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3 - Representação gráfica de forma, espaço e função

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Representação gráfica de forma, espaço e 
função
APRESENTAÇÃO
A concepção de um projeto é um ato criativo e analítico. Na sua elaboração, algumas variáveis 
de cunho contextual, programático, social e até mesmo político são consideradas. A 
representação gráfica dessas análises, associada à criatividade, gera o partido do projeto. Nesta 
Unidade de Aprendizagem, será abordada a representação gráfica utilizada no processo de 
criação e desenvolvimento do projeto.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Explicar o processo criativo relacionado com a representação gráfica.•
Diferenciar os meios de representação gráfica para a elaboração de projetos.•
Relacionar o processo criativo, por meio da representação gráfica, com a definição do 
conceito e do partido arquitetônico.
•
DESAFIO
Você foi contratado por uma empresa para realizar o projeto e acompanhar a construção de um 
edilício comercial. A empresa em questão pertence a um grupo de empresários do ramo 
farmacêutico que agora estão investindo em uma nova área, a de análises clínicas e patológicas.
O projeto a ser realizado consiste em um laboratório de coleta e análise que será executado no 
centro da cidade, um local de urbanização consolidada.
Após uma reunião inicial com o grupo e coleta das informações sobre o que eles esperam e 
desejam para o novo empreendimento, você iniciará o desenvolvimento do projeto e do processo 
criativo.
Porém, antes de iniciar os desenhos, você irá conhecer o terreno, a área, realizar os 
levantamentos, os estudos e as análises necessárias para que o projeto se desenvolva 
contextualizado e corretamente.
Quais são os pontos, análises e levantamentos que você irá verificar para o projeto em questão? 
Que tipos de representação gráfica você pode usar para realizar esse processo? 
INFOGRÁFICO
O processo criativo não é, via de regra, uma sequência linear. Sempre que for necessário, são 
feitos uma revisão, novos estudo e desenhos para se alcançar um resultado esperado e 
satisfatório. Durante o processo criativo, até o fim do projeto, o arquiteto o faz utilizando a 
representação gráfica de diferentes maneiras.
CONTEÚDO DO LIVRO
A função, o espaço e a forma são variáveis que podem ser representadas graficamente por 
diferentes métodos de desenho para a análise e estudo no processo do desenvolvimento do 
conceito do projeto, que mantém estreita relação com o contexto em que está inserido.
No Capítulo indicado abaixo, você vai encontrar a definição do que é o conceito ou partido 
arquitetônico, de como representá-lo graficamente e de como chegamos até ele, o que deve ser 
considerado, estudado e analisado.
Boa leitura!
DESAFIO:
Padrão de resposta esperado
O processo criativo inicia na reunião com os clientes, mas vai adquirindo forma durante o seu desenvolvimento, iniciando com a coleta de dados. A elaboração de um projeto exige análise, estudo e levantamentos que são feitos de um modo geral a todos os tipos de projetos.
Neste caso, estamos nos referindo à elaboração do projeto de um laboratório de análises clínicas e patológicas, um tipo de projeto que possui exigências e especificações diferenciadas, além das que são comuns a todos os projetos.
1) O contexto territorial: Comum a todos os tipos de projetos, o levantamento realizado no terreno e região é fundamental para a realização do projeto. A coleta de dados pode ser realizada de várias maneiras, entre elas:
▪ a elaboração de croquis;
▪ o registro por fotos e croquis (visão serial);
▪ a pesquisa sobre a história do local (quando necessário);
▪ a elaboração de diagramas analíticos;
▪ entre outros.
* Cada profissional pode aprimorar o seu processo de levantamento de dados.
Os dados a serem levantados para a realização desse projeto são:
▪ a orientação solar;
▪ a orientação dos ventos predominantes;
▪ a topografia do terreno;
▪ os acessos ao terreno;
▪ a presença de local para estacionamento nas vias públicas;
▪ o tipo de construção que compõe a vizinhança.
2) o contexto ambiental: O contexto ambiental não está relacionado apenas à preservação da vegetação, flora e fauna, inclui um estudo de toda a paisagem do local onde a edificação será inserida. Está relacionado à preservação, à sustentabilidade e ao conforto também; nas grandes cidades, o centro tende a sofrer com o efeito ilhas de calor, uma modificação no microclima gerada pela concentração de edifícios e pela impermeabilização do solo, principalmente.
