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APOSTILA DE CONTRATOS EM ESPÉCIE

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Direito Civil – Contratos em espécie 
Professor José Ribeiro 
Anotações de Luciana Proceke Tambosi 
 
 
Sumário 
1. Compra e venda - 481 a 532, CC .................................................................................................. 1 
1.1. Caracteres ............................................................................................................................................... 2 
1.2. Elementos constitutivos .................................................................................................................... 2 
1.3. Limitações/Restrições à liberdade de contratar ..................................................................... 4 
1.4. Responsabilidade pelos riscos da coisa (caso fortuito ou força maior) .......................... 6 
A. Antes da tradição .......................................................................................................................................................................... 6 
B. Após a tradição .............................................................................................................................................................................. 6 
C. Coisa perece/deteriora no momento de contar, medir, pesar, marcar, coisas que dessa forma são 
entregues ...................................................................................................................................................................................................... 6 
D. Caso de mora do comprador em receber a coisa posta à sua disposição, no tempo, local e forma 
pactuados ..................................................................................................................................................................................................... 6 
E. Coisa expedida para lugar diverso, por ordem do comprador............................................................................... 7 
F. Venda internacional – Cláusula CIF e FOB ....................................................................................................................... 7 
G. Coisa vendida com reserva de domínio ............................................................................................................................. 7 
1.5. Espécies de tradição ............................................................................................................................ 7 
1.6. Quem deve cumprir por primeiro a obrigação ......................................................................... 7 
1.7. Regras especiais.................................................................................................................................... 8 
A. Venda por amostra, protótipo ou modelo ........................................................................................................................ 8 
B. Venda imobiliária ......................................................................................................................................................................... 8 
C. Defeito oculto nas vendas de coisas conjuntas .............................................................................................................. 9 
D. Débitos anteriores à venda ...................................................................................................................................................... 9 
E. Despesas ........................................................................................................................................................................................ 10 
1.8. Cláusulas especiais ............................................................................................................................ 10 
A. Retrovenda ................................................................................................................................................................................... 10 
B. Venda a contento ....................................................................................................................................................................... 10 
C. Venda sujeita à prova .............................................................................................................................................................. 11 
D. Venda com cláusula (direito) de preferencias, preempção ou prelação ........................................................ 11 
E. Diferenças entre retrovenda e direito de preferência ............................................................................................. 13 
F. Venda com reserva de domínio .......................................................................................................................................... 14 
G. Venda sobre ou contra documentos................................................................................................................................. 14 
H. Venda com pacto comissário ............................................................................................................................................... 15 
2. Troca, permuta, escambo ou barganha ................................................................................ 16 
3. Contrato estimatório ou venda consignação, 534 a 537 CC............................................ 18 
4. Contrato de Doação ..................................................................................................................... 19 
4.1. Bens futuros ......................................................................................................................................... 20 
4.2. Caracteres ............................................................................................................................................. 20 
4.3. Elementos do contrato ..................................................................................................................... 20 
4.4. Espécies de doação ............................................................................................................................ 21 
4.5. Restrições à liberdade de doar ..................................................................................................... 26 
4.6. Responsabilidade por vício redibitórios e evicção, 552, 441 §único e 447 ................. 27 
4.7. Revogação da doação ........................................................................................................................ 27 
5. Locação de coisas ......................................................................................................................... 31 
5.1. Espécies .................................................................................................................................................. 31 
Direito Civil – Contratos em espécie 
Professor José Ribeiro 
Anotações de Luciana Proceke Tambosi 
 
 
6. Locação pelo código civil ............................................................................................................ 31 
6.1. Caracteres ............................................................................................................................................. 31 
6.2. Elementos do contrato ..................................................................................................................... 31 
6.3. Bens regidos pelo CC, na locação .................................................................................................. 32 
6.4. Prazo, aluguel e reajuste ................................................................................................................. 32 
6.5. Obrigações do locador ...................................................................................................................... 32 
6.6. Obrigações do locatário ................................................................................................................... 336.7. Deterioração da coisa, durante a locação ................................................................................. 33 
6.8. Contrato com prazo certo ................................................................................................................ 33 
A. Retomada antes do prazo ...................................................................................................................................................... 34 
B. Devolução antes do prazo ..................................................................................................................................................... 34 
6.9. Contrato com prazo indeterminado ............................................................................................ 34 
6.10. Prorrogação da locação com prazo determinado .................................................................. 34 
6.11. Direito de retenção ............................................................................................................................ 34 
6.12. Cláusula de vigência e registro...................................................................................................... 34 
6.13. Morte das partes, na locação por prazo determinado .......................................................... 34 
6.14. Mora do locatário em restituir a coisa ....................................................................................... 35 
6.15. Direito de preferência? .................................................................................................................... 35 
6.16. Ação para reaver a coisa locada?.................................................................................................. 35 
7. Locações regidas pela Lei 8.245/91 (lei do inquilinato) .................................................. 35 
7.1. Caracteres – idêntico ao do CC ....................................................................................................... 35 
7.2. Elementos do contrato ..................................................................................................................... 36 
7.3. Locações excluídas da lei 8.245/91 ............................................................................................. 36 
7.4. Prazo ....................................................................................................................................................... 36 
7.5. Princípio da solidariedade, artigo 2º .......................................................................................... 36 
7.6. Garantias da locação ......................................................................................................................... 36 
7.7. Sistemas de locação pela lei 8.245/91 ....................................................................................... 37 
A. Locação residencial .................................................................................................................................................................. 37 
B. Locação não residencial ......................................................................................................................................................... 37 
C. Outras locações não residenciais ....................................................................................................................................... 38 
D. Locação especial para temporada ..................................................................................................................................... 38 
7.8. Solicitação do imóvel, pelo locador antes do tempo ............................................................. 39 
7.9. Devolução pelo locatário antes do tempo ................................................................................. 39 
7.10. Principais direitos e deveres, 22 e 23 Lei do inquilinato .................................................... 39 
7.11. Transferências do contrato de locação previstas .................................................................. 40 
A. Transferência do contrato pelo locatário, por ato “intervivos” ........................................................................... 40 
B. Transferência do contrato por morte .............................................................................................................................. 41 
C. Transferência no caso de separação, divórcio e dissolução de união estável .............................................. 42 
7.12. Aluguel e reajuste, 19 e 68 a 70 Lei do inquilinato ................................................................ 42 
7.13. Renovação compulsória da locação, 51 e 71 a 75 Lei do inquilinato.............................. 42 
Direito Civil – Contratos em espécie 
Professor José Ribeiro 
Anotações de Luciana Proceke Tambosi 
 
