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E-book 4
EDUCAÇÃO 
DE JOVENS E 
ADULTOS
Fernanda Mendes Arantes
Neste E-Book:
INTRODUÇÃO ����������������������������������������������������������� 3
POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS 
VOLTADAS À EDUCAÇÃO DE JOVENS E 
ADULTOS ��������������������������������������������������������������������4
A lei maior da educação sobre jovens e adultos ������������������22
Qualidade em eja: desafios e possibilidades ������������������������28
CONSIDERAÇÕES FINAIS ����������������������������������� 35
SÍNTESE ��������������������������������������������������������������������37
2
INTRODUÇÃO
Neste módulo, traçaremos um panorama recente da 
legislação educacional que fundamenta a Educação 
de Jovens e Adultos. A partir da análise histórica das 
Constituições Federativas, buscamos compreender 
de que forma as políticas públicas implicam a EJA.
Além das últimas Constituições, levantaremos ques-
tões relevantes observadas na Lei de Diretrizes e 
Bases de 1961 e 1996, com as quais se estabelece-
ram Diretrizes, Pareceres e Resoluções que versam 
sobre a Educação de Jovens e Adultos, desde seu 
acesso, passando pela formação de professores, 
formação do aluno de EJA e sua atuação na socie-
dade e no mercado de trabalho.
Para isso, recorreremos a artigos científicos recentes, 
visando a atualizar o debate que permeia a moda-
lidade educacional� É claro que a discussão não se 
encerrará aqui, visto que muito ainda há de ser dito 
sobre como educar os jovens e adultos alunos de 
EJA, mas acreditamos que conhecer um pouco da 
nossa história seja o primeiro passo.
Mãos à obra e boa leitura!
3
POLÍTICAS PÚBLICAS 
EDUCACIONAIS VOLTADAS 
À EDUCAÇÃO DE JOVENS E 
ADULTOS
O termo “política”, em sua acepção primeira, diz 
respeito a tudo que se refere ao público e social. 
Observe, porém, que
Na modernidade, o termo reporta-se, funda-
mentalmente, à atividade ou ao conjunto de 
atividades que, de uma forma ou de outra, 
são imputadas ao Estado moderno capita-
lista ou dele emanam. O conceito de política 
encadeou-se, assim, ao poder do Estado – ou 
sociedade política – em atuar, proibir, ordenar, 
planejar, legislar, intervir, com efeitos vincula-
dores a um grupo social definido e ao exercí-
cio do domínio exclusivo sobre um território 
e da defesa de suas fronteiras (SHIROMA; 
MORAES; EVANGELISTA, 2011, p. 9).
O Estado diz respeito à entidade governamental dire-
tamente ligada ao que está previsto nas leis do país. 
Assim, independentemente de quem seja o presiden-
te, governador ou prefeito e seus partidos, o Estado 
é uma entidade permanente, que visa ao controle 
à execução das políticas públicas não temporárias 
(um mandato de quatro anos, por exemplo), mas 
4
sim permanentes, até que novas políticas surjam e 
possam substituí-las.
Assim, no tocante às políticas públicas que emanam 
do Estado, “[...] abrem-se as possibilidades para im-
plementar sua face social, em um equilíbrio instável 
de compromissos, empenhos e responsabilidades” 
(SHIROMA; MORAES; EVANGELISTA, 2011, p. 8).
As políticas públicas estão relacionadas às diversas 
áreas que compõem a sociedade, a saber: cultura, 
educação, saúde, economia, habitação, segurança 
nacional, dentre outras. Em outras palavras, quan-
do falamos em políticas públicas, temos que nos 
perguntar: em qual área? A partir de qual vertente? 
Com qual objetivo? Em nosso caso, trataremos das 
políticas públicas em Educação, especialmente para 
a Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Devemos ter em mente que toda política pública é 
resultado da luta de classes sociais, pressões e con-
flitos entre as áreas; portanto, não é a partir da be-
nevolência de determinado grupo social governante 
que se estabelece uma política pública nos países, 
para que possamos alcançar nossos direitos.