Um levantamento da região deve abranger informações referentes ao entorno, como a localização das concentrações de edificações, a densidade das construções, que pode ser realizada por uma representação gráfica de estudo de figura e fundo.
Outros dados a serem levantados é a presença de áreas abertas, parques urbanos e vegetação no geral. Ainda são pesquisados dados sobre as temperaturas médias, a umidade relativa e os ventos. Essas informações são importantes para a elaboração de estratégias de conforto e sustentabilidade.
3) O contexto social: Deve-se fazer uma análise de quem usará esse espaço, a que parcela da sociedade ele se destina, o que o empreendimento deve oferecer aos seus futuros clientes.
▪ Serão portadores de necessidades especiais?
▪ Idosos?
▪ Crianças ou gestantes?
Como os ambientes, os acessos e o estacionamento devem ser projetados para atender a essa população? Serão necessárias pesquisas sobre o dimensionamento e desenho destes espaços, a representação gráfica por diagramas de fluxo ajudará na elaboração das rotas acessíveis.
4) Programa de necessidades: O programa de necessidade é estabelecido com base nas atividades que acontecerão nos ambientes da edificação. Em um laboratório de análise, há uma sequência de trabalhos para a realização de uma atividade, como um exame de sangue, existe a sala de coleta, armazenagem, análise e elaboração do resultado.
O estudo pode ser realizado com a representação gráfica na forma de diagramas de tipos de atividades, funções relacionadas e fluxo entre elas, que podem ser na forma de fluxogramas e de organogramas.
5) Normas municipais, estaduais e federais: Toda edificação deve respeitar as normas municipais, como o plano diretor e o código de obras e posturas. Porém, o projeto de um laboratório de análise, além dessas normas, deverá seguir outras específicas da área da saúde, passar pela aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e do corpo de bombeiros. Os croquis e os diagramas analíticos podem ser usados para locar hidrantes e sua área de utilização, por exemplo.
ARQUITETURA
Daniela Giovanini 
Manuel Pires
Representação gráfica de 
forma, espaço e função
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Relacionar o processo criativo coma representação gráfica.
 � Diferenciar os meios de representação gráfica para a elaboração
de projetos.
 � Relacionar o processo criativo, por meio da representação gráfica,
com a definição do conceito e do partido arquitetônico.
Introdução
A concepção de um projeto é um ato criativo e analítico. Em sua ela-
boração, algumas variáveis são consideradas de cunho contextual, 
programático, social e até mesmo, em alguns casos, político. A re-
presentação gráfica dessas análises, associada à criatividade, geram o 
conceito ou partido do projeto. Neste texto, você vai estudar a repre-
sentação gráfica utilizada no processo de criação e desenvolvimento 
do projeto.
O processo criativo
O processo criativo do arquiteto é único; além disso, cada projeto exige uma 
abordagem, pesquisas e análises diferenciadas. Um projeto de um parque 
aquático, por exemplo, requer um processo diferenciado de desenvolvimento 
do projeto de uma residência unifamiliar. Ambos necessitam de estudo do 
programa funcional, de análise do terreno e da criatividade do arquiteto, 
porém em escalas diferenciadas.
O desenho a mão, também chamado de croqui, é uma ferramenta impor-
tante para o arquiteto,um meio rápido de expressar o pensamento e ordenar 
as ideias. Ao desenhar, você materializa sua concepção, tornando possível 
que ela seja avaliada, trabalhada e modificada, para chegar ao conceito ou 
partido arquitetônico do projeto. Em alguns casos, a ideia surgirá de repente, 
em outros, será necessário uma série de desenhos até que você encontre o 
caminho certo a seguir. Nesses casos, é importante ser tolerante e aceitar as 
ambiguidades no desenho, os caminhos diferentes a serem desenvolvidos. A 
intuição pode ajudar, afinal, o processo criativo de desenho é uma ferramenta 
de tentativas e erros.