 
7.14. Cláusula de vigência e registro...................................................................................................... 43 
7.15. Direito de preferência ...................................................................................................................... 43 
A. Adjudicação .................................................................................................................................................................................. 43 
B. Perdas e danos ............................................................................................................................................................................ 43 
C. Ação .................................................................................................................................................................................................. 43 
D. Prazo ................................................................................................................................................................................................ 43 
E. Vários pretendentes ................................................................................................................................................................. 43 
7.16. Casos de retomada do imóvel ........................................................................................................ 44 
7.17. Extinção da locação ........................................................................................................................... 44 
A. Distrato ........................................................................................................................................................................................... 44 
B. Retomada nos casos admitidos pela lei .......................................................................................................................... 44 
C. Implemento de condição resolutória expressa ........................................................................................................... 44 
D. Perecimento parcial ou total do imóvel.......................................................................................................................... 44 
E. Vencimento do prazo do contrato, salvo as exceções legais ................................................................................ 44 
F. Desapropriação com imissão provisória na posse do imóvel locado............................................................... 44 
G. Morte do locatário, se não houver sucessores no imóvel, ou sublocatários ................................................. 45 
H. Resolução por inexecução contratual ou infração à lei ........................................................................................... 45 
I. Falência de qualquer das partes, se o administrador da falência não quiser manter a locação ......... 45 
J. Extinção do usufruto, salvo se o nuproprietário tiver dado consentimento na locação, ou se o 
usufrutuário se tornar proprietário do imóvel – art 7º ......................................................................................................45 
K. Extinção do fideicomisso, salvo se o fideicomissário tiver dado anuência à locação, ou se a 
propriedade do imóvel se consolidar no fiduciário – art 7º ............................................................................................. 45 
8. Empréstimo .................................................................................................................................... 46 
8.1. Comodato .............................................................................................................................................. 46 
8.2. Mútuo ...................................................................................................................................................... 50 
9. Contrato de prestação de serviço ............................................................................................ 52 
9.1. Características ..................................................................................................................................... 53 
9.2. Remuneração e momento do pagamento ................................................................................. 53 
9.3. Limite temporal e dias ausentes do trabalho .......................................................................... 54 
9.4. Alienação do prédio agrícola ......................................................................................................... 54 
9.5. Subcontrato ou “terceirização ....................................................................................................... 54 
9.6. Trabalho por pessoa sem título de habilitação ou sem outros requisitos legais ....... 54 
9.7. Aliciamento de trabalhador ........................................................................................................... 54 
9.8. Direito à declaração do término de contrato........................................................................... 55 
9.9. Extinção.................................................................................................................................................. 55 
10. Contrato de empreitada ......................................................................................................... 56 
10.1. Caracteres ............................................................................................................................................. 56 
10.2. Modalidades de empreitada........................................................................................................... 57 
10.3. Subempreitada .................................................................................................................................... 57 
10.4. Preço/remuneração .......................................................................................................................... 57 
10.5. Redução do preço da obra .............................................................................................................. 58 
10.6. Alterações do projeto ....................................................................................................................... 58 
10.7. Riscos, se perece a obra ................................................................................................................... 58 
Direito Civil – Contratos em espécie 
Professor José Ribeiro 
Anotações de Luciana Proceke Tambosi 
 
 
10.8. Direitos e deveres .............................................................................................................................. 59 
10.9. Garantia da obra – art 618 .............................................................................................................. 60 
10.10. Responsabilidade do empreiteiro .......................................................................................... 61 
A. Vícios aparentes ......................................................................................................................................................................... 61 
B. Vícios ocultos ............................................................................................................................................................................... 61 
C. Perante fornecedores dos materiais ................................................................................................................................ 62 
D. Perante terceiros ....................................................................................................................................................................... 62 
10.11. Extinção do contrato .................................................................................................................... 62 
A. Execução e entrega da obra .................................................................................................................................................. 62 
B. Morte do empreiteiro “intuitu personae” ....................................................................................................................... 62 
C. Resilição unilateral pelo dono da obra – art 623 ....................................................................................................... 63 
D. Distrato ........................................................................................................................................................................................... 63 
E. Resolução por inexecução contratual .............................................................................................................................. 63 
F. Falência de qualquer das partes, se o administrador da falência não continuar a execução do 
contrato ...................................................................................................................................................................................................... 63 
G. Desapropriação com imissão provisória de posse .................................................................................................... 63 
10.12. Impossibilidade da prestação por caso fortuito ou força maior ................................. 63 
10.13. Diferenças entre empreitada e prestação de serviços .................................................... 63 
11. Contrato de depósito ............................................................................................................... 64 
11.1. Espécies .................................................................................................................................................. 64 
A. Depósito voluntário ou convencional .............................................................................................................................. 64 
B. Depósito necessário ................................................................................................................................................................. 64 
C. Depósito irregular ..................................................................................................................................................................... 65 
D. Depósito regular ........................................................................................................................................................................ 65 
11.2. Caracteres ............................................................................................................................................. 65 
A. Unilateral ou bilateral ............................................................................................................................................................. 65 
B. Gratuito ou oneroso ................................................................................................................................................................. 65 
C. Temporário ..................................................................................................................................................................................65 
D. Real ................................................................................................................................................................................................... 65 
E. “Intuitu personae” ...................................................................................................................................................................... 65 
F. Não solene ..................................................................................................................................................................................... 65 
11.3. Obrigações do depositante ............................................................................................................. 65 
11.4. Obrigações do depositário .............................................................................................................. 65 
11.5. Direitos especiais do depositário ................................................................................................. 65 
A. Retenção ........................................................................................................................................................................................ 65 
B. Compensação............................................................................................................................................................................... 65 
C. Depósito Judicial ........................................................................................................................................................................ 65 
11.6. Riscos ...................................................................................................................................................... 66 
A. Depósito irregular ..................................................................................................................................................................... 66 
B. Depósito regular ou ordinário ............................................................................................................................................ 66 
11.7. Consequências, se não restitui a coisa ....................................................................................... 66 
11.8. Prisão – o art 652 e a súmula vinculante 25 STF .................................................................... 66 
11.9. Extinção.................................................................................................................................................. 66 
A. Vencimento do prazo ............................................................................................................................................................... 66 
B. Iniciativa do depositário, ao depositar a coisa no depósito público, nos casos admissíveis ................ 66 
C. Iniciativa do depositante ....................................................................................................................................................... 66 
D. Perecimento da coisa, se não houver sub-rogação ................................................................................................... 66 
E. Incapacidade superveniente do depositário ................................................................................................................ 66 
F. Morte do depositário, se contrato for “intuitu personae”....................................................................................... 66 
Direito Civil – Contratos em espécie 
Professor José Ribeiro 
Anotações de Luciana Proceke Tambosi 
 
 
G. Decurso do prazo de 25 anos depósito voluntário ................................................................................................... 66 
11.10. Ação de Depósito ........................................................................................................................... 66 
12. Mandato ...................................................................................................................................... 66 
12.1. Espécies .................................................................................................................................................. 66 
A. Mandato com poderes gerais............................................................................................................................................... 66 
B. Mandato com poderes especiais ........................................................................................................................................ 66 
C. Mandato consular ...................................................................................................................................................................... 67 
D. Mandato “apud acta”................................................................................................................................................................ 67 
E. Mandato “ad negocia” ou extrajudicial ........................................................................................................................... 67 
F. Mandato “ad judicia” ou judicial ........................................................................................................................................ 67 
G. Mandato com a cláusula “em causa própria” – art 685 ........................................................................................... 67 
12.2. Exceções à revogabilidade .............................................................................................................. 67 
A. Irrevogabilidade relativa – art 683 ................................................................................................................................... 67 
B. Irrevogabilidade absoluta – arts 684, 685 e 686 §único ........................................................................................ 67 
12.3. Substabelecimento da procuração .............................................................................................. 67 
12.4. Obrigações das partes ...................................................................................................................... 69 
12.5. Direito de retenção – arts 664 e 681 ........................................................................................... 69 
13. Mandato judicial, art 103 a 107 e 111 e 112 CPC........................................................... 69 
14. Extinção do mandato em geral ............................................................................................ 70 
14.1. Revogação ............................................................................................................................................. 70 
14.2. Renúncia ................................................................................................................................................ 71 
14.3. Morte ou interdição superveniente de uma das partes ....................................................... 71 
14.4. Mudanças de estado que inabilite o mandante de conferir os poderes, ou o 
mandatário de exercê-los .............................................................................................................................. 71 
14.5. Vencimento do prazo ........................................................................................................................ 71 
14.6. Conclusão do negócio........................................................................................................................ 71 
15. Contrato de comissão, 693 a 709 ........................................................................................ 71 
15.1. Comissão x Mandato .......................................................................................................................... 72 
15.2. Caracteres .............................................................................................................................................72 
15.3. Espécies de comissão ........................................................................................................................ 72 
15.4. Direitos e deveres do comissário ................................................................................................. 72 
15.5. Remuneração total ou proporcional ........................................................................................... 73 
16. Contrato de fiança, art 818 a 839 ....................................................................................... 73 
16.1. Fiança convencional .......................................................................................................................... 73 
16.2. Efeitos da fiança .................................................................................................................................. 75 
A. Defesa do fiador quando demandado .............................................................................................................................. 75 
B. Benefício de ordem ou de excussão.................................................................................................................................. 76 
C. Benefício da divisão ................................................................................................................................................................. 76 
16.3. Direitos do fiador ............................................................................................................................... 77 
16.4. Extinção.................................................................................................................................................. 77 
17. Contrato de corretagem, arts 722 a 729 .......................................................................... 78 
Direito Civil – Contratos em espécie 
Professor José Ribeiro 
Anotações de Luciana Proceke Tambosi 
 
