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SINUSITES 
 
É o processo inflamatório e infeccioso que acomete os seios, principalmente os 
paranasais como maxilar (concha superior e inferior) e frontal. O seio maxilar 
comunica-se com a cavidade nasal através da abertura nasomaxilar, assim como o 
seio frontal com o maxilar através do orifício frontomaxilar. 
As sinusites de acordo com a etiopatogenia podem ser classificadas em 
primárias e secundárias. São primárias as sinusites decorrentes de infecções do trato 
respiratório superior, causadas frequentemente pelo Streptococcus equi e 
Streptococcus zooepidemicus, sendo mais rara a ocorrência do granuloma 
estafilocócico (botriomicose). As sinusites secundárias são causadas por dentes 
fraturados, deslocamentos dentários, mau-posicionamento dentário, lesões da coroa 
ou qualquer processo periodontal que culmine em alvéolo-periostite. 
A sinusite se manifesta por acúmulo de pus de características líquidas à grumos 
no interior dos seios, e que pode passar para a cavidade nasal e fluir pelas narinas. O 
fluxo poderá se intensificar quando o animal abaixa a cabeça e se o conteúdo 
purulento for bastante fluido. 
O diagnóstico é baseado principalmente na deformidade da região do seio 
comprometido e dependem da etiopatogenia, da presença de fístula, corrimento nasal 
purulento, apatia e som maciço à percussão do seio. As sinusites secundárias, na 
maioria das vezes produzem pus de odor fétido, e pode ocasionalmente ser em razão 
as infecções com micro-organismos anaeróbios. Nas sinusites primárias é importante 
que se observe se o animal não apresenta sinais de garrotilho ou infecções 
respiratórias superiores, ou que estas não tenham sido convenientemente tratadas 
quando se manifestaram no cavalo. Já nos processos secundários a lesões dentárias, 
o animal irá apresentar intensa halitose e alterações nos dentes da arcada superior 
(maior frequência) principalmente no 1º molar, 4º e 3º pré-molares. A percussão dos 
seios demonstrará sons de submaciço a maciço. 
As avaliações dos seios comprometidos por intermédio do Raio-X possibilitam 
a avaliação da gravidade das lesões ósseas, localização dos dentes envolvidos e a 
extensão da infecção. 
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O tratamento consiste no combate ao agente etiológico e drenagens do 
conteúdo dos seios paranasais. A drenagem dos seios será realizada por trepanação, 
uma das técnicas cirúrgicas mais antigas que se têm relatos, que consiste em 
perfuração óssea dos ossos da cabeça. Neste caso traça-se uma linha imaginária 
desde o canto medial do olho até a extremidade rostral da crista facial e sobre seu 
centro realiza-se a perfuração e a lavagem com soluções antissépticas como 
permanganato de potássio solução 1:1000 ou iodo-povidine solução a 1%. A 
drenagem e lavagem dos seios comprometidos devem ser acompanhadas da 
antibioticoterapia sistêmica, sendo sugerida a administração de penicilina procaína e 
benzatina 10.000UI/Kg IM. 
 