Esse processo não é linear. Muitas vezes, é necessário retroceder e rever 
o conceito, realizar novos estudos e análises até que se chegue ao resultado 
esperado e satisfatório, que atenda às necessidades do cliente, à função espe-
rada para edifício, à integração com a paisagem e a outras questões variáveis 
de cada tipo e dimensão de projeto. 
“Os pensamentos vêm à mente conforme observamos um desenho em progresso, o 
que pode alterar nossas percepções e sugerir possibilidades ainda não concebidas. 
A ideia emergente no papel nos permite explorar caminhos que podem não ter sido 
previstos antes do início do desenho, mas que foram fruto de ideias surgidas ao longo 
do processo. Uma vez executado, cada desenho representa uma realidade única, que 
pode ser vista, avaliada, refinada e transformada.” (CHING, 2013b, p. 200).
“ARQ!IN LOCO – por dentro do processo criativo” é uma série de programas do portal 
ARQ!BACANA que desvenda o processo de criação de alguns dos mais importantes 
arquitetos brasileiros. Nas referências a seguir, você encontra mais informações sobre 
como funciona o processo de criação de um escritório de arquitetura real:
ARQ!IN LOCO - Por dentro do processo criativo: FGMF - Forte, Gimenes & Marcondes 
Ferraz Arquitetos (ARQBACANA, 2013a).
https://www.youtube.com/watch?v=U3gCi9C1mbs
ARQ!IN LOCO - Por dentro do processo criativo: Studio MK27 (ARQBACANA, 2013b).
https://www.youtube.com/watch?v=oHXH0NkjbGI
Arquitetura2
Representação gráfica na elaboração de 
projetos
A representação gráfica na elaboração de projetos pode ser feita de várias ma-
neiras e em variadas escalas, conforme a finalidade que se pretende e a etapa 
do projeto. Os desenhos à mão livre geralmente são utilizados na concepção 
inicial das ideias e durante o desenvolvimento. Eles não são a ferramenta utili-
zada atualmente para apresentar o projeto ao cliente. Porém, nada impede que, 
durante a reunião, sejam feitos croquis para demonstrar algo novo, uma ideia 
momentânea, algo que o arquiteto gostaria de compartilhar naquele momento.
Uma das maneiras de se representar e desenvolver o projeto utilizando o de-
senho a mão é separando o desenho por níveis de informações. Dessa maneira, 
um desenho é composto por várias camadas, e todas as camadas podem estar 
em uma folha só; são feitas linhas iniciais estruturais mais suaves e, conforme 
a ideia for adquirindo consistência, as linhas tornam-se mais marcadas. Outra 
maneira de desenvolver por níveis é utilizando o papel vegetal ou manteiga, e 
fazendo sobreposições. Esses níveis representam o amadurecimento da ideia.
“O processo de projeto é algo no qual ideias rudimentares podem ser gradualmente de-
senvolvidas até se transformarem em complexos elementos de arquitetura. Cada ideia 
pode ser testada diversas vezes, por meio de diferentes meios.” (CHING, 2013b, p. 199).
No processo de desenvolvimento, você pode usar a recomposição das 
formas desenhadas, pode agrupá-las conforme semelhança, pode hierar-
quizar volumes e transformá-los, pode criar sequências ou utilizar os princí-
pios ordenadores do desenho como a simetria e o eixo. Todas são maneiras de 
trabalhar a ideia e de transformar o desenho.
Outra maneira de representar é fazendo o desenho volumétrico. Usar a pers-
pectiva de vários ângulos pode estimular a imaginação: ao girar o volume e 
vê-lo de um novo ponto de observação, novas ideias ou soluções podem surgir, e 
o projeto pode ser explorado de modo mais completo e em múltiplas dimensões.
Diferentes tipos de diagramas também podem ser utilizados para a repre-
sentação gráfica da ideia: os diagramas conceituais, que trabalham apenas 
com os volumes; os diagramas funcionais, como os organogramas; os dia-
3Representação gráfica de forma, espaço e função
gramas de circulação, que são utilizados para distribuir a circulação das pes-
soas, como o fluxograma; ou os diagramas analíticos, muito utilizados para 
mapear o terreno e região a ser desenvolvido o projeto. 
Ao longo do desenvolvimento do projeto, a representação gráfica evolui 
dos diagramas, por exemplo, para um nível mais aprofundado da ideia. Assim, 
a escala de desenho pode ser mudada para que se obtenha um nível maior de 
detalhamento. 