Assim, muitas lutas são travadas e, em geral, por 
muito tempo. As lutas sociais acontecem no cam-
po social e, quando desagradam determinados gru-
pos, tornam-se urgentes na sociedade e, por meio 
de projetos de lei, são debatidas nas instâncias do 
legislativo, executivo e judiciário.
5
Quando analisamos determinada política pública, 
temos que nos ater aos fatos que antecederam sua 
votação e aprovação, bem como aos fatos poste-
riores à sua publicação. O contexto é demasiado 
importante quando tratamos de direitos sociais, 
pois “Compreender o sentido de uma política públi-
ca reclamaria transcender sua esfera específica e 
entender o significado do projeto social do Estado 
como um todo e as contradições gerais do mo-
mento histórico em questão” (SHIROMA; MORAES; 
EVANGELISTA, 2011, p. 11). 
Vamos nos ater às mais recentes políticas públicas 
educacionais direcionadas à EJA. O período histórico 
analisado compreende o final da Ditadura Militar em 
1985 até 2020�
Segundo Shiroma, Moraes e Evangelista (2011), o 
período seguinte ao fim oficial da ditadura, em que 
o presidente foi José Sarney, constituiu-se em um 
período em que a democracia, efetivamente, ainda 
permaneceu adormecida.
Sabe-se que o presidente eleito através de voto indi-
reto foi Tancredo Neves, o qual não assumiu o cargo, 
pois veio a falecer antes mesmo da posse. Por esse 
motivo, assumiu o seu vice, José Sarney. No que diz 
respeito à educação, o governo de Sarney manteve 
nesse período o modelo herdado do regime militar, 
notadamente quanto ao financiamento (educacional).
As políticas educacionais dessa época favoreceram 
o distanciamento entre as esferas federal, estadual 
e municipal, com isso, contribuíram substancialmen-
6
te para a pauperização das escolas municipais. É 
importante reforçar que estávamos em uma crise 
econômica também: desde o final da década de 1970, 
organismos internacionais haviam diminuído seus 
interesses e investimentos no Brasil. Os militares per-
maneceram no governo Sarney, e a oposição lutava 
bravamente para uma verdadeira redemocratização 
brasileira�
Foi nesse período que os movimentos lutaram por 
uma reestruturação no sistema educacional brasi-
leiro, por isso, vamos recordar brevemente o que 
aconteceu na época da ditadura militar em termos 
de legislação educacional�
A 5ª Constituição Federal (1946) foi promulgada logo 
após a queda do Estado Novo (1937-1945), buscando 
retornar aos valores liberais e reforçando a impor-
tância da liberdade de expressão, eleições diretas 
para o executivo e legislativo, além da ampliação do 
voto feminino a todas as mulheres. Mas nem tudo 
foi perfeito, visto que alguns preceitos de Getúlio 
Vargas foram mantidos�
A rigor, essa Constituição vigorou até 1967; no en-
tanto, após o golpe militar de 1964, passou a ser 
desconsiderada pelos governantes militares brasi-
leiros. O governo de Getúlio Vargas foi considerado 
contraditório e, apesar de ter inspiração fascista, 
batia de frente com regimes semelhantes na Europa.
Em seu artigo 168, a Constituição afirma o seguinte:
7
Artigo 168. A legislação do ensino adotará os 
seguintes princípios:
I - o ensino primário é obrigatório e só será 
dado na língua nacional;
II - o ensino primário oficial é gratuito para to-
dos; o ensino oficial ulterior ao primário sê-lo-á 
para quantos provarem falta ou insuficiência 
de recursos (BRASIL, 1946, p. 46).
Percebe-se que não está muito claro o dever do 
Estado quanto ao oferecimento do ensino gratuito� 
Ora, se a educação não aparece como um dever do 
Estado, este não se vê na obrigatoriedade de realizá-
-lo; logo, esses pressupostos ficaram longe da práti-
ca, limitando-se à teoria�
O regime denominado Ditadura Militar instaurou-se 
no país de 1964 a 1985, portanto, a 6ª Constituição 
Federal foi elaborada em plena Ditadura. O Presidente 
em 1964 era João Goulart, que foi derrubado por um 
conjunto de políticos e militares que instauraram o 
regime militar� Inicialmente, a ditadura quis manter 
uma aparência de neutralidade e normalidade, assim, 
o Congresso permaneceu aberto por dois anos.
