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Patologias causadas por processos de autoimunidade e seu diagnóstico laboratorial Prof. Doutor Paulo Miranda Monitora Acad. Ana Bárbara Xavier Monitora Acad. Jady Moreira Monitora Acad. Lorenny Guedes Doenças autoimunes Grupo de patologias distintas que têm como origem o fato do sistema imunológico passar a produzir anticorpos e desenvolver reações da imunidade celular contra componentes próprios. Por motivos variados e nem sempre esclarecidos, o sistema de defesa começa a confundir suas próprias proteínas com agentes estranhos, passando a desenvolver uma resposta imune contra os próprios constituintes. * Funcionamento inapropriado do sistema imune. Próprio x não Próprio Autoimunidade Etiologia das Doenças Autoimunes Gatilhos para desenvolvimento de Autoimunidade Classificação das Doenças Autoimunes SNC Esclerose múltipla? Tireóide Doença de Hashimoto Doença de Graves Estômago Anemia perniciosa Adrenal D. de Addison Pâncreas Diabetes mellitus id Músculo Dermatomiosite Rim LES Pele Escleroderma LES Articulações Artrite reumatóide Prevalência das D. Autoimunes Jacobson,Clin Inmunol Immunopatho,84:223,1997 D. Graves Hashimoto Vitiligo Diabete tipo I Anemia perniciosa Esclerose múltipla GNF LES Sjögreen AR ♀ ♂ P /100.000 Prevalência de doenças autoimunes diagnosticadas em países selecionados a partir de 2019 Statista , 2020 Diagnóstico Complexo Quadro Clínico Exames Laboratoriais Evolução Afastar outras causas Pode levar meses Importância clínica dos Auto Acs Valor diagnóstico Valor prognóstico Identificador do subtipo da doença Identificador da atividade da doença Acs fisiológicos x patológicos Evolução Laboratorial Nefelometria FAN em Leucócitos➜in prints➜cél humanas Hep-2 Latex FR, PCR e ASO WRWRWRWR ELISA Imunoblot-2Genômica x Proteômica Não contagiosa, não maligna, não infecciosa, multisistêmica Prevalência Mundial: 17-48 casos / 100.000 hb 10 x mais freqüente no sexo feminino Produção de auto Acs para constituintes celulares comuns (complexos nucleoproteínas). Formação de imunocomplexos (IC) Deposição dos IC nas paredes de pequenos vasos sanguíneos, nos glomérulos renais e articulações ➜ ativação do complemento e células fagocitárias. LES : Critérios Diagnósticos 4 dos 11 deverão estar presentes (ACR) LES - Achados Laboratoriais • Anemia -Hemolítica -Secondária à D. crônica -Perda de sangue /drogas? • Leucopenia (drogas?) –linfopenia –Neutropenia • Trombocitopenia • VSH/PCR • Patologias urinária (50%) • Função Renal (creatinina) • Auto Acs IgG (ANA) • • Acs anti-dsDNA (& ENA) • Complemento (C3,C4,C3d) • Coagulopatias (TTPA) • Acs Anti-cardiolipina Como pesquisar auto Acs • Métodos de triagem: • Imunofluorescência • ELISA • Métodos de indentificação: • IDD (ENA) • CIE • HI • ELISA • Imunoblot • Imunoprecipitação • IMF com substratos específicos (Hep-2000...) Auto Anticorpos no LES • DNA ds – 60% dos pcts – Maior risco de nefrite • Cardiolipina – 10-30% – trombose, perda fetal •Ro e La – 20-60% e 15-40% – Lupus cutâneo & neonatal e doença congênita congestiva •Sm – 10-30% – nefrite e doenças do CNS • RNP – 10-30% – D. Mista do tecido conjuntivo • Histonas - Lupus induz. por drogas II Consenso de Brasileiro de Fator Antinuclear em célula Hep-2 http://imunologia.ufp.pt/TecnImuno_CLI/slides/ANA e ANCA/Labodia atlas for HEp-2 cells - nuclear patterns.htm Fator Anti-nuclear em célula Hep-2 http://imunologia.ufp.pt/TecnImuno_CLI/slides/ANA e ANCA/Labodia atlas for HEp-2 cells - nuclear patterns.htm II Consenso de Brasileiro de Fator Antinuclear em célula Hep-2 II Consenso de Brasileiro de Fator Antinuclear em célula Hep-2 II Consenso de Brasileiro de Fator Antinuclear em célula Hep-2 DNA nativo ds • Ac Anti DNA ds x Específicidade para SLE. • Técnica de Farr que detecta DNA ds de alta afinidade, boa correlação com GNF ativa proliferativa. • Crithidia Luciliae (rica em DNA ds). 