia nervosa e bulimia nervosa. Indivíduos com anorexia 
nervosa e bulimia nervosa também podem regurgitar com subsequenteeliminação do alimento como um meio de livrar-se das calorias 
ingeridas em virtude da preocupação com o ganho de peso. 
 
A. Uma perturbação alimentar (p. ex., falta aparente de interesse na 
alimentação ou em alimentos; esquiva baseada nas características 
sensoriais do alimento; preocupação acerca de consequências 
aversivas alimentar) manifestada por fracasso persistente em 
satisfazer as necessidades nutricionais e/ou energéticas apropriadas 
associada a um (ou mais) dos seguintes aspectos: 
1. Perda de peso significativa (ou insucesso em obter o ganho de 
peso esperado ou atraso de crescimento em crianças). 
2. Deficiência nutricional significativa. 
3. Dependência de alimentação enteral ou suplementos nutricionais 
orais. 
4. Interferência marcante no funcionamento psicossocial. 
B. A perturbação não é mais bem explicada por indisponibilidade de 
alimento ou por uma prática culturalmente aceita. 
C. A perturbação alimentar não ocorre exclusivamente durante o 
curso de anorexia nervosa ou bulimia nervosa, e não há evidência de 
perturbação na maneira como o peso ou a forma corporal é 
vivenciada 
D. A perturbação alimentar não é atribuível a uma condição médica 
concomitante ou mais bem explicada por outro transtorno mental. 
Quando a perturbação alimentar ocorre no contexto de uma outra 
condição ou transtorno, sua gravidade excede a habitualmente 
associada à condição ou ao transtorno e justifica atenção clínica 
adicional. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
A perda de apetite que precede a alimentação restritiva é um sintoma 
inespecífico que pode acompanhar uma série de diagnósticos mentais. 
➔Outras condições médicas (p. ex., doença gastrintestinal, alergias e 
intolerâncias alimentares, malignidades ocultas). A restrição da ingesta 
alimentar pode ocorrer em outras condições médicas, especialmente 
com sintomas persistentes como vômitos, perda de apetite, náusea, dor 
abdominal ou diarreia. Um diagnóstico de transtorno alimentar 
restritivo/evitativo requer que a perturbação da ingestão esteja além 
daquela diretamente explicada pelos sintomas físicos compatíveis com 
uma condição médica; a perturbação alimentar também deve persistir 
depois de desencadeada por uma condição médica e depois da 
resolução desta. Condições médicas subjacentes ou condições mentais 
comórbidas podem complicar a alimentação. Na medida em que 
indivíduos mais velhos, pacientes pós-cirúrgicos e os que recebem 
quimioterapia com frequência ficam inapetentes, um diagnóstico 
adicional de transtorno alimentar restritivo/evitativo requer que a 
perturbação alimentar seja um foco primário para intervenção. 
➔Transtornos neurológicos/neuromusculares, estruturais ou 
congênitos específicos e condições associadas a dificuldades de 
alimentação. Dificuldades de alimentação são comuns em uma série de 
condições congênitas e neurológicas com frequência relacionadas a 
problemas com a estrutura e a função oral/esofágica/faríngea, como 
hipotonia da musculatura, protusão da língua e deglutição 
comprometida. 
➔Transtorno de apego reativo. Um certo grau de retraimento é 
característico do transtorno de apego reativo e pode levar a uma 
perturbação na relação cuidador-criança que pode afetar a alimentação 
e a ingestão da criança. 
➔Transtorno do espectro autista. geralmente apresentam 
comportamentos alimentares rígidos e sensibilidades sensoriais 
aumentadas. Entretanto, esses aspectos nem sempre resultam no nível 
de comprometimento que seria necessário para um diagnóstico de 
transtorno alimentar restritivo/evitativo. 
➔Fobia específica, transtorno de ansiedade social (fobia social) e 
outros transtornos de ansiedade. Fobia específica do tipo “outro” 
menciona como exemplos “situações que possam levar a asfixia ou 
vômitos” e pode representar o gatilho primário para o medo, a 
ansiedade ou a evitação necessários para o diagnóstico. Pode ser difícil 
distinguir fobia específica de transtorno alimentar restritivo/evitativo 
quando medo de asfixia ou vômito resultou em esquiva da alimentação. 
