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PATOLOGIA
Rudolph Virchow pai da patologia
- Proteínas mal dobradas, se não reparadas ou eliminadas por microautofagia ou digestão em proteassomos, formam agregados capazes de provocar degeneração ou morte celular, por aumentar a permeabilidade mitocondrial (ver adiante, apoptose); proteotoxicidade é o termo cunhado para indicar tal fenômeno. Proteotoxicidade parece ser um mecanismo comum na patogênese de algumas doenças degenerativas, como doença de Alzheimer (acúmulo de β-amiloide), coreia de Huntington (agregados de huntingtina), doença de Parkinson (aglomerados de α-sinucleína associados a ubiquitina) e diabetes melito tipo 2 (proteínas hiperglicadas). No meio extracelular, proteínas mal dobradas podem originar a substância amiloide
- Modificações pouco extensas no DNA não se acompanham de retardo no ciclo celular. Lesões mais extensas, como as que resultam em quebras de fita, disparam sinais para que haja retardo ou parada do ciclo celular. O fenômeno, denominado checkpoint do DNA lesado (ponto de avaliação ou de checagem), refere-se aos momentos do ciclo celular em que ocorre avaliação da integridade do DNA – o ciclo celular só avança se não existe dano no DNA
DEGENERAÇÕES/DEPOSIÇÕES CELULARES (WLADIMIR)
Acúmulo anormal de substâncias dentro ou fora das células. Isso acontece por distúrbio ou lesão
Célula tem processo adaptativo (tenta se defender do fator agressor) esse processo pode não dar conta e aí ocorre lesão celular
Podem ocorrer lesões celulares irreversíveis, que não são compatíveis com a vida célula morre (necrose)
Apoptose: Célula programa sua morte
CAUSAS DE LESÃO CELULAR:
Principais: Hipoxia (baixo O₂), isquemia, reperfusão de um órgão
· Agentes físicos
· Agentes químicos
· Agentes infecciosos e parasitários
· Reações inflamatórias e imunológicas
· Defeitos genéticos
· Distúrbios nutricionais
Condicionantes da lesão
· Tipo de lesão
· Intensidade e duração do estímulo
· Adaptabilidade celular
DEPÓSITOS/DEGENERAÇÕES
Alterações metabólicas acúmulo intracelular patológico
Temporalidade: transitório ou permanente
Tipos de substâncias: endógenas são maioria (normais ou anormais) ou exógenas
Extensão do dano: inócuas ou dano grave ou morte
Categoriais das substâncias:
1. Componentes celulares normais: H₂O, proteínas, carboidratos, lipídeos (maioria são componentes celulares normais, mas que se acumulam de forma anormal) 
 QUESTÃO QUANTITATIVA não “o que” e sim “o quanto”
2. Substância anormal: minerais, agentes infecciosos
3. Pigmento (processo patológico)
PROCESSOS MAIS FREQUENTES NOS ACÚMULOS Figura Robbins
Metabolismo anormal: exemplo esteatose hepática
Déficit de transporte: exemplo deficiência ɑ-1 antitripsina
Carência enzimática: exemplo deficiência genética enzimática
Endocitose de indigeríveis: exemplo silicose e antracose
DEPÓSITOS
Classificação (quanto a substâpagasncia acumulada)
Lipídios: 
- Esteatose 
- Infiltração adiposa
Glicídios 
- Degeneração glicogênica
Proteínas
- Amiloidose* (extracelular)
- Hialinização
- Degeneração mucoide
- Queratinização patológica
LIPÍDIOS
Ácidos graxos + álcool
Tipos: triglicerídeos, fosfolipídeos, colesterol (sempre agregado a uma molécula de álcool), ácido araquidônico, vitaminas lipossolúveis (K, E, D, A)
ESTEATOSE
Deposição anormal de triglicerídeos no interior celular
· Mais frequente no fígado, mas pode ocorrer no coração, músculos e rins
Fígado fica muito mais claro (porque as células aumentam de volume e comprimem os capilares), além de aumentado 
Causas: 
· Toxinas (alcoolismo)
· Obesidade
· Hipóxia (causa disfunção do hepatócito, e aí acumula gordura no interior)
Nos estados de hipóxia (anemia, insuficiência cardíaca ou respiratória etc.), há menor disponibilidade de O2 no ciclo de Krebs e, portanto, menor utilização de acetil-CoA, o que favorece a síntese de ácidos graxos. Redução de ATP também dificulta a síntese de lipídeos complexos e diminui a utilização de ácidos graxos e triglicerídeos
· Desnutrição proteica/anorexia (sem proteína não ocorre transporte nas células, então acumula gordura dentro das células)
A carência de proteínas diminui a síntese de lipoproteínas e a excreção de triglicerídeos; a ingestão calórica deficiente mobiliza lipídeos do tecido adiposo e aumenta o aporte de ácidos graxos para o fígado. 
· Diabetes mellito (insulina coloca glicogênio para dentro das células, quando glucagon age, ele retira glicogênio só do fígado. Hipoglicemia faz com que a gordura do corpo vá até o fígado para produzir glicogênio, as vezes é gordura demais e aí causa esteatose)
Lipídios requerem coloração especial para serem vistos no microscópio na coloração HE, o que se vê é o “vácuo” de onde estaria o lipídio
- Sudan III (lipídio aparece na cor vermelho)
- Sudan IV ((lipídio aparece na cor preto)
Os hepatócitos normalmente retiram da circulação ácidos graxos e triglicerídeos provenientes da absorção intestinal e da lipólise no tecido adiposo
No fígado, ácidos graxos são utilizados para: (1) produção de colesterol e seus ésteres; (2) síntese de fosfolipídeos, esfingolipídios ou glicerídeos; (3) geração de energia por meio da β-oxidação deles até acetil-CoA e da formação de corpos cetônicos. Os triglicerídeos, os fosfolipídeos e o colesterol associam-se a apoproteínas para formar lipoproteínas, que são excretadas no espaço de Disse, processo que depende de transporte intracitoplasmático de vesículas do qual participam microtúbulos e microfilamentos
Esteatose resulta de: 
(1) Maior aporte de ácidos graxos por ingestão excessiva ou lipólise aumentada
(2) Síntese de ácidos graxos a partir do excesso de acetil-CoA não oxidada no ciclo de Krebs O metabolismo do etanol, por exemplo, gera acetil-CoA
(3) Redução na utilização de ácidos graxos para a síntese de lipídeos complexos, por carência de fatores nitrogenados e de ATP
(4) Menor formação de lipoproteínas por deficiência na síntese de apoproteínas
(5) Distúrbios no transporte de lipoproteínas por alterações no citoesqueleto.