“Quando optamos por um sistema de desenho em detrimento de outro para estudar 
uma questão específica de projeto, fazemos escolhas conscientes e também incons-
cientes no que tange a quais aspectos do problema serão revelados e quais ficarão 
ocultos.” (CHING, 2013b, p. 226).
Fac-símile de composições em planta para o Centro de Belas Artes
de Fort Wayne, Indiana, Estados Unidos, 1961–1964, Louis Kahn
Composições de tangramas
Fonte: Ching (2013a, p. 202).
Arquitetura4
O conceito
Conceito é uma ideia que pode estar expressa graficamente no papel por meio 
ou não de diagramas e croquis, gerada a partir de variáveis, e capaz de con-
duzir o desenvolvimento do projeto. O conceito pode ser representado grafi-
camente por croquis, diagramas ou perspectivas, mas como chegamos a ele? 
O contexto e o conceito
Você pode chamar de contexto a análise, o levantamento de dados, e o estudo 
do terreno e da região onde será realizado o projeto. Esses dados são cole-
tados antes de iniciar a elaboração do projeto. A coleta de dados pode ser feita 
utilizando diagramas analíticos, croquis, fotos, ou outras maneiras. Esses re-
gistros podem ser de uma ou do conjunto de várias representações gráficas, 
conforme a necessidade do arquiteto.
Esse levantamento influencia na definição do conceito ou do partido arqui-
tetônico, trazendo informações sobre a topografia. Por exemplo, um terreno 
íngreme exige uma abordagem diferente da aplicada a um terreno plano. Muitas 
vezes, ocorre de uma ou duas questões se destacarem mais, tornando-se a chave 
para a definição do partido. As questões a serem levantadas, pesquisadas e ana-
lisadas vão variar conforme o tipo de projeto, a localização e o dimensiona-
mento. Porém, no geral, é importante que se verifique os seguintes itens:
O terreno
Como você já viu no exemplo, o terreno é uma variável que pode gerar opor-
tunidades de elaboração e implantação da edificação. Além da topografia, 
você também deve atentar para a orientação solar, a direção de maior fluxo da 
ventilação natural, o índice de chuva na região, os acessos e a vizinhança. A 
nova edificação irá modificar a paisagem, e essa modificação pode ser feita 
com a edificação se integrando à paisagem ou gerando um impacto sobre ela, 
conforme o que se espera para o projeto.
5Representação gráfica de forma, espaço e função
O programa de necessidades
Necessidades refere-se à função do edifício e de cada ambiente interno; ou 
seja, refere-se às atividades que se desenvolverão nele, ao organograma e flu-
xograma delas, que seria a organização desses espaços e a circulação ou relação 
entre eles, para que essas atividades sejam realizadas de maneira adequada.
Os acessos 
A análise dos acessos é proporcional ao dimensionamento e à escala do pro-
jeto. O projeto de uma residência não requer um estudo urbano dos acessos e 
dimensionamento de estacionamentos; já a elaboração de um projeto comercial 
de grande porte, como um shopping, exige que seja planejado os acessos pelas 
vias de circulação da cidade de uma determinada região. Você precisa lembrar 
que, quando falamos de acesso, não estamos falando apenas dos veículos, mas 
também dos pedestres, ciclistase caminhões de serviço (carga e descarga).
O conceito e a forma, o espaço e a função 
A função, o espaço e a forma estão diretamente ligados entre si, e mantêm 
uma relação estreita com o conceito do projeto. A função, como você já viu 
anteriormente, está relacionada às atividades que serão desenvolvidas na edi-
ficação. Cada atividade exige um espaço e uma ligação entre esses espaços, 
para que elas possam ser desempenhadas adequadamente. Ou seja, a função 
do ambiente é determinante para o dimensionamento do espaço e da relação 
entre eles – a circulação. Com base nessa organização e na relação entre 
função e espaço, surge a forma, que, inserida no contexto, define o conceito 
do projeto.
