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aula 1OPERACIONALIZAÇÃO DO TRÂNSITO NO ÂMBITO MUNICIPAL E ESTADUAL

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OPERACIONALIZAÇÃO DO 
TRÂNSITO NO ÂMBITO 
MUNICIPAL E ESTADUAL 
AULA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Luiza Simonelli 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
 Contexto social da mobilidade urbana no Brasil e a frota motorizada; 
conhecimento das legislações brasileiras sobre trânsito e as dificuldades 
dos poderes públicos. 
 Objetivos da aula para se aferir conhecimento: 
a. Reconhecer os principais instrumentos legais e históricos sobre trânsito 
no Brasil entre 1910 até os dias atuais. 
b. Identificar os dispositivos constitucionais que tratam do tema trânsitos 
e assuntos correlatos. 
c. Reconhecer o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) (Brasil, 1997), sua 
estruturação e objetivos voltados para a engenharia, a fiscalização e a 
educação para o trânsito, especialmente o SNT. 
d. Identificar o Sistema Nacional de Mobilidade Urbana por meio da Lei 
12.587/2012 (Brasil, 2012), sua estruturação e objetivos. 
TEMA 1 – INTRODUÇÃO 
Esta disciplina tem por propósito servir de apoio para aqueles que se 
debruçam sobre os estudos da vida urbana, especialmente, sobre os 
deslocamentos e a circulação de pessoas e cargas em vias e rodovias, bem 
como as normas que regram tais deslocamentos. O CTB de 1997 ficou 
conhecido como o Código Cidadão, pois, dentre os seus dispositivos, fora 
consagrado o direito de um trânsito seguro e consciente, especialmente pelo fato 
de se reconhecer as atribuições dos estados e dos municípios na criação dos 
seus próprios órgãos executivos de trânsito e suas respectivas 
responsabilidades. Denota-se que as responsabilidades de cada ente resultaram 
no Sistema Nacional de Trânsito (SNT), disposto no art. 5º do referido diploma. 
Além da preocupação pela quantidade espantosa de veículos fabricados e 
comercializados todos os dias, nos vem à mente também a preocupação de 
quem está a conduzir essas máquinas. Qual é a formação dessas pessoas? Qual 
o preparo para compreender que a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é 
uma licença concedida para conduzir veículos e que, se as regras de circulação 
não forem respeitadas, tal licença será suspensa ou cassada? Esses novos 
tempos também nos trazem a era da tecnologia, que, na atualidade, é ferramenta 
essencial para redesenhar a operacionalização de trânsito, do tráfego e da 
 
 
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mobilidade nos municípios e nos estados, em vias urbanas ou em rodovias. Esta 
disciplina abordará a linha do tempo das legislações para operacionalizar os 
deslocamentos de coisas e pessoas, perpassando pelas mudanças da 
sociedade e seus cenários, pelo desenvolvimento “embarcado” por modos de 
transportes, pela tecnologia e pela educação como processo contínuo, o que já 
nos garante necessários debates e reflexões. 
TEMA 2 – BREVE HISTÓRICO SOBRE AS LEGISLAÇÕES DE TRÂNSITO NO 
BRASIL ENTRE 1910 E 1966 
Os primeiros registros de normas que disciplinaram o trânsito e os 
transportes no Brasil são aqueles editados no Decreto n. 8.324, de 27 de outubro 
de 1910. Por ocasião dos 100 anos de legislação de trânsito, o Ministério das 
Cidades compilou leis e resoluções editadas entre 1910 e 2010, dentre aquelas, 
o citado Decreto. 
 O Ministro das Cidades, em 2010, ao apresentar a referida obra 
comemorativa, salientou que o Decreto n. 8.324/1910 foi a norma que 
regulamentou o serviço subvencionado de transportes de passageiros ou 
mercadorias por meio de veículos industriais, os quais perpassavam diversos 
estados (Brasil, 2010). 
O referido decreto, que foi assinado pelo então presidente da República, 
Nilo Peçanha, em outubro de 1910, tratou de diversos assuntos no mesmo 
instrumento legal, como construção e concessão de estradas de rodagem; 
inspeção veicular; medidas de segurança; tarifas de transporte e horários; 
fiscalização e penalidades. 
Segundo Giucci (2004, p. 11), a invenção do automóvel, no final do 
século XIX, percorreu o mundo, dominou cidades e transformou a vida cotidiana. 
Os motores elétricos e de combustão, em grande parte, substituíram a energia 
humana e animal, frutos da chamada Segunda Revolução Industrial. 
Passados 12 anos da edição do primeiro decreto que tratou de trânsito e 
transporte, o governo editou outro diploma, o então Decreto n. 4.460/1922, que 
tratou da construção de estradas e da carga máxima permitida para veículos. 