DEPÓSITOS DE LIPÍDIOS
Lipidoses: acúmulo de colesterol ou de éster de colesterol no interior dos macrófagos célula espumosa
Excesso de colesterol macrofagocitado
Aterosclerose: macrófagos e músculo liso na parede arterial (ateroma significa mingau, esclero significa envelhecimento). É um fenômeno difuso, pode acontecer na aorta, em grandes vasos, em pequenos vasos. Nas Artérias Coronárias do coração é mais evidente, mas todos os órgãos podem ser afetados
*Arteriosclerose é um tipo de Aterosclerose (exclusivo das Artérias)
As consequências principais da aterosclerose são: (1) isquemia, aguda ou crônica, em diversos órgãos, especialmente coração e encéfalo; (2) aneurisma, sobretudo na aorta abdominal, que pode se romper e causar hemorragia.
Xantomas: macrófagos acumulados no conjuntivo subepitelial e tendões (na região periorbital é chamado de Xantelasma) “tumor amarelo” Sinal de dislipidemia marcador de risco de doenças mais sérias nos vasos sanguíneos
Colesterolose: macrófagos na lâmina própria da mucosa da vesícula biliar (equivalente a derme da nossa pele) “vesícula em morango”
Em cima do depósito de células espumosas (ateroma) há cálcio coloração roxa escura
· Se fratura, forma trombos e causa infarto, AVC 
ESFINGOLIPÍDIOS
Lipídios mais complexos de superfície
São doenças raras mutação no gene que traduz essa enzima (normalmente recessiva)
Essas doenças tendem a ser mortais ainda na infância 
São mais comuns em comunidades restritas casamentos consanguíneos 
· Doença de Nieman-Pick: doença de armazenamento lisossomal de esfingomielina, resultado de uma mutação na enzima de transporte, o que acumula lipídios dentro das células. Acumula-se principalmente em fígado, baço, medula óssea, tecido cerebral
· Doença de Tay-Sachs (mais frequente em descendentes de israelitas). Causa demência e cegueira mácula em aspecto de cereja
· Doença de Fabry
· Doença de Gaucher
· Doença de Sandhoff
· Gangliosidose juvenil
· Leucodistrofias
GLICOGÊNIO
Glicogenoses: depósitos de glicogênio que aparecem vacúolos citoplasmáticos clarosColoração especial: Carmin de Best ou P.A.S conferem coloração róseo-violeta ao glicogênio 
Causas: 
· Deficiência enzimática (mais rara)
· Sobrecarga (ex: diabetes mellito induz ao acúmulo de glicogênio)
Normalmente se acumulam em:
· Tubos contornados distais
· Hepatócitos 
· Células β das ilhotas de Langerhans
· Miócitos cardíacos
Glicogenoses por deficiência enzimática são extremamente raras e fatais
Tem nomes diferentes, pois são deficiências em enzimas diferentes
· Doença de Von Gierke
· Doença de Pompe
· Doença de Cori
· Doença de Anderson
· Doença de Hers
PROTEÍNAS
- Amiloidose (amiloide) sempre será extracelular
- Hialinização (hialino) aspecto microscópico hialino, translucido como vidro
- Degeneração Mucoide (muco)
- Queratinização Patológica (queratina)
AMILOIDOSE
Resulta do depósito da substância amiloide fora das células em vários grupos de doenças
· Causa visceromegalia
Aparência de celulose (amido) quando corado com iodina (o nome ficou assim, apesar de não ser amido e sim proteína. Foi um erro de interpretação)
Amiloide: proteína + glicoproteína (substâncias P)
Substância homogênea, eosinofílica, extracelular
Corantes: PAS+, vermelho congo (se colocar vermelho congo + birrefringência torna verde metálico na luz polarizada)
Princípio do depósito:
· Produção aumentada da fração proteica base do amiloide + (produz ↑)
· Deficiência na proteólise local (quebra ↓)
PODE SER SISTÊMICA OU LOCALIZADA
Sistêmica:
· Primária (ligada ao mieloma múltiplo/plasmocitoma produz imunoglobulinas em excesso (imunoglobulina é proteína, proteína se complexa com a substância P forma amiloidose)
· Secundária
· Hemodiálise crônica 
· Familiar (especialmente famílias de origem portuguesa)
Localizada: 
· Endócrina
· Senil (Alzheimer)
· Tumoral 
A PRIMÁRIA acomete vasos, coração, tubo digestivo, pele, nervos
Devido ao excesso de imunoglobulinas de cadeia leve produzidos pelos plasmócitos tumorais Amiloide “AL”
· No mieloma múltiplo em 10-15% dos casos ocorrem Amiloidose
A SECUNDÁRIA é a forma mais comum
Causas: tuberculose, sífilis, hanseníase, retocolite ulcerativa, doença de Crohn, esclerodermia, artrite reumatoide, câncer renal, abcessos e empiemas crônicos
Distribuição: parede dos vasos, tubo digestório, rins, adrenais, baço, fígado
Amiloide “AA” associado ao soro produzido pelo fígado em inflamações agudas e crônicas
· Em processos inflamatórios, o fígado produz proteínas inflamatórias (se ligam na substância P e forma amiloidose)
HEMODIÁLISE
Deposição: membranas sinoviais, articulações, bainhas de tendões
Origem: β2 - microglobulina (não filtrada, retida e formadora de amiloide) a máquina de hemodiálise não “limpa 100%”, não elimina essa globulina
ENDÓCRINA
Nas ilhotas de Langerhans em diabéticos
Origem: a partir de um peptídeo da ilhota (antiga hialinose de ilhotas)
No estroma de carcinoma medular da tireoide
SENIL
Doença de Alzheimer: deposito de B2 globulina em vasos e constituindo as placas “senis”
CONSEQUÊNCIAS DA AMILOIDOSE
Rim: Síndrome Nefrótica, insuficiência renal
Adrenal: síndrome de Addison (insuficiência cortical)
Baço e fígado: espleno e hepatomegalia, tardiamente insuficiência hepática
Coração: arritmias, ICC
Intestinos: diarreia crônica, síndrome de má absorção
HIALINIZAÇÃO
Alterações na aparência homogênea nas células ou espaço extracelular. Ao ser corado pelo HE tem aspecto vítreo e róseo
· Arteriosclerose é um tipo de Hialinização 
Exemplos de Hialinização:
· Gotículas de reabsorção tubular 
· Corpúsculos de Russel
· Alteração hialina nos Corpúsculos de Mallory (alcoolismo)
Todavia, o acúmulo poderá ser extracelular, como ocorre na parede arteriolar no diabetes mellito e HAS