Arquitetura6
“À medida que fazemos a diagramação de questões contextuais, programáticas, es-
truturais e de construção relevantes a um problema de projeto, devemos estar cientes 
de que as características formais dos desenhos resultantes advêm naturalmente desse 
processo. Não podemos ignorar a aparência de um diagrama, nem o que ele talvez 
possa expressar em termos formais.” (CHING, 2013b, p. 229).
Assim como a forma é influenciada pela diagramação das funções, em 
certos casos, você pode moldar a função à forma que pretende, ou à que me-
lhor se adequa ao terreno e às condições climáticas, por exemplo.
No processo de elaboração do conceito, você pode usar a representação 
gráfica utilizando os métodos abordados anteriormente, fazendo diagramas 
de função e de fluxo, trabalhando-os em níveis de informação, usando múlti-
plas vistas e perspectivas para ter uma visão ampla da forma. O interessante 
no processo é o uso de várias ferramentas e métodos de desenho, a fim de 
estimular a criatividade e trabalhar todos os ângulos e escalas do projeto.
7Representação gráfica de forma, espaço e função
A CB
“A forma e a delimitação de cada espaço de uma edificação 
determinam a forma dos espaços que o circundam ou são 
determinadas por eles. No Teatro de Seinajoki, projetado por 
Alvar Aalto, por exemplo, podemos distinguir várias catego-
rias de formas espaciais e analisar como elas interagem. Cada 
categoria tem um papel ativo ou passivo na configuração do 
espaço.” (CHING, 2013, p. 101).
Fonte: Ching (2013b, p. 101).
Alguns espaços, como os 
escritórios, têm funções 
específicas, porém semelhantes 
entre si, e podem ser isolados 
ou agrupados em linha ou 
aglomerados.
Outros espaços, como as salas 
de concerto, apresentam neces-
sidades funcionais e técnicas, 
exigindo formas específicas que 
afetarão as formas dos espaços 
que os circundam.
Por fim, alguns espaços, 
como os saguões, são flexí-
veis por natureza e, portanto, 
podem ser definidos de 
modo mais livre pelos es-
paços ou grupos de espaços 
que os circundam.
Arquitetura8
1. Sobre o processo criativo é correto 
afirmar:
a) É o raciocínio e desenvolvimento 
de uma ideia de maneira linear.
b) O processo criativo é realizado 
da mesma maneira para todos os 
tipos de projetos.
c) É a materialização pela repre-
sentação gráfica de uma ideia 
acabada.
d) O processo criativo é um método 
rígido de materializar a ideia 
graficamente.
e) É o desenvolvimento não linear 
de uma ideia que pode ser feito 
usando a representação gráfica.
2. Cada profissional tem uma maneira 
única de realizar o processo criativo. 
Durante esse desenvolvimento, o 
arquiteto utiliza a representação 
gráfica, que pode ser feita de várias 
maneiras associadas ou isoladas. 
Sobre a representação gráfica no pro-
cesso criativo, é correto afirmar que:
a) O uso de tipos diferentes de 
representação gráfica aumenta 
a quantidade de informação 
para o processo criativo, como o 
desenho de croquis e diagramas 
orçamentais
b) Na elaboração do processo 
criativo, é feito uso de vários tipos 
de representação gráfica – uma 
delas é a elaboração de maquetes
c) A combinação de vários métodos 
de representação gráfica amplia a 
visão e aguça a criatividade
d) A perspectiva é uma maneira 
muito usada no processo criativo, 
porém não é a melhor forma 
para se obter uma visão ampla e 
diferenciada.
e) Uma combinação de muitos 
métodos de representação 
gráfica no processo do projeto 
não contribui com a fluidez da 
criatividade.
3. O intuito do processo criativo é 
chegar na definição do partido 
arquitetônico, que é o ponto de 
partida para o desenvolvimento e o 
detalhamento do projeto arquitetô-
nico. Abaixo foram citadas algumas 
afirmativas sobre esse processo e 
o seu desenvolvimento. Assinale a 
alternativa correta.
a) A definição do partido arquitetô-
nico do projeto independe do con-
texto onde será realizada a obra.
b) A definição do partido arquitetô-
nico se dá mediante uma análise 
de todo o contexto do terreno, do 
programa de necessidades, dos 
acessos e também do contexto 
social e, em alguns casos, político.
c) O partido arquitetônico é defi-
nido mediante estudo do terreno, 
pois a topografia é o que o define.
d) O partido arquitetônico é defi-
nido com base no programa de 
necessidades da edificação e as 
exigências do cliente.
e) O partido arquitetônico está 
ligado à função da edificação, 
por isso ele é totalmente defi-
nido pelas atividades que serão 
exercidas nos ambientes internos 
da construção.