HEMIPLAGIA LARÍNGEA OU SÍNDROME DO CAVALO RONCADOR 
 
A hemiplegia laríngea, também denominada de paralisia da laringe e ruído 
laríngeo recorrente, é considerada uma das patologias mais frequentes que afetam as 
vias respiratórias superiores de cavalos de corrida entre 2 e 3 anos de idade. 
Caracteriza-se por redução da performance, intolerância ao exercício e ruído 
respiratório anormal. 
As causas mais comuns de hemiplegia laríngea são as sequelas de garrotilho, 
principalmente quando há linfadenopatia ou empiema de bolsas guturais; inflamações 
perivasculares junto à região da faringe e laringe; micose das bolsas guturais; 
abscessos perineurais recorrentes; neoplasias do pescoço; lesões decorrentes de 
laringotomias; esofagostomia e cirurgias reparadoras da traqueia. 
Podem também causar paralisia laríngea: saturnismo; envenenamentos por 
plantas e organofoforados; toxinas virais e bacterianas; deficiências de tiamina, e 
lesões traumáticas neurais ou perineurais do nervo laríngeo recorrente. 
A paralisia da laringe é consequente de uma axoniopatia distal do nervo 
laríngeo recorrente, responsável pelo estímulo necessário para a contração da 
musculatura intrínseca da laringe, em particular do músculo crico-aritenoídeo dorsal, 
responsável pela abdução da cartilagem aritenoide. Consequentemente, o processo 
irá resultar em atrofia neurogênica dos músculos envolvidos, sendo que 95% das 
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vezes, ele pode ser parcial ou completa no lado esquerdo da laringe. Lesões à direita 
ou bilateralmente são raras, e podem ocorrer em razão à afecção no sistema nervoso 
central, ou etiologias de origem sistêmica. 
Clinicamente o cavalo com hemiplegia laríngea apresenta baixa performance, 
intolerância ao exercício e ruído respiratório anormal caracterizado como chiado ou 
ronco, razão porque estes cavalos eram chamados de “chiadores” ou “roncadores”. 
O ruído laríngeo, audível em cavalos afetados, constitui apenas a turbulência 
do ar causada pela posição axial e falta de abdução da cartilagem aritenoide durante 
a respiração, causando um obstáculo mecânico, e forçando a passagem do ar pelo 
ventrículo e sáculo lateral esquerdo, que funcionam nestas condições como 
ressonadores. 
 
Figura: Imagem endoscópica da laringe de um equino com movimentação 
fisiológica de ambas as cartilagens. 
 
O tratamento deve ser médico e cirúrgico. Médico quando o cavalo é 
precocemente atendido, e é portador de enfermidades como o garrotilho, podendo 
utilizar a antibioticoterapia específica (penicilina benzatínica na dose de 90.000 UI/IM) 
para produzir melhora do quadro clínico. 
Quanto ao tratamento cirúrgico, inúmeras são as técnicas propostas para a 
resolução do ruído e da asfixia, entretanto, nenhuma delas é capaz de reparar 
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definitivamente e completamente as funções normais da laringe. A técnica menos 
complexa, e que em situações de emergência respiratória pode salvar a vida do cavalo 
é a traqueotomia ou traqueostomia com aplicação do traqueotubo. 
Os melhores resultados que poderão ser obtidos com a utilização das várias 
técnicas propostas, só ocasionalmente podem ultrapassar os 70% de recuperação 
total, mantendo-se comumente na média de 30% e 50%. 
O prognóstico sobre a performance atlética do cavalo submetido a qualquer 
das técnicas de tratamento da hemiplegia laríngea, deverá, devido ao 
comprometimento do rendimento pleno do animal. 
 