Leva a morte celular (exemplo: morte de glomérulos, principal causa de insuficiência renal em diabéticos)
Pode acontecer por deficiência de ɑ-1-antitripsina
· Enzima que protege proteínas nos pulmões
A deficiência dessa enzima causa destruição de proteínas dos alvéolos e dos pulmões, especialmente se a pessoa é fumante enfisema pulmonar
· Forma Corpúsculos
MUCINOSES
Muco = mucina produzido por epitélio com glândulas mucinosas
Muco ≠ mucoide 
1. Epitelial: degeneração mucinosa (mucosa)
2. Mesenquimal: Mixomatoide (mucoide)
Acúmulo de mucina citoplasmática (mucina epitelial)
Propriedades: Mucopolissacarídeos neutros, PAS positivo
Células típicas: células em sinete = “anel de grau” citoplasma amplo com mucina basofílica, núcleo atípico, marginal
Causas: estímulo inflamatório sobre as mucosas mucosecretantes (brônquica, gástrica, colônica, endocervical)
Inflama mucosas, elas produzem muco reativo para defesa e aí se acumula dentro das células. Pode ocorrer por tumores também
· Núcleo rechaçado muco empurra para a periferia (formato de meia lua)
Produção de mucina por carcinomas mucinosos (gástricos, colônicos)
Mesenquimal - Mixomatoide
Definição: acúmulo mucoide no interstício (mucina conjuntiva)
Propriedades: mucopolissacarídeos ácidos, PAS negativo
Causas: artrite reumatoide, doenças reumáticas
Colagenoses (esclerodermia, lúpus), encontra-se em vasos, tecido conjuntivo, cápsulas articulares, tendões
Paciente com hipotireoidismo (mixedema) mucoide
Tumores mesenquimais (no estroma): miomas, condromas, fibromas, osteomas, lipomas
QUERATINOSES
Ocorrência (normal): pele, fâneros (pelos e unhas), líquido amniótico 
· Impermeabiliza nossa pele, evita a troca de fluidos do meio externo e interno
Hiperceratose (aumento de queratina): produção excessiva de queratina pura, com hipergranulose (camada granulosa aumentada). Trata-se de uma queratinização excessiva
Causas: Calosidade, doenças congênitas (ictiose), papilomas cutâneos (tumores benignos de pele), algumas dermatites e dermatoses
Ocorrência exclusiva: pele
Paraceratose
Produção excessiva de queratina, contendo no seu interior restos de núcleos celulares
Trata-se de uma queratinização imperfeita
Ex: Psoríase
Disceratose
Produção excessiva e anômala de queratina no interior dos epitélios escamosos (no interior dos queratinócitos)
Trata-se de uma queratinização precoce
Causas
· Dermatites crônicas
· Tumores benignos de pele (cerato-acantoma) 
· Tumores malignos de pele a partir de epitélios escamosos
Originais: pele, lábios, esôfago, anus
Adquiridos (por metaplasia escamosa): brônquios, colo uterino, vesícula biliar
Morfologia
Queratinização citoplasmática (eosinófílica) queratinócitos muito vermelhos, pois há muita queratina dentro deles
· Forma “Pérolas Córneas”
MORTE CELULAR (VALÉRIA)
SAÚDE E DOENÇA
Saúde: é um estado adaptado ao ambiente físico, psíquico e social de modo que se sinta bem e que não apresente sinais ou alterações orgânicas 
Doença: é um estado de falta de adaptação ao ambiente físico, psíquico ou social, no qual o indivíduo se sente mal ou apresente alterações orgânicas 
Atenção ao termo adaptação leva em consideração aspectos próprios
Tipo do estímulo, intensidade, duração, capacidade da pessoa suportar determinado estímulo, alterações adaptativas isso tudo influencia no desenvolvimento da lesão 
· Terapêutica é tratamento, NÃO é função da patologia
LESÃO CELULAR
Qualquer estímulo da natureza, dependendo da sua intensidade, do tempo de ação e da constituição do organismo
Musculação: estado adaptativo a uma demanda mecânica aumentada músculo cresce (sem que se desenvolva lesão) 
Quando insiste em levantar pesos cada vez maiores lesão (estiramento muscular, ruptura)
· Depende da quantidade de força, do tempo que leva para desenvolver o condicionamento, do peso levantado e da própria condição da pessoa
Adaptação não significa lesão
Mas existem condições dependentes dessa adaptação 
As lesões podem ser reversíveis (ex: musculatura dolorida pós exercício)
Lesões irreversíveis podem acontecer, por exemplo, caso a pessoa não respeite o descanso célula evolui para morte celular e a lesão não pode ser mais reversível
· Lesão irreversível é um caminho sem volta para a morte celular
Homeostase estímulo célula pode sofrer adaptação (nem todas as células tem essa capacidade) pode haver lesãocelular e morte celular
Sistemas Bioquímicos Vulneráveis
O₂: formam radicais livres que desestabilizam o equilíbrio das células
ATP: produção de energia com perda das funções dependentes de energia
Cálcio: metabolismo do cálcio. Influxo de cálcio relacionado com enzimas que promovem a morte celular 
Membrana Celular: membrana citoplasmática e membrana das organelas
Mitocôndria: a partir das lesões maiores da mitocôndria pode ocorrer morte celular
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) faz com o Ventrículo Esquerdo (VE) hipertrofie (muitos indivíduos estão assintomáticos, pois estão no estado adaptado)
Quando o coração não dá mais conta, ocorre insuficiência cardíaca dilata a câmara ventricular, não consegue mais contrair o ventrículo começam os sintomas da ICC
Lesões irreversíveis: lesões suficiente graves relacionadas ao influxo de cálcio e alterações na permeabilidade da membrana citoplasmática 
· Lesão celular depende do tipo de estímulo, tipo de célula e sua capacidade adaptativa (células do SNC tem pouca capacidade adaptativa), sistemas bioquímicos, efeitos secundários, alterações morfológicas
LESÃO CELULAR
Causas Exógenas (luz solar, temperatura, pancada)
· Agentes Físicos (trauma mecânico, variações de pressão, variações de temperatura, corrente elétrica, radiações)
· Agentes Químicos (depende da dose, via de absorção, transporte, armazenamento, metabolização e excreção) 
