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Kaliane Oliveira Princípios envolvidos na conservação dos alimentos Prevenção ou retardamento da ação microbiana (impedindo o acesso, crescimento e atividade microbiana); Prevenção ou retardamento da auto decomposição (através da destruição ou inativação das enzimas que deteriora o alimento); Prevenção de injúrias ou machucados. Tem como objetivos: Eliminar ou diminuir os riscos à saúde do consumidor; Prevenir ou retardar o surgimento de alterações indesejáveis nos alimentos. Como controlar o desenvolvimento dos MO Remoção através de métodos mecânicos; Manutenção de condições atmosféricas desfavoráveis; Temperaturas elevadas; Temperaturas baixas; Desidratação; Uso de conservadores químicos; Irradiação de alimentos; Destruição mecânica dos microrganismos. Fatores que afetam a resistência térmica dos MO Água (a resistência térmica das células microbianas aumenta com a diminuição da umidade); pH (o aumento na acidez ou alcalinidade torna mais rápida a destruição pelo calor, mas a alteração em direção à acidez é mais eficiente do que em direção à alcalinidade; Fase de crescimento (as células na fase estacionária tendem a ser mais termorresistentes, com o inverso ocorrendo durante a fase logarítmica e conforme vai avançando na fase ela vai diminuindo ainda mais); Carboidratos (protege alguns microrganismos e esporos, devido a uma diminuição da Aa, causada pelas altas concentrações de açúcar); Temperatura de crescimento (tende a aumentar conforme a temperatura ótima de incubação aumenta e, para muitos, é mais elevada conforme se aproxima da temperatura máxima de crescimento); Compostos inibitórios (a presença de inibidores microbianos durante o aquecimento, como antibióticos termorresistentes e SO2, diminui a resistência térmica de MO); Proteínas (efeito protetor sobre os microrganismos); Gordura (proteção lipídica – a sua presença aumenta a resistência térmica dos microrganismos); Números de MO (quanto maior o número de microrganismos, maior a quantidade de calor necessária para destruí-los); Tempo x temperatura (o tempo necessário para a destruição de células e esporos sob determinadas condições diminui conforme a temperatura aumenta); Sais (alguns sais têm efeito protetor para microrganismos, enquanto outros tornam as células mais sensíveis ao calor). Kaliane Oliveira Resistência/estrutura dos esporos bacterianos Os esporos são os mecanismos de defesa das bactérias; Os esporos de termófilos são as formas bacterianas que apresentam maior resistência. EX: exósporo; SC: capas do esporo; CX: córtex; C: região central/protoplasto. Conceitos básicos para o processamento térmico de alimentos envasados Tempo de destruição térmica (TDT): tempo necessário para destruir um certo número de microrganismos a uma determinada temperatura constante por, geralmente, 10 minutos. Valor “D” (razão letal): tempo em minutos para que uma determinada temperatura reduza em até 90% o número de células ou esporos presentes em uma suspensão, ela reflete a resistência a uma temperatura específica, ou seja, tempo necessário para que a curva de sobreviventes atravesse um ciclo logarítmico; Valor “Z”: corresponde ao intervalo da temperatura necessária para que a curva da destruição térmica atravesse um ciclo logarítmico, reflete a resistência relativa a diferentes temperaturas, ou seja, corresponde ao intervalo da temperatura capaz de provocar uma variação de 10 vezes no valor “D”. Conhecendo o valor de “Z” pode-se calcular o processamento térmico em diversas temperaturas: Ex.: se a 60°C por 3,5 minutos (processamento térmico adequado) e “Z” = 8, então, 68°C por 0,35 minutos (10x menos) é equivalente a 52°C por 35 min. Valor “F”: corresponde ao tempo, em minutos, a uma determinada temperatura necessário para a destruição de esporos ou células vegetativas de um microrganismo específico; [F0 = D1 (log a – log b)] Onde: • F0: medida da capacidade de um processamento térmico de reduzir o número de esporos ou células vegetativas de um microrganismo por embalagens; • A: número de células da população inicial; • B: número de células da população final; • D1: tempo necessário e uma temperatura constante para destruir 90% dos esporos ou células vegetativas. Características importantes dos microrganismos termófilos Controle dos microrganismos por remoção