ATIVIDADE AULA 07 E 08 teoria_da_literatura docx

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Você deverá resolver a questão abaixo e enviá-la por meio do Portfólio - ferramenta do
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A fim de facilitar a correção e o controle de notas, copie e cole o enunciado das atividades na
folha de resposta. Coloque seu nome e RGM.
O estudo das estruturas narrativas é fundamental para o acadêmico de Letras. A seguir, indico o estudo
de toda a obra, ao longo do curso. Sabemos que há uma grande demanda de leituras, mas o curso de
Letras (de qualidade) assim o exige. Não significa que tenha que ler tudo de uma vez, mas a indicação
de que deve ler , conforme sua expectativa de curso, é fundamental!
FLACH, Alessandra B.; GONÇALVES, Francisco de S. Tópicos avançados da teoria literária .Porto Alegre:
Grupo A, 2018. 9788595026483. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595026483/. Acesso em: 31 jul. 2022.
LEONEL AUGUSTO FERREIRA GODOY RGM: 113.109
RESPOSTAS:
1. A 2. D 3. E 4. C 5. B
1. Assinale a opção que apresenta um exemplo de narrativa que explora o tempo psicológico.
a) “Em que ponto do trajeto me acho? Não tenho consciência dos movimentos, sinto-me leve. Ignoro
quanto tempo fico assim, provavelmente um segundo, mas um segundo que parece eternidade. Está
claro que todo desarranjo é interior.” (Angústia, Graciliano Ramos)
b) “Há mais de dois anos, seriam seis horas da tarde, dirigi-me ao Rocio para tomar o ônibus de
Andaraí.” (Cinco minutos, José de Alencar)
c) “Levantou-se, foi até a janela. Duas crianças iam saindo pela
passagem lateral. Da janela baixa via de começo os seus cabelos, louros, castanhos, depois os rostos
que andavam com os perfis quietos, sérios.” (Escola nova, Ricardo Ramos)
d) “Lúcia pediu-me que abrisse a janela: era noite já; do leito víamos uma zona de azul na qual brilhava
límpida e serena a estrela da tarde.” (Lucíola, José de Alencar)
e) “A viagem decorria há meses, já se atravessara a povoação de Sena quando Xilundo exclamou: — Lá,
naquela margem, é a minha aldeia. Chama-se Bemba.” (O outro pé da sereia, Mia Couto)
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2. Leia o comentário a seguir, de Benjamin Abdala Júnior (1995, p. 55):
Em se tratando de um texto escrito, esse tempo aparece para o leitor de uma forma linear à medida que
ele vai lendo o texto, esse tempo vai passando. Num determinado momento da história, podemos ter
múltiplas ações, em lugares diferentes, com múltiplas personagens; entretanto, o narrador não
registrará todas essas situações, mas apenas um número limitado de personagens e ações.
A que construção temporal o autor se refere?
a) Tempo cronológico. b) Tempo da narrativa.c) Tempo psicológico. d) Tempo do discurso. e) Tempo da
história.
3. Leia o trecho a seguir, retirado do conto O segredo do bonzo, de Machado de Assis (2000).
Um dia, andando a passeio com Diogo Meireles, nesta mesma cidade Fuchéu, naquele ano de 1552,
sucedeu deparar-se-nos um ajuntamento de povo, à esquina de uma rua, em torno a um homem da
terra, que discorria com grande abundância de gestos e vozes. O povo, segundo o esmo mais baixo,
seria passante de cem pessoas, varões somente, e todos embasbacados. Diogo Meireles, que melhor
conhecia a língua da terra, pois ali estivera muitos meses [...] ia-me repetindo pelo nosso idioma o que
ouvia.
Sobre a noção de tempo no trecho, são feitas algumas afirmações. Qual das alternativas abaixo está
correta?
a) Predomina, no trecho, o tempo psicológico, já que o narrador-personagem cede a fala a Diogo
Meireles para narrar o que está se passando.
b) O emprego do pretérito imperfeito no texto evidencia a impossibilidade do tempo cronológico.
c) O tempo da história fica suspenso, ou seja, as ações das personagens não possuem importância, já
que predominam as reflexões psicológicas do narrador sobre a passagem do tempo.
d) O trecho, apesar de ser uma narrativa tradicional, não apresenta índices temporais significativos.
e) O autor empenha-se em compor o tempo da narrativa, já que o tempo da escrita e o tempo do leitor
não correspondem ao tempo da narrativa.