· Agentes Biológicos (vírus, bactérias, fungos, protozoários)
· Desvios nutricionais
Causas Endógenas (alterações metabólicas)
Comprometem o patrimônio genético e suas funções
Criptogenéticas/idiopáticas (não se conhece a causa)
Lesões provocadas por isquemia e hipoxia
É o tipo mais comum de lesão celular na medicina clínica
Isquemia: falta de suprimento sanguíneo (nem aporte de oxigênio e nem de outros nutrientes que poderiam ajudar a célula, como a glicose). É a mais grave
Hipoxia: redução do fornecimento de O2 às células
Anoxia: parada total do suprimento de O2
PIGMENTAÇÃO (WLADIMIR)
Pigmento = qualquer substância com capacidade de refratar cor
Pigmentação = acúmulo de pigmento (pode ser patológica ou não)
PIGMENTOS ENDÓGENOS
· Hemoglobínicos (derivados da hemoglobina): bilirrubina, hematoidina, hemossiderina, hematina, pigmento malárico
· Melanina: eumelanina, feomelanina
· Ácido homogentísico (raro)
· Lipofucsina (frequente)
BILIRRUBINA
Deriva da fração heme da hemoglobina
Bilirrubina é o resultado da hemocaterese (destruição da hemácia)
Relevância
· Hiperbilirrubinemias (bilirrubina indireta) Kernicterus (recém nascidos)
· Hiperbilirrubinemia elevada icterícia e prurido
Excesso de eliminação nos canais biliares cálculos biliares (bilirrubinato de cálcio)
Bilirrubina hidrossolúvel pode precipitar e formar cálculos biliares
· Bilirrubinato de cálcio indica doenças hemolíticas graves
Metabolismo das bilirrubinas
Hemólise globina/heme biliverdina (ferro) bilirrubina (Bb) não conjugada + albumina (lipossolúvel)
· Depois pega carona com proteínas plasmáticas e é levada até o fígado, encontra a enzima glucuronil transferase, que adiciona o ácido glucurônico e torna a bilirrubina conjugada (passa a ter capacidade hidrossolúvel)
Bb + ácido glucurônico Bb conjugada (BbC) intestino delgado ação de bactérias urobilinogênio 
Função da Bile: emulsificar gorduras
Ela cai no intestino delgado, depois vai para o grosso
Transforma-se em estercobilinogênio, 90% é reaproveitado (coloração das fezes) e parte dele se transforma em urobilinogênio (eliminado) e dá coloração a urina
Neonatos com icterícia imaturidade na conjugação de bilirrubina ↑ bilirrubina indireta 
Pode atingir o cérebro e impregnar os núcleos da base no cérebro (Kernicterus), pois recém nascidos tem a BHC muito imatura, após 2/3 meses não há mais chance de Kernicterus, embora possa ocorrer a icterícia ainda
HEMOSSIDERINA
Absorvemos cerca de 10-20mg por dia de ferro na dieta (maior parte origina de animal), absorvemos só 1-2mg 
75% Maior parte do ferro vai para medula óssea (formar hemácias) síntese da hemoglobina
10-20% depositado no citoplasma das células (ferritina é o depósito de ferro)
5-10% para outros processos metabólicos do corpo
Perdemos cerca de 1-2mg de ferro por dia DESCAMAÇÃO DE EPITÉLIOS
Homeostase: consumimos o que perdemos, e mantemos o equilíbrio pois temos reservas de ferros
HEMOSSIDERINA
Resulta da degradação da hemoglobina, mas o elemento férrico é mantido (contém Fe+++ e ferritina)
Relevância 
1. Hemossiderose
Focal: se machuca, rompe vasos pequenos, hemácia se extravasa e morre, na ruptura forma-se hemossiderina (equimose/roxão). Muda de cor ao longo dos dias, pois é endocitada e fagocitada ao longo dos dias. Exemplos: Roxão no olho, dermatite ocre
Sistêmica: sangramento maior, onde hemácias estão circulando e consequentemente, a hemossiderina também (fígado, medula óssea, pâncreas). É sistêmica porque está circulando
2. Hemocromatose hemossiderose sistêmica, mas tem uma origem especial
Doença genética rara, autossômica recessiva. É sistêmica e grave
Mecanismo: aumento da absorção intestinal de ferro (em torno de 4x nossa capacidade)
Esse excedente de ferro se acumula no citoplasma de células e oxida essas células, causando lesões nos órgãos em que se acumula
Sequela nos órgãos: hipotrofia e fibrose parenquimatosa. Comum causar Artropatia (características mãos escuras e dedos fletidos)
Consequências principais: 
· Cirrose Hepática*
· Hipotrofia Pancreática (diabetes tipo II bronzeado)
· Vertigem
· Perda de memória
· Queda capilar precoce
· Arritmia cardíaca
· Hepatopatia por alterações enzimáticas
· Artroses
· Atrofia gonadal
Coloração de PERLS identifica ferro, torna-o azul escuro na microscopia
· Possibilita o diagnóstico de hemocromatose
Venóclise/sangria: Tratamento de tirar uma quantidade de sangue periodicamente
Tira sangue tira hemácia hemácia tem ferro
Assim, o corpo precisa usar as reservas de ferro para produzir mais hemácias
HEMOZOÍNA
Pigmento malárico = hemozoína = inerte e não tóxico
Processo: plasmodium falciparum hemácia (lise) hemoglobina macrófago (fagocita) hemozoína
· Hemozoína livre na circulação estimula a liberação de ocitocinas
Biópsias hepáticas possibilitam ver hemozoínas dentro das células de Kupfer (testemunhas de que houve hemozoína circulante). Onde está depositado é porque tem Células de Kupfer no local
Deposição: medula óssea, fígado e linfonodos
Hipótese: induz a quimiotaxia e proliferação de monócitos/macrófagos
Produção de pirógenos
↑ picos febris da malária
Coloração de ovos pigmentos hemoglobínicos
O que determina é a raça da ave que pôs aquele ovo, não diferem do ponto de vista nutricional
MELANINA
Melanina na pele, olhos, SNC, cabelo, intestino (onde há melanócitos)
Melanina é injetada nos queratinócitos através do melanócito
Biossíntese: fenilalanina (por meio da enzima tirosinase) tirosina melanina
TIPOS: 
Eumelanina (escura) dominante no mundo animal, dá coloração escura aos tecidos
Feomelanina (alaranjada) não é tão protetora como a outra RUIVOS
Cor dos olhos capacidade dos genes de depositar ou não depositar melanina em uma camada
Hiperpigmentações