O texto constitucional foi elaborado por juristas 
ligados ao governo militar; diante da pressão de 
outros partidos, o governo reabriuo Congresso no 
final de 1966 e começo de 1967. Sem alterações 
significativas, o texto foi aprovado, no entanto, há 
8
uma divergência entre a promulgação ou não desta 
Constituição Federal�
Alguns historiadores consideram que o texto foi ou-
torgado mediante a situação mencionada; outros 
consideram que, se houve aprovação dos congres-
sistas, é então um texto promulgado.
No geral, podemos dizer que o texto constitucional 
centralizava o poder no governo militar e diminuía 
a autonomia individual e suspensão dos direitos e 
garantias constitucionais anteriores�
Com relação à Educação, a Constituição previa a ma-
nutenção da organização da estrutura da Educação 
Básica Brasileira; fortalecimento do ensino particular 
em detrimento ao ensino público. Trata-se da primeira 
constituição a fazer menção à faixa etária obrigatória 
(7 aos 14 anos de idade) para a Educação Básica 
Brasileira e também foi a primeira a estabelecer a 
Educação como um dever do Estado�
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional foi 
prevista pela primeira vez na Constituição Federal 
de 1946, mas só foi promulgada após a queda do 
Estado Novo. Em seu Artigo 5, a Constituição afirma 
que compete à União:
XV - legislar sobre:
[...]
d) diretrizes e bases da educação nacional 
(BRASIL, 1946, p. 2).
9
A Primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 
n. 4024 de 1961) demorou 13 anos para ser aprova-
da, isso porque houve um longo embate entre dois 
grupos:
[...] de um lado os conservadores, represen-
tados principalmente pela ala católica e que 
defendiam a destinação de recursos públicos 
também para as instituições privadas e, por 
outro lado, a classe da burguesia, os liberais, 
que defendiam que os recursos públicos de-
veriam ser destinados exclusivamente às es-
colas públicas (ROMANELLI, 2001, p. 23).
O desejo dos liberais relacionava-se à expansão da 
escolaridade obrigatória; em decorrência do perío-
do de industrialização, sentia-se a necessidade de 
qualificar a mão de obra existente não só em termos 
técnicos, mas também em termos educacionais e 
culturais�
Nesse sentido, podemos dizer que o avanço na edu-
cação sempre caminhou pari passu ao avanço na 
economia. Essa lei foi aprovada em 1961, e o grupo 
vencedor foi o conservador, visto que a lei: “��� con-
templou o repasse de recursos públicos para as insti-
tuições privadas” (BOENO; GISI; FILIPAK, 2015, p. 4).
A polêmica entre centralização e descentralização 
estendeu-se até 1959, sendo que a divisão dos dois 
lados tinha como representantes:
10
 ● Favorável à centralização: Deputado Capanema 
(Ex-Ministro de Getúlio Vargas).
 ● Favorável à descentralização: Jornalista Carlos 
Lacerda, que apresentou um substitutivo cujo teor 
deslocou definitivamente o eixo da discussão, geran-
do muita polêmica ao buscar introduzir o princípio 
da “liberdade de ensino”, que era entendido como a 
livre iniciativa na área educacional.
Contra a aprovação do substitutivo Lacerda, no 
Legislativo Federal, surge a Campanha em Defesa 
da Escola Pública, que reivindicava que o Estado as-
sumisse sua função educadora em prol da existência 
da escola pública.
Esse Movimento ficou conhecido também como 
Movimento da Escola Nova, que culminou com a 
elaboração do Manifesto dos Pioneiros de 32 e, dentre 
outros fatores, defendia uma escola pública, laica 
e para todos. Seus representantes no Brasil eram 
Anísio Teixeira, Lourenço Filho, Fernando Azevedo 
etc�
Podcast 1 
No que diz respeito à educação, a LDB de 1961 in-
corporou os princípios do direito à educação, da obri-
gatoriedade e da escolaridade obrigatória� O ensino 
primário tornou-se obrigatório a partir dos 7 anos de 
idade, bem como sua matrícula feita por sua família, 
mas ainda existia a possibilidade de a educação ser 
ministrada em casa�
11
https://famonline.instructure.com/files/1053974/download?download_frd=1
Essa abertura pode ser analisada no artigo 30:
Art. 30. Não poderá exercer função pública, 
nem ocupar emprego em sociedade de eco-
nomia mista ou empresa concessionária de 
serviço público, o pai de família ou responsá-
vel por criança em idade escolar sem fazer 
prova de matrícula desta, em estabelecimento 
de ensino, ou de que lhe está sendo ministrada 
educação no lar (BRASIL, 1961, p. 15).
