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Avaliação da Vítima-DESKTOP-HBHI7ME

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Avaliação da Vítima:
Gabriella R. de Oliveira
Primeira ação:
Qual a ação inicial do socorrista em um cenário de primeiros socorros: avaliar e garantir a segurança do local para fazer o atendimento e sinalizar a área, chamar os serviços de atendimento móvel, polícia se necessário, bombeiros, defesa civil, Cemig, dependendo do cenário envolvido
Proteção do Socorrista:
- Riscos visíveis e invisíveis: doenças infectocontagiosas que o paciente pode ter e se o socorrista não tiver segurança essas podem ser transmitidas, logo, deve-se usar equipamentos de proteção quando em contato com feridas abertas, fluidos corpóreos e sangramentos, contato com mucosa, respiração, vômito, exsudato (parte do plasma sanguíneo), EPIs: máscara, luva, óculos, jaleco, a luva já é suficiente para o socorrista, mas em caso de lesões arteriais e vomito em jato, não deve-se chegar perto do indivíduo. Isolamento de substancias corporais, obrigatório o uso do EPI
- Não pode se transformar em outra vítima, não deve colocar sua integridade em risco por conta da vida de outra pessoa, trabalhar sim, adoecer não, não bancar o super herói
- Lesão cutânea (pode ser herpes e hanseníase), ferimentos, diarreia, vomito, icterícia (hepatite), cervicalgiaposterior (meningite), tosse, espirros, exsudato. Mas a ausência de sinais e sintomas não descarta doença infecciosa, todo paciente esta doente até que se prove o contrario, por meio de exames, investigação ampla, busca de uma história clínica ampliada
Avaliação Primária: avaliação rápida e instituição de medidas terapêuticas, o tempo é essencial, abordagem sistematizada: avaliação inicial, existe para otimizar o tempo, intervenções precisam ser imediatas
Cenário:
· Pulso ausente: está em parada cardiorrespiratória, deve-se fazer uma ressuscitação cardiopulmonar, primeiro na prioridade de socorro e atendimento em vista de pacientes com traumas, fraturas e lesões quando tem a condição de atender todo mundo
· Situação de desastre: tsunami, prédio que caiu, desabamento, soterramento, quedas, fenômenos ocasionados pelo homem e natureza, salva-se aquele que tem maior possibilidade de sobreviver, e vao consumir menos recursos, dá para salvar mais pessoas, uma vez que algumas lesões de pessoas é tão grave que já morreram, demora muito, terá sequelas
· Protocolo Start: teto caiu sobre, todos sofrendo, tem a classificação por cor, quem está ouvindo, levantando estão menos graves, quem não conseguiu levantar faz avaliação rápida para verificar se não tem chance de sobreviver e aquelas que tem lesões passiveis de resolução, é profissional 
· Comunicação com a Vítima: socorrista precisa ter uma comunicação direta, um contato, verbal e não verbal, cuidado com as expressões que fala próxima da vítima
· 3 C’s: C competência (vítima enxerga através de suas atitudes e sente seguro), C confiança (sente baseado na competência e na sua comunicação com a vitima, como foi a abordagem) e C compaixão (empatia, se colocar ao lado do outro, enxergar a mesma coisa que a pessoa, estar do lado dele, apoiar o paciente)
· Abordagem: olá, meu nome é mateus, sou treinado em primeiros socorros, gostaria de ajuda-lo, tudo bem?. Precisa ter o consentimento da vítima, quando consciente ela diz, e quando inconsciente pressupõe o consentimento
Triagem: X > A > B > C > D > E
Teorizar RCP:
Sistematização do atendimento, ordem de prioridade:
· X > mata mais que o A: hemorragia externa exsanguinante, sangue tem que ser visível, sangramento de grandes proporções, ex: amputação traumática quando a pessoa prende um membro no local, ruptura de úmero: taça no bolso, rompimento de grandes artérias, sangue/hemorragia pulsátil, ex: femoral, aorta