No transtorno de ansiedade social, o indivíduo pode apresentar-se com 
medo de ser observado pelos outros enquanto se alimenta, o que pode 
acontecer também no transtorno alimentar restritivo/evitativo. 
➔Anorexia nervosa. indivíduos com anorexia nervosa também exibem 
medo de ganhar peso ou de ficar gordos ou comportamentos 
persistentes que interferem no ganho de peso, bem como perturbações 
específicas em relação à percepção e à vivência de seu próprio peso e 
forma corporal. O diagnóstico diferencial entre transtorno alimentar 
restritivo/evitativo e anorexia nervosa pode ser difícil, especialmente 
no fim da infância e no início da adolescência, pois esses transtornos 
podem compartilhar uma série de sintomas (p. ex., evitação de 
alimento, baixo peso). 
➔Transtorno obsessivo-compulsivo. podem apresentar-se com 
evitação ou restrição da alimentação relacionada a preocupações com 
alimentos ou comportamento de alimentação ritualizado. 
➔Transtorno depressivo maior. No transtorno depressivo maior, o 
apetite pode estar afetado de tal forma que os indivíduos apresentam-
se com ingesta alimentar significativamente restrita, em geral em 
relação à ingesta calórica total e muitas vezes associada a perda de 
–
peso. A inapetência e a decorrente redução da ingesta costumam ceder 
com a resolução dos problemas de humor. 
➔Transtornos do espectro da esquizofrenia. Indivíduos com 
esquizofrenia, transtorno delirante ou outros transtornos psicóticos 
podem exibir comportamentos alimentares estranhos, evitação de 
alimentos específicos em virtude de crenças delirantes ou outras 
manifestações de alimentação restritiva/evitativa. Em alguns casos, 
crenças delirantes podem contribuir para preocupação acerca das 
consequências negativas de ingerir determinados alimentos 
➔Transtorno factício ou transtorno factício imposto a outro. Para 
assumir o papel de doente, alguns indivíduos com transtorno factício 
podem descrever intencionalmente dietas que são muito mais 
restritivas do que aquelas que de fato são capazes de consumir, bem 
como complicações de tal comportamento, como necessidade de dietas 
enterais ou suplementos nutricionais, incapacidade de tolerar uma 
gama normal de alimentos e/ou incapacidade de participar 
normalmente de situações apropriadas à idade envolvendo 
alimentação. 
A. Restrição da ingesta calórica em relação às necessidades, levando 
a um peso corporal significativamente baixo no contexto de idade, 
gênero, trajetória do desenvolvimento e saúde física. Peso 
significativamente baixo é definido como um peso inferior ao peso 
mínimo normal ou, no caso de crianças e adolescentes, menor do que 
o minimamente esperado. 
B. Medo intenso de ganhar peso ou de engordar, ou comportamento 
persistente que interfere no ganho de peso, mesmo estando com 
peso significativamente baixo 
C. Perturbação no modo como o próprio peso ou a forma corporal são 
vivenciados, influência indevida do peso ou da forma corporal na 
autoavaliação ou ausência persistente de reconhecimento da 
gravidade do baixo peso corporal atual. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
➔Condições médicas (p. ex., doença gastrintestinal, hipertireoidismo, 
malignidades ocultas e síndrome da imunodeficiência adquirida 
[SIDA]) 
➔Transtorno depressivo maior: pode ocorrer perda de peso grave, 
mas a maioria dos indivíduos com esse transtorno não manifesta nem 
desejo de perda de peso excessiva, nem medo intenso de ganhar peso. 
➔Esquizofrenia: exibem comportamento alimentar estranho e às vezes 
apresentam perda de peso significativa, mas raramente manifestam o 
medo de ganhar peso e a perturbação da imagem corporal necessários 
para um diagnóstico de anorexia nervosa. 
➔Transtornos por uso de substância: Indivíduos que abusam de 
substâncias que reduzem o apetite (p. ex., cocaína, estimulantes) 
➔ Transtorno de ansiedade social (fobia social), transtorno obsessivo-
compulsivo e transtorno dismórfico corporal: podem sentir-se 
humilhados ou envergonhados de seremvistos comendo em público, 
como ocorre na fobia social; podem exibir obsessões e compulsões 
relacionadas a alimentos, como no TOC; ou podem ficar preocupados 
com um defeito imaginado na aparência do corpo, como no transtorno 
dismórfico corporal. 
