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Aplicação das provas sorológicas na elucidação de doenças

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Aplicação das provas sorológicas na elucidação de doenças infectocontagiosas 
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL PROF. GRAZIELA REIS DE SOUZA 
DISCIPLINA: ANALISES IMUNOLOGICA II
PROFSSOR: WALDEIR LEÃO
TÉCNICO EM ANÁLISES CLÍNICAS - TAC
ALUNOS: 
ADNY 
LIZANDRA LEAL
NIELSON BENJAMIM
PAULO ZAGALO
TARLIANE TELES 
Introdução 
As doenças infecciosas podem ser causadas por vírus ou por bactérias .
Doenças infecciosas são contagiosas quando podem ser transmitidas de uma pessoa para outra.
Para aumentar a segurança no diagnostico, exige-se que os testes utilizados na triagem laboratorial apresentem alta sensibilidade. Define-se como sensibilidade de um teste diagnóstico a habilidade de detectar a doença em indivíduos realmente doentes e a especificidade pela capacidade de identificar corretamente a ausência de doença.
Introdução 
Os testes chamados de primeira geração, em que o antígeno é obtido por intermédio do lisado do patógeno.
Os testes Elisa de segunda e terceira geração utilizam antígenos recombinantes e peptídeos sintéticos, respectivamente. 
PRINCIPAIS DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS
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SÍFILIS 
A sífilis é doença infecciosa crônica, que desafia há séculos a humanidade. Acomete praticamente todos os órgão e sistemas, e, apesar de ter tratamento eficaz e de baixo custo, vem-se mantendo como problema de saúde pública até os dias atuais.
A sífilis é causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum
Fases da sífilis 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Provas Sorológicas 
Testes não Treponêmicos: O T. pallidum no organismo promove o desenvolvimento de dois tipos de anticorpos: as reaginas (anticorpos inespecíficos IgM e IgG contra cardiolipina), dando origem aos testes não Treponêmicos.
Testes Treponêmicos: Anticorpos específicos contra o T. pallidum, que originaram os testes Treponêmicos.
Testes não Treponêmicos
 Os primeiros testes para diagnóstico da sífilis foram reações de fixação de complemento. 
As reações de Wassermann e Khan utilizavam material extraído de tecidos de difícil estandardização e acabaram cedendo lugar aos antígenos mais purificados, como o VDRL (Venereal Disease Research Laboratory) que utiliza um antígeno constituído de lecitina, colesterol e cardiolipina purificada. 
Cardiolipina 
cardiolipina é um componente da membrana plasmática das células dos mamíferos liberado após dano celular e encontra-se presente também na parede do T. pallidum.
Testes Treponêmicos 
Os testes treponêmicos utilizam o T. pallidum como antígeno e são usados para confirmar a reatividade de testes não treponêmicos e nos casos em que os testes não treponêmicos têm pouca sensibilidade, como na sífilis tardia.
Positivam-se um pouco mais cedo que os testes não treponêmicos.
O TPI (prova de imobilização dos treponemas) foi o primeiro teste treponêmico desenvolvido 
 O teste com anticorpo treponêmico fluorescente (FTA) veio sofrendo modificações na diluição e melhorando sensibilidade e especificidade até chegar ao FTA-ABS
HIV/AIDS
O vírus da imunodeficiência humana (HIV) é o agente etiológico da síndrome de imunodeficiência adquirida (Sida/Aids), doença que se caracteriza por uma progressiva e importante deterioração do sistema imune. 
O HIV é transmitido por via sexual, através do sangue contaminado e da transmissão perinatal, incluindo o aleitamento materno. 
O vírus penetra no organismo na forma livre ou através de células infectadas, dando início ao processo patogênico que resultará em longo prazo na destruição do sistema imunológico do paciente.
Atualmente, são conhecidos dois subtipos de vírus da imunodeficiência humana: HIV-1 e HIV-2.
A homologia genômica entre os dois subtipos é de 40%, e a similaridade entre o HIV-2 e o vírus da imunodeficiência do símio (SIV) é maior do que quando se compara HIV-1 e HIV-2 entre si. 
O HIV possui tropismo por linfócitos T CD4+ (helper ou auxiliares), ligando-se aos receptores CD4 da superfície celular através da glicoproteína do envelope, gp120, levando à progressiva queda no número de linfócitos helper ou auxiliares. 
DIAGNÓSTICO LABORATÓRIAL 
 