Lavagem: Preparo de carnes, frutas e vegetais (armazenamento ou consumo). Retira microrganismos vindos da poeira e resíduos de pesticidas, por exemplo. Pode facilitar a ação microbiana por provocar injúrias nos no alimento. Sedimentação ou centrifugação: A sedimentação é utilizada no tratamento da água (não a torna potável). A centrifugação é utilizada na indústria do leite (remove a maioria dos esporos). Kaliane Oliveira Pouco eficiente porque não remove completamente os microrganismos. Filtração: Único método que remove totalmente os microrganismos. É utilizado apenas para líquidos (sucos de frutos, cervejas, refrigerantes, vinho, água, etc). Os filtros podem ser de carvão ativado, terra diatomácea, poliéster, etc. Controle dos microrganismos por manutenção em condições desfavoráveis Embalagens à vácuo: seleciona microrganismos que não resistem em ambientes sem oxigênio; Substituição do ar no espaço livre por CO2 ou N2. É um método utilizado, principalmente, para o controle de microrganismos aeróbios, como exemplares do gênero Bacillus sp. E Staphyococcus sp. (embora sejam anaeróbios facultativos, desenvolvem-se melhor em condições de aerobiose). Controle dos microrganismos por temperaturas elevadas Desnaturação de proteínas; Inativação de enzimas. Depende: do tipo de MO, do ambiente, da forma do MO e do tratamento térmico necessário. Pasteurização: Tem a tradicional feita em banho maria e tem o pasteurizador em placas, constituído pela tubulação, a água, o alimento que tem contato com a água e em, seguida sofre uma alta resfriação. Uma boa pasteurização é aquela que tem pouco tempo de aquecimento e um resfriamento rápido. Aplicada em alimentos: Ácidos ou muito ácidos (pH <4,5); Conservados sob refrigeração ou congelamento; Alimentos desidratados; Alimentos concentrados. Finalidade: destruição ou redução dos microrganismos deteriorantes (vinagre e sucos) e causadores de doenças (leite). Formação de esporos: Ex.: pasteurização do leite, pasteurização de baixa temperatura e a longo tempo 63/65°C por 30 minutos. Microrganismos termodúricos importante: Lactobacillus e Streptococcus. Esterilização: Ocorre destruição de todas as células viáveis ou números tão reduzidos que nas condições de envase ou armazenamento torna-se insignificante. Termo “esterilização comercial” – nenhum microrganismo viável pode ser detectado pelos métodos usuais da semeadura. Não destrói todos os microrganismos e células de microrganismos do alimento. Esterilização do leite (tipo longa vida): Processo UHT (ultra alta temperatura – 140 a 150°C por poucos segundo, utilizando condições assépticas de envase; Pode ser armazenado por mais de 2 meses em temperatura ambiente. Envasamento asséptico O alimento esterilizado e depois colocado, em condições assépticas, em embalagem fechada e manipulada em condições asséptica. Sem contato com o ar; É utilizado materiais flexíveis para as embalagens, ex.: cartões de multicamadas flexíveis; É mais utilizado para alimentos líquidos, mas não apresenta limitações. Vantagens: Kaliane Oliveira O emprego de cartões com multicamadas flexíveis para a embalagem, em vez de vidro ou metal; Os alimentos não adquirem sabor metálico; O tempo de processamento sofre redução; É permitido o uso de membrana filtrante para esterilização de certos líquidos; Pode ser utilizado diversos gases para o preenchimento do espaço livre. Desvantagens: Mais permeável ao oxigênio; Menor rendimento. A deterioração ocorre pincipalmente devido ao maior contato com o O2. Controle dos microrganismos por temperaturas baixas Principais Mo envolvidos na deterioração dos alimentos a baixa temperaturas são bolores e leveduras; Quanto menor a temperatura menor será a velocidade das reações bioquímicas ou a atividade microbiana; A faixa de temperatura mais baixa onde se observou o crescimento microbiano em alimentos foi de -34°C (levedura). Refrigeração (temperatura < 7°C): Alguns patógenos podem se desenvolver ou produzir toxinas, porém a maioria não cresce em temperaturas abaixo de 4,4°C. Ex.: Clostridium botulinum; Nesse caso, os microrganismos de interesse são os psicrotróficos e mesmo para eles, quanto mais baixa a temperatura, menor a velocidade de crescimento. Utilização de outros métodos de conservação em conjunto: Uso de embalagens à vácuo ou emprego de atmosfera modificada (a maioria dos