4. Leia o trecho a seguir, retirado do romance O Germinal, de Émile Zola (1996), no qual se narra o
esforço de Catherine, uma trabalhadora das minas de carvão na França do século XIX. Não havia
ventilação no fundo daquela via longínqua. Respirava-se toda espécie de vapores que saíam do carvão
com uma efervescência de fonte, e às vezes com tal abundância que as lâmpadas apagavam-se. Sem
falar do grisu*, do qual ninguém se ocupava mais, tal a sua quantidade, intoxicando os mineiros, do
princípio ao fim da quinzena. [...] Aquela roupa, cujas menores pregas pareciam entrar na carne,
estava-se transformando numa tortura. Resistiu e quis continuar empurrando, mas foi forçada a
endireitar a espinha. Num repente, dizendo-se que voltaria a vestir-se no entroncamento, tirou tudo, a
corda e a camisa, com tanta ânsia que teria arrancado a pele, se pudesse. E agora, nua, deplorável,
rebaixada ao trote de fêmea ganhando a vida pela lama dos caminhos, esfalfava-se, com a garupa
coberta de fuligem e barro até a barriga, como uma égua de carroça.
De quatro patas, ela empurrava o vagonete. *grisu: gás metano
Qual alternativa apresenta uma análise correta acerca da categoria espaço?
a) A descrição do espaço apenas contextualiza a personagem e seu hábito de ficar nua, sem interferir no
desenvolvimento de suas ações.
b) O espaço é representado como uma projeção da mente da personagem, como uma concretização da
sua culpa moral.
c) O excesso de detalhamento do espaço apresenta uma crítica social às condições de trabalho nas minas
de carvão.
d) O trecho atém-se à descrição do espaço físico, não sendo possível fazer inferências sobre o espaço
social ou sobre as percepções da personagem em relação à vida.
e) O emprego de expressões como “trote de fêmea” e “De quatro patas” ajuda a compor um cenário
incompatível com a presença humana e, por isso, a descrição do espaço é inadequada para os fins
pretendidos pela narrativa.
5. O espaço é uma das categorias essenciais à progressão narrativa. Indique a opção que apresenta uma
explicação correta sobre seu emprego.
a) Essa categoria determina o ponto de vista a partir do qual a narrativa é contada.
b) Sua função inclui determinar parâmetros psicológicos, morais e de conduta das personagens,
conforme a época narrada.
c) Segue uma orientação cronológica e linear, a partir da menção a datas e eventos.
d) É perceptível apenas a partir do emprego do discurso direto (diálogos das personagens).
e) Caso a narrativa baseie-se no fluxo de consciência, pode ser suprimido, sem prejuízo à narrativa.
Preencha o quadro de respostas.
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Leia o conto “A Cartomante”, de Machado de Assis, disponível no arquivo. Pesquise sobre a estrutura da
narrativa, na obra indicada acima, Tópicos avançados de Teoria literária).
1. O que caracteriza a obra “A Cartomante” como conto? (2,5)
R: A Obra “A Cartomante” se caracteriza como conto por ter um assunto único, poucos personagens, no
caso, um triângulo amoroso, possui um fundamento popular, relato breve com narração direta inspirada
em oralidade.
2. Faça uma análise do conto, de acordo com os elementos que compõem a narrativa (estudados na aula
7 - personagens, narrador, tempo, espaço e comente o desfecho e na indicação da obra ). (2,5)
R: Personagens:
Rita: Aos30 anos, é descrita como uma dama formosa, tonta, graciosa, viva nos gestos, olhos cálidos,
boca fina e interrogativa. Rita é casada com Vilela e amante de Camilo, amigo de infância do marido.
Vilela: Magistrado, abre um escritório de advocacia no Rio de Janeiro. Tem 29 anos e vive em uma casa
em Botafogo. É casado com Rita.
Camilo: Funcionário Público de 26 anos, Camilo não seguiu o desejo do pai, que queria vê-lo médio. Tem
como amigo de infância o advogado Vilela e acaba se apaixonando por Rita, a mulher do amigo, com
quem desenvolve um caso extraconjugal.
A Cartomante: Uma mulher com cerca de 40 anos, italiana, morena e magra, com grandes olhos,
descritos como sonsos e agudos.
Narrador: Trata-se de um narrador na 3ª pessoa que permite caracterizar melhor os fatos e os
personagens.
Tempo: A história remete a um passado remoto, por volta de 1869.
Espaço: A história se passa em vários ambientes como a casa de Vilela, a casa da cartomante e a rua
vazia e silenciosa e calma que trata-se do caminho até a casa de Vilela.
Desfecho: Vilela descobre a traição da mulher e do amigo. Primeiro ele mata a mulher e pede para
Camilo que vá a sua casa urgentemente. Então o amigo, depois de ser enganado pela cartomante, vai a
sua casa e é morto com dois tiros.
Caríssimo acadêmico,
Encerramos aqui nossos encontros referentes à disciplina Teoria da Literatura I. Esperamos ter
contribuído com a implantação das bases necessárias à aquisição do conhecimento que você
desenvolverá a partir daqui. Há um sem número de leituras importantes que, na medida do possível,
você irá fazendo durante o curso e depois dele. Afinal de contas, um profissional de Letras nunca está
pronto! Use a bibliografia que utilizamos na elaboração deste material para suas referências.
Coloco-me à sua disposição. Sempre que precisar, entre em contato comigo. Use o quadro de avisos ou
e-mail que você já conhece.
Um forte abraço e Sucesso!
Profª. Rute Josgrilberg
mailto:rutedesouza@unigran.br