 
17.1. Espécies de corretores ..................................................................................................................... 78 
17.2. Características ..................................................................................................................................... 78 
17.3. Remuneração ....................................................................................................................................... 79 
17.4. Obrigações do corretor .................................................................................................................... 79 
17.5. Extinção.................................................................................................................................................. 80 
18. Contrato de jogo e aposta, arts 814 a 817........................................................................ 80 
18.1. Conceito de jogo .................................................................................................................................. 80 
18.2. Conceito de aposta ............................................................................................................................. 80 
18.3. Características ..................................................................................................................................... 80 
18.4. Distinção entre jogo e aposta ......................................................................................................... 80 
18.5. Espécies de jogo ou de aposta ........................................................................................................ 81 
18.6. Consequências jurídicas .................................................................................................................. 81 
18.7. Repetição do indébito ....................................................................................................................... 82 
18.8. Mútuo para jogo proibido ou tolerado ....................................................................................... 82 
18.9. Contratos diferenciais sobre títulos de bolsa, valores ou mercadorias ........................ 82 
18.10. Sorteio para ..................................................................................................................................... 82 
A. Dirimir questões ........................................................................................................................................................................ 82 
B. Dividir coisa comum ................................................................................................................................................................ 82 
18.11. Terceiro de boa-fé ......................................................................................................................... 82 
 
Direito Civil – Contratos em espécie 
Professor José Ribeiro 
Anotações de Luciana Proceke Tambosi 
 
1 
joseribeiroadv@terra.com.br 
9115-8238 
 
1ª avaliação: 
• 1ª parte objetiva – 7 ou 8 questões 
• 2ª parte subjetiva – um problema – com consulta ao código e leis esparsas 
TDE -> até 1 ponto (extra) 
 
2ª avaliação: 
• Objetiva – 10 questões 
TDE -> até 1 ponto (extra) 
 
 
Bibliografia: Carlos Roberto Gonçalves (junto com jurisprudência), Pablo e Venosa. 
Rizardo – muito bom, mas pouco didático. 
 
 
1. Compra e venda - 481 a 532, CC 
Introdução 
 
Origem histórica – troca ou permuta - escambo 
Gado – pecus – pecúnia 
Metais preciosos cunhados com peso e valor determinados – moeda -> surge compra e venda 
 
Conceito 
 
 
 
Contrato em que uma parte vendedora se obriga a transferir a outra parte compradora a 
propriedade ou domínio de uma coisa corpórea ou incorpórea mediante o pagamento de um 
preço em dinheiro ou em valor fiduciário correspondente (cheque, notas promissórias etc). 
 
Se obriga a transferir – a compra em si não gera a transferência 
 
Para bens móveis a transferência ocorre somente com a tradição. 
Transferência de automóvel no Detran não transfere a posse. A propriedade/domínio 
somente ocorre com a entrega, a tradição. 
 
 1226 e 1267, CC 
 
Para bens imóveis a simples escritura pública não transfere o domínio, precisa de um ato 
complementar, o registro da escritura pública no cartório competente. 
 
"A" vende
Coisa
Preço
Consentimento
Forma
"B" compra
Direito Civil – Contratos em espécie 
Professor José Ribeiro 
Anotações de Luciana Proceke Tambosi 
 
2 
 1227 e 1245, CC 
 
Exemplo: compra apartamento e tem a escritura, passa a morar lá -> tem a posse, o que não 
significa ser proprietário. Registra a escritura no cartório competente -> tem propriedade (é 
dono). 
 
Transfere propriedade/domínio 
Bens móveis --------------- Tradição 
Bens imóveis -------------- Registro 
 
Exceções: 
• 1361 §1º CC-> Coisa móvel 
• Decreto 3545 - artigo 8º 
 
1.1. Caracteres 
1) Consensual1 – basta o acordo de vontade 
2) Oneroso – vantagens e sacrifícios para ambas as partes. Quem vende ônus entregar a 
coisa e bônus receber o preço; quem compra ônus de pagar o preço e bônus receber a 
coisa. 
3) Comutativo ou aleatório – aleatório (umas das prestações pode se frustrar) é 
exceção na compra e venda, ocorre em compra futura, por exemplo, compra de safra. 
Se assumiu o risco será aleatório, se não assumiu o risco o contrato não se concretiza. 
4) Translativo de domínio – contrato não transfere a propriedade/domínio, mas ele é 
a causa motora que gera a transferência. Por si só o contrato não transfere, mas é o 
motivo/causa que gera. 
5) Bilateral – quanto aos efeitos – quando o contrato nasce já surgem obrigações para 
ambas as partes. 
6) Às vezes formal – venda e compra imobiliária exige contrato escrito sempre, somente 
acordo de vontade não gera o contrato. Ainda, se for de um valor acima de 30 salários 
mínimos tem que ser por escritura pública; se for valor menor pode se optar por 
escritura particular (108 CC). Promessa de compra e vendapode ser particular, 
independentemente do valor. 
 
Dia 29 de Fevereiro de 2016 
 
1.2. Elementos constitutivos 
Elementos do contrato 
1) Coisa 
a. Atual 
b. Futura – 457 e 459, CC 
Não existe no momento do contrato 
Se nenhuma das partes assumir o risco da parte que pode se frustrar, o 
contrato não existirá. Se uma das partes assumir o risco, será um contrato 
aleatório. Diferença: assunção do risco. 
 
 
1 Contrato Real – só se forma quando a coisa é entregue, exemplo: o mútuo e o comodato 
Direito Civil – Contratos em espécie 
Professor José Ribeiro 
Anotações de Luciana Proceke Tambosi 
 
3 
c. Determinada 
Coisa específica 
 
d. Indeterminada 
Coisa genérica – indeterminada. Deve ser especificado pelo menos o gênero 
(genérica), mas não há mais especificações. Exemplo: 100 cabeças de gado, não 
informa raça, de onde etc. 
 
e. Disponível 
Alienável – que pode ser transferível 
 
Compra e venda de bem indisponível é nula 
 
Inalienáveis: 1) Por natureza, exemplo: o sol, o mar; 2) Por determinação da 
lei, exemplo: rios, ruas, praças públicas, bem de família; 3) Por vontade do ser 
humano, nosso código somente permite gravar clausula de inalienabilidade na 
doação e no testamento. 
 
f. Litigiosa – 457, CC – 109, CPC/2015 
Coisa que está sendo disputada na justiça. Justiça determinará quem é o 
verdadeiro dono. Essa coisa pode ser vendida, mas àquele que compra a coisa 
litigiosa assume o risco pelo insucesso da ação. 
 
Àquele que compra a coisa pode ser substituo do autor da ação (109, CPC), cabe 
a parte ré aceitar. Se a parte ré não aceitar, só restará àquele que compra pedir 
a intervenção no processo como assistente. 
 
g. Alheia – 457, CC – 1268 §1º 
Não produz efeitos ao verdadeiro dono. 
 
Compra e venda de coisa alheia é anulável ou ineficaz, não 
nulo 
 
Se àquele que não era dono vier a ser dono depois da compra e venda, o 
domínio retroage à data da venda para que ela seja ratificada e passe a existir. 
 