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (D.P.O.C.) 
É uma afecção relativamente frequente em cavalos de corrida produzindo 
redução da performance, intolerância ao exercício, dispneia expiratória, tosse e perda 
de peso nos casos crônicos mais graves. 
São muitos sinônimos pelos quais a D.P.O.C. é conhecida, entre eles citamos: 
enfisema crônico, bronquite crônica, bronquiolite crônica e obstrução de fluxo de ar 
recorrente. A etiopatogenia não se encontra ainda completamente esclarecida, assim 
como os sinais clínicos podem apresentar variações em termos de tipos de 
manifestações e de intensidade com que se manifestam. 
O tratamento deve ser médico e cirúrgico. Médico quando o cavalo é 
precocemente atendido, e é portador de enfermidades como o garrotilho, podendo 
utilizar a antibioticoterapia específica (penicilina benzatínica na dose de 90.000 UI/IM) 
para produzir melhora do quadro clínico. 
A D.P.O.C. pode ser consequentemente a processos pulmonares primários 
desencadeadores de bronquites e bronquiolítes, por manifestações alérgicas tipo 
asmática, poeira ou substâncias alérgicas em suspensão no ar. Tal fato pode ser 
observado pela alta prevalência do processo em cavalos estabulados em baias mal-
ventiladas. As camas de serragem ou de maravalha, rações fareladas e fenos secos. 
Facilmente eliminam partículas que ficam em suspensão no ar e são inaladas 
pelo cavalo, constituindo-seem fator irritante e antigênico importante no 
desencadeamento da afecção. Nesta situação ambiental, são predispostos cavalos 
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mantidos em manejo extensivo, exclusivamente a pasto, e que repentinamente são 
estabulados e alimentados com fenos e concentrados sob a forma de farelos 
principalmente. 
Esta enfermidade acomete principalmente cavalos em torno dos 5 anos de 
idade, podendo, no entanto, manifestar-se em cavalos com 2-3 anos quando iniciam 
as temporadas hípicas. 
A D.P.O.C. produz hipoxêmia, decréscimo da complacência e aumento da 
resistência pulmonar com baixa troca gasosa, compatíveis com quadro de obstrução 
difusa do fluxo de ar. O processo inflamatório que se instala, com produção de 
tampões de muco, restos celulares e exsudato, associado ao broncoespasmo 
decorrente da ação de mediadores químicos e estimulação de receptores alfa-
adrenérgicos, determina a manifestação e a intensidade dos sinais clínicos da doença. 
O quadro clínico se caracteriza por dispneia, hiperapneia, pouca tolerância ao 
exercício e expiração forçada. O aumento da frequência respiratória durante o 
repouso é a primeira manifestação clínica aparente da bronquite e em alguns casos 
do enfisema pulmonar, associada a uma dificuldade na expiração que se processa em 
dois tempos, em consequência à dilatação, perda de elasticidade, obstrução e 
finalmente ruptura dos alvéolos, consequências estas devido à obstrução do fluxo de 
ar causada por tampões mucosos, restos celulares e espasmos da musculatura lisa 
dos brônquios. Às vezes, os equinos podem apresentar corrimento seroso ou sero-
mucoso proveniente dos pulmões, ou mesmo, corrimento sero-mucoso-sanguinolento 
em virtude de rompimento de vasos alveolares. 
O diagnóstico da D.P.O.C. se baseia exclusivamente na manifestação clínica 
característica, devendo-se sempre descartar a possibilidade de afecção respiratória 
aguda. 
O tratamento pode ser conduzido no sentido de se aliviar a insuficiência 
respiratória do animal e deve estar direcionado para etiopatogenia da afecção. 
Cavalos com crises agudas podem ser tratados com anti-histamínicos 
(prometazina 0,5 a 1,0mg/kg) associados à corticoterapia (prednisolona oral 1 a 
2mg/kg). Drogas broncoespasmolíticas (clembuterol 0,8 µg/kg) e mucolíticas 
(Bisolvon®), ou em sistemas de nebulização (Pirbuterol 600g/cavalo), produzem alívio 
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imediato dos sintomas, principalmente quando se realiza oxigênioterapia 
concomitantemente. 
Os animais devem ser mantidos protegidos do vento, principalmente nos 
meses de inverno, ao ar livre ou baias arejadas. 
O prognóstico da doença é favorável, porém nos cavalos de corrida e de salto, 
a D.P.O.C. torna-os deficientes em termos de respiração, em razão à baixa 
capacidade de captação de oxigênio. 
 