➔Bulimia nervosa: exibem episódios recorrentes de compulsão 
alimentar, adotam comportamento indevido para evitar o ganho de 
peso (p. ex., vômitos autoinduzidos) e preocupam-se excessivamente 
com a forma e o peso corporais. 
➔Transtorno alimentar restritivo/evitativo: exibem perda de peso ou 
deficiência nutricional significativas, mas não temem ganhar peso ou se 
tornar gordos nem apresentam perturbação na maneira como 
vivenciam a forma e o peso do próprio corpo. 
 
 
A. Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Um episódio de 
compulsão alimentar é caracterizado pelos seguintes aspectos: 
1. Ingestão, em um período de tempo determinado (p. ex., dentro de 
cada período de duas horas), de uma quantidade de alimento 
definitivamente maior do que a maioria dos indivíduos consumiria no 
mesmo período sob circunstâncias semelhantes. 
2. Sensação de falta de controle sobre a ingestão durante o episódio 
(p. ex., sentimento de não conseguir parar de comer ou controlar o 
que e o quanto se está ingerindo). 
B. Comportamentos compensatórios inapropriados recorrentes a fim 
de impedir o ganho de peso, como vômitos autoinduzidos; uso 
indevido de laxantes, diuréticos ou outros medicamentos; jejum; ou 
exercício em excesso 
C. A compulsão alimentar e os comportamentos compensatórios 
inapropriados ocorrem, em média, no mínimo uma vez por semana 
durante três meses. 
D. A autoavaliação é indevidamente influenciada pela forma e pelo 
peso corporais 
E. A perturbação não ocorre exclusivamente durante episódios de 
anorexia nervosa 
Leve: Média de 1 a 3 episódios de comportamentos compensatórios 
inapropriados por semana. 
Moderada: Média de 4 a 7 episódios de comportamentos 
compensatórios inapropriados por semana. 
Grave: Média de 8 a 13 episódios de comportamentos compensatórios 
inapropriados por semana. 
Extrema: Média de 14 ou mais comportamentos compensatórios 
inapropriados por semana. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
➔ Anorexia nervosa, tipo compulsão alimentar purgativa 
➔Transtorno de compulsão alimentar. Alguns indivíduos apresentam 
compulsão alimentar, porém não adotam comportamentos 
compensatórios inapropriados regularmente. Nesses casos, o 
diagnóstico de transtorno de compulsão alimentar deve ser 
considerado. 
➔ Síndrome de Kleine-Levin. Em certas condições neurológicas e 
algumas condições médicas, como a síndrome de Kleine-Levin, existe 
comportamento de comer perturbado, mas os aspectos psicológicos 
característicos de bulimia nervosa, como preocupação excessiva com a 
forma e o peso corporais, não estão presentes. 
➔Transtorno depressivo maior, com aspectos atípicos. A hiperfagia é 
comum no transtorno depressivo maior com aspectos atípicos, mas os 
indivíduos com esse transtorno não adotam comportamentos 
compensatórios indevidos e não exibem a preocupação excessiva com 
a forma e o peso corporais característica da bulimia nervosa. Se os 
critérios de ambos os transtornos forem satisfeitos, ambos os 
diagnósticos devem ser dados. 
➔Transtorno da personalidade borderline. O comportamento de 
compulsão alimentar está incluso no critério de comportamento 
impulsivo que faz parte do transtorno da personalidade borderline. Se 
os critérios para transtorno da personalidade borderline e bulimia 
nervosa forem satisfeitos, então ambos os diagnósticos devem ser 
dados. 
 
 
 
 
 
 
–
A. Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Um episódio de 
compulsão alimentar é caracterizado pelos seguintes aspectos: 
1. Ingestão, em um período determinado (p. ex., dentro de cada 
período de duas horas), de uma quantidade de alimento 
definitivamente maior do que a maioria das pessoas consumiria no 
mesmo período sob circunstâncias semelhantes. 
2. Sensação de falta de controle sobre a ingestão durante o episódio 
(p. ex., sentimento de não conseguir parar de comer ou controlar o 
que e o quanto se está ingerindo). 
B. Os episódios de compulsão alimentar estão associados a três (ou 
mais) dos seguintes aspectos: 
1. Comer mais rapidamente do que o normal. 
 2. Comer até se sentir desconfortavelmente cheio. 
3. Comer grandes quantidades de alimento na ausência da sensação 
física de fome. 