41% de sensibilidade e 99% de especificidade. Não mostra boa correlação com a atividade da doença. • ELISA: PPV de um DNA ds por ELISA é 50% • Encontrado em 5% de outras DMTC e também de membros da família de pacientes com LES. • IgG de alta afinidade para DNA ds especificamente IgG1 e IgG3 são mais patogênicos. Proporção de pacientes com Anticorpos (+) e o tempo de diagnóstico ou aparecimento das primeiras manifestações clínicas do LES Arbuckle, M. R. et al. N Engl J Med 2003;349:1526-1533 Prevalência de 1-3% na população adulta Linfócitos e monócitos no espaço articular Produção de auto Acs não específico para AR (FR), presente em infecções bacterianas e/ou parasitárias Associada ao halótipo HLA DR4 X AR: Alterações Laboratoriais • Achados imunohematológicos importantes: Anemia Trombocitopenia, Leucocitose moderada, FR positivo; Acs anti CCP(peptídio ciclico citrulinado) Anti MCV ( vimentina citrulinada mutante) VSH elevado VSH & PCR > PCR sozinha Aumento da PCR, α1glico e globulinas séricas Genótipos Dw4/Dw14 & Dw4/DR1 maior gravidade • Achados no fluido sinovial: Fluido avermelhado e ligeiramente turvo; Leucocitose 5.000 a 25.000/mm3( 85% de PMNN) Anticorpos Anti-Peptídeo Cítrico Citrulinado Sindrome de Sjögren Ressecamento de Mucosa: olhos, bôca e do trato genital. Doença inflamatória: lenta e progressiva (glândulas exócrinas) Doença extra glandular:poliartrite,pulmão,rim,fígado e vasos sanguineos Associação: AR, LES, esclerose sistemica, polimiosite Infiltrado linfocitário e Auto Acs: anti Ro e Anti La Miatenia gravis Doença auto-imune alvo-específica . Seu alvo é o receptor nicotínico de acetilcolina na membrana pós-sináptica da junção neuromuscular. A produção de anticorpos anti-receptores de acetilcolina pode ser determinada no soro de até noventa por cento dos pacientes com a forma não congênita da doença. Linfócitos T CD4 e B, ativados, específicos contra receptores de acetilcolina, são encontrados no sangue periférico de pacientes com MG. A prevalência é de 2,5 a 10/100.000/hab, predomina em mulheres na segunda e terceira décadas e nos homens na quinta e sexta décadas. Receptores nicotínicos de acetilcolina são encontrados em grande quantidade na região mais central da junção neuromuscular, em fendas que aumentam a superfície de recepção da acetilcolina. Nas extremidades encontram-se os receptores denominados Musk. Os anticorpos anti-receptores de acetilcolina, encontrados aumentados em 90% dos pacientes, se aderem aos receptores e ativam a via do complemento, responsável pela destruição final do receptor. Em cerca de 10% dos pacientes encontramos anticorpos anti receptores Musk. Nos pacientes que iniciam mais tardiamente encontram-se em 30% dos casos anticorpos contra proteínas responsáveis pela contração muscular, anticorpos anti-estriado, que nos pacientes mais jovens pode DOENÇAS RARAS - PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS •Doenças raras são aquelas que afetam até 65 pessoas a cada 100 mil indivíduos ou 1,3 a cada dois mil (OMS). Estima-se entre 24 a 36 milhões de pessoas têm doenças raras (União Europeia) . •Geralmente são crônicas, progressivas, degenerativas e muitas vezes levam à morte. •Não existe uma cura eficaz existente, mas há medicamentos para tratar os sintomas . • Alteram diretamente a qualidade de vida por perda da autonomia, além de causar dor e sofrimento para os doentes e familiares. •Algumas apresentam componentes neurológicos/autoimunes envolvidos: •Esclerose Múltipla; •Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA); •Síndrome de Guillain-Barré ESCLEROSE MÚLTIPLA • artrite • cardite • nódulos subcutâneos •febre Febre reumática Faringite Febre Reumática Síndrome inflamatória pós-infecções faríngeas estreptocócicas do grupo A beta- hemolítico. Não ocorre em nenhuma outra infecção, muito menos infecções estreptocócicas em outros locais, como a pele. Caracteriza-se pela tendência para recaídas. Por ano: 10.000cirurgias 30% dos gastos com todas as cirurgias cardíacas Incidência das Manifestações Dajani, A. S.: Rheumatic Fever. In: Braunwald, E., Zipes, D. P., Libby, P.; Heart disease: a textbook of cardiovascular medicine, 6th ed., 2001, pg 2194 FR - Achados Laboratoriais • VSH • Anemia, Leucocitose • PCR • ASO >200 Unid.Todd. (Pico é atingido em 3 semanas, e pode chegar à normalidade em aprox. 6 semanas) • Anti-DNAse B • Cultura de garganta Evidência de estreptococcia mas 50% não se recordam da infecção Só 80% mostram títulos elevados de ASO Só 20% mostram culturas positivas para o SBHA Febre reumática : Exames Laboratoriais EVIDÊNCIA DE INFECÇÃO Índices de anticorpos Antiestreptolisina O (ASO) - 80% positividade (> 333U) Anti-hialuronidase, antiestreptoquinase após 1-2m Cultura geralmente negativa Sorologia pareada EVIDÊNCIA DE INFLAMAÇÃO VHS, proteína C reativa, α1 GPA, Como interpretar a ASO? ASO não deve ser usada como medida de atividade reumática Repetir a ASO se o 1º exame foi (-) Testar outros Ac Considerar o valor da ASO
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