Nas palavras de Rizzardo (2010, p. 28), para o governo da época, governar era 
construir estradas e incrementar o sistema viário. Foram temas recorrentes, ao 
longo dos próximos anos, ao ponto de o governo editar o Decreto n. 5.141/2001, 
em 1927, reforçando a importância dos traçados dos sistemas viários. 
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Nesse ponto, a indústria automobilística já ocupava grande parte dos 
anseios de geração de emprego renda aos países desenvolvidos. O Brasil 
também iniciava a saga pela busca do automóvel, pois até então era a grande 
invenção, o melhor de todos os aparatos tecnológicos advindos da Revolução 
Industrial. 
Giucci (2004, p. 17) ensina que Benz e Daimler, da Alemanha, e Panhard 
e Peugeot, da França, foram os precursores na fabricação e comercialização de 
automóveis, perpassando por três períodos: o formativo, de 1885, até a Primeira 
Grande Guerra Mundial; o do crescimento de 1919 até 1935; e, por derradeiro, 
o período da maturidade, dos anos 1930 até os anos 1950. 
Portanto, a edição de normas e regras se voltava às condições 
necessárias para atrair, além dos possíveis compradores de veículos, também 
as necessárias estruturas, como estradas e pontes. 
As vias, antes das carroças e pessoas, agora eram passarela de motores, 
produtos da Revolução. 
Em 1941, os dispositivos do Decreto n. 2.994/1941 inovaram no 
ordenamento pátrio, visto que foi o primeiro diploma a tratar de assuntos relativos 
à trânsito, como sinalização e fiscalização nas estradas. 
Dessa forma, Getúlio Vargas, presidente do Brasil, assinou o primeiro 
diploma que adveio com o termo “código”, assim como a criação do Conselho 
Nacional de Trânsito. 
 Com o referido Código de 1941, autorizou-se a criação dos Conselhos 
Regionais de Trânsito, que seriam os primeiros ensaios para a instituição dos 
Departamentos de Trânsito, os Detrans, então responsáveis pelos serviços 
administrativos de trânsito. 
Notadamente, em 1966, foi consagrado o Código Nacional de Trânsito – 
CNT, por meio da Lei n. 5.108/1966, que foi editado durante o regime militar com 
a importante missão: regrar a crescente frota de veículos em cidades e rodovias, 
pois a concepção do CNT ocorria exatamente em plena evolução da indústria 
automobilística. 
O CNT esteve vigente no nosso ordenamento jurídico por mais de três 
décadas, visto que, em 1997, ocorreu o advento do Código de Trânsito Brasileiro. 
Vasconcelos (Brasil, 2015) demonstrou os marcos legais que 
sacramentaram as políticas voltadas para infraestrutura e que garantiriam, por 
décadas, o veículo como prioridade. Diz o autor que a Constituição do Brasil de 
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1934 definiu, como ação prioritária, a construção de rodovias; em 1956, o 
surgimento da indústria automobilística; e, entre 2003 a 2009, incentivos 
financeiros à produção de automóveis, assim como subsídios e isenção de 
impostos. 
TEMA 3 – CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL DE 1988 E TEMA TRÂNSITO 
Em 1988, com a promulgação da Constituição da República, inaugurou-
se um novo momento na história recente do Brasil, pois consagrou-se o Estado 
Democrático e a excelência dos direitos a garantias fundamentais, 
especialmente o direito da pessoa humana. 
O Título III da Constituição Federal de 1988 tratou da Organização do 
Estado, e o seu Capítulo II, das atribuições da União. 
O constituinte entendeu ser de competência privativa da União legislar 
sobre trânsito e transporte, nos termos do art. 22, inciso XI, e do art. 23, inciso 
XII, que dispôs que é competência comum da União,dos estados, do Distrito 
Federal e dos municípios estabelecer e implantar política de educação para a 
segurança do trânsito. 
Ainda observando o Texto Constitucional, especialmente em seu art. 30, 
denota-se a autonomia que foi estabelecida aos municípios em legislar sobre 
assuntos de interesse local. 
Cabe, nesse ponto, uma reflexão. Se a Constituição da República 
assegurou que somente a União poderia legislar sobre trânsito e transporte, ao 
mesmo tempo autorizou que os municípios instituíssem normas locais, mas sem 
possiblidades de tratar de trânsito. 
O cenário da segurança viária e os números de ocorrências em trânsito 
passaram a pautar o legislador federal que, por meio da aprovação da Emenda 
Constitucional n. 82/2014, inseriu na Constituição Federal o parágrafo 10 ao art. 
144. 
