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EXAMES CONTRASTADOS ALEXANDRE MORAES Técnico de Radiologia CRTR RJ 14796T São exames radiológicos, que com auxílio de contraste, permitem visualizarmos estruturas e partes anatômicas, com clareza de detalhes. Permitem diferenciação radiográfica entre estruturas cuja composição química inclui elementos de número atômico baixo, pois possuem em sua composição elementos químicos de elevado número atômico. Classificação dos Meios de Contrastes Os Meios de contrastes radiológicos se classificam quanto a: 1Capacidade de absorver radiação; 2Composição; 3Solubilidade; 4Natureza química; 5Vias de administração e 6Capacidade de dissociação. CAPACIDADE DE ABSORVER RADIAÇÃO: POSITIVOS ou RADIOPACOS – quando presentes em um órgão e absorvem mais radiação do que as estruturas vizinhas. NEGATIVOS ou RADIOTRANSPARENTES- é o caso do ar e dos gases que permitem a passagem dos raios x mais facilmente. COMPOSIÇÃO: Contrastes iodados (IODO) – sistema circulatório (vascular) e sistema urinário; Sulfato de Bário (BÁRIO) – sistema gastrointestinal; Gadolínio – sistema circulatório (vascular) – ( RESSONÂNCIA MAGNÉTICA ) Tecnécio 99 sistema vascular/ endócrino e outros (MEDICINA NUCLEAR) SALUBILIDADE: HIDROSSOLÚVEL dissolvemse em água. LIPOSSOLÚVEL dissolvemse em lipídios (gordura). INSOLÚVEL não se dissolvem. NATUREZA QUÍMICA Podem ser: Orgânicos: são aqueles que contêm carbono (C) em suas moléculas; Inorgânicos: são aqueles que não contêm carbono (C) em suas moléculas. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Oral: quando o meio de contraste é ingerido. Ex: sulfato de bário para EED (esôfago estômago e duodeno ). Parenteral: quando o meio de contraste é ministrado por via endovenosa, como é o caso da urografia excretora e da flebografia, ou por via arterial as arteriografias. Endocavitário: quando o meio de contraste é administrado através de orifícios naturais que comunicam alguns órgãos com o exterior. Ex: enema opaco, uretrocistografia miccional, histerosalpingografia e outros. Intracavitário: quando o meio de contraste é ministrado através da parede da cavidade em questão. Ex: colangiografia pósoperatória pelo dreno, artrografia, fistulografia e outros. SULFATO DE BÁRIO ( BaSO4 ) EED – ESÔFAGO , ESTÔMAGO E DUODENO TRÂNSITO INTESTINAL ( Cólons, Flexuras e Reto ) EXAME COM O USO DO SULFATO DE BÁRIO Nos exames comuns de RX, observamos os contornos, alinhamentos, paralelismo e composição da imagem numa harmonia que complete uma analise satisfatória sobre o exame. Também no caso dos exames contrastados temos alguns itens que são de extrema importância para que o mesmo seja alvo de um laudo e diagnostico preciso. DADOS FORNECIDOS NA IMAGEM PELO ENCHIMENTO: Motilidade: se refere a relação entre o contraste e a parede do órgão ou seja, a própria capacidade de movimento do órgão em questão. Ex: peristaltismo. Mobilidade: se refere as palpações radiológicas, mudanças de decúbito e manobras de respiração. Elasticidade: referese ao aumento e diminuição do calibre do órgão em questão. Exemplos: estenose, megacólon, etc. IODO ( I ) UROGRAFIA EXCRETORA ( Cálices Renais, Ureteres e Bexiga ) HISTÓRIA DO IODO ( I ) A descoberta pela propriedade radiopaca do iodo (I) foi feita por acaso, na década de 1920. Nesta época, um paciente que fazia tratamento de sífilis com iodeto de sódio teve de se submeter a um exame radiográfico da coluna lombar. Ao examinar a radiografia, o radiologista se surpreendeu, pois conseguiu delinear os contornos dos rins, ureteres e até da bexiga. Teve início então a história dos Meios de Contrastes radiopacos iodados. MEIOS DE CONTRASTES IÔNICO O iodo absorve a radiação ionizante em grau elevado, em virtude de seu peso molecular alto. A estrutura química básica dos contrastes iodados é o anel benzênico e seus átomos de iodo, além dos componentes complementares, como os grupos ácidos e os substitutos orgânicos que