· A > mata menos que X mas mata mais do que o B: imobilização cervical (em todos os casos e pacientes), fraturas cervicais e via aérea pervéa (desobstruída) cuidado em proteger a coluna cervical e mantela estável, bem como manter as vias aéreas desobstruídas, pode ocorrer hipóxia cerebral e ir a óbito. Lesão cervical estável: lesão da vertebra sem comprometer a medula, por isso deve imobilizar, exemplos de vias aéreas obstruídas: dente, sangramento nasal e oral, língua relaxada ou flácida deitado de costas (músculo relaxa quando fica inconsciente), por corpo estranho, engasgamento
· B > mata menos do que o A, mas mais do que o C: ventilação (respiração) e oxigenação inadequadas, oferecer oxigênio, acionar serviço o mais rápido para que esse seja disponível ao paciente, avaliar o padrão respiratório do paciente: frequência regular de 16 a 20, pelos movimentos inspiratórios e expiratórios, expansão pulmonar e torácica simétrica
· C > mata menos do que o B, mas mais do que o B: circulação e controle da hemorragia interna, sangramento de menor proporção, ex: ferimento cortocontuso, ferimento lacerante. Avaliar circulação: se esta em colapso circulatório: sinal roxo tardio, sinal clinico mais importante que altera mais rápido é a perfusão periférica (capilar), turgor, coloração da pele. Sinais clínicos para avaliar colapso circulatório: circulatório e controle da hemorragia, débito cardíaco diminuído, cianose, palidez, turgor, rebaixamento de consciência, taquicardia, má perfusão periférica (avalia estado de melhora e piora)
· D > mata menos do que o C, mas mais do que o E: estado neurológico: 3 avaliações, nível de consciência, resposta sensitiva (se perdeu sensibilidade ao longo do corpo, resposta sensorial do paciente) e pupila (se tem lesão neurológica grave a pupila altera, lanterna pupilar). Escala de coma de Glasglow: nível de consciência, olhar por 5 segundos e saber a nota do paciente
· E > mata menos do que o D, mas mais do que o D: exposição (com roupa não consegue avaliar lesões menores e podem passar despercebidas, deve cortar a roupa e avaliar essas lesões, socorristas não precisam cortar, espera o SAMU chegar) e controle da temperatura (minimizar a possibilidade do paciente perder calor, se tiver molhado ou não, cobre o paciente, lençol, cobertor, manta, agasalho, aquecendo a vitima com trauma que pode ocorrer hipotermia agravante para o paciente > arritimia e distúrbio de coagulação) e controle de exposição: SAMU chega e faz a avaliação
Desastre:
- 3 vitimas com lesões diferentes: quem atender primeiro: criança, idoso, grávida, deve-se analisar as condições clínicas distintas desses, não é idade que define prioridade, é a condição clínica, pela triagem baseada no XABCDE, lesões mais graves precisam de intervenção mais rápida
- Sistematização da grávida: XABCDEF, por último avalia o feto, se a gestante está numa condição clinica favorável, o feto também está. A grávida e o feto vão ser atendidos na mesma classificação e ordem
Manobras:
- Manobras de permeabilização de vias aéreas: sem precisar por a mao na boca da vítima, Chin LIft (levantamento do mento) e Jaw Thrust (anterorização da mandíbula)
- Vítima verbalizando: tem-se vias aéreas desobstruídas, o ar está passando pela laringe, não tem obstrução de via aérea, voz rouca (lesão de laringe), voz molhada (pode ser sangramento), deve-se avaliar o padrão da voz 
- Manter a proteção manual da coluna cervical: as mãos nas laterais da cabeça, mobilidade da coluna cervical é grande em impactos, sofre efeito chicote, risco de lesão é grande, por isso deve-se considerar a existência de lesão cervical em todas as vítimas até que se prove o contrário, faz imobilização manual da cervical, depois o medico vai avaliar, raio x e avaliação clinica, dispensando ou não a imobilização cervical sempre dentro do hospital, pode ter lesão na vertebra mas com medula integra, mantém se a vertebra estável, lesão estável com a imobilização manual
- A permeabilidade das vias aéreas não significa ventilação adequada, precisa do SAMU porque dentro da respiração/ventilação precisa-se preocupar com a oxigenação, risco de hipoxemia, precisa de 02, e o suporte medico que tem, sendo assim precisa-se chegar rápido, toda vitima de trauma deve precisar de 02, uma boa ventilação exige um bom funcionamento dos pulmões, parede toraxica e diafragma