Exemplo: filho vende uma joia da mãe, após falecimento da mãe o filho se torna 
herdeiro da joia. 
 
h. Corpórea e incorpórea (cessão) 
 
 
2) Preço 
a. Em dinheiro 
Exceções: moeda estrangeira 
 
b. Sério, real e justo 
Preço fictício – não existe, só existe na imaginação 
Direito Civil – Contratos em espécie 
Professor José Ribeiro 
Anotações de Luciana Proceke Tambosi 
 
4 
Preço irrisório – preço existe, mas é muito pequeno – não caracteriza compra 
e venda. 
 
c. Certo 
Pode ser em dinheiro ou valor fiduciário correspondente -> cheque, duplicata. 
 
i. Determinado 
ii. Determinável 
Exemplo: Preço será aquele da bolsa de valores, determinado pelo 
índice x e pelo parâmetro y, considera-se preço de negócios habituais 
(somente nos casos de vendedor habitual). 
 
O preço não pode ficar somente no juízo de uma das partes. Preço será fixado pelo 
comprador ou pelo vendedor -> não pode -> contrato inválido, nulo. 
 
Vendas a prazo - parcelas 
Venda pro soluto -> no próprio contrato de compra e venda o vendedor recebe os títulos 
e já quita a dívida. 
Venda pro solvendo -> no contrato afirma receber os títulos, mas vai quitando a medida 
que vai recebendo o valor correspondente aos títulos. 
 
Venda pro soluto – em caso de inadimplemento, não se pode pedir a rescisão do contrato 
de compra e venda, pois ele foi executado. Pode executar a promissória, inclusive 
penhorando a coisa vendida, se ela ainda existir em posse do comprador. 
Venda pro solvendo – a compra e venda não foi ‘finalizada’, portanto ela pode ser 
rescindida. 
 
3) Consentimento 
Pessoa capaz 
Sem vícios do consentimento 
 
4) Forma 
 
 
1.3. Limitações/Restrições à liberdade de contratar 
CC -> 496 e 179 
 
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros 
descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido. 
Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o 
regime de bens for o da separação obrigatória. 
Só é possível anular a compra e venda de bem a descendente se o preço não tenha sido sério, 
justo e verdadeiro -> somente se houve prejuízo a legítima. 
 
Prazo para anular -> 2 anos (art 179) 
Direito Civil – Contratos em espécie 
Professor José Ribeiro 
Anotações de Luciana Proceke Tambosi 
 
5 
Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo 
para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do 
ato. 
 
CC -> 499 
Art. 499. É lícita a compra e venda entre cônjuges, com relação a bens excluídos da 
comunhão. 
 
CC -> 504 
Art. 504. Não pode um condômino em coisa indivisível vender a sua parte a estranhos, 
se outro consorte a quiser, tanto por tanto. O condômino, a quem não se der 
conhecimento da venda, poderá, depositando o preço, haver para si a parte vendida a 
estranhos, se o requerer no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de decadência. 
180 dias -> prazo decadencial 
Parágrafo único. Sendo muitos os condôminos, preferirá o que tiver benfeitorias de 
maior valor e, na falta de benfeitorias, o de quinhão maior. Se as partes forem iguais, 
haverão a parte vendida os comproprietários, que a quiserem, depositando 
previamente o preço. 
 
CC -> 117 
‘Autocontrato’ 
Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o 
representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo. 
Parágrafo único. Para esse efeito, tem-se como celebrado pelo representante o negócio 
realizado por aquele em quem os poderes houverem sido subestabelecidos. 
Procuração em causa própria é diferente não precisa autorização expressa, pois a própria lei 
permite. 
 
CC-> 1691 
Art. 1.691. Não podem os pais alienar, ou gravar de ônus real os imóveis dos filhos, nem 
contrair, em nome deles, obrigações que ultrapassem os limites da simples 
administração, salvo por necessidade ou evidente interesse da prole, mediante prévia 
autorização do juiz. 
Parágrafo único. Podem pleitear a declaração de nulidade dos atos previstos neste 
artigo: 
I - os filhos; 
II - os herdeiros; 
III - o representante legal. 
 
CC-> 497 -> é nula 
 
Direito Civil – Contratos em espécie 
Professor José Ribeiro 
Anotações de Luciana Proceke Tambosi 
 
6 
Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública: 
I - pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os bens confiados à sua 
guarda ou administração; 
Testador – aquele que deixa os bens 
Testamenteiro – aquele encarregado de se fazer cumprir o testamento após a morte 
II - pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a que 
servirem, ou que estejam sob sua administração direta ou indireta; 
III - pelos juízes, secretários de tribunais, arbitradores, peritos e outros serventuários ou 
auxiliares da justiça, os bens ou direitos sobre que se litigar em tribunal, juízo ou 
conselho, no lugar onde servirem, ou a que se estender a sua autoridade; 
IV - pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados. 
Parágrafo único. As proibições deste artigo estendem-se à cessão de crédito. 
 
Lei de falência 
Quando juiz decreta falência a decisão tem dois efeitos importantes: perde o poder de 
administrar e de dispor do bem, somente o administrador da falência (antigo síndico) pode 
vender se o juiz permitir. 
 
Dia 03 de Março de 2016 
 
1.4. Responsabilidade pelos riscos da coisa (caso fortuito ou força maior) 
Coisa perece para o dono (res perit domino) 
 
Não é o contrato que transfere a posse/domínio. 
 
A. Antes da tradição 
Perece para quem vendeu – sem a tradição, vendedor continua dono 
 
B. Após a tradição 
Perece para quem comprou 
 
C. Coisa perece/deteriora no momento de contar, medir, pesar, marcar, coisas que 
dessa forma são entregues 
Perece para o comprador – somente aquilo que já se contou/mediu/pesar 
Exemplo: gado, na hora da separaçãoocorre uma enchente e os gados se perdem, aquilo 
que já foi separado perecerá para o comprador, o que não foi separado para o vendedor 
 
D. Caso de mora do comprador em receber a coisa posta à sua disposição, no 
tempo, local e forma pactuados 
Perece para o comprador – é como se o comprador já fosse dono, pois uma vez que 
ainda não esteja com ele, a coisa já estava a sua disposição. 
 
Exceções 
à regra 
geral 
Direito Civil – Contratos em espécie 
Professor José Ribeiro 
Anotações de Luciana Proceke Tambosi 
 
7 
E. Coisa expedida para lugar diverso, por ordem do comprador 
Exemplo: 100 sacas de café – a partir do momento que as sacas estão com o 
transportador corre o a responsabilidade do risco pelo comprador. (Observação: se for 
transportadora, o risco é objetivo e sempre corre por ela, independente de culpa). 
 
F. Venda internacional – Cláusula CIF e FOB 
FOB após o momento do embarque - comprador 
CIF desde o momento em que a coisa é deixada no local combinado - comprador 
 
G. Coisa vendida com reserva de domínio 
Exige-se que o contrato seja por escrito – pois esta é uma cláusula especial 
Nos casos de venda de coisa parcelada, somente virá dono após quitar o preço. 
Com essa cláusula, em que pese não haja domínio da coisa para o comprador, ela perece 
para ele. 
 
 
1.5. Espécies de tradição 
1) Real, efetiva ou material 
2) Ficta ou tácita (1267 §único, CC) 
a. Pelo constituto possessório ou clausula constituti – precisa ser expressa 
Transformação da qualidade de dono para outra qualidade que não dono, mas 
sem transferir a posse. Surgem duas posses uma direta, do vendedor e outra 
indireta, a do comprador. 
Perece para o comprador. (confirmar) 
Exemplo: vendedor vende apartamento, contudo ele precisa de 60 dias para 
sair do apartamento. Se esses 60 dias forem cobrados pelo comprador, o 
vendedor perde qualidade de dono para assumir de locatário; se não foi 
cobrado, o vendedor assume qualidade de comodatário. (Observação: imóveis 
só passa a ser dono depois do registro no órgão competente) 
 
b. Coisa já na posse do comprador no momento do contrato 
Transformação da qualidade de dono, mas de forma inversa da anterior. 
Perece para o comprador. (confirmar) 
Exemplo: apartamento locado e o locatário decide comprar, no momento da 
compra já ocorre a tradição, adquirindo a posse plena. 
 
c. Cede o direito de pedir restituição da coisa que está na posse de terceiro 
Coisa se perde/deteriora em posse do terceiro. 
Perece para o comprador. 
 