psicrotróficos são aeróbicas); Processos de salga, cura ou deformação; Agentes químicos; Tratamento térmico brando. O alimento deve ser refrigerado em pequenas porções. Congelamento: É utilizado temperaturas baixas capazes de reduzir ou parar a deterioração microbiana, enzimas ou agentes químicos (O2); Os alimentos são congelados com a finalidade de prolongar sua vida de prateleira, em relação àquela conseguida apenas com a resfriação. Características do processo de congelamento dos alimentos: É um dos melhores métodos para manter a cor, aroma e aparência de muitos alimentos; As soluções aquosas presentes nos alimentos apresentam temperatura de congelamento entre 0 e -10°C; A -10°C a Aa é insuficiente para o crescimento da maioria das bactérias. Vantagens: Não adiciona nem remove compostos; Não altera o sabor ou aroma; Não altera a digestibilidade; Não causa perda significativa na composição nutricional. Kaliane Oliveira Desvantagens: Os MO não são destruídos completamente; Esporos e toxinas resistem às baixas temperaturas; Necessita de um processamento adequado; Gasto de energia. Tipos de congelamento: Congelamento rápido: A temperatura é diminuída para 20°C em 30 minutos, ocorre por imersão direta ou contato indireto com corrente de ar frio, dependendo do alimento; Formação de pequenos cristais de gelo; Os microrganismos são congelados no interior dos cristais; Bloqueio ou supressão do metabolismo dos tecidos; Não ocorre adaptação dos microrganismos às baixas temperaturas. Congelamento lento: A temperatura é atingida por volta de 3 a 72 horas; Formação de um cristal de gelo muito grande que deforma a estrutura física dos tecidos, formando exsudados e perda de componentes nutricionais; Quebra da harmonia metabólica dos tecidos; Ocorre a adaptação dos microrganismos; Concentração de solutos o que propicia um efeito protetor aos microrganismos e maior desidratação do alimento. Preparo do alimento para o congelamento: Seleção; Lavagem; Branqueamento (imersão de vegetais (frutas e hortaliças) em água quente ou no vapor, inativa enzimas, fixa a coloração verde, reduz o número de microrganismos e retira o ar existente nos tecidos das plantas, sendo muito importante o binômino tempo x temperatura que varia de acordo com a variedade e grau de maturação do vegetal, tempo de 2 a 15 minutos a temperatura 65 a 100°C); Embalagem; Freezer burn (queimadura pelo frio) Alimentos já estragados não podem ser processados nem a alta e nem a baixas temperaturas. Sistemas utilizados no congelamento: Mecanismos de transferência do calor: Radiação: ondas eletromagnéticas viajando com a velocidade da luz. Ocorre sem a necessidade de um condutor (espaço livre); Condução: ocorre dentro de uma substância ou entre substâncias que estão em contato físico direto. Na condução a energia cinética dos átimos e moléculas, ou seja, o calor, é transferida por colisões entre átomos e moléculas vizinhas; Convecção: ocorre em líquidos e gases. Consiste na transferência de calor dentro de um fluido ou gás, através de movimentos de massa do próprio fluído ou gás em decorrência da diferença de densidade gerada pelo calor; Evaporação; Correntes de ar frio (salas e túneis); Congelador de placas (ocorre através de mecanismo de condução); Imersão em líquidos (CO2 e N2)/ congelamento criogênico; Pulverização com líquido congelante/ congelamento criogênico. Kaliane Oliveira Dependerá do tipo de alimento, da velocidade de congelamento e dos fatores econômicos envolvidos. Túnel de congelamento: pode ser utilizado pela maioria dos alimentos, ele utiliza o ar como condutor térmico, é um processo mais lento do que a imersão em líquidos congelantes. Estabilidade dos alimentos congelados: Fatores que afetam a vida de prateleira de um alimento congelado: Preparo antes do congelamento; Tipo de embalagem (importante para a prevenção da difusão do O2 pela embalagem, evitando a rancidez e oxidação, se adicionado antioxidantes e, evita também perdas de umidade); Temperaturas (congelamento, armazenamento, transporte, etc), a velocidade do congelamento e as flutuações da temperatura; Condições de descongelamento – quanto mais rápido, maior o número de MO sobreviventes. Efeitos do congelamento sobre os microrganismos: De acordo com a espécie ou até mesmo cepas de uma mesma espécie, alguns MO morrem imediatamente após o congelamento (devido a injúria); Destruição de protozoário em temperaturas abaixo de -10°C; Esporos e toxinas não são destruídos; Salmonelas são menos resistentes do que S. aureus e células vegetativas de Costrídios; As células que permanecem viáveis irão morrer gradativamente à medida que o congelamento permanece; São fatores importantes na manutenção da viabilidade dos MO: tipo e congelamento empregado, a composição do alimento e o período de armazenamento. Fenômenos que ocorrem durante o congelamento dos alimentos que afetam os MO: Efeitos do descongelamento sobre os microrganismos: Repetidos processos de descongelamento destroem as células bacterianas e o alimento – provoca mais injúrias; Quanto mais rápido for o descongelamento, maior será o número de células sobreviventes. Forma segura: descongelamento de pelas pequenas e em temperatura congelada. Controle dos MO por desidratação É o método mais antigo de conservação dos alimentos, está baseado na necessidade de água por microrganismos (retirar a água limita o crescimento de MO) e enzimas. Quando usar: Prevenir as alterações químicas ou físicas induzidas ou auxiliadas pela umidade; Kaliane Oliveira Menores custos com embalagem, armazenamento e transporte (por diminuir o volume); Remoção da umidade adicionada durante o processamento; Reaproveitamento de produtos; Preparação de produtos para processos que requeiram matéria-prima desidratada. Classificação Umidade Aa Alimentos Alimentos secos, desidratados ou de baixa umidade (LMF) <25% <0,60 Alimentos tradicionalmente secos e liofilizados Alimentos com umidade intermediária (IMF) 15 – 50% 0,60 – 0,85 São adicionados outros fatores como conservadores e/ou embalagens em anaerobiose Sistemas de secagem: Natural: Exposição ao sol e ao evento; Possível apenas em regiões de clima quente e seco, no inverno é inviável; Carnes, peixes, café, uvas, coco, etc. Controlada: Empregada para reduzir o conteúdo de umidade de várias colheitas a níveis aceitáveis parao armazenamento. Pode ser por: Ar quente – vegetais; Spray drying – líquidos e semilíquidos. Técnica de liofilixação: É o método mais brando de desidratação tanto para alimentos como para MO; Conserva as características dos MO; Bactérias Gram-positivas como Pseudomonas, Escherichia e Vibrio não sobrevivem tão bem quanto cocos, esporos bacterianos e fungos. Ocorre em duas etapas – congelamento e desidratação por sublimação: Primeiro ocorre o congelamento do alimento para que a água fique presa; Depois coloca vácuo (facilita a sublimação) e promove um aumento gradativo da temperatura. Isso permite que a água congelada no material passe diretamente da fase sólida a gás, sem degradar as propriedades nutritivas dos alimentos. Efeitos da desidratação sobre os microrganismos: Poucos microrganismos são destruídos (sobrevivem esporos bacterianos, fungos e parasitas), mas eles não conseguem se multiplicar sem água; Más práticas de processamento ou matéria- prima de má qualidade pode levar ao isolamento de MO; Muitos MO são destruídos durante etapas anteriores de preparo (branqueamento, cocção, congelamento); Microrganismo Necessidade de Aa Bactérias > 0,90 Fungos Entre 0,60 e 0,85 Abaixo de 0,70 a deterioração já é considerada muito difícil; Entre 0,60 e 0,62 pode haver desenvolvimento de leveduras osmofílicas; Dentre os bolores (microrganismo mais perigoso nos alimentos desidratados por apresentarem menor Aa) que crescem em alimentos o mais comum é o Aspergillus. Estabilidade dos alimentos desidratados: Deve ter um controle da umidade relativa (UR) do ambiente de armazenamento; Kaliane Oliveira Embalagens adequados (não permeável ao O2). Deterioração química: Alimentos gordurosos desidratados – rancificação; Alimentos ricos em açúcar redutores (glicose, frutose, lactose) – escurecimento não enzimático ou reação de Mailard; Perda de vitamina C nos vegetais. Algumas medidas que podem minimizar esses problemas: Manter a umidade a mais baixa possível; Reduzir ao máximo o conteúdo de açúcares redutores; Uso de SO2 antes da desidratação protegendo a vitamina C e o escurecimento – aceptor de radical livre. Controle dos microrganismos por radiação Radiação é um processo físico de emissão e propagação de energia por intermédio de fenômenos ondulatórios (energia que se propaga de um ponto para o outro no espaço) ou através de partículas dotadas de