Sinais Clínicos:
-Cianose: diminuição da perfusão, altera coloração da pele, depois tem a cianose, cor roxa ou azul, não espera essa aparecer, quando chega com esse sinal, esta sofrendo de hipoxemia a muito tempo, hipoperfusão, hipotensão. Central: boca e tórax, lábios, língua, Periférica: nas extremidades, má perfusão, pele pálida, fria, pulso fino e fraco, rebaixamento de consciência 
- Hemorragia, principal causa morte pós-traumáticas evitáveis, hipotensão vem antes de hipovolemia, elementos clínicos importantes e rápidos: nível de consciência, cor da pele e pulso
Tipos de sangramento:
- Sangue pulsátil, esguincha, vermelho vivo e intenso, sangue arterial, não interrompe fácil
- Sangue venoso: vermelho mais arrocheado, escuro, não tem pulsação, esse sangramento também pode ser intenso e de difícil controle, melhor forma é fazer compressão manual direta sobre o ferimento, coloca pano sobre e comprime
- Torniquete: sangramento volumoso que não foi interrompido, em ultimo caso, como amputação traumática
- Sangue capilar: volume menor, coloração é entre arrocheada e avermelhada, igual sangue que é retirado no exame de glicemia
Conceitos de resposta motora:
Plegia: não tem movimento muscular, paralisação total, pode ter hemi (paralisia somente de um lado só do corpo), para (vai ter paralisia dos dois membros inferiores) ou tetra (paralisia de todos os membros, inferiores e superiores)
Paresia: quando tem diminuição de forca muscular, ex: AVE, derrame, movimenta mais fraco
Parestesia: diminuição de sensibilidade com sensação de formigamento, pode ter paresia associada
Escala de Coma de Glasgow:
escala criada para avaliar nível de consciência em pacientes neurológicos, tinha que acontecer um TCE para avaliar essa escala, mas hoje é usada na clinica em geral, define nível de consciência por essa, é um Score, número, padrão universal, é a mesma coisa e todos entendem, ainda não foi adotada a avaliação pupilar nesta, pelo PHTLS, na parte de cima soma, e na parte de baixo subtrai, mínimo é 3 e o máximo é 15, se entrar pupila, mínimo é 1, e máximo é 15, não pode aumentar. 3 avaliações: abertura ocular (1 a 4), resposta verbal (1 a 5, avaliar pela comunicação verbal) e resposta motora (1 a 6, pelo toque, estimulo doloroso na face plantar do pé com objeto, limite até onde a mão gira, estimula no esterno, leito ungueal na base da unha, glabela do osso nasal órbita, onde dói muito com pouca força no estímulo), olho > boca > mão (4, 5, 6), mínimo 1, não existe 2 em Glasglow
Avaliar as pupilas e resposta motora e sensitiva: reação pupilar com relação as respostas de estímulos luminosos, estado, pode ser inexistente, parcial ou completa, resposta motora após estímulo doloroso, se há movimento, resposta sensitiva, se o paciente sente dor, sente o toque
· Jovem vítima de queda, assim que você chega ele olha para você, conta o que aconteceu e aponta para o pé, referindo dor: AO: 4 de abertura ocular, MRV: 5 resposta verbal, MRM: 6 resposta motora: Glasglow 15
· Idosa refere mal estar seguido de queda, deitada em decúbito dorsal, móvel e respiração regular, ao chamar ela responde com abertura dos olhos, dislálica e movimenta a cabeça com sim ou não quando questionadas: AO: 3, MRV: 2, MRM: 6, Glasglow 11
· Jovem acidentado por motocicleta, deitado ao solo, imóvel, e respiração regular, ao chamado não evidencia 
· respostas, ao estimular dor é verificado abertura ocular e movimento de flexão balanço em MSE, perna esquerda também movimenta, MSD e MID mantem imóveis, nenhuma outra resposta é observada: AO: 2, MRV: 1, MRM: 4, Glasglow 7 
· Adulto vitima de atropelamento, está no solo em decúbito dorsal, taquipneica e corada, ao chamado e ao toque vigoroso mantém-se imóvel: AO: 1, MRV: 1, MRM:1, Glasgow: 3 