O legislador elevou a segurança viária aos patamares de segurança 
pública, visto que a Emenda Constitucional n. 82 passou a compor o Capítulo III 
da Carta Magna, que tratou dessa importante matéria. 
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TEMA 4 – CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO DE 1997, O CÓDIGO 
CIDADÃO: LEI N. 5.903/1997 
Com o advento do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), em 1997, novas 
disposições foram trazidas para o ordenamento jurídico, sob a égide da 
Constituição Cidadã, sob o amparo do Estado Democrático de Direito e, assim, 
o novo Código Cidadão foi reconhecido. 
O legislador entendeu por bem aprovar o CTB com 20 capítulos e, ao 
longo desses mais de 20 anos de vigência, várias outras leis trouxeram para o 
âmbito do diploma assuntos que foram sendo apontados pela sociedade e da 
previsão legal amparados. Mais adiante, esse livro fará as anotações que 
alteraram o Código. 
Notadamente, a Lei n. 5.903/1997 estruturou o CTB em capítulos. A 
seguir, teceremos comentários sobre os mais importantes. 
4.1 Capítulo I – Das disposições preliminares 
Primeiramente, o legislador tratou o trânsito sob o ponto de vista da 
infraestrutura e das obrigações de quem por ele trafega, pois, além de dizer 
quem deve utilizar as vias, ressaltou as normas: circulação, parada e 
estacionamento. 
4.2 Capítulo II – Do Sistema Nacional de Trânsito (SNT) 
Bastante relevante esses dispositivos, pois criaram a figura do Sistema 
Nacional de Trânsito (SNT) e a integração de todos os entes de Federação, 
órgãos e entidades no mesmo patamar de tratamento. Relevante da mesma 
maneira o reconhecimento das competências e obrigações da União, dos 
estados, do Distrito Federal e dos municípios, órgãos executivos de trânsito 
(DNIT, Detran e DER), Polícia Militar, Polícias Rodoviárias Federal e Estadual 
(art. 5º do CTB). 
4.3 Capítulo III – Normas Gerais de Circulação e Conduta 
Os dispositivos deste capítulo conduzem ao entendimento de como deve 
ser o comportamento humano em trânsito, por meio das normas de circulação e 
conduta. 
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4.4 Capítulo IV – Dos pedestres e condutores de veículos não motorizados 
Uma inovação muito esperada trazida pelo CTB de 1997, pois finalmente 
a legislação obriga que haja cuidados especiais com os pedestres e ciclistas, 
que passaram a ser vistos pela sociedade como modais de transportes. 
4.5 Capítulo V – Do Cidadão 
Como já dito anteriormente, o advento do CTB trouxe consigo a figura 
cidadão como central no atendimento de demandas, e este capítulo faz prova 
das afirmações elencadas. 
4.6 Capítulo VI – Da Educação para o Trânsito 
Ao nosso ver, uma das maiores conquistas do cidadão está consagrada 
neste capítulo, pois, por meio da educação, os demais dispositivos serão 
compreendidos e haverá mudança de comportamento pelo conhecimento 
adquirido. 
4.7 Capítulo VIII – Da Engenharia de Tráfego, da Operação, da Fiscalização 
e do Policiamento Ostensivo de Trânsito 
A engenharia de tráfego é uma das áreas mais demandadas na 
atualidade, pois, para além da “fluidez exitosa” de veículos, a sociedade aguarda 
soluções para outros modais de transporte. 
4.8 Capítulo IX – Dos veículos 
Este capítulo tratou de classificar os veículos, a sua identificação e 
segurança. Art. 96. Os veículos classificam-se em I – quanto à tração, II – quanto 
à espécie, e III – quanto à categoria. 
4.9 Capítulos XI, XII e XIII 
Estes capítulos trataram das obrigações que condutores e proprietários 
necessitam cumprir em relação à regularidade dos veículos como o registro, o 
licenciamento e especificidades de veículos de condução de passageiros. 
 
 
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4.10 Capítulo XIV – Da Habilitação 
Cumpre lembrar que, ao habilitar-se para obter a Carteira Nacional de 
Habilitação (CNH), o cidadão obterá uma licença que terá validade por alguns 
anos. Todavia, se infringir normas de trânsito, poderá, a qualquer tempo, ter a 
referida licença suspensa ou cassada, nos termos da Lei n. 5.903/1997. 
4.11 Capítulo XV – Das Infrações 
O capítulo das infrações adentra mais de noventa artigos, nos quais se 
prevê as infrações que podem vir a serem cometidas, as respectivas penalidades 
e medidas administrativas, quando for o caso. 
4.12 Capítulo XVI – Das Penalidades 
Em que pese o capítulo anterior tratar de penalidades, entendeu o 
legislador trazer à luz desses dispositivos outras ainda não elencadas. 