 
3) Simbólica ou virtual 
Ocorre através de um símbolo – exemplo: entrega da chave da casa. 
 
 
1.6. Quem deve cumprir por primeiro a obrigação 
Posse com 
vendedor 
Posse com 
comprador 
Posse com 
terceiro 
Direito Civil – Contratos em espécie 
Professor José Ribeiro 
Anotações de Luciana Proceke Tambosi 
 
8 
Contratos simultâneos – ocorrem na hora – acaba não se aplicando muito isso, mas mesmo 
assim a lei traz a regra. 
 
Venda à vista – obrigação de cumprir primeiro é do comprador 
Na dúvida de que o vendedor entregará a coisa, pode se consignar em pagamento o valor. 
No caso de insolvência do vendedor e receio de não entrega da coisa, pode se pedir uma 
caução ou mesmo consignar em pagamento. 
Exemplo: compra de imóvel à vista, a escritura assinada é quitação, portanto antes de assinar 
o comprador deve pagar. 
 
Venda à crédito ou prazo – obrigação de cumprir primeiro é do vendedor, salvaguardado 
nos casos de insolvência do comprador ou diminuição do patrimônio que comprometa o 
poder de pagamento após contrato e antes da entrega da coisa. 
 
Dia 07 de Março de 2016 
1.7. Regras especiais 
A. Venda por amostra, protótipo ou modelo 
Coisa entregue, mas não de acordo com a amostra/protótipo/modelo há direito de recusar a 
entrega por inadimplemento da outra parte e pedir perdas e danos. 
 
Divergência entre descrição da coisa e da amostra/protótipo/modelo prevalece as 
características da coisa e não da descrição. 
 
Amostra – reprodução, um exemplar do original 
Protótipo – é o próprio original 
Modelo – fotos, imagens, folders 
 
B. Venda imobiliária 
 
500, CC 
“Ad mensuram” “Ad corpus” 
Feita tomando-se por base as medidas 
perimetrais do imóvel e a sua área total – 
(caput 500, CC) 
 Metragens exatas 
 Indicação da área 
Ad mensuram por medida de extensão – X 
reais por metro quadrado. 
“Aquilo que se viu” 
Área certa e delimitada por divisas e 
confrontantes especificados. Terreno que 
faz divisa com bláblá, fundos com um lago 
etc. 
Pode também ter metragens acompanhado 
de expressões como 
aproximadamente/cerca de. 
 
Inadimplemento pela entrega de uma área 
menor ou com perímetros diferentes -> 
pedir o complemento da área 
Se não for possível completar: 
• Resolução do contrato 
• Abatimento do preço 
Se faltar áreas: 
• Não pode exigir nada, nem 
complemento, nem resolução e nem 
abatimento. 
 
Comprou “ad corpus” – comprador tem que 
arcar com áreas menores. 
Direito Civil – Contratos em espécie 
Professor José Ribeiro 
Anotações de Luciana Proceke Tambosi 
 
9 
Assegura para o comprador a exatidão do 
que foi comprado. 
§1º - se comprovar que não compraria se 
fosse assim – pode acabar com o contrato, 
mas sem resolução. 
Se houver dúvidas se era “ad mensuram” ou “ad corpus” – tanto pode se dizer que um 
como o outro. Se a diferença for até 1/20 da área total (5%) é presunção de venda “ad 
corpus”. Se passar desse percentual é “ad mensuram” -> É um parâmetro para o juiz. 
Se houve excesso de área e não havia como 
o comprador saber – ele fica com a área 
excedente. Em tese, aquele que vende tem 
que saber do tamanho. 
No caso de o vendedor não saber (exemplo: 
fazenda recebida em herança) 
• Comprador pode devolver aos 
vendedores o excesso; 
• Comprador pode ficar com o excesso e 
pagar o restante. 
Em caso de excesso de área o indivíduo 
pode devolver o excesso ao vendedor ou 
então ficar com a área e pagar por ela, quem 
decide é o comprador, ele que escolhe o que 
lhe interessa. 
 
Prazo decadencial – 1 ano 
Para o comprador conta da data do registro da compra, ou da posse se ele foi obstado de 
entrara na posse antes por culpa do vendedor. 
Essas regras não se aplicam em relações de consumo 
NÃO EXISTE COMPRA DE IMOVEIS “AD CORPUS” NA RELAÇÃO DE CONSUMO. 
30 e 31, CDC 
 
Exemplo: incorporadora que vendeu imóveis com 5 m² a menos em São Paulo – 
incorporadora alegou que enquadraria na venda “ad corpus”, pois essa metragem era inferior 
1/20 do total. Tese não deu certo, pois restou comprovado que era uma relação de consumo. 
Se fosse relação civil, a incorporadora não precisaria pagar nada. 
 
C. Defeito oculto nas vendas de coisas conjuntas 
Não se refere a uma coletividade (exemplo par de brincos, par de sapatos). Na 
coletividade se uma das coisas tiver defeito, devolve os dois. 
Coisas conjuntas – defeito de uma, não autoriza a devolução de todas. 
 
Exemplo: compra de livros: 1 livro de história, 1 de geografia, 1 de romance e 1 coleção 
de livros de direito. Em um dos livros da coleção tem defeito. Há direito de trocar toda 
a coleção dos livros de direito, pois são coisas coletivas, contudo não há direito de trocar 
todos os livros comprados, pois são coisas conjuntas. 
 
D. Débitos anteriores à venda 
Em coisas móveis ou imóveis os débitos incidentes sobre a coisa (IPVA, Multas, IPTU) 
são responsabilidade do vendedor, salvo assunção em contrário (comprador por 
assumir dívidas anteriores). 
 
Condomínio/IPTU etc -> é dívida proper rem – se vincula a coisa – se vincula ao dono 
atual. Se o dono não havia assumido dívidas anteriores, pode ingressar com ação de 
regresso contra o vendedor. 
 
Direito Civil – Contratos em espécie 
Professor José Ribeiro 
Anotações de Luciana Proceke Tambosi 
 
10 
E. Despesas 
I. Com tradição 
Para coisa móvel – corre por conta do vendedor, salvo disposição em contrário. 
 
II. Com a escritura e registro 
Para coisa imóvel – corre por conta do comprador, salvo disposição emcontrário. 
 
Documentação na venda imobiliária - não é matéria da nossa prova. 
1) Analisar o registro de imóveis – há condição resolutiva? Hipoteca? Qualquer 
restrição? Retroceder na análise 20 anos anterior a compra – histórico 
dominial do imóvel. 
2) Analisar a escritura (o título) – ver se há qualquer restrição (as vezes não se 
coloca no registro, mesmo por erro do cartório). Analisar cada título que deu 
origem a cada registro nos últimos 20 anos. 
3) Analisar possíveis ações (certidão negativa judicial) que envolvam esse imóvel 
– tanto na justiça estadual, trabalho e federal. 
4) Analisar a certidão negativa de protestos. 
Analisando todas essas coisas se tem 95% de chance de estar tudo certo – não é 
100%, pois não é possível analisar fraudes nos documentos anteriores 
(documentos falsos, assinatura sem assinatura do cônjuge) 
 
1.8. Cláusulas especiais 
A. Retrovenda 
Cláusula especial que as partes pactuam, consta no próprio termo do contrato de compra e 
venda, que o vendedor poderá recomprar/reaver dentro de certo prazo. 
 
 É uma condição resolutiva expressa (oponível a terceiros) 
 Consta no título e no registro. 
 
Comprador pode vender/transferir o imóvel, ele é dono. Contudo, o novo comprador sabe 
que esta propriedade é resolúvel (com condição resolutiva) e é passível de perder o imóvel 
se o primeiro vendedor quiser adimplir a condição. 
 