PNEUMONIAS 
 
São doenças sempre graves que se caracterizam pela inflamação do 
parênquima pulmonar, frequentemente associada com inflamação dos brônquios, 
bronquíolos e pleura. 
Muitas podem ser as causas predisponentes de pneumonias nos equinos, 
podendo ser decorrentes de estresse causados por transporte prolongado e 
inadequado, trabalho forçado em animais débeis e enfermos, intervenções cirúrgicas 
e debilidade física geral. Podem também ser consequência de acidentes iatrogênicos 
ou não, como na intubação pulmonar nas passagens de sonda nasogástrica, 
ferimentos e traumas torácicos e traqueias, ou introdução de corpos estranhos nos 
pulmões. 
O ciclo pulmonar de alguns parasitos como Parascaris equorum e o 
Dictyocaulus arnfield também pode predispor ao desenvolvimento de pneumonia 
bacteriana. Os processos virais geralmente ocorrem como epidemias, ou endemias, 
com alta morbidade e baixa mortalidade. 
As pneumonias acometem com frequência os potros e cavalos adultos, sendo 
que nos cavalos adultos, os micro-organismos que mais frequentemente podem ser 
isolados são o Streptococcus zooepidemicus, Pasteurella hemolítica. Staphylococcus 
aureus, E. coli e a klebsiela pneumoniae. Em geral, os aspiradores traqueobronquiais 
em cavalos adultos, revelam infecções por S. zooepidemiccus ou Pasteurella sp, 
isoladamente ou associadas entre si, e a outros microrganismos patogênicos. Nos 
potros são comuns os isolamentos de S. zooepidemicus, Pasteurella sp., 
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Rhodococcus equi, e o Staphylococcus aureus, Actinobacillus equuli, Klebsiella e 
Salmonella spp. 
A sintomatologia está diretamente relacionada ao grau de extensão do tecido 
pulmonar afetado. A respiração rápida e superficial é o sinal mais importante do início 
de pneumonia e será mais intensa quando maior for o envolvimento do tecido 
pulmonar. A temperatura corporal pode atingir até 40-41ºC acompanhada por intensa 
depressão. Tosse seca ou produtiva; intolerância ao exercício; corrimento nasal 
bilateral mucoso ou mucopurulento podem ou não estar presentes. 
Nos casos graves, em que o processo pulmonar é extenso e difuso, ou quando 
a pneumonia não é suficientemente tratada, poderá ocorrer, secundariamente, o 
desenvolvimento de pleurite, que constitui o processo inflamatório da membrana 
serosa que “envolve” os pulmões, conhecida como pleura visceral, e a que “forra” a 
caixa torácica, denominada pleura parietal. A pleurite intensifica o quadro pulmonar, 
tornando a respiração dolorosa. O animal recusa mover-se apresenta respiração 
extremamente superficial, em consequência à dor: o animal geme ao caminhar ou 
tentar defecar e urinar. 
O diagnóstico se baseará nas características clínicas do processo e na 
auscultação e percussão do tórax, no sentido de detectarem-se as alterações do ruído 
respiratório, que podem apresentar: aumento do murmúrio vesicular, na fase 
congestiva, e estertores úmidos e crepitantes na periferia da área atingida, em casos 
de broncopneumonia. Nas pneumonias gangrenosas eventualmente o ar expirado 
poderá apresentar odor fétido, decorrente do comprometimento bacteriano ou da ação 
necrosante sobre o parênquima pulmonar. Quando há pleurite, a auscultação torácica 
revelará ruído de roce pleural nas fases iniciais, e ausência de ressonância pulmonar 
nos estágios exsudativos posteriores. 
O tratamento das pneumonias deve incluir obrigatoriamente que o cavalo 
permaneça abrigado em baias arejadas, e protegido do frio e vento. A terapêutica se 
baseará em antibióticos de amplo espectro ou o tratamento com drogas específicas 
quando cultura e antibiograma forem realizados. 
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Figura Lobo pulmonar apresentando lesões macroscópicas típicas de 
pneumonia. 
A oxigenioterapia e a aplicação de drogas de sustentação, tipo cortisona, 
associadas a antitérmicos, inalações com expectorantes como a bromexina ou 
mucolíticos e broncodilatadores como o ipratrópio bromato na dose de 2 a 3g/kg, 
complexos vitamínicos e fluidoterapia intravenosa, podem ser utilizadas quando o 
quadro respiratório for grave, para aliviar as consequências da inflamação 
proporcionando bem-estar físico ao animal. 
 