Na década de 1970, observa-se a promulgação da 
Lei n. 5692/1971, considerada equivocadamente 
por muitos como a segunda LDB. Por que equivo-
cada? Ora, basta ler o que diz a Lei: “Fixa Diretrizes 
e Bases para o ensino de 1º e 2º graus, e dá outras 
providências”.
Estamos nos referindo, portanto, aos 1º e 2º graus; 
sabe-se que a LDB versa sobre todo o sistema edu-
cacional. Considera-se uma lei importante, que re-
formou o 1º grau (Ensino Fundamental) e o 2º grau 
(Ensino Médio), mas que não contemplou outros 
níveis nem outras modalidades educacionais, como 
Educação Infantil, Ensino Superior, Pós-Graduação e 
Pesquisa, Educação de Jovens e Adultos, Educação 
Especial, dentre outros.
A Lei n. 5692 de 1971 instituiu a obrigatoriedade 
escolar, com oito anos de duração e ingresso aos 7 
anos de idade. O Artigo 20 afirma que “o ensino de 1º 
grau será obrigatório dos 7 aos 14 anos, cabendo aos 
12
Municípios promover, anualmente, o levantamento da 
população que alcance a idade escolar e proceder à 
sua chamada para matrícula” (BRASIL, 1971, p. 3).
Entenda que, em 1971, o país se encontrava em pleno 
período ditatorial, e a educação reproduzia os interes-
ses do setor privado, assim, podemos observar essa 
realidade por meio de leis, decretos e Constituições 
promulgadas:
A reforma do ensino dos anos de 1960 e 1970 
vinculou-se aos termos precisos do regime mi-
litar. Desenvolvimento, ou seja, educação para 
a formação de capital humano, vínculo estrito 
entre educação e mercado de trabalho, moder-
nização de hábitos de consumo, integração da 
política educacional aos planos gerais de de-
senvolvimento e segurança nacional, defesa do 
Estado, repressão e controle político-ideológico 
da vida intelectual e artística do país (SHIROMA; 
MORAES; EVANGELISTA, 2011, p. 34).
Diversos autores são categóricos em afirmar que, du-
rante a Ditadura Militar, o Estado dominava as áreas 
econômica, educacional, os serviços públicos, social, 
dentre outros. O Estado era, portanto, responsável 
pelo bem-estar dos cidadãos.
Em termos de legislação, o que aconteceu de impor-
tante no período pós-ditadura?
A primeira lei nacional elaborada e aprovada nes-
se período foi a Constituição Federal de 1988, pro-
13
mulgada após o término da Ditadura, que se encer-
rou em 1985; em 1986, convocaram a Assembleia 
Constituinte que realizou a elaboração dos traba-
lhos para a nova Constituição Federal, denominada 
“Constituição Cidadã”. Fundamentada na Declaração 
Universal dos Direitos Humanos (1948), a atual 
Constituição estabelece a educação como um di-
reito social:
Títu lo I I - Dos Di re i tos e Garant ias 
Fundamentais
Capítulo II - Dos Direitos Sociais
Art. 6. São direitos sociais a educação, a saú-
de, a alimentação, o trabalho, a moradia, o 
transporte, o lazer, a segurança, a previdência 
social, a proteção à maternidade e à infância, 
a assistência aos desamparados, na forma 
desta Constituição (BRASIL, 1988, p. 18).
Efetiva-se, nessa Constituição, a Educação como um 
direito social básico de toda a população. O Título VIII 
trata da Ordem Social, em seu capítulo 3, os temas 
são: Educação, Cultura e Desporto e, dentro desse 
capítulo, a Seção I é específica da Educação (artigos 
204 a 215). Abordaremos especificadamente os ar-
tigos 205, 206 e 208:
Art. 205. A educação, direito de todos e dever 
do Estado e da família, será promovida e in-
centivada com a colaboração da sociedade, 
14
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, 
seu preparo para o exercício da cidadania e 
sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 
1988, p. 123).