· Aumento da concentração dos melanócitos ex: cloasma gravídico (comum em gestantes)
· Neoplasma dos melanócitos ex: nevos/melanoma
· Aumento da melanogênese doença de Addison (↑ ACTH e MSH)
Hipopigmentações
· Migração errátil dos melanócitos
· Diminuição da tirosinase ex: albinismo
· Diminuição na transferência para os queratinócitos (cicatrizes epiteliais ficam brancas)
· Destruição dos melanócitos ex: Parkinson (substância negra do SNC) e Vitiligo
Melanismo: hiper expressão da atividade dos melanócitos
Ex: galo 100% preto (até os ossos são pretos)
Nevos melânicos: hiper expressão localizada dos melanócitos
Melanoma: tumor agressivo, se difunde muito e frequentemente leva a patologia e morte
Efélides: Sardas
Pessoas suscetíveis a terem hiperprodução localizada dos melanócitos, ocorre geralmente por pegarem sol desprotegidos
ACANTOSE NIGRICANS
· Espessamento da pele muitas camadas· Nigricans hiper pigmentada
É possível reverter, mas é um processo demorado
Aparece geralmente no pescoço e nas axilas
Pode ser familiar, pode ser por resistência à insulina
Frequente em doenças endócrinas: hipotireoidismo, diabetes melito
Quando for de repente e intensa pensar-se em câncer/malignidade
Alguns tumores estimulam a melanogênese e o espessamento da pele
DESPIGMENTAÇÃO PATOLÓGICA
Íris rosinha (sem coloração) ALBINISMO
· Reflexão de luz mostra-se como vermelha porque está refletindo os vasos
Baixa acuidade visual, nistagmo, astigmatismo, fotofobia, mais propensos a lesões oculares
Íris com cor, mas criança muito clara FENILCETONÚRIA
Há deficiência, mas ainda há Tirosinase para converter a enzima 
Cuidado com a alimentação (não pode ingerir fenilalanina) 
VITILIGO
Lesões focais
As próprias células destroem os melanócitos da pessoa forma de defesa
POLIOSE (piebalismo)
Albinismo focal, muito localizado
Ex: pedaço do cabelo branco, sem pigmentação
Encanecer os cabelos = ficar branco os cabelos
· Ocorre apoptose do melanócito daquele pelo
Associado ao envelhecimento
Esse processo pode ser mais acelerado devido a fatores genéticos
ÁCIDO HOMOGENTÍSICO
Pigmento granular vermelho-enegrecido
Mecanismo: tirosina ácido homogentísico (por meio da enzima Homogentistato) succinilacetona 
Deficiência dessa enzima faz com que se acumule ácido homogentísico
· Acontece após décadas de acúmulo
Ocronose: doença genética rara, autossômica recessiva que afeta o metabolismo intermediário da tirosina. Resulta do defeito enzimático responsável pela degradação do ácido homogentísico
É uma doença muito rara
Alguns lugares ficam com coloração distinta da pele, cor mais ocre. Além de ocasionar Artropatia
LIPOFUCSINA
Sinônimos: lipocromo, cromolipídio, ceroide, pigmento de desgaste ou envelhecimento
Definição: pigmento (fosfolipídios) constituído por grânulos delicados intracitoplasmáticos, pardo-amarelados, fluorescentes
Uma vez precipitada, se acumula e não elimina mais, o máximo que pode ocorrer é retardar o processo, geralmente suplementa-se vitamina E
Se acumula com frequência no fígado, coração, tecido nervoso, pele, retina (não mata a célula, mas bloqueia a luz doença macular relacionada a idade)
Colorações: PAS, Sudan e Azul do Nilo
Mecanismo: acumulam-se na ↓ de antioxidantes (ex: ↓ Vitamina E)
Associação: típico da desnutrição e envelhecimento 
Depósitos: neurônios, miocárdio, fígado, retina
PIGMENTOS EXÓGENOS
O acúmulo excessivo costuma causar:
· CARVÃO antracose (pulmões)
· PRATA argiria (pessoa fica azul)
· OURO crisíase (acumula-se através de medicamentos artrite reumatoide (medicamentos usam sais de ouro). Acumula-se na pele e na retina
· CHUMBO saturnismo (Linhas de Burton) Sinal Patognomônico dessa doença
· DIVERSOS tatuagem
Palavra “Patognomônica”: significa que não tem outra causa
Doença de Wilson
Deficiência da Ceruloplasmina proteína que faz o transporte de cobre excesso de cobre no corpo
Forma o Anel de Keyser-Fleischer é um Sinal Patognomônico anéis amarronzados
· É diferente de anel de colesterol (halo senil) que se formam com a idade são brancos
Excesso de caroteno mãos alaranjadas
Comum também em bebês (ponta do nariz, bochechas)
CALCIFICAÇÕES
Processo de saturação tecidual com sais de carbonato de cálcio e hidroxiapatita
Calcificação acontece onde o tecido não é osteogênico, em partes moles do corpo, processo patológico
· 90% do osso é hidroxiapatita e parte é carbonato de cálcio
Absorvemos cálcio no duodeno, em decorrência da vitamina D
Calcificações ou mineralizações patológicas
Tecidos frouxos impregnados por cálcio
- Lesão de um tecido
- Excesso de cálcio (deposita-se onde pode, pois está sobrando)
- Ocorrem em áreas de necroses e degenerações
CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA: afeta tecidos previamente lesados, independente dos níveis séricos de cálcio
Sítios usuais:
· Tecido conjuntivo hialinizado de lesões antigas (cicatrizes)
· Paredes de vasos (aterosclerose)
· Tendões, valvas cardíacas (conjunto inteiro, válvula é só a unidade)
· Tumores (câncer mamário o que aparece na mamografia são as calcificações)
· Infartos antigos
· Trombos venosos crônicos, necrose enzimática no pâncreas, órgãos tubulares
CALCIFICAÇÃO METASTÁTICA: afeta os tecidos por precipitação resultante da hipercalcemia. Chama-se Calcinose a calcificação metastática extensão 
Exige hipercalcemia
1. Absorção ↑ cálcio no tubo digestivo por excesso de vitamina D
2. Mobilização ↑ cálcio dos ossos por imobilização prolongada
3. Osteólise (quebra do osso) (mieloma/metástases ósseas)
4. Hiperparatireoidismo primário
5. Insuficiência renal crônica (retém PO4 aumenta PTH aumenta cálcio no plasma 
HEMORRAGIA (WLADIMIR)
Hemorragia: qualquer saída de sangue do espaço vascular para o compartimento extravascular (cavidade ou interstício) ou para fora do organismo
