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Patologias Genitourinárias

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Universidade Nove de Julho Maria Lívia
 
Cistites: 
Generalidad: 
✓ Infecção/inflamação da bexiga urinária - mais comum; 
✓ Risco para pielonefrite por dieminação retrógrada; 
✓ Causada principalmente por Escherichia coli (80%), Proteus, 
Klebsiela, Enterobacter - 
origem fecal; 
✓ Mulheres mais afetadas 
- idade reprodutiva; 
✓ Homens - neonato 
(malformação 
congênita) ou acima de 
55 anos (HPB). 
✓ A urina da bexiga é téril, sendo difícil a colonização por 
germ, devido a: 
• Seu esvaziamento periódico; 
• Características físico-químicas da urina - hiperosmolaridade, 
pH, etc; 
• Atividade antibacteriana do revestimento das vias urinárias; 
• Níveis elevados de IgA, IgG e IgM na urina. 
Fator de Risco: 
✓ Obstrução do fluxo urinário ou estase urinária; 
✓ Cateter transuretral/vesical, cálculos urinários - impactação 
na uretra; 
✓ Neoplasias - obstrução ou tecido necrótico; 
✓ Pielonefrite - fluxo de microorganismos pela urina; 
✓ Malformação congênita - extrofia da bexiga; 
✓ Fístula (intestinal), traumatismo, radiação; 
✓ Diminuição da resposta imune; 
✓ Gravidez - ação estrogênica contribui para adesão das 
bactérias ao urotélio. 
Ciite Aguda Simpl: 
✓ Infecção urinária na ausência de anormalidades anatômicas, 
comórbidas ou funcionais em uma mulher saudável, na pré-
menopausa e não grávida; 
✓ Patogêne: 
• Invasão bacteriana (adesinas tipo 1) do urtélio da bexiga, pela 
migração de bactérias do reto e 
pelo colonização de bactérias do 
períneo e da vagina; 
• Estrogênio diminui com a idade e o 
pH aumento - promove a 
colonização da vagina e do períneo 
com organismos entéricos gram-
negativos (E. coli). 
✓ Morfologia - hiperemia da mucosa; 
• Infiltrado neutrofílico, associado a exsudato. 
✓ Sintomas - disúria (dor ou queimação ao urinar): 
• Frequência - em casos agudos pode exigir micção a cada 
15 a 20 minutos (polaciúria); 
• Dor abdominal baixa - região a bexiga ou suprapúbica. 
✓ Diagnóico - clínico, urocultura e urinálise (urina tipo 1 - 
nitrito positivo); 
✓ Tratamento - antibiótico; 
✓ Prognóico: 
• Resolução espontaneamente em 20% das mulheres, se for 
utilizada hidratação aumentada - beber água; 
• Sintomas geralmente desaparecem dentro de cerca de 3 
dias após o início da antibioticoterapia; 
• Cistite recorrente se desenvolverá em cerca de 25% das 
mulheres dentro de 6 meses após a infecção simples do 
trato urinário; 
• Complicações são raras - bom prognóstico. 
Ciite Aguda Complicada: 
✓ Infecção urinária em homens (HPB), diabetes mal controlada, 
imunossupressão, insuficiência renal, diálise, cateterismo 
uretral, litíase, refluxo vesicoureteral. 
Patologias Genitourinárias Patologias Genitourinarias 
Urinálise - padrão ouro: 
células inflamatórias e 
uroteliais reativas, às vezes 
atípica. Tira reagente. 
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Ciite Crônica: 
✓ Persiência da infecção bacteriana ou lão crônica; 
• Bexiga perda a elasticidade, e a sua parede torna-se dura, 
espessada e retraída - diminui capacidade do órgão. 
✓ Maniftaçõ Clínicas: 
• Polaciúria - aumento da frequência da micção; 
• Disúria - mais comum na aguda; 
• Piúria - pús na urina; 
• Bacteriúria - bactéria na urina. 
✓ Morfologia - mucosa espessada e, às 
vezes, ulcerada; 
• Infiltrado inflamatório, predominantemente 
mononucleares (linfócitos e macrófagos), 
mais abundante na mucosa e sub. 
Outras Variaçõ: 
✓ Ciite Cíica (Metaplásica) - pequenos cistos discretamente 
salientes na mucosa.; 
• Lesão crônica na lâmina própria. 
