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TIPOS DE MANUTENÇÃO Métodos e Técnicas de Manutenção Métodos de Manutenção As características dos equipamentos de um processo produtivo moderno podem definir diferentes critérios para a seleção do método de manutenção a ser utilizado. Diversas considerações sobre a escolha do método de manutenção são realizadas dentro dos novos conceitos de manutenção. De acordo com alguns autores, os métodos de manutenção podem ser divididos nos seguintes grupos: corretiva, preventiva, preditiva e produtiva (proativa). Diversos autores e grupos de estudo na área apresentam as suas classificações próprias, dividindo a manutenção nos diversos tipos existentes. Métodos de Manutenção A ABNT, na NBR 5462 (1994, pág.7), classifica os diversos tipos de manutenção da seguinte forma: a) Manutenção Preventiva – é efetuada em intervalos pré- determinados ou de acordo com critérios prescritos, destinada a reduzir a probabilidade de falha ou degradação do funcionamento de um item. b) Manutenção Corretiva - é efetuada após a ocorrência de uma pane, destinada a recolocar um item em condições de executar uma função requerida. c) Manutenção Controlada ou Preditiva - é a manutenção que permite garantir uma qualidade de serviço desejada, com base na aplicação sistemática de técnicas de análise, utilizando-se de meios de supervisão central ou de amostragem, para reduzir ao mínimo a manutenção preventiva e diminuir a manutenção corretiva Métodos de Manutenção (Cont.) d) Manutenção Programada – é a manutenção preventiva efetuada de acordo com um programa preestabelecido. e) Manutenção Não-Programada - é feita de acordo com um programa preestabelecido, mas depois da recepção de uma informação relacionada ao estado de um item. f) Manutenção no Campo – é efetuada no local onde o item é utilizado. g) Manutenção fora do Local de Utilização – é efetuada em um local diferente daquele em que o item é utilizado. Métodos de Manutenção (Cont.) h) Manutenção Remota – é efetuada sem acesso direto do pessoal ao item. i) Manutenção Automática – é efetuada sem intervenção humana. j) Manutenção Deferida – é a manutenção corretiva que não é iniciada imediatamente após a detecção da pane, mas é retardada de acordo com certas regras de manutenção. Métodos de Manutenção Segundo as normas AFNOR NF NF X60-010 e NF X60-011 (1985), os diversos tipos de manutenção podem ser assim classificados: a) Manutenção Corretiva – é a manutenção efetuada após a falha. b) Manutenção Preventiva – é a manutenção efetuada com a intenção de reduzir a probabilidade de falha de um bem ou de um serviço executado. Divide-se em dois tipos: b.1) Manutenção Preventiva Sistemática - é a manutenção efetuada segundo um esquema de cobranças estabelecido, tendo como base o tempo ou o número de uniddaes de uso. b.2) Manutenção Preventiva de Condição – é a manutenção subordinada a um tipo de acontecimento predeterminado (medida, diagnóstico). Métodos de Manutenção Em trabalho divulgado pela Organização das Nações Unidas (1975, pág. 3), são apresentados critérios de divisão da manutenção, enfatizando o plenejamento da ação sobre o equipamento. Segundo o entendimento do grupo de estudos da ONU, a Manutenção Preventiva é necessariamente planejada, uma vez que objetiva antecipar-se aos problemas. A Manutenção Corretiva é dita não-planejada, quando ocorre uma falha inesperada, situação caracterizada como e emergência. A Manutenção Corretiva pode também ser considerada planejada, quando é decidido operar o equipamento, que sabidamente já apresenta defeito, até a ocorrência de uma falha completa. Métodos de Manutenção Métodos de Manutenção Tipos de manutenção adaptados da ONU (1975, pág. 3) Já para alguns autores, há dois tipos de manutenção: a planejada e a não planejada. A manutenção planejada classifica-se em quatro categorias: preventiva, preditiva, Terotecnologia e TPM. A manutenção não planejada classifica-se em duas categorias: a corretiva e a de ocasião. Métodos de Manutenção Manutenção Corretiva Este método consiste em uma situação não planejada para a execução da manutenção. A intervenção somente irá ocorrer quando o equipamento perder a sua função. A manutenção corretiva também é conhecida como “Run To Failure” (RTF), que significa “operar até quebrar”. A manutenção de ocasião consiste em fazer consertos quando a máquina se encontra parada. Métodos de Manutenção A manutenção preventiva consiste na aplicação de um programa regular de inspeção, ajustes, limpeza, lubrificação, troca de peças, calibração e reparo de componentes e equipamentos. Este método é conhecido como manutenção baseada no tempo, sendo aplicada sem considerar as condições do equipamento. A manutenção preditiva é um tipo de ação preventiva