Esse artigo é de suma importância, pois estabelece 
que a Educação é um direito de todos e dever da 
família, ou seja, a família deve matricularo filho na 
escola e dar as condições necessárias para sua evo-
lução nos estudos, tal qual o Estado deve oferecer 
vaga e condições de permanência na Escola.
Quanto ao artigo 206, temos o seguinte:
Art. 206. O ensino será ministrado com base 
nos seguintes princípios: (EC no 19/98 e EC 
no 53/2006)
I – igualdade de condições para o acesso e 
permanência na escola;
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar 
e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III – pluralismo de ideias e de concepções 
pedagógicas, e coexistência de instituições 
públicas e privadas de ensino;
IV – gratuidade do ensino público em estabe-
lecimentos oficiais;
V – valorização dos profissionais da educação 
escolar, garantidos, na forma da lei, planos 
de carreira, com ingresso exclusivamente por 
15
concurso público de provas e títulos, aos das 
redes públicas;
VI – gestão democrática do ensino público, 
na forma da lei;
VII – garantia de padrão de qualidade;
VIII – piso salarial profissional nacional para 
os profissionais da educação escolar pública, 
nos termos de lei federal.
Parágrafo único. A lei disporá sobre as ca-
tegorias de trabalhadores considerados 
profissionais da educação básica e sobre a 
fixação de prazo para a elaboração ou adequa-
ção de seus planos de carreira, no âmbito da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios (BRASIL, 1988, p. 123).
Notamos uma vez mais que o artigo reforça a res-
ponsabilidade do Estado na garantia de igualdade de 
condições para o acesso e permanência na escola, 
bem como a liberdade, tão exígua nos tempos da 
ditadura, e o pluralismo de ideias e concepções dos 
indivíduos e Instituições.
Já o artigo 208 é crucial para o estabelecimento de 
como se dará o dever do Estado com a Educação:
Art. 208. O dever do Estado com a educação 
será efetivado mediante a garantia de: (EC 
no 14/96, EC no 53/2006 e EC no 59/2009) 
123 - Da Ordem Social:
16
I – educação básica obrigatória e gratuita dos 
4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, 
assegurada inclusive sua oferta gratuita para 
todos os que a ela não tiveram acesso na ida-
de própria;
II – progressiva universalização do ensino 
médio gratuito;
III – atendimento educacional especializado 
aos portadores de deficiência, preferencial-
mente na rede regular de ensino;
IV – educação infantil, em creche e pré-escola, 
às crianças até 5 (cinco) anos de idade;
V – acesso aos níveis mais elevados do ensi-
no, da pesquisa e da criação artística, segundo 
a capacidade de cada um;
VI – oferta de ensino noturno regular, adequa-
do às condições do educando;
VII – atendimento ao educando, em todas as 
etapas da educação básica, por meio de pro-
gramas suplementares de material didático-
-escolar, transporte, alimentação e assistência 
à saúde.
§ 1 O acesso ao ensino obrigatório e gratui-
to é direito público subjetivo. § 2 O não-ofe-
recimento do ensino obrigatório pelo Poder 
17
Público, ou sua oferta irregular, importa res-
ponsabilidade da autoridade competente.
§ 3 Compete ao Poder Público recensear os 
educandos no ensino fundamental, fazer-lhes 
a chamada e zelar, junto aos pais ou responsá-
veis, pela frequência à escola (BRASIL, 1988, 
p. 123-4).
Nele, podemos destacar o item I, que trata da edu-
cação básica obrigatória – novidade – desde a 
Educação Infantil (Pré-Escola) até o Ensino Médio. 
Trata-se da primeira Constituição que assume a res-
ponsabilidade do Estado diante da sociedade com 
relação a Educação� Dito de outra forma, não é mais 
possível encontrar escolas sem vagas ou condições 
para a evolução nos estudos de nossas crianças.