✓ Ciite Polipa - pode simular carcinoma papilífero; 
• Surge em áreas de traumatismo prolongado (cateterismo 
de demora) e nas fístulas. 
✓ Malacoplaquia - placas de tamanhos variados (1 mm-3 cm), 
salientes na mucosa, com centro deprimido, de coloração 
róseo-amarelada e circundadas por halo hiperêmico; 
• Associada a infecção por E. coli ou Proteus, deve-se a 
defeitos na fagocitose - mais comum em indivíduos 
transplantados. 
✓ Ciite Intericial (sindrome da dor na bexiga) - compromete 
todas as camadas da bexiga, causa fibrose na parede e leva 
a retenção de urina (sem relação infecciosa); 
• Dolorosa com fissuras na mucosa e hematúria, podendo 
formar úlcera de Hunner; 
• Mulheres menopausadas; 
• Idiopática, parece ter reação imunológica. 
Neoplasias Uroteliais: 
Nplasias de Uroteliais: 
✓ Neoplasia de bexiga mais comum - 90%; 
✓ Originam-se das células do epitélio de revestimento das vias 
urinárias - epitélio transicional, urotélio; 
• Isoladas ou múltiplas, pode ocorrer em vário componentes 
das vias urinárias - mesmo epitélio. 
✓ Homens (4:1). > 50 anos; 
✓ Não existe classificação de neoplasia urotelial benigna - 
considera se as formas mais diferenciadas e menos 
agressivas do tumor como carcinoma de baixo grau. 
✓ Etiopatogêne - a bexiga um reservatório de urina 
(exposição a substâncias, em forma concentrada); 
• Carcinógenos formados a partir do tabaco (2-naftilamina e 
nitrosaminas), aminas aromáticas (nitrosaminas) de alimentos 
industrializados e petroquímica, indústria de borracha, 
corantes (hidrocarbonetos) e quimioterapia (ciclofosfamida) 
→ inativação dos genes supressores de tumor TP53 e RB 
e mutações no oncogene RAS → neoplasia no trígono da 
bexiga (local de acumulo de urina). 
✓ Aprentação Clínica - hematúria (80%); 
✓ Diagnóico: 
• Clínico (exame físico) - 
abdominal, vaginal e retal (massa 
palpável); 
• Urina tipo 1 - hematuria macro e 
micro; 
• Ultrassonografia (>5 cm); 
• Cistoscopia - padrão ouro. 
✓ Tratamento - rsecção transuretral (RTU) da bexiga: 
• Cistoscópio - cauterização elétrica; 
• Ressecção tumoral - até muscular 
própria; 
• Fragmento e/ou biópsia para 
histopatológico; 
• Bacilo Calmette Guérin - BCG. 
✓ Claificação Morfológica: 
• Papiloma; 
• Carcinoma in situ - CIS; 
• Carcinoma urotelial invasivo - 
papilar ou plano. 
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Papiloma: 
✓ < 1% dos tumores de bexiga., indivíduos jovens; 
✓ Estruturas pequenas e solitária - 0,5 a 2,0 cm; 
✓ Eixo fibrovascular e células idênticas ao urotélio - bem 
diferenciado; 
✓ Variante papiloma urotelial invertido 
- invaginação; 
✓ Composto por ramificações 
papilares pequenas revestidas por 
urotéio aparentemente normal. 
Carcinomas Uroteliais: 
✓ Solitário ou múltiplo e apresenta base de implantação larga, 
rígida e fortemente fixada à parede vesical; 
✓ A lesão é de dois tipos: (a) papilífero (exofítico); (b) plano 
(nodular) ou séssil. 
✓ Carcinoma Urotelial de Baixo Grau - bem diferenciada; 
• Células relativamente pequenas uniformes; 
• Distribuição papilar predominante; 
• Perda de polaridade celular; 
• Mais de 7 camadas - urotélio; 
• Risco de progressão - 5%; 
• Raramente metástase. 
✓ Carcinoma Urotelial de Alto Grau - atípicas e diferenciadas; 
• Mitoses aumentadas; 
• 60% dos carcinomas uroteliais; 
• Tumor papilífero, plano/nodular, 
séssil ou em combinação; 
• Multifocal e associado a focos 
distintos de hiperplasia da mucosa, 
displasia e carcinoma in situ; 
• Invasão da parede da bexiga - mais agressivos pode 
alcançar a próstata, vesículas seminais, ureteres, vagina e 
reto. 
