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RELATÓRIO PRÉ-CLÍNICO ENDODONTIA I ALUNO: BRUNO FERREIRA DESMOTS DA SILVA MATRÍCULA: 2020075550 TURMA/SUBTURMA: 168-PE3 PROFESSORA: ANA CECÍLIA DINIZ De acordo com o Manual de Endodontia, disponibilizado pelos professores da disciplina, o objetivo do ensino pré-clínico em Endodontia, “é propiciar ao aluno o treinamento e desenvolvimento de suas habilidades técnicas na execução da terapia endodôntica, prévios ao atendimento do paciente”.Dessa forma, o pré-clínico foi realizado no laboratório, utilizando plástico de bancada, mini torno, e dentes humanos extraídos, obedecendo a normas de biossegurança como: uso de máscaras, óculos, gorro, avental e luvas. Sendo desenvolvidas as seguintes atividades: ● Abertura coronária ● Reconhecimento do instrumental endodôntico e preparo químico-mecânico utilizando técnica automatizada ● Obturação do canal radicular utilizando a técnica de Condensação lateral Seleção dos dentes e radiografias: Selecionei 3 dentes para realizar no laboratório pré-clínico de Endodontia I para realizar o preparo, instrumentação e obturação, sendo dois pré-molares e um incisivo central. Infelizmente não pude obter um canino, sendo assim, realizei outro preparo em um pré-molar adicional. As imagens radiográficas iniciais dos dentes foram retiradas antes da abertura coronária e apenas a tomada vestíbulo-lingual, utilizando o aparelho raio-x portátil. ABERTURA CORONÁRIA - DIA 1 A abertura coronária é a primeira fase do tratamento endodôntico e tem por finalidade permitir o acesso ao sistema de canais radiculares de uma forma direta, possibilitando e facilitando as fases subsequentes. A realização da abertura coronária ocorreu no dia 03 de agosto, durante as atividades do primeiro dia de laboratório pré-clínico. Incisivo central superior: dividi a superfície lingual/palatina do dente em terços, onde o terço central foi a área de eleição, sendo feita em formato de um triângulo com base voltada para incisal, vértice para cervical e com ângulos arredondados. Iniciei a abertura coronária utilizando a ponta esférica diamantada em alta rotação, perpendicular ao longo do eixo do dente realizando a forma apresentada acima. Ao atingir a dentina, alterei a angulação da broca para 45°, em sentido paralelo ao longo do eixo do dente, continuando a trepanação até atingir a câmara pulpar. Após a exposição da câmara pulpar, removi o teto remanescente utilizando-se a broca Endo-Z em alta rotação, e, posteriormente, realizei a forma de conveniência. Para avaliar a permanência de teto remanescente utilizei a ponta angulada da sonda exploradora. E por fim, remoção de ombro lingual com a Endo-Z. Pré-molares: Dividi a superfície oclusal em terços, em que, na fossa central, realizei a forma de contorno elíptica. Iniciei a abertura utilizando a ponta esférica diamantada em alta rotação, em posição perpendicular à superfície oclusal, até atingir a dentina. Troca para a 1557 até o fim da penetração, até sentir a “sua queda” na câmara pulpar. Após a exposição da câmara pulpar, removi o teto remanescente utilizando-se a broca Endo-Z em alta rotação, e, posteriormente, realizei a forma de conveniência, removendo as projeções laterais de dentina. INSTRUMENTAÇÃO E ODONTOMETRIA - DIA 2 No preparo químico-mecânico foi utilizado a técnica de instrumentação e automatizada, com o Sistema Rotatório Protaper Next. Assim, foi realizada a odontometria dos dentes selecionados. DENTE CANAL CT CPC REFERÊNCIA CDR CTP M2 INCISIVO 19,5mm 20mm Borda Incisal 21mm 20mm 25.06 PRÉ-MOLAR Vest. 21mm 21,5mm Cúspide