9Representação gráfica de forma, espaço e função
4. Os diagramas são muito utilizados 
pelos arquitetos e outros profissionais 
para simplificar, resumir ou repre-
sentar graficamente questões. Abaixo 
foram citados alguns tipos de dia-
gramas e sua característica, assinale a 
alternativa correta.
a) Diagrama analítico – é utilizado 
para fazer uma análise do orça-
mento total da edificação.
b) Diagrama de fluxo – também co-
nhecido como organograma, é o 
diagrama das atividades exercidas 
na edificação.
c) Diagrama conceitual – além de 
outras representações, trabalha 
com os volumes da edificação.
d) Diagrama funcional – analisa e 
descreve o fluxo na edificação, as 
circulações.
e) Diagrama de orçamento – resume 
todos os outros diagramas.
5. A função, o espaço e a forma estão 
diretamente ligados entre si, e 
mantêm uma relação estreita com o 
conceito do projeto. A função está 
relacionada às atividades que serão 
desenvolvidas na edificação, e é 
determinante para o dimensiona-
mento do espaço e da relação entre 
eles, a circulação. Com base nessa 
organização e relação entre função 
e espaço, surge a forma, que, inse-
rida no contexto, define o partido 
arquitetônico. No processo criativo, 
a forma, o espaço e a função podem 
ser representados graficamente de 
algumas maneiras Analise as alterna-
tivas apresentadas e assinale a incor-
reta em relação a essa representação.
a) No desenho, a forma pode ser 
representada por diagramas 
conceituais.
b) A função do projeto pode ser re-
presentada por um organograma
c) A forma conceitual do projeto 
pode ser representada grafica-
mente por fluxogramas e croquis 
de estudo em perspectivas.
d) O desenho a mão livre por níveis 
de informação é uma opção para 
se representar o espaço.
e) O desenho volumétrico é uma 
das maneiras para se representar 
graficamente a forma; além disso, 
este tipo de desenho proporciona 
uma visão de vários ângulos.
Arquitetura10
ARQBACANA. ARQ!IN LOCO: por dentro do processo criativo: FGMF - Forte, Gimenes & 
Marcondes Ferraz Arquitetos. [S.l.]: YouTube, 2013a. Disponível em: <https://www.you-
tube.com/watch?v=U3gCi9C1mbs>. Acesso em: 17 set. 2016.
ARQBACANA. ARQ!IN LOCO: por dentro do processo criativo: Studio MK27. [S.l.]: YouTu-
be, 2013b. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=oHXH0NkjbGI>. Aces-
so em: 17 set. 2016.
CHING, Francis D. Arquitetura: forma, espaço e ordem. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 
2013b. 
CHING, Francis D.; ECKLER, James F. Introdução à arquitetura. Porto Alegre: Bookman, 
2013a.
Leituras recomendadas
GOUVEIA, Anna Paula; HARRIS, Ana Lúcia; KOWALTOWSKI, Doris C. Analogia e abstração 
no ensino do projeto em arquitetura. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENGENHA-
RIA GRÁFICA NAS ARTES E NO DESENHO, 4., 2001, São Paulo.Anais... São Paulo: ABEG, 
2001. p. 1092-1101.
KOWALTOWSKI, Doris Catharine Cornelie Knatz et al. Reflexão sobre metodologias de 
projeto arquitetônico. Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 6, n. 2, p. 7-19, 2006. 
11Representação gráfica de forma, espaço e função
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
Nesta Dica do professor, você vai conhecer uma obra que tem a sua forma definida pelo espaço 
e função: a Catedral Metropolitana Nossa Senhora de Aparecida. Assista ao vídeo a seguir e 
saiba mais sobre esse ícone da arquitetura moderna realizada por Oscar Niemeyer.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) Sobre o processo criativo, assinale a alternativa correta.
A) É o raciocínio e desenvolvimento de uma ideia de maneira linear.