✓ Carcinoma in Situ - CIS: 
• Presença de células 
citologicamente malignas dentro 
de um urotélio plano; 
• Espessamento multifocal da 
mucosa, que é plana, aveludada 
e avermelhada, erosada; 
• Graus variados de atipias 
celulares, perda da polaridade celular e atividade mitótica; 
• Se não tratado progride para CA invasivo - até 75% dos 
casos. 
✓ Carcinoma Urotelial Invasivo: 
• Pode estar associado ao carcinoma 
urotelial papilar de alto grau ou CIS 
adjacente; 
• Ninhos, cordões, aglomerados ou células 
tumorais individuais que surgem da base 
da lesão; 
• Carcinoma de células transicionais de 
alto grau, invasivo, em um estágio 
avançado; 
• Neoplasia multinodular agressiva 
vegetou no lúmen e espalhadapor uma 
vasta área; 
• Áreas amarelas - áreas de ulceração e necrose. 
Evolução das Nplasias Uroteliais: 
✓ Tratamento padrão para pacientes com câncer de bexiga 
que não invade a muscular própria (Ta, Tis e T1) - RTU e 
o tratamento intravesical de indução com BCG; 
• Metade dos pacientes tratados recorrem em um ano, e 
muitos desenvolverão doença não responsiva ao BCG ; 
✓ Tratamento para casos que invadem a muscular própria 
(T2, T3 e T4) - cistectomia parcial ou total; 
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✓ Caso resistencia ao BCG, pode ser utilizado Gencitabina. 
 
Patologias dos testículos: 
Criptorquidia: 
✓ Falta de descida dos testículos 
(75% unilateral) por distúrbios na 
migração normal do órgão do 
abdome até a bolsa escrotal - 
testículo retido no abdome ou no 
trajeto; 
• Malformações do anel inguinal, trissomia do 13 (Síndrome 
de Patau) ou deficiência do LH. 
✓ Morfologia: 
• Testículo submetido a temperatura 
mais alta - 2 a 3° C; 
• Lesões progressivas nos túbulos 
seminíferos - redução numérica 
das espermatogônias, retardo ou 
ausência da espermatogênese e 
aumento do estroma; 
• Nódulos hiperplásicos de células de Sertoli; 
• Síntese de testosterona não é prejudicada - Leydig; 
✓ Risco 10 a 40 vezes maior de desenvolver tumores 
testiculares. 
✓ Tratamento - orquidopexia: 
• Colocação do testículo na bolsa escrotal; 
• Deve ser feito até 12 meses de vida - a maioria migra para 
a bolsa escrotal no 1º ano de vida; 
• Reduz risco de CA, mas não garante fertilidade. 
Inflamaçõ: 
✓ Epididimite - inflamação do epidídimo; 
✓ Orquite - inflamação do testículo; 
✓ Normalmente relacionadas a infecção bacteriana urinária 
ascendente - cistite, uretrite e prostatite; 
• Infecção bacterian chega por ductos deferente ou vasos 
linfáticos do cordão espermático. 
✓ Causas - Epididimite e Orquite: 
• Crianças - caxumba (vírus Paramyxovirus); 
• Adultos Jovens - Chlamydia trachomatis e Neisseria 
gonorrhoeae IST, tuberculose (Mycobacterium tuberculosis 
ou Bacilo de Koch) e sífilis (Treponema pallidum); 
• Adultos (acima 35 anos) - E. coli e Pseudomonas; 
• Autoimune - idiopática. 
✓ Clínica - dor e infertilidade; 
✓ Morfologia Macrcópica: 
• Aumento de volume testicular e 
do epidídimo; 
• Abcesso e necrose; 
• Cicatrização fibrótica. 
✓ Morfologia Micrcópica: 
• Inflamação aguda inespecífica, 
caracterizada por congestão, 
edema e infiltração por 
neutrófilos, macrófagos e 
linfócitos - infiltrado misto; 
• Resíduo de células de Sertoli, 
sem espermatogênese; 
• Células de Leydg não são totalmente destruidas - produz 
parcialmente androgênio. 