Se há uma comunicação (como o caso de uma úlcera sangrando no estômago, é hemorragia externa)
Classificação 
1. Topográfica
2. Etiológica
3. Morfológica
4. Unitermos: petéquia, púrpura, equimose, hematoma
Consequências
· Choque
· Anemia
· Asfixia
· Tamponamento
HIPEREMIA: aumento do volume de sangue no interior dos vasos. Não é aumento de sangue e sim uma concentração da localização do sangue
· Hiperemia ativa: consecutiva à dilatação arteriolar machucado/tapa fica avermelhado, os capilares ficam mais permeáveis e o sangue arterial se concentra naquele local, sistema arterial se dilatando por conta de uma reação inflamatória tênue, mas logo passa (rubefação). Não é uma hemorragia, é um fenômeno vasoespástico
· Hiperemia passiva (congestão): redução da drenagem venosa aumento da concentração de sangue dentro do sistema venoso, ocorre por exemplo quando ficamos muito tempo sentados, fica com uma coloração violácea
CLASSIFICAÇÃO TOPOGRÁFICA
Externa: saída de sangue para o meio externo (vias aéreas), pode ser por via indireta (sistema digestório)
Interna: sangramento para o interstício ou cavidades
CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA 
REXE: consecutiva à ruptura da parede vascular 
Causas: traumas, enfraquecimento da parede
Fisiopatogenia
- Lesão do próprio vaso ex: vasculites
- Lesão de estruturas adjacentes tuberculose, úlcera, neoplasias malignas
- Aumento da pressão sanguínea HAS
Hemorragia por DIAPEDESE: sangramento sem ou com diminuta solução de continuidade vascular, diapedese pelo endotélio
Causas: hipóxia, embolia gordurosa, septicemia por meningococos, alergia a drogas
CLASSIFICAÇÃO (MORFOLÓGICA)
Equimoses: sangramento no interstício que vemos por transparência através da nossa pele
· Petéquia (<2mm)
· Púrpura (2mm-2cm)
Hematoma: forma uma cavidade nova em decorrência do tanto de sangue que se acumula e afasta os tecidos lago hemático
· São mais raros que as equimoses, surgem com grandes lesões 
Tatuagens traumáticas lesões com bastões, com elos de corrente
Víbice: equimose lineal
Hemácias fora dos vasos se degradam a equimose vai sumindo ao longo do tempo
Sofre um processo de hipooxidação e vai mudando de coloração, em geral, some em 3 semanas
Hemorragia interna intracavitária no tórax hemotórax
· Não é hematoma porque não abriu uma nova cavidade, a cavidade já existia
CONSEQUÊNCIAS DA HEMORRAGIA
Choque hipovolêmico: perda de > 20% do volume total do sangue (corresponde a pressão arterial média menor do que 80mmHg)
Anemia: sangramento crônico/repetido (hipoxemia crônica) 
Asfixia: sangramento pulmonar intralveolar
Tamponamento cardíaco choque cardiogênico 
Síndrome compartimental: hemorragia intracraniana
DIÁTESE HEMORRÁGICA
CHOQUE (WLADIMIR)
Hipoperfusão sistêmica secundária a perda de volume sanguíneo/débito cardíaco hipotensão hipoperfusão de células/tecidos ↓ O₂
Hipotensão hipoperfusão hipóxia
PA < 100/60mmHg ou PAM < 80mmHg
CLASSIFICAÇÃO ETIOLOGIA
Cardiogênico (coração entra em choque)
Hipovolêmico (volume de sangue inadequado)
Séptico (infecção/toxinas fazem vasodilatação)
Neurogênico (sistema nervoso autônomo desregulado promove vasodilatação)
Anafilático (vasodilatação periféricapor processo alérgico grave)
Repercussões em órgão alvo
· Intestino
· Rins
· Fígado
· Suprarrenal e hipófise
· Pulmões
CHOQUE CARDIOGÊNICO
Falha da bomba miocárdica. Coração não consegue gerar pressão suficiente para que o sangue avance. Falha da bomba miocárdica por motivo intrínseco ou compressão extrínseca (tamponamento cardíaco)
Causas:
· Infarto miocárdio
· Ruptura cardíaca
· Arritmias
· Tamponamento cardíaco 
CHOQUE HIPOVOLÊMICO
Mecanismo: volume insuficiente de sangue ou plasma
Causas:
· Hemorragias
· Desidratação (vômitos, diarreia, queimaduras extensas)
CHOQUE SÉPTICO
Mecanismo: vasodilatação periférica
Causas: infecções bacterianas disseminadas (septicemias)
CHOQUE NEUROGÊNICO
Mecanismo: vasodilatação periférica por perda do tônus vascular
Causas: 
· Traumatismo crânio encefálico (T.C.E)
· Anestesia geral
· Lesão medular
CHOQUE ANAFILÁTICO
Mecanismo: hipersensibilidade por IgE
Causas: alergias
ESTÁGIOS DO CHOQUE
· 1º precoce (compensado)
· 2º progressivo (descompensado)
· 3º irreversível (com lesões teciduais francas)
CHOQUE E CONSEQUÊNCIAS 
Intestinos: necrose da mucosa, podendo atingir a camada muscular (Enterocolopatia hemorrágica por hipoperfusão esplâncnica)
Sítios: mais comum no cólon esquerdo e ângulo esplênico 
Rins: podem resultar em necrose tubular aguda
Evolução
Fase de oligúria (necrose)
Fase diurética (regeneração do epitélio tubular)
Hipófise: necrose isquêmica da adenohipófise
Consequência: insuficiência hipofisária (Síndrome de Sheehan gestação)
Coração: Hemorragias subendocárdicas e subepicárdicas
Necroses focais de fibras
Cérebro: encefalopatia isquêmica (hipóxica) 
INFARTO E INFARTAMENTO (WLADIMIR)
Isquemia: Disfunção celular em decorrência de ↓ O₂, causa déficit circulatório 
Fisiopatogenia: glicólise aeróbia baixa O₂ glicólise anaeróbia aumenta ácido lático e outros catabólitos (espécies reativas do metabolismo do oxigênio) dor e desiquilíbrio celular
Três lesões relevantes para o dano celular por radicais livres:
· Peroxidação lipídica das membranas
· Modificação oxidativa das proteínas
· Lesão do DNA
INFARTO: encher de sangue
Área de necrose isquêmica em um órgão/tecido, resultante da interrupção de seu suprimento arterial ou drenagem venosa insuficiente
Causas:
· Oclusão Arterial
· Oclusão Venosa
Observação: a oclusão vascular é geralmente causada por importante trombose e/ou embolia
TIPOS DE INFARTO:
Brancos (anêmicos) oclusão arterial, tecidos densos, palidez da lesão (miocárdio)
Vermelhos (hemorrágicos) oclusões arteriais ou venosas, tecidos pouco densos ou de dupla circulação (pulmão, intestino, fígado, cérebro)