baseada no conhecimento das condições de cada um dos componentes das máquinas e equipamentos. Esses dados são obtidos por meio de um acompanhamento do desgaste de peças vitais de conjuntos de máquinas e de equipamentos. Testes periódicos são efetuados para determinar a época adequada para substituições ou reparos de peças. Exemplos: análise de vibrações, monitoramento de mancais . Métodos de Manutenção Manutenção Produtiva (Proativa) A atuação da manutenção para melhorar o desempenho das máquinas tornou-se muito importante com o aumento da competitividade entre as empresas. A Manutenção Produtiva aplica inúmeras técnicas e ferramentas de análise para alcançar níveis de desempenho superior das máquinas e equipamentos. Neste método a manutenção deve atuar em todos os estágios da vida de um equipamento, podendo ser aplicado em conjunto com os métodos anteriores, procurando o aumento da confiabilidade. Os conceitos da Manutenção Produtiva estão em sintonia com os conceitos atuais da manutenção. Métodos de Manutenção A Terotecnologia é uma técnica inglesa que determina a participação de um especialista em manutenção desde a concepção do equipamento até sua instalação e primeiras horas de produção. Com a terotecnologia, obtêm-se equipamentos que facilitam a intervenção dos mantenedores. A TPM (manutenção produtiva total) foi desenvolvida no Japão. É um modelo calcado no conceito “de minha máquina, cuido eu” Métodos de Manutenção Todos os autores destacam, principalmente, os 3 tipos de manutenção: Corretiva, Preventiva, e Preditiva. Métodos de Manutenção Métodos de Manutenção Metodologia para a escolha da técnica de manutenção mais adequada ESTUDO DE FALHAS Manutenção Confiabilidade e Disponibilidade Estudo de Falhas As consequências de uma falha têm se tornado mais sérias. Podem ser dispendiosas, como no caso de ocorrência de uma pane em uma central elétrica ou no sistema de controle da operação de um forno siderúrgico. Podem ainda ser trágicas, quando um equipamento hospitalar de suporte à vida para de funcionar em uma unidade de terapia intensiva ou quando um sistema de controle de tráfego ferroviário falha, provocando um acidente. Também existem possibilidades potencialmente catastróficas, a exemplo da falha de um reator nuclear. Na indústria, as falhas são responsáveis pela interrupção ou redução de capacidade dos processos produtivos. A grande concorrência hoje existente entre as empresas, consequência da globalização dos mercados, torna indispensável que a produção se dê com elevados padrões de eficiência e qualidade. Estudo de Falhas Por que as coisas falham? As falhas na produção podem ocorrer por razões muito diferentes. As máquinas podem quebrar, os clientes podem fazer pedidos inesperados que a produção não consegue atender, o pessoal pode cometer erros simples em seus trabalhos, que impendem o trabalho normal ou os materiais dos fornecedores podem estar defeituosos. Estudo de Falhas classificação das falhas: - Aquelas que têm sua fonte dentro da produção, porque seu projeto global foi mal feito ou porque suas instalações (máquinas, equipamentos)ou o pessoal não fazem as coisas como deveriam - Aquelas que são causadas por falhas no material ou informações fornecidas à operação - Aquelas que são causadas por ações dos clientes Estudo de Falhas Falhas de Projeto O projeto global de uma produção pode ser a causa primeira de uma falha. Em sua etapa de projeto, uma produção pode ser perfeita no papel; somente quando deve lidar com circunstâncias reais as inadequações tornam-se evidentes. Algumas falhas de projeto ocorrem porque uma característica de demanda não foi bem observada ou foi mal calculada. Falhas de Instalações Todas as instalações (máquinas, equipamentos, edifícios e acessórios) de uma produção têm probabilidade de quebrar. A “avaria” pode ser somente parcial, por exemplo, uma máquina que só consegue trabalhar com a metade de sua velocidade normal. Falhas do Pessoal Falhas de pessoas são de dois tipos: erros e violações. “Erros” são enganos de julgamento; a posteriori, percebe-se que alguém deveria ter feito algo diferente e o resultado é algum desvio significativo da produção normal. Falhas de Fornecedores Qualquer falha no prazo de entrega ou na qualidade de bens ou serviços fornecidos para uma produção pode causar falha dentro da produção. Falhas de Clientes Nem todas as falhas são causadas (diretamente) pela produção ou por seus fornecedores. Os clientes podem usar mal os produtos e serviços que a produção produziu. O cliente não tem “sempre razão”. A falta de atenção dos clientes, a incompetência ou a falta de bom senso podem ser a causa da falha. Medição de Falhas Há três formas principais de medir falhas: • Taxas de falhas – com que frequência uma