A Educação é um direito essencial, intrínseco à con-
dição humana e necessário ao pleno desenvolvimen-
to da personalidade humana e da cidadania. E por 
que se faz necessário tratar desses artigos, se eles 
não abordam a Educação de Jovens e Adultos mais 
detidamente?
Em primeiro lugar, estabeleceu-se, a partir da 
Constituição de 1988, a necessidade da reformula-
ção da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que aconteceu 
efetivamente em 1996. Nessa legislação, sim, pode-
mos afirmar que houve um direcionamento específico 
para EJA.
18
Em segundo lugar, sabemos que, se não houver ga-
rantia de acesso e permanência de crianças e jovens 
na Educação Básica, se constituirá efetivamente em 
mais um motivo para a evasão escolar, levando o 
grupo posteriormente à EJA. O sistema educacional 
está intrinsecamente ligado e tudo que acontece 
em determinada etapa educacional reverbera nas 
demais�
Lembre-se que a LDB aprovada em 20 de dezem-
bro de 1961 ficou vigente até 1996, quando tivemos 
a aprovação da atual Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação, n. 9394/1996.
Vale reforçar que o período militar durou de 1964 a 
1985, sendo a Constituição Federal promulgada em 
1988, e sugeriu-se a atualização da LDB em vigor� 
De 1961 a 1996, a LDB n. 4024/1961 foi alterada por 
diversos artigos e emendas, sendo “atualizada em al-
guns aspectos” pelas leis n. 5540/1968 e 5692/1971. 
Dessa maneira,
[...] o ponto de partida se deu com a IV 
Conferência Brasileira de Educação em 
Goiânia em 1996, na qual discutiu-se a temá-
tica “A Educação e a Constituinte”. Na ocasião, 
aprovou-se “A Carta de Goiânia (SAVIANI, 2008 
apud BOENO et al., 2015, p. 5).
Porém, a discussão sobre a LDB ocorria desde 1988 
com a Constituição de grupos de trabalho, audiên-
cias públicas e seminários temáticos, tendo diversos 
19
especialistas nessa discussão, dentre eles Demerval 
Saviani�
Desde o início desse processo de discus-
são em 1989 e tramitação entre Câmara dos 
Deputados e Senado se passaram 07 anos até 
a aprovação da nova LDB em 1996. Destaca-
se que em 1993 o projeto da nova LDB foi 
aprovado na Câmara, seguindo então para 
o Senado, sendo aprovado em 1994 como 
PL 101/93 e tendo como Relator Sid Saboia. 
Desse modo, inicia-se novamente todo um 
processo de discussão, sendo finalizada para 
ser votada em 1995. É nesse contexto que 
aparece mais um substitutivo, ou seja, o se-
nador Darcy Ribeiro alega que há inconstitu-
cionalidade no projeto de lei Sid Saboia, apre-
sentando então o substitutivo Darcy Ribeiro e 
fazendo com que o antigo substitutivo retorne 
à Comissão de Constituição, Justiça e cida-
dania e à Comissão de Educação do Senado 
(BOENO; GISI; FILIPAK, 2015, p. 7). 
O substitutivo de Darcy Ribeiro foi o vencedor, trans-
formando-se na LDB n. 9394/1996, aprovada em de-
zembro de 1996� Percebemos, então, que as diversas 
legislações no país refletem os interesses de deter-
minados e, com base nisso, podemos afirmar que 
nenhuma lei é neutra.
A atual LDB organiza a Educação em níveis e moda-
lidades, a saber:
20
 ● Níveis: Educação Básica (Educação Infantil: Pré-
Escola, Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio) e 
Ensino Superior.
 ● Modalidades: Educação de Jovens e Adultos (EJA), 
Educação Profissional e Tecnológica, Educação 
Especial, Educação a Distância (EaD), Educação 
Escolar Indígena, Educação Básica do Campo e 
Educação Escolar Quilombola (as últimas foram 
incluídas pela Resolução do CNE/CEB n. 4 de 13 de 
julho de 2010, que define as Diretrizes Curriculares 
Nacionais Gerais para a Educação Básica).
Vamos conhecer agora a organização dos artigos 
propostos na atual LDB:
 ● Título I – Da Educação.