B) O processo criativo é realizado da mesma maneira para todos os tipos de projetos.
C) É a materialização pela representação gráfica de uma ideia acabada.
D) O processo criativo é um método rígido de materializar a ideia graficamente.
E) É o desenvolvimento não linear de uma ideia que pode ser feito usando a representação 
gráfica.
2) Cada profissional tem uma maneira única de realizar o processo criativo. Durante 
esse desenvolvimento, o arquiteto utiliza a representação gráfica, que pode ser feita 
de várias maneiras, associadas ou isoladas. Sobre a representação gráfica no processo 
criativo, assinale a alternativa correta.
A) O uso de tipos diferentes de representação gráfica aumenta a quantidade de informação 
para o processo criativo, como o desenho de croquis e diagramas orçamentais.
O processo criativo não é linear, muitas vezes é necessário voltar e rever informações e conceitos.
Cada tipo de projeto terá um contexto e programa funcional diferente, por isso o processo criativo é diferente para cada projeto, mesmo sendo do mesmo tipo.
O processo criativo é a maneira dos arquitetos desenvolverem o conceito do projeto.
Cada profissional desenvolve o processo criativo de maneira única.
O processo criativo não é linear, geralmente os arquitetos utilizam ferramentas e a representação gráfica para realizá-lo e chegar ao partido arquitetônico do projeto
Os diagramas orçamentais não fazem parte do processo criativo.
B) Na elaboração do processo criativo, ocorre o uso de vários tipos de representações 
gráficas, uma delas é a elaboração de maquetes
C) A combinação de vários métodos de representação gráfica amplia a visão e aguça a 
criatividade.
D) A perspectiva é uma maneira muito usada no processo criativo, porém não é a melhor 
forma para se obter uma visão ampla e diferenciada.
E) Uma combinação de muitos métodos de representação gráfica no processo do projeto não 
contribui com a fluidez da criatividade.
3) O intuito do processo criativo é chegar na definição do partido arquitetônico que é o 
ponto de partida para o desenvolvimento e detalhamento do projeto arquitetônico. A 
seguir, foram citadas algumas afirmativas sobre esse processo e o seu 
desenvolvimento, assinale a alternativa correta.
A) A definição do partido arquitetônico do projeto independe do contexto onde será realizada 
a obra.
B) A definição do partido arquitetônico se dá mediante uma análise de todo o contexto do 
terreno, do programa de necessidades, dos acessos e também do contexto social e, em 
alguns casos, político.
C) O partido arquitetônico é definido mediante estudo do terreno, pois a topografia é o que o 
define.
D) O partido arquitetônico é definido com base no programa de necessidades da edificação e 
nas exigências do cliente.
O partido arquitetônico está ligado à função da edificação, por isso ele é totalmente E) 
A elaboração de maquetes não é uma representação gráfica.
A perspectiva é uma das representações da forma muito utilizada no processo criativo, proporcionando uma visão ampla.
O uso de um único método de representação gráfica limita a criatividade do profissional, além de gerar poucas informações sobre o contexto.
Durante o processo criativo, a utilização de vários métodos de representação gráfica oferece uma variedades de dados sobre o contexto e o programa funcional, além de ampliar a visão e estimular a criatividade.
A partir de uma análise do contexto em que o terreno se encontra, seja ele ambiental, social, locacional ou até político, é que acontece o desenvolvimento do processo criativo e, em consequência, a definição do partido arquitetônico ou conceito do projeto.
A análise e estudo do contexto onde será realizado o projeto é de fundamental importância no processo.
A topografia é um dos quesitos a ser estudado para o desenvolvimento do processo e definição do partido arquitetônico.
O programa de necessidades é um dos quesitos a ser estudado para o processo. O cliente, muitas vezes, tem expectativas, sonhos e exigências em relação ao projeto, porém é necessário que o profissional pondere e analise se o imaginado é a melhor opção para o que ele realmente espera como resultado final. Nem sempre o que o cliente expressa querer é o que ele realmente precisa.
definido pelas atividades que serão exercidas nos ambientes internos da construção.
4) Os diagramas são muito utilizados pelos arquitetos e outros profissionais para 
simplificar, resumir ou representar graficamente questões. A seguir, foram citados 
alguns tipos de diagramas e sua característica, assinale a alternativa correta.