Pneumonia por Rhodococcus equi em potros 
 
As pneumonias constituem a grande causa da mortalidade entre potros do 
segundo ao sexto mês de vida. Dentre os agentes causadores de pneumonias nos 
potros, o Rhodococcus equi (antigo corynebacterium equi), tem sido o responsável 
por ocorrências de surtos epidêmicos e situações de graves endemias causadoras de 
grandes prejuízos à equideocultura empresarial. Além da infecção respiratória, 
caracterizada pela broncopneumonia abscedante, o Rhodococcu equi pode, ainda 
que ocasionalmente, ser o responsável por linfagites, abscessos subcutâneos, 
abscessos localizados no mesentério, diarreias, artrites sépticas e osteomielites. 
O Rhodococcus equi pode ser encontrado no solo seco,solo arenoso, no ar 
sob a forma de aerosois, e no trato intestinal. Por estas razões, a imunocompetência 
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do potro, constitui fator fundamental na defesa de seu organismo, impedindo a 
instalação e desenvolvimento da infecção, principalmente do segundo ao quarto mês 
de vida em que a imunidade passiva começa declinar. 
A infecção pulmonar no potro instala-se primariamente devido a inalação do 
agente infeccioso, ou mais raramente, consequente às ingestões repetidas, por parte 
de potros neonatos coprofágicos, de grande número de micro-organismos do solo e 
fezes. Esta forma de infectar-se pode ocasionalmente restringir o processo somente 
ao trato intestinal, desencadeando colites que resultam em ulcerações da mucosa. Os 
pulmões apresentarão broncopneumonia supurativa, com extensa abscedação 
associada à linfadenite traqueobronquial. Os potros manifestam dispneia que os 
dificultam mamar mesmo estando em repouso, além de ficarem debilitados e 
desorientados. Com a evolução do processo, a temperatura retal poderá atingir 41º C, 
elevar-se a frequência cardíaca, podendo-se observar, também, corrimento nasal 
bilateral com características mucopurulenta. A tosse é branda e profunda, não tendo 
características de crise. 
A auscultação pulmonar pode revelar estertores, chiados, sibilos, estalos, roces 
e áreas de silêncio ou apenas ruídos respiratórios “rudes” com redução dos sons do 
murmúrio vesicular. 
O tratamento consiste basicamente na utilização de antibioticoterapia. A 
instituição de medidas auxiliares, como aplicação de broncodilatadores, mucolíticos e 
anti-inflamatórios não hormonais, aliviam consideravelmente o quadro de insuficiência 
respiratória. 
Os cuidados gerais de enfermagem, como monitoramento clínico constante, 
oxigênioterapia, remoção das fezes para esterqueiras, instalações limpas, 
desinfetadas e arejadas são fundamentais na fase de recuperação dos potros e na 
redução da incidência de infecção pelo Rhodococcus equi. 
 
SISTEMA SANGUÍNEO E VASCULAR 
 
BABESIOSE 
 
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A babesiose, é uma doença causada por protozoários do gênero Babesia sp, 
que pode acometer bovinos, ovinos, suínos e equinos. 
Os equinos são infectados pela babesia caballi, que é um protozoário 
relativamente grande e que se “instala” nas hemácias, parasitando-as. O outro 
protozoário que também pode infectar os cavalos, nas mesmas condições, é a 
Babesia equi, esta de tamanho menor do que a 
B. Caballi, e produz, no interior das hemácias, ao exame do esfregaço 
sanguíneo, formas de roseta e de cruz. 
A babesiose do cavalo é transmitida por carrapatos, principalmente o 
Dermacentor sp, Rhipicephalus sp e Hyalomma sp, que ao se alimentarem do sangue 
de seus hospedeiros transmitem a ele, através de seu aparelho bucal , os protozoários 
responsáveis pela doença. A Babesia se instala no interior dos glóbulos vermelhos e 
aí se reproduz, até causar hemólise, isto é, a destruição da hemácia parasitada. 
A hemólise resulta em anemia grave, icterícia e, excepcionalmente, 
hemoglobinúria que, às vezes, é significante. A transmissão da B. Caballi e da B. Equi 
de uma geração a outra de carrapatos dá-se por infecção transovariana. Os ovos já 
são postos contendo o parasito que irá acompanhar todo o desenvolvimento até que 
o carrapato atinja os estágios ninfal ou adulto, para tornar-se infectante. 
O apetite pode permanecer presente nas crises menos graves, ou até mesmo 
ocorrer anorexia quando os cavalos são intensamente afetados. Nestas condições os 
animais adultos podem ficar imóveis, relutantes para movimentar-se e alguns chegam 
mesmo a permanecer em decúbito esternal ou lateral, não respondendo quando 
estimulados. A icterícia aparece discretamente como uma ligeira descoloração da 
conjuntiva ocular e das mucosas, para posteriormente apresentar-se de coloração 
fracamente amarelada, até amarelo-escura. Há edema na região do machinho e 
ocasionalmente nas partes baixas do corpo e na cabeça. 
Os animais jovens apresentam os sintomas com muito mais evidência, 
manifestando intensa icterícia, fraqueza e petéquias nas mucosas. As fezes em todos 
os doentes podem estar cobertas de muco e raramente apresentam estrias de sangue. 
Ocorre grande eliminação de urina, sendo que nas infecções por B. equi não são raras 
as ocorrências de hemoglobinúria. 
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Devido à hemólise, a contagem dos glóbulos vermelhos pode chegar a 1,5 
milhões de hemácias por milímetro cúbico de sangue, caracterizando um quadro 
alarmante de anemia hemolítica. 
O diagnóstico se baseia nos achados clínicos e, sobretudo no exame 
laboratorial do sangue. Quando mais de 5% das hemácias está parasitada, diante do 
quadro clínico descrito, a doença é aguda e deve ser imediatamente tratada. 
Nas formas crônicas em que os animais apresentam manutenção do apetite, 
eventualmente elevações térmicas moderadas, enfraquecimento e anemia 
paulatinamente progressiva, apenas 1 a 2% das hemácias podem ser encontradas 
parasitadas pela Babesia. 
O tratamento não está muito bem estabelecido, porém, excelentes resultados 
têm sido obtidos com o uso do diazoaminodibenzamidina na dose de 3 mg/kg, que 
pode ser repetido após 24 horas, se necessário, ou Imizol na dose de 1ml para cada 
50kg de peso vivo, podendo ser verificado por exame de esfregaço de sangue se o 
parasito foi combatido. 
A profilaxia é realizada de maneira semelhante à babesiose bovina, 
procurando-se erradicar os carrapatos vetores. O controle de carrapatos em cavalos 
de esporte e trabalho por meio de aspersões periódicas de carrapaticidas, como o 
Butox®, constitui prática aconselhável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura: Animal com Babesiose. 
 