Assépticos (sem microrganismos patogênicos)
Sépticos (com agentes de microbiota, presença de infecção) + grave
· Isquemia com rombo micótico (embolo infectado) ou infecção atinge a área necrótica por outras vias (sepse ou contiguidade)
OBS: a infecção bacteriana secundária converte a necrose para a forma liquefativa ou gangrena
Infartos podem ser:
· Sólidos
· Liquefeitos	
Infarto Venoso: Oclusão total da drenagem venosa
São sempre do tipo hemorrágico 
Obstrução venosa faz com que ocorra aumento da pressão tissular, ocorre hemorragia por diapedese no interstício (coloração vermelho), a hemorragia aumenta a congestão do edema e consequentemente ocorre isquemia e infarto
Formas especiais de infarto venoso:
· Estrangulamento de vísceras (ex: hérnias)
· Torção de pedículo de vísceras (ex: Volvo Sigmoide)
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A MORFOLOGIA DA ÁREA INFARTADA
Cuneiformes: ápice voltado para a zona de oclusão vascular
Fisiopatogenia: resulta da dicotomização (triângulo isósceles) dos vasos nesses órgãos
Obs: no cérebro e miocárdio a forma usualmente é irregular, dada a complexa vascularização colateral muitas anastomoses e complexidade de vasos sanguíneos 
INFARTO: área visível macroscopicamente após algumas horas margem hiperêmica (após alguns dias) heterólise reparação fibroblástica organização (cicatriz)
No Encéfalo: ocorre uma liquefação rápida área infartada é absorvida área cístificada gliose por astrócitos (reparação típica do SNC)
· O tempo de organização de um infarto é de 6 a 12 semanas (se o indivíduo sobreviver)
FATORES CONDICIONANTES DO GRAU DA LESÃO VASCULAR:
1. Estado geral do sangue e sistema cardiovascular (anemia, hipóxia, choque)
2. Padrão anatômico do suprimento arterial (suprimento único, duplo ou múltiplo)
3. Velocidade de desenvolvimento da oclusão
4. Vulnerabilidade do tecido à isquemia (cérebro e rim mais suscetíveis, ossos mais resistentes)
MORTE CELULAR (VALÉRIA)
Autólise: dissolução da célula a partir de enzimas da própria célula. Apodrecimento do tecido
Heterólise: destruição por enzimas que não são daquela célula
Morte celular refere-se a organismos vivos desencadeiam efeitos na circulação, o “corpo vivo” reconhece a parte morta como corpo estranho
Morte celular reconhece o tecido morto como corpo estranho reação inflamatória
· Isso ocorre em um organismo vivo
HÁ 3 TIPOS DE MORTE CELULAR 
1. Necrose
2. Apoptose
3. Necroptose 
1. NECROSE
Necrose significa morte celular em organismo vivo e seguida de autólise. Quando a agressão interrompe a produção de energia, os lisossomos perdem a capacidade de conter as hidrolases e estas saem para o citosol e iniciam a autólise; hidrolases lisossômicas digerem todos os substratos celulares. Além de autólise, quando há necrose são liberadas DAMP (HMGB1, uratos e fosfatos) que induzem reação inflamatória
- Alterações citoplasmáticas
- Alterações nucleares
Alterações morfológicas do organismo morto no organismo vivo
Morte regulada não tem o mesmo significado de morte programada: toda morte programada é regulada, mas nem toda morte regulada é programada
· Ex: célula decidiu morrer por necrose para eliminar o vírus, já que a apoptose foi inibida pelo invasor
Alterações Citoplasmáticas
Eosinofilia ↑ (célula morte fica mais eosifílica)
Perda da basofilia do RNA
Aumento da ligação da eosina com proteínas desnaturadas
Alterações Nucleares
· Picnose (núcleo contraído)
· Cariólise (núcleo sombreado)
· Cariorréxis (fragmentação)
Necrose de Coagulação
Predomina desnaturação proteica célula com o arcabouço preservado, mas com aspecto coagulado
Infarto do miocárdio tem essa caracterização 
Necrose Liquefativa
Tecido fica liquefeito processo de heterólise geralmente determinado por infecções purulentas de bactérias pirogênicas (ex: Streptococcus) 
Região adquire consistência mole, semifluida ou liquefeita, comum no tecido nervoso, na suprarrenal ou na mucosa gástrica
Pus = material viscoso, liquefeito, amarelo esverdeado 
· Necrose isquêmica no cérebro, ao invés de ser necrose de coagulação, faz uma necrose liquefativa. Os mecanismos acerca disso ainda não são conhecidos
Necrose Caseosa
Causada por tuberculose, mas também pode ter outras causas
Equilíbrio entre desnaturação proteica e destruição enzimática das proteínas
Tecido seco, branco/amarelado, fosco semelhante a um queijo
Esteatonecrose
Necrose enzimática do tecido adiposo provocada por vazamento de lipases pancreáticas, que em contato com as células adiposas liberam ácidos graxos, que vão se ligar ao cálcio e se depositar na periferia esteatonecrose disseminada na parede peritoneal
Aspecto amarelo dourado, placas parecidas com parafina de velas
Ocorre em carcinomatoses, tuberculose miliar, esteatonecroses
Evolução cronológica da necrose
- Alteração bioquímica 
- Alterações morfológicas
· 1º ultraestrutural (microscopia eletrônica) não é uma técnica rotineira
· 2º microscopia ótica
· 3º macroscópica
LESÃO MIOCÁRDICA
Lesão reversível: 0-30min
Lesão irreversível: 20-60min
Microscopia Eletrônica (ME): reconhecida após 30min
↑ das enzimas séricas: 2 horas
Microscopia Ótica (MO): reconhecida após 4-12 horas
Macroscopia: reconhecida após 12h-24 horas
· Indicativos de infarto na necropsia: vasos interrompidos/obstruídos, pois dependendo do tempo de morte não há alterações macroscópicas visíveis
EVOLUÇÃO DA NECROSE
· Regeneração (nem todas as células conseguem se regenerar)
Se a destruição épequena e o estroma é pouco alterado, há regeneração completa, como ocorre no fígado após hepatites discretas. Se a necrose é extensa, a trama reticular sofre colapso, e os hepatócitos não conseguem organizar-se no lóbulo hepático e formam nódulos.