A vende para B com cláusula resolutiva de retrovenda 
B vende para C 
A exerce a condição contra C -> C tem que entregar. 
 
Cláusula tem um prazo máximo de 3 anos (pode ser menos). Se for mais de 3 anos, vale 3 
somente, não é uma cláusula nula por isso. Se nada disse sobre prazo, prazo é 3 anos. 
 
A clausula é transferível para herdeiros. 
 
Dia 10 de Março de 2016 – falta – Anotações Maria Clara 
 
B. Venda a contento 
Direito Civil – Contratos em espécie 
Professor José Ribeiro 
Anotações de Luciana Proceke Tambosi 
 
11 
É uma venda com cláusula especial → consta no contrato que a venda só se tornará perfeita e 
obrigatória a partir do momento que o comprador determinar que a coisa comprada 
lhe agradou, lhe satisfaz. Enquanto o comprador não diz que a coisa lhe satisfaz, a compra 
e venda não é perfeita. 
 
A venda a contento é uma cláusula suspensiva, ou seja, a compra e venda só passa a produzir 
efeitos a partir do momento que o comprador aceita a coisa e expressa sua satisfação. 
 
O prazo para manifestação do comprador é acertado no contrato entre vendedor e 
comprador. A omissão do prazo não faz do contrato inválido. O silêncio é concordância 
(aceitação da coisa). 
 
Durante o período que o comprador tem para pronunciar-se sobre o agrado ou não, ele não 
é o dono da coisa, não é o proprietário. O bem está apenas com ele para um período de 
experimentação, dessa forma ele não é proprietário, é simples comodatário, não possuindo 
responsabilidade de proprietário, somente de comodatário. 
 
Se a coisa perecer na ‘’posse’’ do comprador porém sem culpa dele, a coisa perece para o 
dono. 
 
Essa cláusula não é transferível para herdeiros do comprador, pois é algo muito subjetivo. 
Já no caso de falecer o vendedor, transferem-se para seus herdeiros a obrigação de honrar 
a compra e venda até a satisfação do comprador. 
 
C. Venda sujeita à prova 
Os bens que constituem objeto da venda a prova são os mesmos a venda a contento, a 
diferença está que na venda a prova a venda se torna obrigatória desde que a coisa 
vendida tenha as qualidades asseguradas pelo vendedor e se preste a finalidade para 
qual a coisa foi produzida. 
 
Também é uma compra e venda como condição suspensiva, e da mesma forma não se 
transfere aos herdeiros do comprador, mas se transfere aos herdeiros do vendedor. 
 
Se o comprador diz que a coisa não tem as qualidades asseguradas e/ou não cumpre a 
finalidade prometida, e o vendedor do bem discorda, eles podem realizar uma perícia 
(contratação de perito). 
 
Como na venda a contento, enquanto o comprador não aceita a coisa (está de agrado, 
satisfeito) ele não tem responsabilidade de proprietário, mas sim de simples comodatário. 
 
“A venda sujeita a prova trata-se de uma venda sob condição suspensiva; os efeitos essenciais do contrato 
ficam suspensos até que a condição – de o bem vendido corresponder à amostra apresentada ou ao padrão 
indicado.” 
 
O prazo para manifestação é acertado no contrato entre vendedor e comprador. A omissão 
do prazo não faz do contrato inválido 
 
D. Venda com cláusula (direito) de preferencias, preempção ou prelação 
Direito Civil – Contratos em espécie 
Professor José Ribeiro 
Anotações de Luciana Proceke Tambosi 
 
12 
Preferência convencional: 
 
Essa venda caracteriza-se quando consta no contrato de compra e venda, tanto de bem móvel 
quanto imóvel, que o comprador assume a obrigação de oferecer a coisa que está 
comprando ao vendedor, em primeiro lugar (preferencialmente), na hipótese de ele vir 
a vender esta coisa a terceiro futuramente. 
 
Clásula com o prazo máximo de vigência de dois anos para bens imóveis. Já se a coisa 
for de bem móvel o prazo é de 180 dias. No caso de as partes pactuarem um prazo mínimo, 
é valido. No caso de pactuarem um prazo superior, a cláusula atinge até o selimite. 
 
Art. 513. A preempção, ou preferência, impõe ao comprador a obrigação de oferecer ao 
vendedor a coisa que aquele vai vender, ou dar em pagamento, para que este use de seu 
direito de prelação na compra, tanto por tanto. 
 
Parágrafo único. O prazo para exercer o direito de preferência não poderá exceder a cento 
e oitenta dias, se a coisa for móvel, ou a dois anos, se imóvel. 
 
O comprador do bem que agora é proprietário deste e pretende vendê-lo, deverá notificar o 
seu comprador preferencial (antigo vendedor), e a partir dessa notificação o comprador 
preferencial tem um prazo para manifestar-se a favor da compra, ou então o vendedor pode 
vender para terceiros. Em falta de prazo pactuado pelas partes, a lei expressa: o prazo de 
exercício do direito é de 60 dias para bens imóveis, e de 03 dias se for bem móvel. No entanto, 
nada impede que as partes pactuem um prazo maior ou menor. 
 
Art. 516. Inexistindo prazo estipulado, o direito de preempção caducará, se a coisa for móvel, 
não se exercendo nos três dias, e, se for imóvel, não se exercendo nos sessenta dias 
subseqüentes à data em que o comprador tiver notificado o vendedor. 
 
Não é uma cláusula com condição resolutiva e nem suspensiva, de forma que não resolve 
o contrato caso o comprador venda para uma terceira pessoa sem cumprir a sua obrigação 
de de dar preferência, diferente da retrovenda que o vendedor pode anular a venda e pedir o 
imóvel de volta. Aqui nao, se o vendedor se obrigou a dar preferência a seu antigo vendedor 
e ele vende a terceiro sem dar a preferência, o comprador preferencial não pode anular a 
venda do bem para o terceiro, só pode pedir perdas e danos. Quando a cláusula de preferência 
é ignorada e vendida a terceiro de má-fé (que sabia da existência da cláusula), esse terceiro 
que comprou o bem com a má-fé também responde pelas perdas e danos. No entanto, não 
perde o bem. 
 
O direito de preferência não se transmite aos herdeiros do preferente. Se o indivíduo 
que tem o direito de preferencia vier a morrer durante a vigência do pacto, seus herdeiros 
não terão sucessão desse direito. Já a obrigação de dar a preferência transmite-se do 
vendedor para seus herdeiros. 
 
.Requisitos para o exercício do direito de preferência: 
 
- É preciso que o comprador queira vender e que o antigo dono queira readquirir 
 
- O objeto deve ser coisa móvel ou imóvel 
Direito Civil – Contratos em espécie 
Professor José Ribeiro 
Anotações de Luciana Proceke Tambosi 
 
13 
 
- Tem que estar dentro do prazo de vigência da cláusula de preferência 
 
- O direito de preferencia não pode ser cedido 
 
 
. Preferência legal - art. 519/CC 
 
Art. 519. Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por 
interesse social, não tiver o destinopara que se desapropriou, ou não for utilizada em obras 
ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de preferência, pelo preço atual da coisa. 
 
Ex: Comprador diz a vendedor: no dia que eu for vender isso aqui, eu te dou preferência na 
compra. 
 
A preferência legal trata de desapropriação. 
 
 
03 Teorias a respeito do direito do expropriado/desapropriado: 
 
expropriado/expropriante 
desapropriado/desapropriante 
 
1) Direito pessoal → ele não pode exigir que o poder público lhe devolva o imóvel, mas que 
lhe pague uma indenização complementar - O que está no patrimonio público não sai, 
apenas resolve-se em perdas e danos - corrente doutrinária está baseada no decreto lei 
3365/41 art. 35 - lei básica da desapropriação. Direito pessoal do desapropriado de 
indenização. 
 