energia cinética (energia que se propaga em meio material). Aplicada nos alimentos tem a finalidade de esterilizar ou preservar os alimentos da destruição por microrganismos, efeitos fisiológicos, parasitas, insetos e outras pragas. Radiação não ionizante ou ultravioleta (UV): Atua em nível superficial (bactericida), com a finalidade de descontaminação do ar ambiente, esterilização superficial da água e de equipamentos. Na indústria de alimentos é muito utilizado nas áreas de processamento, esterilização o de embalagens, etc. Método: Lâmpadas de argônio-mercúrio (indicada para pequenas áreas); Lâmpadas de mercúrio-quartzo (indicada para áreas maiores com funcionamento sob pressão). Vantagens: Não confere sabores indesejáveis ao alimento; Não apresenta efeito residual. Não fica radiação no alimento. Desvantagens: Custo elevado devido ao alto consumo de energia; Eficiência decresce com o tempo de utilização (trocadas a cada 6 meses). Radiação ionizante: Tem um elevado nível de energia, alto poder de penetração e ação letal em nível celular, com a finalidade de eliminação de microrganismos patológicos e redução dos deteriorantes, retardo no processo natural de decomposição, inibição de brotamentos, desinfestação e maior durabilidade desses alimentos. Nos alimentos, é retratada como um processo físico de tratamento que consiste em submeter o alimento, já embalado ao a granel, a doses controladas de radiação ionizante, com finalidades sanitárias, fitossanitária ou tecnológica. Radiação ionizante: qualquer radiação que ioniza átomos de materiais a ela submetidos. Métodos ou fontes radiações: Isótopos radioativos emissores de radiação gama: Cobalto 60 e Césio 137; Raios X gerados por máquinas que trabalham com energias de até 5 MeV; Elétrons acelerados gerados por máquinas que trabalham com energias de até 10 MeV. Segundo a OMS são considerados doses seguras em alimentos as irradiações até 10KGy, de acordo com Kaliane Oliveira a intensidade da irradiação ionizante os tratamentos podem ser subdivididos em: Radurização: Consiste em tratamentos de baixa intensidade; Associados a outros processos de conservação; Finalidade: inibir brotamentos, retardar a maturação e deterioração de produtos vegetais, controlar infestações por insetos e ácaros. Radiopasteurização ou radiciações: Doses intermediárias; Finalidade: controlar ou eliminar determinados patógenos nos alimentos (objetivo semelhante ao da pasteurização); É utilizada na pasteurização de sucos, carnes frescas, massas frescas, etc. Radapertização: Doses elevadas de radiação; Finalidade: esterilidades dos alimentos; Em geral utilizada para carnes e pescados. Controle dos microrganismos pelo emprego de agentes químicos Conservadores químicos: são substâncias adicionadas aos alimentos para prevenir ou retardar a deterioração por MO. Alguns tem ainda característica de controlar o desenvolvimento de MO patogênicos; Não são considerados conservadores químicos: sais comuns, açúcares, condimentos, ou substâncias provenientes da defumação. A eficiência de um conservador químico depende: Da eficiência do conservante; Dos microrganismos contaminantes (diferentes MO podem apresentar sensibilidade diferente em relação aos conservadores, os quais mostram menor eficiência quanto maio a intensidade da contaminação); Das condições de armazenamento - tempo e temperatura – (a toxicidade, geralmente, aumenta proporcionalmente a temperatura); Concentração e tipo de conservante (dever ser adequada para a destruição dos MO, uma vez que quando reduzida pode inibir ou até estimular o crescimento microbiano); Características intrínsecas dos alimentos. Características de um bom conservador químico: Baixo nível de toxicidade; Não pode ser carcinogênico; Baixo custo; Solúvel em água; Não produzir características indesejáveis nos alimentos. Conservadores permitidos pela legislação brasileira e a sua classificação: 1. Ácidos lipofílicos e derivados 1.1 Ácido benzóico e benzoatos de sódio, potássio e cálcio; 1.2 Ácido sórbico e sorbatos de sódio, potássio e cálcio; 1.3 Ácido propiônico e seus sais de sódio, potássio e cálcio; Kaliane Oliveira 1.4 Ésteres de ácido p-hidróxido benzóico (ácido hidroxibenzóico – “Parabens”); 2. Nitrato e nitritos; 3. Dióxido de enxofre e derivados; 4. Nisina; 5. Natamicina.
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