 ● Título II – Dos Princípios e Fins da Educação 
Nacional�
 ● Título III – Do Direito à Educação e do Dever de 
Educar�
 ● Título IV – Da Organização da Educação Nacional.
 ● Título V – Dos Níveis e das Modalidades de 
Educação e Ensino:
 ○ Capítulo I – Da Composição dos Níveis Escolares.
 ○ Capítulo II – Da Educação Básica:
 � Seção I – Das Disposições Gerais.
 � Seção II – Da Educação Infantil.
 � Seção III – Do Ensino Fundamental.
 � Seção IV – Do Ensino Médio.
 � Seção V – Da Educação de Jovens e Adultos.
21
 ○ Capítulo III – Da Educação Profissional.
 ○ Capítulo IV – Da Educação Superior.
 ○ Capítulo V – Da Educação Especial.
 � Título VI – Dos Profissionais da Educação.
 � Título VII – Dos Recursos Financeiros.� Título VIII – Das Disposições Gerais.
 � Título IX – Das Disposições Transitórias.
Dessa relação, vamos nos ater ao Capítulo II – da 
Educação Básica, Seção V – Educação de Jovens e 
Adultos�
A lei maior da educação sobre 
jovens e adultos
Vejamos o que afirma a LDB sobre a modalidade da 
educação de jovens e adultos:
Art. 37. A educação de jovens e adultos será 
destinada àqueles que não tiveram acesso ou 
continuidade de estudos nos ensinos funda-
mental e médio na idade própria e constituirá 
instrumento para a educação e a aprendiza-
gem ao longo da vida (Redação dada pela Lei 
nº 13.632, de 2018).
§ 1 Os sistemas de ensino assegurarão gra-
tuitamente aos jovens e aos adultos, que não 
puderam efetuar os estudos na idade regular, 
oportunidades educacionais apropriadas, con-
sideradas as características do alunado, seus 
22
interesses, condições de vida e de trabalho, 
mediante cursos e exames.
§ 2 O Poder Público viabilizará e estimulará 
o acesso e a permanência do trabalhador na 
escola, mediante ações integradas e comple-
mentares entre si.
§ 3 A educação de jovens e adultos deverá 
articular-se, preferencialmente, com a edu-
cação profissional, na forma do regulamento 
(Incluído pela Lei n. 11.741/2008).
Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cur-
sos e exames supletivos, que compreenderão 
a base nacional comum do currículo, habilitan-
do ao prosseguimento de estudos em caráter 
regular.
§ 1 Os exames a que se refere este artigo 
realizar-se-ão:
I - no nível de conclusão do ensino fundamen-
tal, para os maiores de quinze anos;
II - no nível de conclusão do ensino médio, 
para os maiores de dezoito anos.
§ 2 Os conhecimentos e habilidades adquiri-
dos pelos educandos por meios informais se-
rão aferidos e reconhecidos mediante exames.
Diversos autores debatem as proposições na LDB 
sobre EJA e seus reflexos na sociedade. Entre eles, 
temos, por exemplo:
23
Os registros e análises históricas sobre a 
Educação de Jovens e Adultos (EJA) no con-
texto da educação brasileira permitem inferir 
que ela tem sido conduzida, durante déca-
das, sob uma visão compensatória, utilita-
rista, emergencial e descontínua, construída 
(JULIÃO; BEIRAL; FERRARI, 2017, p. 2).
Sabe-se da existência de diversas campanhas e mo-
vimentos “preocupados” com a formação do traba-
lhador, mas que em seu âmago buscam tão-somente 
alfabetizá-lo e capacitar a mão de obra para que pos-
sa cumprir seu dever na sociedade.
Podcast 2 
A LDB de 1996, ao estabelecer a EJA como uma mo-
dalidade, confere uma dimensão menos transitória e 
mais formativa aos brasileiros� Tal qual a Educação 
Básica, a EJA aparece na LDB como uma responsa-
bilidade do Estado� 
Agora, propomos um desafio: volte ao começo da 
disciplina e verifique quando ou em qual Constituição 
Federal esta informação aparece. Nem é preciso. 
Adianto a resposta: em nenhuma. Convidamos a 
conhecer as demais Constituições Federais desde 
a primeira, que foi outorgada em 1824. 