4. Comer sozinho por vergonha do quanto se está comendo. 
5. Sentir-se desgostoso de si mesmo, deprimido ou muito culpado 
em seguida 
C. Sofrimento marcante em virtude da compulsão alimentar 
D. Os episódios de compulsão alimentar ocorrem, em média, ao 
menos uma vez por semana durante três meses. 
E. A compulsão alimentar não está associada ao uso recorrente de 
comportamento compensatório inapropriado como na bulimia 
nervosa e não ocorre exclusivamente durante o curso de bulimia 
nervosa ou anorexia nervosa 
Leve: 1 a 3 episódios de compulsão alimentar por semana. 
Moderada: 4 a 7 episódios de compulsão alimentar por semana. 
Grave: 8 a 13 episódios de compulsão alimentar por semana. 
Extrema: 14 ou mais episódios de compulsão alimentar por semana. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
➔Bulimia nervosa. Em termos de apresentação clínica, o 
comportamento compensatório inapropriado recorrente (p. ex., 
purgação, exercício excessivo) visto na bulimia nervosa está ausente no 
transtorno de compulsão alimentar. Diferentemente de indivíduos com 
bulimia nervosa, aqueles com transtorno de compulsão alimentar não 
costumam exibir restrição dietética marcante ou mantida voltada para 
influenciar o peso e a forma corporais entre os episódios de comer 
compulsivo. Eles podem, no entanto, relatar tentativas frequentes de 
fazer dieta. O transtorno de compulsão alimentar também difere da 
bulimia nervosa em termos de resposta ao tratamento. As taxas de 
melhora são consistentemente maiores entre indivíduos com 
transtorno de compulsão alimentar do que entre aqueles com bulimia 
nervosa. 
➔Obesidade: está associado a sobrepeso e obesidade, mas apresenta 
diversos aspectos-chave distintos da obesidade. Primeiro, os níveis de 
valorização excessiva do peso e da forma corporais são maiores em 
indivíduos obesos com o transtorno do que entre aqueles sem o 
transtorno. Em segundo lugar, as taxas de comorbidade psiquiátrica são 
significativamente maiores entre indivíduos obesos com o transtorno 
comparados aos que não o têm. Em terceiro lugar, o sucesso prolongado 
de tratamentos psicológicos baseados em evidência para o transtorno 
de compulsão alimentar podem ser contrastados com a ausência de 
tratamentos eficazes a longo prazo para obesidade. 
➔Transtornos bipolar e depressivo: O aumento da ingesta no 
contexto de um episódio depressivo maior pode ou não estar associado 
a perda de controle. Se todos os critérios para ambos os transtornos 
forem satisfeitos, ambos os diagnósticos podem ser dados. Compulsão 
alimentar e outros sintomas da ingestão desordenada são vistos em 
associação com transtorno bipolar. 
➔ Transtorno da personalidade borderline. A compulsão alimentar 
está inclusa no critério de comportamento impulsivo que faz parte da 
definição do transtorno da personalidade borderline. 
 
Para pacientes com transtornos alimentares que estão 
clinicamente estáveis, a determinação do cenário de 
tratamento requer uma avaliação médica e psiquiátrica 
geral completa, e a decisão sobre a disposição depende 
da avaliação dos riscos e benefícios de cada opção. As 
opções de tratamento geralmente incluem internação 
hospitalar, hospital parcial (programa diurno) e 
atendimento ambulatorial; além disso, cuidados 
residenciais podem estar disponíveis. É necessário 
julgamento clínico e algum grau de individuação. A 
escolha é baseada na gravidade da doença, bem como 
nos distúrbios médicos e psiquiátricos gerais subjacentes 
ou concomitantes. Por exemplo, pacientes com 
transtornos alimentares podem ter complicações médicas 
graves e apresentam risco aumentadode suicídio ou 
comportamento autolesivo não suicida , podendo, 
portanto, necessitar de hospitalização psiquiátrica ou 
programas de tratamento diurno. 
Atendimento interdisciplinar: envolve uma equipe 
interdisciplinar com experiência no tratamento desses 
transtornos; a equipe inclui um clínico de saúde mental, 
um nutricionista e um clínico geral. 