2) Direito real → não pessoal. Se nao for dado a destinação do bem, o indivíduo pode pedir 
ao poder público que devolva o bem pelo preço atual. 
 
3) Direito Misto → Será pessoal se o poder publico já transferiu bem a 3º, pois nao tem 
como anular a venda para 3º, dessa forma o ex dono tem direito a indenização. Será real 
se o bem desapropriado não foi dado a destinação mas está no poder do município, 
podendo o ex dono exigir o retorno dele. 
 
E. Diferenças entre retrovenda e direito de preferência 
- A retrovenda só se refere a bens imóveis. o direito de preferência pode se referir a 
bens imóveis e também a bens moveis. 
 
- A retrovenda é uma condição resolutiva expressa, uma vez implementada resolve o 
negócio. O direito de preferência não é condição nenhuma, nem suspensiva nem 
resolutiva. 
 
Direito Civil – Contratos em espécie 
Professor José Ribeiro 
Anotações de Luciana Proceke Tambosi 
 
14 
- A retrovenda pode ser cedida e transferida aos herdeiros do vendedor que reservou 
este direito. O direito de preferencia não se transfere aos herdeiros do preferente 
(aquele que tem a preferencia). 
 
- A retrovenda não é uma nova venda ao antigo dono, apenas a resolução do negócio 
que ele fez. O direito de preferência tem necessariamente uma segunda venda. No 
caso de bem imóvel, uma nova escritura. 
 
- A retrovenda é oponível a terceiros, o direito de preferência não. 
 
 
F. Venda com reserva de domínio 
Cláusula que consta no contrato de compra e venda de coisa MÓVEL INFUNGÍVEL feita a 
prazo, pela qual o vendedor transfere a posse da coisa e reserva para si o direito de 
propriedade até enquanto não lhe for paga a ultima parcela. 
 
Para que a cláusula seja oponível a terceiros é necessário o registro no registro de títulos e 
documentos no domicílio do comprador → para dar publicidade a cláusula. 
 
Quem compra com reserva de domínio compra com condição suspensiva, mas embora nao 
seja proprietario do bem, a partir do momento que recebe a posse ele responde pelos 
riscos como se dono fosse. A partir da entrega da coisa para o comprador, a responsabilidade é 
toda dele. Os riscos correm por conta do comprador → EXCEÇÃO A REGRA GERAL. 
 
Não havendo pagamento de uma parcela ou do preço certo, a lei permite ao vendedor duas 
alternativas: 
1) o vendedor pode entrar com ação para cobrar a dívida 
2) o vendedor pode entrar com ação para pedir a reintegração de posse do bem - a 
propriedade já é dele, necessita então da posse. 
 
Se o vendedor opta pela ação de cobrança, ele cobrará o saldo com as penalidades e 
permanece com a propriedade. Se ele optar pela ação de reintegracao de posse, ele pega a 
posse de volta mas a lei assegura ao vendedor o abatimento das parcelas (depreciação da 
coisa, despesas com o processo de reintegração, etc) 
 
E se ainda assim o comprador ficar devendo, ele tem direito de cobrar. 
 
G. Venda sobre ou contra documentos 
Art. 529. Na venda sobre documentos, a tradição da coisa é substituída pela entrega do seu 
título representativo e dos outros documentos exigidos pelo contrato ou, no silêncio deste, 
pelos usos. 
 
Parágrafo único. Achando-se a documentação em ordem, não pode o comprador recusar o 
pagamento, a pretexto de defeito de qualidade ou do estado da coisa vendida, salvo se o 
defeito já houver sido comprovado. 
 
Direito Civil – Contratos em espécie 
Professor José Ribeiro 
Anotações de Luciana Proceke Tambosi 
 
15 
Art. 532. Estipulado o pagamento por intermédio de estabelecimento bancário, caberá a este 
efetuá-lo contra a entrega dos documentos, sem obrigação de verificar a coisa vendida, pela 
qual não responde. 
 
Parágrafo único. Nesse caso, somente após a recusa do estabelecimento bancário a efetuar 
o pagamento, poderá o vendedor pretendê-lo, diretamente do comprador. 
 
 
 
É o contrato de compra e venda em que os documentos relacionados a propriedade da coisa 
são entregues ao comprador representando a entrega da própria coisa. É uma tradição 
simbólica. Essa modalidade se dá nas compras e vendas internacionais, você compra, pega a 
documentação e apenas depois recebe. Teve origem com o comércio marítimo (fazia uma 
viagem documentando as vendas e depois outra viagem entregando) 
 
Quando o pagamento da venda é feito através de banco, o banco só pode pagar o vendedor 
quando este efetuar a entrega dos documentos da propriedade para o comprador, 
representando a entrega de coisa. 
 
OBS: ação de reintegração de posse - proprietário que nao tem posse. 
ação reinvidicatória - proprietário quer recuperar sua coisa de quem indevidamente a tem. 
 
Se entre os documentos entregados ao comprador existir a pólice de seguro de transporte da 
entrega da coisa, e essa coisa vier a perecer durante o transporte antes de chegar até ele, 
perece para o comprador, salvo se o vendedor já tinha conhecimento na hora da venda e da 
entrega de documentos (inclusive a pólice de seguro) que a coisa havia perecido. 
 
H. Venda com pacto comissário 
 
Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das 
partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto. 
 
Ela é uma cláusula de condição resolutiva expressa. Algúem vai vender um imóvel, mas 
nao quer transferir a propriedade sem ter uma garantia. Se o comprador não pagar alguma 
das dívidas no tempo certo, o contrato fica resolvido (ação declaratoria de resolução). 
 
Art. 122. São lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos 
bons costumes; entre as condições defesas se incluem as que privarem de todo efeito o 
negócio jurídico, ou o sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes. 
 
Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio 
jurídico, podendo exercer-se desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido. 
 
Art. 128. Sobrevindo a condição resolutiva, extingue-se, para todos os efeitos, o direito a que 
ela se opõe; mas, se aposta a um negócio de execução continuada ou periódica, a sua 
realização, salvo disposição em contrário, não tem eficácia quanto aos atos já praticados, 
desde que compatíveis com a natureza da condição pendente e conforme aos ditames de boa-
fé. 
Direito Civil – Contratos em espécie 
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Anotações de Luciana Proceke Tambosi 
 
16 
 
Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de 
interpelação judicial 
 
 
Venda imobiliária com alienação fiduciária em garantia → Lei 9.514/97 - 
Dispõe sobre o Sistema de Financiamento Imobiliário, institui a alienação fiduciária de 
coisa imóvel e dá outras providências. 
 
- Venda com alienação fiduciária: em garantia: o vendedor transfere a propriedade e o 
comprador transfere para ele de volta como alienação fiduciária de garantia 
(finalidade específica de garantia do bem), ou seja, no mesmo contrato existem as 
duas vendas. Para aquele que recebe o bem com a cláusula, torna-se prorprietario do 
bem sob condicao resolutiva, pois assim que o devedor pagar o preço, ele perde a 
propriedade. 
 
 
Dia 14 de Março de 2016 
Continuação da aula anterior – compra e venda 
Venda com cláusula: 
 
Venda compacto comissário 
Para resolver -> Ação declaratória de rescisão e não ação rescisória de contrato 
 
Venda com alienação fiduciária em garantia 
Alienação fiduciária em garantia=o dono está sob clausula resolutiva, quando ele pagar, cai a 
garantia e o bem ‘volta a ser’ plenamente dele. 
 
Duas modalidades: 
1) Bem móvel – 1361 ss CC 
2) Bem imóvel – L 9514/97 
Executa diretamente no cartório 
 
De bem imóvel acaba sendo mais utilizada, muito mais do que a hipoteca, pois a hipoteca faz 
necessário o ingresso na justiça para efetivar. 
 
Propriedade resolúvel – pagando o preço ‘resolve’ 
 
Exemplo: no registro de imóveis registro transferindo a propriedade do imóvel para o 
comprador e ele ato continuo registra esse mesmo imóvel em garantia fiduciária para mim. 
A propriedade é portanto resolúvel que se resolvera quando o comprador terminar de pagar 
o preço. 
 