Pupilas: avaliar o diâmetro dessas, sempre avaliar após um estimulo luminoso: lanterna, erradiar o feixe de luz sobre a pupila e após isso, avalia o estado estático da pupila: primeiro dilatação e contração, no final que considera o diâmetro, ver se esta fotorreativa, paralitica, sempre anotar o diâmetro da pupila e se ela esta ou não reativa a luz
Avaliação do diâmetro da pupila numa escala numérica: 1 a 10 mm, relatar no prontuário 2+, 2+: isocorica, 2 mm de diâmetro, que são reativas a luz. 2+/8-: anisocoria, direita 2 mm reagente a luz, esquerda 8 mm não reagente a luz. Primeiro dado é da pupila da direita, e segundo da esquerda
· Normal: mesmo diâmetro, e ambas reativas a luz
· Isocoria: quando estão no mesmo tamanho/diâmetro
· Anisocoria: quando elas estão em diâmetros diferentes
· Miose: diâmetro menor, contraída, menor que o normal com iluminação
· Midriase: diâmetro maior, dilatada
· Quando está com midríase e isocorica: 3 ou menos mm miotica, 7 ou mais mm, midriatica: ambas as pupilas ou relata anisocoria e diâmetros de cada uma delas
Avaliação Secundária
· Iniciada depois de completar o exame primário e quando a vítima demonstrar tendência para normalização de suas funções vitais, realizada por profissionais, socorristas profissionais
· Perguntar onde dói, e avisar que vai verificar os sinais vitais da vítima, detalhamento da queixa, verificar os sinais vitais
· Buscar saber a história clínica: informações detalhadas sobre condição prévia da vitima
· SAMPLA: para coletar a historia, S: sinais e sintomas, A: alergia, M: medicamentos de uso habitual, contínuo P: passado médico, clinico e cirúrgico, prenhes (gravidez) L: líquidos e alimentos ingeridos recentemente e o A: ambiente de trauma, forma em que houve a lesão, forma de trauma, prevê as lesões, entra no mecanismo de trauma
· Mecanismo do trauma: lesões são influenciadas pelo mecanismo do trauma, alguns tipos de lesões podem ser suspeitadas de acordo com a direção 
· Tipos de colisões, prevem a possível lesão, atropelamento é todas as lesões possíveis. Colisao frontal: trauma crânio cefálico, trauma torácico, trauma pélvico. Ferimento cortocontudo, facada: mulher realiza no sentido crânio-caudal e homem vai no sentido caudal-cranial, depende do tipo da faca, forca da pessoa, e da vitima, se for homem a chance de ser um ferimento mais profundo é maior, pois tem mais forca, mas mulher pode ser mais grave também
· Realizar um exame físico: geral, de todos os sistemas, muito detalhado, analisando:
· Pede exames principais e complementares: depende da vitima, hemograma, com base no exame clinico e físico, tanto exames laboratoriais quanto exames de imagem: raio x, tomografia, ressonância
· Proceder com reavaliações, sempre quando necessário, pois fatos podem passar despercebidos e pode ocorrer agravamento de anormalidades já conhecidas
· Buscar o alívio da dor, acalmando, deixar em uma posição que evite lesões e fique mais confortável possível, imobilizar de forma adequada para minimizar a dor, comunicação, conversar com a vitima, vai movimentar menos e assim reduzir a dor
· Coleta da historia, avaliação da cinemática do trauma e exame físico, são as 3 etapas da avaliação secundaria 
· Realizar registros de tudo que foi realizado e observado, tudo que ocorreu com a vitima e todos os procedimentos, quando não tem papel, fazer relato para equipe do SAMU acionado, registrando verbalmente as ações
· Buscar ter o consentimento da pessoa envolvida, assim que possível, preferencialmente antes de se instaurar um tratamento
· Se há suspeita de atividade criminosa: deve-se preservar todas as evidencias no corpo da vitima, objetos, tudo que trouxe do local e do ato
· Na prática, muitas ações ocorrem em paralelo ou simultaneamente, porém as vítimas necessitam da aplicação de todos os procedimentos, da forca e a quantidade de energia transferida
· Queda de andaime de altura de 5m: cena é segura, samu já foi acionado, esta com luva de procedimento e massa, é o único estudante de medicina que é capaz de prestar os primeiros socorros: ordem de atendimento: D, C, B, A

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