Clínico de saúde mental : normalmente coordena os 
cuidados entre os membros da equipe e administra as 
psicoterapias individuais, de grupo e familiares que são a 
base do tratamento. Em geral, a psicoterapia concentra-se 
principalmente nas cognições e comportamentos dos 
transtornos alimentares e, secundariamente, aborda 
questões afetivas, relacionamentos e questões 
subjacentes que podem ter iniciado o transtorno 
alimentar. Além disso, médicos com experiência em 
transtornos alimentares também podem fornecer 
farmacoterapia. 
Nutricionista registrado: A equipe de apoio dietético e 
nutricional direciona a reabilitação nutricional, discute as 
opções dietéticas disponíveis e os requisitos do plano 
alimentar com os pacientes e fornece educação 
nutricional em relação às mudanças nos comportamentos 
alimentares. O nutricionista, juntamente com o clínico 
geral, estabelece metas de peso adequadas. 
Clínico geral: Se o diagnóstico de um transtorno alimentar 
não for claro, o clínico geral deve descartar outras causas 
médicas não psiquiátricas de perda de peso, vômito ou 
irregularidade menstrual. Além disso, o médico avalia os 
pacientes quanto a complicações médicas e monitora 
problemas médicos imediatos (por exemplo, estabilidade 
–
dos sinais vitais, anormalidades eletrolíticas e estado de 
hidratação), bem como problemas de longo prazo (por 
exemplo, densidade óssea, menstruação e crescimento). 
problemas em pacientes mais jovens). Para pacientes com 
anorexia nervosa, muitas vezes é necessário verificar o 
peso e os sinais vitais semanalmente para garantir o ganho 
de peso e a estabilidade médica. 
TRATAMENTO DO TRANSTORNO DA COMPULSÃO 
ALIMENTAR PERIÓDICA 
• Psicoterapia 
• Determinados antidepressivos e medicamentos 
estimulantes 
• Possivelmente medicamentos para redução de peso e 
supressores do apetite 
• Possivelmente, grupos de autoajuda e programas de 
redução de peso convencionais 
➔Os seguintes tratamentos podem ajudar: 
• A terapia cognitivo-comportamental pode ajudar a controlar 
os episódios de compulsão alimentar em longo prazo, mas 
tem pouco efeito sobre o peso corporal. 
• A psicoterapia interpessoal é tão eficaz quanto a terapia 
cognitivo-comportamental, mas também tem pouco efeito 
sobre o peso corporal. 
• Os medicamentos estimulantes (por exemplo, os utilizados 
para tratar o transtorno do déficit de atenção com 
hiperatividade [TDAH]) e os inibidores seletivos de 
recaptação da serotonina (um tipo de antidepressivo), tais 
como a fluoxetina, podem ajudar a pessoa a parar de ter 
episódios de compulsão alimentar por um curto período e 
podem resultar em perda de peso. 
• Os medicamentos para redução do peso (por exemplo, o 
orlistate) ou supressores do apetite (por exemplo, o 
topiramato) podem ajudar com a perda de peso. 
• Grupos de autoajuda que seguem os princípios dos Alcoólicos 
Anônimos (por exemplo, os Hiperfágicos Anônimos e os 
Dependentes de Comida Anônimos) podem ser facilmente 
encontrados, mas a sua eficácia é desconhecida. 
• Programas comportamentais de redução de peso 
convencionais podem ajudar a pessoa a perder peso e a parar 
de ter episódios de compulsão alimentar por um curto 
período, mas geralmente a pessoa tende a voltar a comer 
compulsivamente. 
• É possível que seja realizada cirurgia para tratar a obesidade 
grave, mas os efeitos sobre a compulsão alimentar são 
desconhecidos. 
 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-de-aprendizagem-e-do-desenvolvimento/transtorno-do-d%C3%A9ficit-de-aten%C3%A7%C3%A3o-com-hiperatividade-tdah#v9115102_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-de-sa%C3%BAde-mental/transtornos-do-humor/tratamento-medicamentoso-para-depress%C3%A3o#v54782288_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-de-sa%C3%BAde-mental/transtornos-do-humor/tratamento-medicamentoso-para-depress%C3%A3o#v54782288_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-nutricionais/obesidade-e-a-s%C3%ADndrome-metab%C3%B3lica/obesidade#v8487814_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-nutricionais/obesidade-e-a-s%C3%ADndrome-metab%C3%B3lica/cirurgia-bari%C3%A1trica
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-nutricionais/obesidade-e-a-s%C3%ADndrome-metab%C3%B3lica/cirurgia-bari%C3%A1trica

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