Método de Ensaio Imunoenzimático.
ANTÍGENO P24 (AG-P24)
WESTERN BLOT
Método de Ensaio Imunoenzimático.
Tratar-se de um exame de triagem, apesar da elevada sensibilidade e especificidade, os percentuais de resultados falso-positivos ainda são relevantes, principalmente em populações com baixa prevalência da infecção.
Antes do aparecimento dos anticorpos ou durante a soro conversão, o método de reação em cadeia da polimerase (PCR) qualitativo, que pesquisa o DNA viral integrado ao genoma humano, permite o diagnóstico preciso da infecção pelo HIV logo após a infecção. 
ANTÍGENO P24 (AG-P24)
Como todo retrovírus, o HIV tem um genoma RNA com sequências de genes codificantes para as proteínas internas (gag), enzimas virais (pol) e proteínas do envoltório (env). As proteínas codificadas pelo gene gag são p55, p24 e p17. 
O antígeno p24 é uma proteína da partícula viral que circunda e protege o ácido nucléico e as enzimas de replicação do vírus, que ganha importância clínica por seu valor no diagnóstico, antes da soro conversão.
O antígeno p24 é detectado por testes de ensaio imunoenzimático (EIA), utilizando anticorpos monoclonais anti-p24, em que a intensidade da reação é proporcional à quantidade de antígeno. 
WESTERN BLOT
É um método de alta sensibilidade e especificidade, que permite identificar os anticorpos contra os diferentes constituintes do HIV-1, usado como teste confirmatório no diagnóstico da síndrome de imunodeficiência adquirida (Sida/Aids). 
Os anticorpos contra as glicoproteínas do envelope viral gp120 e gp41 e sua precursora gp160, codificadas pelo gene env, são os mais específicos para o HIV-1 e podem ser detectados em amostras de virtualmente todas as pessoas infectadas, independente do estágio clínico. 
Os anticorpos contra as proteínas do capsídeo viral p24, p17 e sua precursora p55, codificadas pelo gene gag, são grupo-específicos e, portanto, menos específicos para o HIV-1
Anticorpos contra as enzimas virais codificadas pelo gene pol, como a p66, p51 e p31, também podem ser comumente detectados em pacientes infectados pelo HIV-1.
Conforme recomendação do Centers for Disease Control (CDC) e do Ministério da Saúde, atualmente, o critério diagnóstico para se considerar o teste de Western Blot positivo para HIV-1 requer a presença de, no mínimo, duas das seguintes bandas: gp160/gp120, gp41 ou p24. 
Conclusão 
Portanto os testes de sorologia são de extrema importância para a elucidação dos diagnósticos de doenças infectocontagiosas, tendo em vista a variedade de teste, indo do mais complexo ao mais simples, todos tem sua importância e eficácia, assim como o seu grau de especificidade e sensibilidade.
Os testes sorológicos nos permite diagnosticar infecções ainda em seu estagio inicial, permitindo iniciar o tratamento precoce. 
Referencia 
http://www.scielo.br/pdf/rbhh/v30n3/a11v30n3
http://www.scielo.br/pdf/%0D/rbhh/v26n2/v26n2a05.pdf
http://www.scielo.br/pdf/abd/v81n2/v81n02a02.pdf
http://www.sergiofranco.com.br/bioinforme/index.asp?cs=Imunologia&ps=sidaAids

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