TRIPANOSSOMOSE 
 
O “mal-das-cadeiras” é uma hemoparasitose causada pelo Trypanosoma 
equinum, que mesmo não sendo de ocorrência frequente, causa grande apreensão 
aos proprietários de equinos e aos veterinários, em razão às manifestações clínicas. 
O Trypanosoma equinum é transmitido pela picada de moscas hematófagas, 
que são os principais vetores, e eventualmente, de forma acidental, por meio dos 
morcegos hematófagos. 
Quando os Tripanossomas se estabelecem no plasma sanguíneo, multiplicam-
se tanto que podem atingir quantidades equivalentes a 30% do número de glóbulos 
vermelhos. O animal apresenta febre, que no início pode atingir até 40,5 a 41,5ºC, 
cujo pico máximo está relacionado com a invasão do plasma pelos Tripanossomas. 
Esta elevação térmica pode durar de dois a três dias, com remissões diárias até 
39,5°C e rapidamente descer aos valores normais. Em seguida, geralmente ocorre 
um período apirético de 7 a 9 dias, com remissões de 36,6°C, para depois se iniciar 
um novo período febril, porém sem que os picos iniciais de febre sejam novamente 
alcançados. Os períodos de febre e de apirexia correspondem à presença ou ausência 
dos protozoários na corrente sanguínea e são desencadeados principalmente pelos 
parasitos mortos pelas defesas do organismo. A anemia hemolítica é progressiva, 
podendo ocorrer icterícia que pode ser observada nas mucosas e conjuntivas 
amarelas. 
O animal apresenta transtornos de locomoção, em virtude da redução do tônus 
muscular, principalmente dos membros posteriores, e paraplegia posterior, nas fases 
finais e nos casos graves, provavelmente de origem na medula espinhal. 
É de fundamental importância para a confirmação do diagnóstico, o encontro 
do parasito no sangue, que pode ser feito pelo exame direto com sangue fresco, 
colhido de uma veia marginal – orelha – ou pela gota espessa que é um recurso 
especial que pode ser utilizado quando o exame direto for negativo. Os 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.brTripanossomas também podem ser pesquisados, para efeito de diagnóstico no líquido 
cefalorraquidiano (líquor). As amostras podem ser coletadas por punção no espaço 
lombossacral com o cavalo em pé, sedado e contido. O tratamento é feito 
exclusivamente com quimioterápicos como composto de triparsamida, triplaflavina e 
derivados da ureia. 
A profilaxia se restringe ao controle dos vetores e nos cuidados de higiene, 
eliminando os focos criatórios das moscas hematófagas. Como o reservatório da 
infecção é o próprio cavalo enfermo crônico, capaz de manter o protozoário por muito 
tempo, deve-se estar atento a qualquer manifestação febril nos outros indivíduos do 
rebanho, possibilitando o diagnóstico e tratamento precoce da doença. 
 
 
Figura: Equino apresentando sinais neurológicos característicos de 
tripanossomose. 
 
 
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