2. Troca, permuta, escambo ou barganha 
1) Conceito 
Direito Civil – Contratos em espécie 
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Anotações de Luciana Proceke Tambosi 
 
17 
Duas pessoas se obrigando a dar uma coisa no lugar de outra, não sendo umas dessas 
coisas dinheiro. 
 
2) Efeitos 
Gera efeitos meramente obrigacionais. 
Por si só não transfere a propriedade da coisas (assim como na compra e venda) 
o Coisas móveis precisa fazer a tradição 
o Coisas imóveis precisa do registro no registro de imóveis 
 
3) Caracteres 
a. Bilateral 
Naquele momento nasce obrigações para as duas partes 
b. Oneroso 
Gera ônus para as duas partes 
 
c. Consensual 
Se concretiza com o consenso das partes – não precisa a entrega da coisa para 
concretizar o contrato. 
 
d. Comutativo ou aleatório 
Se troco algo por coisa futura e assumo o risco da coisa não vir a existir é 
aleatório.] 
 
e. Translativo de domínio 
Pois o contrato permute é a causa que leva a transferência da propriedade das 
coisas trocadas, é o título necessário para que ocorra a transferência da 
propriedade. 
 
f. Formal, às vezes 
Em caso de imóvel que tenha um valor que supere o valor de 30 salários 
mínimos, é necessário que a troca seja feita em cartório, escritura pública, 
dessa forma é necessária a formalidade. 
 
Segunda metade da aula – anotações Maria Clara 
 
4) Objeto 
 
Tudo aquilo que puder ser alienado pode ser trocado, seja imóvel ou móvel, seja direito. 
Desde que transferíveis. 
 
5) Permuta de coisas de valores desiguais (teorias) 
 
No caso de troca de coisas que tem valores desiguais, existe reposição em dinheiro. Dessa 
forma surge uma discussão na doutrina: troca ou venda? para lidar com essa questão, 
criaram-se 04 teorias: 
 
- Teoria Objetiva (da preponderância): Se a parcela em dinheiro não ultrpassar o valor 
da coisa. A permuta com B, então A entrega uma coisa que vale 40.000 reais, B 
entrega uma coisa pra A que vale 60.000 reais, então B tem direito a reposição, e se 
Direito Civil – Contratos em espécie 
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ela é dinheiror, A paga a B 20,000 reais em dinhiero para que o valor se feche. Neste 
acso o valor de dinheiro é menor que o valor da coisa que ele está recebendo, então é 
troca. Se o valor é maior, é compra e não troca. 
- Teoria Subjetiva: o qu einteressa é o que as partes quiseram, seu dolo. Se eles tinham 
dolo de troca, é troca. Se tinham dolo de venda, é venda. Só que na prática essa teoria 
é de difícil comprovação que irá depender de circunstancias. dessa forma nao 
vingou. 
- Teoria Eclética: tenta juntar a objetiva e a subjetiva: se a parcela em dinheiro for 
consideravelmente expressiva e for a prestação mais importante do negócio, é 
compra e não permuta. Agora se for uma parcela inexpressiva e nao for a mais 
importante, é troca e não venda. 
- Teeoria Mista: é troca ate o valor em que as coisas se equivalerem, e na diferença 
poderá ser uma compra e venda se houver uma reposição em dinheiro. Se nao 
houver reposição nenhuma é doação. Então seguindo essa teoria sempre haverá 
permuta com compra e venda ou permuta com doação 
 
533/cc 
 
 
6) Permuta entre ascendente e descendente (valores desiguais) 
 
Sempre que o valor da troca entre ascendente e descendente for de valores desiguais. Só de 
ascendente pro descendente 
 
7) Aplicam-se, no que couber, as regras da compra e venda 
 
 
3. Contrato estimatório ou venda consignação, 534 a 537 CC 
1) Conceito: é um contrato que só se aplica para bens móveis, não entra imóvel nesta 
modalidade de contrato. Pelo contrato estimatório o proprietário de coisa móvel 
entrega esta coisa móvel a outra parte para que esta outra parte venda está coisa, 
dentro de um certo prazo, e pelo prazo a que eles estipular/estimarem, e se o 
indivíduo que recebeu a coisa para vender, no prazo estipulado, não vendeu, pode 
optar por devolver a coisa ou pagar o preço estimado e ficar com a coisa. 
 
2) Partes: o que entrega a coisa móvel é o CONSIGNANTE, que deve ser DONO da coisa. 
Pois ele está entregando uma coisa pra ser transferida efetivamente para 3. Quem 
recebe a coisa para vende-la será o CONSIGNATARIO. 
 
3) Objeto 
 
4) Caracteres: Contrato real, pois enquanto não entregue coisa, o contrato não existe. 
Só passa a existir a partir da entrega da coisa. Até então se tem é apenas uma 
promessa. 
Direito Civil – Contratos em espécie 
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Anotações de Luciana Proceke Tambosi 
 
19 
 
a. Entrega da coisa 
b. Coisa móvel 
c. Obrigação de pagar ou de restituir 
d. Prazo 
e. Preço 
f. Disponibilidade 
 
5) Impenhorabilidade e impossibilidade de sequestro 
 
A lei assegura a impenhorabilidade da coisa por credores do consignatário, pois apesar do 
consignatário ter a coisa, não é dono, então fica difícil. Também não pode sequestrar uma 
demanda que o consignatário. não pode arrestar, não pode haver qualquer ato de constrição. 
 
Sequestro é quando duas pessoas disputam a mesma coisa arresto é uma garantia um 
 
Contra consignante pode penhorar direitos da coisa 
 
6) Despesas de custódia 
 
Como houve um preço estimado no contrato e esse preço deve ser pago ao consignante, o 
consignatário deve arcar com as despesas de custodia do bem, e vender para um valor que 
tire essas valores e tire seu lucro. 
 
 
7) Riscos 
São do consignatário. 
Vencido o prazo se o consignatário não tive a coisa para devolver porque a pereceu, não 
importa se com culpa ou sem, a responsabilidade dele é objetiva, ele paga o preço estimado. 
 
Dia 17 de Março de 2016 – liberação para manifestação 
 
 
Dia 21 de Março de 2016 
 
4. Contrato de Doação 
Conceito 
90% ou mais é praticado no âmbito familiar 
Em que pese seja normalmente gratuito, pode se apresentar como oneroso 
 
Aquele em que uma parte, denominada doador, transfere bens ou vantagens de seu 
patrimônio para o patrimônio de outra pessoa, chamada donatário, por mera deliberalidade. 
 
Exemplo: doação de vantagens – doar juros de um contrato 
 
Em que pese o artigo 538 dizer que “transfere” devemos entender como “obrigação de 
transferir” ⟶ o contrato em si não gera a transferência. 
Direito Civil – Contratos em espécie 
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Anotações de Luciana Proceke Tambosi 
 
20 
 O que transfere é ato secundário ⟶ Tradição para coisas moveis e Registro para 
coisas imóveis (1226 e 1227, CC) 
 
4.1. Bens futuros 
Doutrina entende que é possível doar coisa futura se ela vier a existir, sendo esta doação uma 
doação condicional (sob cláusula suspensiva) – se a coisa existir a doação é eficaz, se não 
existir não é. Na prática é muito incomum doação futura, por isso a lei nem proíbe e nem 
autoriza. 
 
4.2. Caracteres 
1) Unilateral ou bilateral 
Na maior parte dos contratos de doação é unilateral, pois somente cria obrigação para 
o doador, obrigação de transferir. Não contraprestação por parte do donatário. 
Doação bilateral e consequentemente onerosa será: “onerosa, gravada, ou com 
encargo, ou modal. 
 
2) Gratuito ou oneroso 
 
3) Consensual ou real 
Basta o consenso para a doação. 
Uma situação

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