4.13 Capítulo XVII – Das Medidas Administrativas 
Da mesma forma, o legislador elencou as medidas administrativas 
necessárias ao fiel cumprimento da lei. 
4.14 Do Capítulo XIII – Do Processo Administrativo 
Este capítulo cuida de toda a tramitação do procedimento administrativo 
que perpassa desde a autuação até seu agente autuador, a defesa da autuação 
e os demais recursos. 
4.15 Capítulo XIX – Dos Crimes de Trânsito 
Este capítulo sempre é motivo de debates, pois na atualidade veículos se 
tornaram, para alguns, máquinas de uso indevido. 
Os Poderes Públicos constituídos vêm avançando nos entendimentos 
sobre ações tipicamente criminosas e que devem receber do Ministério Público, 
de magistrados e da sociedade reprovações pelas condutas e penalidades 
estabelecidas em lei. 
 
 
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Por todo o exposto, entende-se que trânsito é o conjunto complexo 
formado por pessoas, modais, espaços públicos e privados, regras de 
convivência e de circulação firmadas entre poder público e sociedade. 
TEMA 5 – LEI DE MOBILIDADE URBANA: LEI N. 12.587/2012 
Em 2012, entrou em vigor a Lei n. 12.587, instituindo a Política Nacional 
de Mobilidade Urbana e o Sistema Nacional de Mobilidade Urbana, com o 
propósito de legitimar ações locais e regionais, especialmente para contribuir 
com o acesso universal das pessoas aos lugares em que se pretendia chegar, 
e, notadamente, buscar as diretrizes do desenvolvimento urbano e da gestão 
democrática. Vejamos a definição de mobilidade urbana trazida na Lei. 
“Art. 3º. O Sistema Nacional de Mobilidade Urbana é o conjunto organizado e 
coordenado dos modos de transporte, de serviços e de infraestruturas que 
garante os deslocamentos de pessoas e cargas no território do Município”. 
Destaque-se: os modos de transporte urbano; os serviços de transporte urbano 
e a infraestruturas de mobilidade urbana. 
Para Bernardi (2007, p. 72), mobilidade é um processo integrado de fluxos 
de pessoas e bens que envolvem todas as formas de deslocamentos dentro do 
ambiente urbano, ou seja, o transporte público e individual, o transporte privado, 
motorizado ou não, e até o andar a pé; além dos modos rodoviários, ferroviários 
e hidroviários, dentre outros. 
Mobilidade é o exercício do direito de deslocamento de forma segura, 
consciente e sustentável, de um ponto a outro, pelo modo que melhor aprouver 
a cada pessoa. 
NA PRÁTICA 
O processo administrativo estabelecido pelo CTB: defesa da autuação, 
imposição de penalidade e recursos. 
FINALIZANDO 
Principais instrumentos legais e históricos sobre trânsito no Brasil entre 
1910 e os dias atuais: 
a. Decreto n. 8.324/1910, dispositivo que determinou a regulamentação do 
serviço subvencionado de transportes depassageiros ou mercadorias. 
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b. Decreto n. 4.460/1922, que tratou da construção de estradas e da carga 
máxima permitida para veículos. 
c. Decreto n. 5.141/1927, reforçando a importância dos traçados dos 
sistemas viários. 
d. Decreto n. 2.994/1941, em que inovaram no ordenamento pátrio, visto 
que foi o primeiro diploma a tratar de assuntos relativos a trânsito, como 
sinalização e fiscalização nas estradas. 
e. Constituição Federal do Brasil de 1988. 
f. Lei n. 5.108/1966, criou o Código Nacional de Trânsito – CNT. 
g. Código de Trânsito Brasileiro – CTB, de 1997. 
h. Lei de Mobilidade Urbana – Lei n. 12.587/2012. 
 
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REFERÊNCIAS 
BERNARDI, J. L. A organização municipal e a política urbana. Curitiba: IBPEX, 
2007. 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 out. 1988. 
_____. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 set. 1997. 
_____. Lei n. 12.587, de 3 de janeiro de 2012. Diário Oficial da União, Brasília, 
DF, 4 jan. 2012. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2012/lei/l12587.htm>. Acesso em: 21 set. 2019. 
BRASIL. Departamento Nacional de Trânsito. 100 anos de Legislação de 
Trânsito no Brasil: 1910-2010. Brasília, 2010. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia Vida no Trânsito. Brasília: Ministério da 
Saúde, 2015. 332 p. 
GIUCCI, G. A vida cultural do automóvel: percurso da modernidade cinética. 
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004. 
RIZZARDO, A. Comentários ao código de trânsito brasileiro. 8. ed. São Paulo: 
Revista dos Tribunais, 2010.

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