A) Diagrama analítico - este tipo de diagrama é utilizado para fazer uma análise do orçamento 
total da edificação.
B) Diagrama de fluxo - também conhecido como organograma, é o diagrama das atividades 
exercidas na edificação.
C) Diagrama conceitual - são diagramas que, além de outras representações, identificam as 
ideias principais que embasam a proposta.
D) Diagrama funcional - este tipo de diagrama analisa e descreve o fluxo na edificação, as 
circulações.
E) Diagrama de orçamento - é um diagrama que resume todos os outros diagramas.
5) A função, o espaço e a forma estão diretamente ligados entre si, e mantêm uma 
relação estreita com o conceito do projeto. A função está relacionada às atividades 
que serão desenvolvidas na edificação, ela é determinante para o dimensionamento 
do espaço e da relação entre eles, a circulação. 
 
Com base nessa organização e relação entre função e espaço, surge a forma, que, 
inserida no contexto, define o partido arquitetônico. No processo criativo, a forma, o 
espaço e a função podem ser representados graficamente de algumas maneiras, 
analise as alternativas apresentadas e assinale a INCORRETA em relação a essa 
representação.
No processo criativo, os diagramas conceituais ajudam na organização das ideias que A) 
A função da edificação é um dos quesitos a ser estudado para o desenvolvimento do processo e definição do partido arquitetônico.
Os diagramas analíticos podem ser usados para vários tipos de análises gráficas de desenhos, e não de tabelas orçamentais.
O diagrama de fluxo não é o organograma.
O diagrama funcional é influenciado pelo fluxo na edificação, porém o diagrama funcional não é um fluxograma.
Este tipo de diagrama não existe no processo criativo.
Os diagramas conceituais auxiliam a organizar as ideias principais da proposta arquitetônica, tanto para o próprio arquiteto quanto para o cliente e os demais membros da equipe.
envolvem a proposta de projeto.
B) A função do projeto pode ser representada por um organograma.
C) A forma conceitual do projeto pode ser representada graficamente por fluxograma e 
croquis de estudo em perspectivas.
D) O desenho a mão livre por níveis de informações é uma opção para se representar o 
espaço.
E) O desenho volumétrico é uma das maneiras para se representar graficamente a forma, além 
disso, este tipo de desenho proporciona uma visão de vários ângulos.
NA PRÁTICA
A representação gráfica pode ser utilizada tanto para a análise de um contexto ou edificação 
existente quanto no processo criativo de desenvolvimento do projeto a partir dessa análise.
Há mais de um método de se realizaressas representações, porém cada profissional desenvolve 
sua maneira única e geralmente ela engloba mais de um desses métodos, o que, na verdade, 
proporciona uma abrangência maior de dados coletados e também múltiplas e ampla visão no 
processo criativo.
Na imagem, podemos observar uma análise gráfica da Casa Darwin D. Martin, de Frank Lloyd 
Wright: um diagrama conceitual que nos mostra a sua organização, a simetria entre eles, os 
eixos que marcam circulações na edificação e, além disso, observe também que foi destacado 
um esquema estrutural.
A forma pode ser representada por croquis em perspectivas, porém não é possível a representação pelo fluxograma, que seria uma representação da circulação existente.
Os diagramas conceituais ajudam a organizar as ideias principais da proposta de um projeto. É um instrumento para que o arquiteto possa transmitir a sua ideia, mas também avaliá-la criticamente.
O organograma consiste em um diagrama funcional, está relacionado com as atividades que acontecem na edificação, com a função dela.
O desenho por níveis de informação é composto por várias camadas que podem estar em uma folha só; são feitas linhas iniciais estruturais mais suaves e, conforme a ideia for adquirindo consistência, as linhas tornam-se mais marcadas. Outra maneira de desenvolver por níveis é utilizando o papel vegetal ou manteiga, e fazendo sobreposições. Pode ser usado para representar o espaço.
O desenho volumétrico é uma excelente maneira de representação da forma.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
[Em inglês] How to think like an architect: The design process
Veja o vídeo no link a seguir.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Arquitetura: forma, espaço e ordem
Leia o livro no link a seguir.

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