· Cicatrização 
Processo em que os tecidos destruídos são substituídos por tecido conjuntivo cicatricial. Ocorre quando a lesão é extensa e, sobretudo, se as células afetadas não têm capacidade regenerativa. Pela contração dos miofibroblastos, a cicatriz tende a se retrair e a reduzir o volume da área comprometida
· Encistamento (transformação de tecido necrótico em cistos) 
Cisto = cavidade necrótica com líquido em seu interior
· Eliminação (ex: furúnculo)
Se a área de necrose alcança um canal que se comunica com o meio externo, o material necrosado é eliminado, originando uma cavidade. Na tuberculose pulmonar, em que o material caseoso é eliminado pelos brônquios, formando as cavernas tuberculosas
· Calcificação (deposição de sais de cálcio no tecido necrosado)
GANGRENA
É uma forma de evolução da necrose resultante da ação de agentes externos sobre o tecido necrosado
· Geralmente atinge as necroses isquêmicas
Tecido morto pode ter contaminação por bactérias purulentas anaeróbios produtores de enzimas que liquefazem os tecidos mortos e produzem gases fétidos que se acumulam em bolhas juntamente com o material liquefeito liquefação do tecido já necrosado por isquemia gangrena úmida/pútrida Comum em necroses no trato digestivo, nos pulmões e na pele, nos quais a umidade a favorece
Pode ocorrer também desidratação tecido desidratado/seco com aspecto de pergaminho gangrena seca extremidades de dedos, de artelhos e da ponta do nariz, geralmente por lesões vasculares como as que ocorrem no diabetes melito
Pode ocorrer também gangrena gasosa forma um tecido fétido, com bolhas. É secundária à contaminação com microrganismos do gênero Clostridium que liberam enzimas proteolíticas e lipolíticas e grande quantidade de gás, formando bolhas É comum em feridas infectadas e foi muito frequente na Primeira Guerra Mundial, quando, geralmente, era fatal
2. APOPTOSE
Morte celular programada. Diferentemente da necrose, a célula em apoptose não sofre autólise nem ruptura da membrana citoplasmática
É um fenômeno em que a célula é estimulada a acionar mecanismos que culminem com sua morte 
Função de tentar manter a homeostase (como na ativação de linfócitos) ou para favorecer a diferenciação (como na embriogênese)
Apoptose fisiológica
· Embriogênese
· Involução do hormônio dependente (gestação, aborto, útero, mamas)
· Deleção em populações (células sanguíneas, células com epitélio de descamação)
· Resposta inflamatória
· Resposta imune
Apoptose patológica
· Estímulos lesivos variados (traumas)
· Vírus
· Atrofia patológica 
· Mortes celulares em tumores
· Acompanhando a necrose
Morfologia da Apoptose Celular 
· Encolhimento celular
· Condensação da cromatina
· Formação de corpos apoptóicos 
· Fagocitose 
Vias de ativação
Via mitocondrial (intrínseca) ativação das caspases
Via receptor de morte (extrínseca) ativação das caspases
DANOS AO DNA: radiação ou quimioterápicos induz apoptose por estímulo genotóxico que envolve o gene TP53 (gene supressor de tumor). A proteína P53 acumula-se quando o DNA é lesado e interrompe o ciclo celular. Se o dano ao DNA não for reparado, a P53 desencadeia apoptose
Quando o TP53 estiver ausente ou mutado, as células do DNA danificado não sofrem apoptose. Neste caso, as mutações do DNA levam a transformação neoplásica
PROTEÍNAS MAL DOBRADAS: quando há incapacidade da célula em eliminar as proteínas mal dobradas, a célula ativa as caspases e induz a apoptose (estresse do RE). Relacionado com doenças degenerativas como Alzheimer e Parkinson, privação de glicose e oxigênio e calor
· Apoptose diminuída e aumento da sobrevida celular: câncer e doenças autoimunes
Apoptose aumenta com morte celular excessiva: doenças neurodegenerativas, lesão isquêmica, acidente vascular encefálico, morte de células infectadas por vírus
3. NECROPTOSE
Morte celular programadas independente de caspases
· Morfologicamente e bioquimicamente semelhante a necrose, mas não se associa à ativação de caspases e pode ser bloqueada por fármacos ou por inibição gênica
Patogeneticamente é desencadeada por esteato-hepatites, pancreatite aguda, doenças neurodegenerativas, em certas infecções virais, por ativação de receptores com domínio da morte, após agressão por radicais livres, substâncias tóxicas, hipóxia ou por sobrecarga de Ca++.
Ligação a um receptor de superfície (FNTR1)
Mecanismo não bem conhecido induz o aumento da permeabilidade lisossomal, aumento dos ERO, danos mitocondriais, depleção de ATP, alteração das organelas
NECROSE	 	 NECROPTOSE		 APOPTOSE
	TAMANHO CELULAR
	Aumentado
	Aumentado
	Reduzido
	NÚCLEO
	Picnose-carirrexíscariólise
	Picnose-carirrexíscariólise
	Fragmentação (cariorrexe)
	MEMBRANA CITOPLASMÁTICA
	Ruptura
	Ruptura
	Intacta - alteração estrutural
	CONTEÚDOS CELULARES
	Digestão enzimática
	Digestão enzimática
	Intacta
	INFLAMAÇÃO
	Frequente
	Frequente
	Ausente
	OCORRÊNCIA
	Patológica
	Fisiológica e patológica
	Fisiológica e patológica

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