Torção Tticular: 
✓ Torção do cordão espermático tipicamente interrompe a 
drenagem venosa do testículo; 
• Se não tratada, leva ao infarto testicular - representa uma 
das poucas verdadeiras emergências urológicas (infarto 
hemoágico). 
✓ Ocorre no neonato (antes de nascer ou logo após) ou 
adolescência (dor súbita).; 
• Se distorção em até 6 horas - chance de recuperação.. 
✓ Orquidopexia para evitar novas 
torções.. 
✓ Morfologia: 
• Variam desde uma congestão 
intensa a hemorragia generalizada, 
até o infarto testicular com 
necrose; 
• Vasos tornam-se dilatados e 
ingurgitados com sangue. 
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Tumor de Células Germinativas: 
✓ Tumores mais comuns em homens entre 15 e 35 anos. 
• 10% dos óbitos por CA em homens. 
✓ Fator Ambiental - Síndrome de Disgenia Tticular (SDT): 
• Criptorquidia, hipospadia. 
• Exposição intrauterina a pesticidas. 
✓ Fator Genétic - histórico familiar. 
SEMINOMA: 
✓ Tipo mais comum de tumor maligno - 50%; 
✓ Ocorre até os 30 anos de idade, quase nunca na infância; 
✓ Isocromossômo e mutação ativadores de KIT - imuno- 
histoquímica positiva para kit; 
✓ Morfologia - aumento do volume testicular (10x); 
• Branco-acinzentado, consistência 
mole, áreas amareladas - sem 
hemorragia ou necrose; 
• Não invade túnica albugínea; 
• Células grandes e arredondadas 
(aspecto hidrópico) e uniformes 
dispostas de forma sólida, 
entremeadas por septos 
fibrosos; 
• Infiltrado linfocitário. 
CARCINOMA EMBRIONÁRIO: 
✓ São mais agressivos que os seminomas - maligno; 
✓ 20 a 30 anos; 
✓ Morfologia - menor que o seminoma e não substitui o 
testículo inteiro. 
• Extensão através da túnica 
albugínea para o epidídimo ou 
para o cordão espermático - 
funículo espermático; 
• Variegado com pontilhados de 
hemorragia e necrose; 
• Células indiferenciadas crescem 
em padrão alveolar ou tubular - 
padrão primitivo. 
TUMOR DE SACO VITELÍNICO: 
✓ Também conhecido como tumor do seio endodérmico - 
maligno; 
✓ Comum em lactentes e crianças até 3 anos de idade - bom 
prognóstico; 
✓ α-fetoproteína - diagnóstico; 
✓ Morfologia - não encapsulados; 
• Apresentam um aspecto mucinoso, 
branco-amarelado, homogêneo; 
• Trama rendada (reticular) de células 
cuboides ou aplanadas de tamanho 
médio; 
• Muitos padrões histológicos. 
CORIOCARCINOMA: 
✓ Forma altamente maligna de tumor testicular; 
✓ Raro - <1% tumores de células germinativas; 
✓ Morfologia - não causam aumento 
testicular; 
• Detectados apenas como um 
pequeno nódulo palpável; 
• 2 tipos celulares - sincíciotrofoblasto 
e citotrofoblastos (↑HCG). 
TERATOMA: 
✓ Componentes celulares ou organoides reminiscentes dos 
derivados normais de mais de uma camada germinativa - 
maduro ou imaturo; 
✓ Qualquer idade, sendo mais comuns em lactentes; 
✓ Associado a outros tumores de células germinativas perfaz 
45% dos casos.; 
✓ Morfologia - grandes, 5 a 10 cm de 
diâmetro; 
• Áreas sólidas, algumas vezes 
cartilaginosas, e áreas císticas; 
• Quando hemorragia e necrose - 
associação com carcinoma 
embrionário e/ou coriocarcinoma; 
• Tecido neural, feixes musculares, ilhas de cartilagem, 
agrupamentos de epitélio escamoso, estruturas que 
lembram lândula tireoide, epitélio brônquico ou bronquiolar 
e partes da parede intestinal ou substância cerebral em 
meio de estroma fibroso. 
Crianças - teratoma maduro (benigno); 
Adulto - maduro ou imaturo (maligno).

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