influenciam a excreção e a toxicidade desses contrastes. MEIOS DE CONTRASTES IÔNICOS Quanto ao número de anéis benzênicos existentes no composto, o contraste é chamado de monômero (um anel) ou dímero (dois anéis). MEIOS DE CONTRASTES NÃO IÔNICOS Os contrastes iônicos e nãoiônicos se diferenciam substancialmente em osmolalidade. Os primeiros possuem maior osmolalidade em virtude da dissociação dos cátions e ânions na solução. Outro aspecto a ser considerado é a viscosidade. As formulações diméricas nãoiônicas são mais viscosas do que as monoméricas iônicas, porque “quanto maior for a molécula do composto, maior será a sua viscosidade”. A viscosidade é modificada com a temperatura, o contraste se torna menos viscoso na presença de temperatura elevada. O QUE É OSMOLALIDADE ? Osmolalidade: é a capacidade molecular do contraste em dissolver suas substâncias no tecido extra celular mais específico na membrana celular, na região radiografada. Nos contrastes modernos a baixa osmolalidade, pois quando isso acontece causamse muitas trocas de íons nos átomos da célula que compõe os tecidos aumentandose os efeitos colaterais do organismo. GADOLÍNIO ( Gd ) TECNÉCIO ( Tc ) O USO DE CONTRASTE EM RADIOISÓTOPOS OS MEIOS DE CONTRASTES SÃO PERIGOSOS ? CUIDADOS ANTES DE USAR O CONTRASTE: Alguns pacientes podem apresentar reações adversas ao uso de substâncias contrastantes, por isso sempre que algum tipo de contraste for necessário para uma avaliação de imagem, deveremos orientar ao paciente a responder um QUESTIONÁRIO DE ANAMNESE. Você é alérgico a algo? Já apresentou febre do feno, asma ou urticária? È alérgico a quaisquer drogas ou medicamentos? È alérgico a iodo? È alérgico a frutos do mar ou mexilhões? È alérgico a outros alimentos? Já foi submetido a exame radiológico que exigisse uma injeção em artéria ou veia? Uma resposta positiva a qualquer uma dessas perguntas nos previne para uma maior possibilidade de reação. PRECAUÇÕES: Como medida preventiva, alguns radiologistas costumam prescrever anti histamínicos ou corticosteróides ou corticóides para serem tomados antes do exame. TIPOS DE REAÇÕES Leves: sensação de calor e dor, eritema, náuseas e vômitos. Sendo que as duas últimas não são consideradas reações alérgicas. Moderados: urticária com ou sem prurido, tosse tipo irritativa, espirros, dispnéia leve, calafrios, sudorese, e cefaléia. Grave: edema de glote, dor torácica, dispnéia grave, taquicardia, hipotensão, cianose, agitação, contusão e perda da consciência, podendo levar ao óbito. CONTRA INDICAÇÕES AO USO DO IODO Hipersensibilidade ao meio de contraste iodado , Anúria ( RETENÇÃO URINÁRIA ) , Mieloma Múltiplo , Diabetes, principalmente melitus ( COM USO DE CLORIDATO DE METFORMINA ) , Doença hepática ou renal grave , Insuficiência cardíaca , Anemia Falciforme , Feocromocitoma ( É um tipo de tumor raro que aparece no tecido de algumas glândulas, mais comumente nas adrenais, glândulas que ficam acima dos rins, na parte posterior do abdômen e causa hipertensão, entre outros sintomas ) CONTRA – INDICAÇÕES AOS USO DO SULFATO DE BÁRIO Por ser um composto insolúvel, o sulfato de bário é contra indicado se houver qualquer chance de que possa escapar para a cavidade peritoneal. Isso pode ocorrer através de vísceras perfuradas, ou no ato cirúrgico se este suceder o procedimento radiológico. Em qualquer dos dois casos, deve ser usado então contraste iodado ou hidrossolúvel, que podem ser facilmente removidos por aspiração antes da cirurgia ou durante esta; por outro lado, se essas substâncias passarem para a cavidade peritoneal, o organismo pode absorvela facilmente. CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS Agitar bastante o frasco de suspensão, antes do uso; Associar a essência à suspensão, de acordo com a preferência do paciente; Orientálo quanto à ingestão de maior quantidade de líquidos para facilitar a eliminação do bário TELECOMANDO OU TELECOMANDADO ATÉ A PRÓXIMA AULA