Vest. 22mm 21mm PRÉ-MOLAR Ling. 21mm 21,5mm Cúspide Vest. 22mm 21mm PRÉ-MOLAR Vest. 19mm 19,5mm Cúspide Vest. 21mm 19mm PRÉ-MOLAR Ling. 19mm 19,5mm Cúspide Vest. 21mm 19mm Instrumentei seguindo as orientações dos professores e do Manual de Endodontia, utilizando tanto limas manuais, quanto rotatórias. Não realizei tomada radiográfica com uma lima tipo K no interior do canal, mas na clínica, após o cálculo do CTP, este passo é necessário, possibilitando verificar a relação entre a ponta do instrumento e o término do canal. A instrumentação seguiu o protocolo proposto no manual, sendo a Técnica automatizada - Sistema Rotatório VDW Rotate (ROT). Fase I - Exploração e Dilatação inicial Exame Radiográfico Inicial (Radiografia Periapical) → CDR = CTP Lima K #8, #10 e #15 → CTP Fase II – ODONTOMETRIA → RX (Lima #15) → CPC/CT Fase II I – REALIZAÇÃO GLIDE PATH Lima ROTATE 15/.04 (branca) → CPC Fase IV – PREPARO DO CORPO DO CANAL RADICULAR Lima ROTATE 20/.05 (amarela) → 2/3 CTP Lima ROTATE 20/.05 (amarela) → CTP Com Recapitulação com Lima k#10 Cpc Fase V – PREPARO APICAL DO CANAL RADICULAR Sendo canal médio: Lima ROTATE 25/.06 (vermelha) → 2/3 CTP → Lima ROTATE 25/.06 (vermelha) → CTP Utilizei as Limas manuais de 1ª série de 25mm, e o kit basic series VDW. No laboratório foi utilizado água para irrigar o canal do dente, entretanto na clínica será utilizada a solução irrigadora (Hipoclorito de Sódio). Sendo, esta, preconizada durante todo o preparo do SCR. Após o término do preparo do SCR, utilizou-se a solução de EDTA 17% para remover a smear layer. Colocando-se a solução de EDTA em um pote Dappen e, utilizando-se uma seringa descartável, preenchi o canal radicular, e agitei utilizando a ponta Easy Clean. Durante a instrumentação do pré-molar à direita, tive dificuldade no uso da lima rotatória em um dos canais (Vestibular), resultando na fratura de uma das limas rotatórias. Isto ocorreu devido a minha tentativa de realizar força contra o movimento do sistema rotatório, o que em um futuro atendimento se é compreendido a necessidade de leveza e aplicação de movimentos “vai e volta”. OBTURAÇÃO DO SCR - DIA 3 No último dia de pré-clínico, realizei a obturação dos canais dos dentes expostos acima. Após remoção da smear layer, a seleção do cone de guta-percha se deu pelo calibre do último instrumento utilizado no CT (M2). Dessa forma, selecionei o cone de guta percha FM como cone principal, tanto para o incisivo quanto para os pré-molares, uma vez que o último instrumento utilizado em todos estes foi a lima rotatória 25.06. Como havia ocorrido a fratura da lima, não prossegui com a obturação deste elemento. O incisivo passou pela prova do cone, mas foi necessário adaptá-lo utilizando uma lâmina de bisturi nº 15 e o pré-molar remanescente, realizei a reinstrumentação com todas as limas novamente para a posterior obturação, uma vez que o cone estava aquém no canal. O cone foi obturado com cimento de óxido de zinco e eugenol preparado em uma placa de vidro. Após a obturação do cone principal, utilizei de espaçadores digitais para verificar a necessidade de cones auxiliares, mas o cone principal já havia preenchido o canal. Na radiografia é visível o preenchimento com o cone de guta percha ao longo dos canais. O cone foi cortado com o instrumento de Lucas aquecido, em que após a radiografia, foi realizado o acerto desse passo, alcançando a embocadura do canal. Para finalizar, utilizei da guta-percha na extremidade final do canal e posterior fechamento do canal com óxido de zinco e eugenol.
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