falha ocorre; • Confiabilidade – a probabilidade de uma falha ocorrer; • Disponibilidade – o período de tempo útil disponível para a operação. “Taxa de falhas” e “Confiabilidade” são diferentes formas de medir a mesma coisa – a tendência de uma produção, ou parte dela, de falhar. Disponibilidade é uma medida das consequências da falha na produção. Confiabilidade No conceito popular, a confiabilidade de um produto está associada com o funcionamento bem sucedido ao longo da vida útil, sem ocorrência de quebras ou falhas. Segundo a NBR 5462 (1994, pág.3), confiabilidade é: “Capacidade de um item desempenhar uma função requerida sob condições especificadas, durante um intervalo de tempo.” A confiabilidade mede a habilidade de desempenho de um sistema, produto ou serviço como esperado durante o tempo. A importância de qualquer falha específica é determinada parcialmente pelo efeito que tem no desempenho de toda a produção ou sistema. Isto, por sua vez, depende da forma pela qual são relacionadas as partes do sistema que são sujeitas a falhas. Se os componentes de um sistema forem todos interdependentes, uma falha em um componente individual pode causar a falha de todo o sistema. Confiabilidade Exemplo: Uma máquina automática de produção de pizza em uma fábrica de alimentos tem cinco componentes principais, com confiabilidades individuais (probabiliddae de o componente não falhar), como segue: Misturador de massa Confiabilidade=0,95 Rolo e cortador de massa Confiabilidade=0,99 Aplicador de massa de tomate Confiabilidade=0,97 Aplicador de queijo Confiabilidade=0,90 Forno Confiabilidade= 0,98 Confiabilidade Se uma dessas partes do sistema de produção falhar, todo o sistema parará de funcionar. Logo, a confiabilidade de todo o sistema será: RS = 0,95 x 0,99 x 0,97 x 0,90 x 0,98 = 0,805 Confiabilidade Disponibilidade Segundo a NBR 5462 (1994, pág. 2), disponibilidade é: “Capacidade de um item de estar em condições de executar uma dada função em um dado instante ou durante um intervalo de tempo determinado, levando- se em conta os aspectos combinados de sua confiabilidade, manutebilidade e suporte de manutenção, supondo que os recursos externos requeridos estejam adequados.” Manutebilidade: Técnica dedicada a facilitar o diagnóstico e reparo, diminuindo os tempos de parada. Disponibilidade é o grau em que a produção está pronta para funcionar. Uma produção não está disponível se ela acabou de falhar ou está sendo consertada após uma falha. Há diversas formas diferentes de medir a disponibilidade, dependendo de quantas razões para a não-operação estiverem incluídas. Disponibilidade Quando a disponibilidade está sendo usada para indicar o tempo de operação, excluindo a consequência da falha, poderá ser calculada: Disponibilidade (D) = TMEF / TMEF + TMDR Onde: TMEF = tempo médio entre falhas da produção TMDR = tempo médio de reparo, que é o tempo médio necessário para consertar a produção, do momento em que falha até o momento em que está operando novamente. Disponibilidade Exemplo: Uma empresa que concebe e produz cartazes para exposições e eventos de promoção de vendas compete fortemente com base em sua rapidez de entrega. Uma peça específica do equipamento que a empresa usa está causando alguns roblemas. É sua impressora colorida a laser de plataforma grande. Atualmente, o tempo médio entre falhas da impressora é 70 horas e o tempo médio para consertá-la é seis horas. Disponibilidade = 70 / 70 + 6 = 0,92 Disponibilidade Referência ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 1994. Rio de Janeiro. NBR 5462, Confiabilidade e mantenabilidade - terminologia. Rio de Janeiro, 37p. Estudo de Falhas Slide 1: TIPOS DE MANUTENÇÃO Slide 2: Métodos de Manutenção Slide 3: Métodos de Manutenção Slide 4: Métodos de Manutenção Slide 5: Métodos de Manutenção Slide 6: Métodos de Manutenção Slide 7: Métodos de Manutenção Slide 8: Métodos de Manutenção Slide 9: Métodos de Manutenção Slide 10: Métodos de Manutenção Slide 11: Métodos de Manutenção Slide 12: Métodos de Manutenção Slide 13: Métodos de Manutenção Slide 14: Métodos de Manutenção Slide 15: Métodos de Manutenção Slide 16: Métodos de Manutenção Slide 17: ESTUDO DE FALHAS Slide 18: Estudo de Falhas Slide 19: Estudo de Falhas Slide 20: Estudo de Falhas Slide 21: Estudo de Falhas Slide 22: Falhas de Projeto Slide 23: Falhas de Instalações Slide 24: Falhas do Pessoal Slide 25: Falhas de Fornecedores Slide 26: Falhas de Clientes Slide 27: Medição de Falhas Slide 28: Confiabilidade Slide 29: Confiabilidade Slide 30: Confiabilidade Slide 31: Confiabilidade Slide 32: Disponibilidade Slide 33: Disponibilidade Slide 34: Disponibilidade Slide 35: Disponibilidade Slide 36: Estudo de Falhas
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