Para Julião, Beiral e Ferrari (2017), a LDB foi um im-
portante marco legal no que tange ao início de uma 
percepção escolar diferenciada para os sujeitos tão 
24
https://famonline.instructure.com/files/1053976/download?download_frd=1
diversos e com histórias de vida tão desconsideradas 
pelos direitos já previstos na Constituição.
É a partir da LDB que o Brasil passa a discutir, legal-
mente, a Educação de Jovens e Adultos� Esse movi-
mento vai convergir, em 2000, com a aprovação das 
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de 
Jovens e Adultos (Resolução CNE/CEB n� 01/2000 
– BRASIL, 2000), que já estudamos anteriormente. 
Em 2010, foram instituídas as Diretrizes Operacionais 
para a Educação de Jovens e Adultos (Resolução 
CNE/CEB n. 03/2010 – BRASIL, 2010), que trata da 
idade mínima, duração dos cursos e certificação nos 
exames de EJA�
Vamos conhecê-la um pouco melhor, a partir de seu 
artigo 2:
Art. 2 Para o melhor desenvolvimento da EJA, 
cabe a institucionalização de um sistema edu-
cacional público de Educação Básica de jovens 
e adultos, como política pública de Estado e 
não apenas de governo, assumindo a gestão 
democrática, contemplando a diversidade de 
sujeitos aprendizes, proporcionando a conju-
gação de políticas públicas setoriais e fortale-
cendo sua vocação como instrumento para a 
educação ao longo da vida (BRASIL, 2010, p. 1). 
Ou seja, foi somente em 2010 que se instituiu em lei 
a necessidade da institucionalização de um sistema 
educacional público para EJA como política perma-
25
nente. A legislação também estabelece que, para 
ingresso no Ensino Fundamental em EJA, o aluno 
deve ter no mínimo 15 anos de idade e, para EJA no 
Ensino Médio, a idade muda para 18 anos.
Voltando um pouco no tempo, em 2002, foi instituído 
o Exame Nacional para Certificação de Competências 
de Jovens e Adultos (ENCCEJA), com o principal 
objetivo de construção de uma referência nacional 
de EJA por meio da avaliação de competências, ha-
bilidades e saberes adquiridos no processo escolar 
ou nos processos formativos que se desenvolvem 
na vida cotidiana� Assim,
Com a instituição do novo Exame Nacional 
do Ensino Médio (Enem), a partir de 2009, o 
ENCCEJA passou a ser realizado visando à 
certificação apenas do Ensino Fundamental, 
pois a certificação do Ensino Médio passou 
a ser realizada com os resultados do Enem. 
Conforme previsto pelo governo Temer, a partir 
de 2017, o Enem deixa de conferir certificados 
para conclusão do Ensino Médio, retornando 
para o ENCCEJA a sua responsabilidade inicial 
(JULIÃO; BEIRAL; FERRARI, 2017, p. 47).
Em 2005, foi estabelecido o Programa Nacional de 
Integração da Educação Profissional com a Educação 
Básica na Modalidade de Educação de Jovens e 
Adultos (Proeja) e também o Programa Nacional 
de Inclusão de Jovens – Educação, Qualificação e 
Ação Comunitária (Projovem), cujos objetivos eram:
26
 ● Projovem: dentro do Ensino Fundamental em EJA, 
proporcionar a sua conclusão e certificação aliada 
à formação profissional para jovens e adultos de 18 
a 29 anos de idade�
 ● Proeja: inserir o jovem a partir de 18 anos de idade 
para a conclusão do Ensino Fundamental ou Médio 
em EJA, juntamente com uma qualificação profis-
sional em nível técnico.
O Proeja foi exitoso, no entanto, enfrenta problemas 
de acesso à formação dos professores, passando 
pela evasão sobre a qual discutimos. Sobre os desa-
fios enfrentados na Educação de Jovens e Adultos, 
temos que
Estes desafios foram agravados pela estag-
nação do Governo Federal que, desde 2011, 
interrompeu o investimento de recursos de or-
dem técnica e financeira, colocando em risco a 
continuidade desta política, sendo substituída 
gradativamente (...) pelo Programa Nacional 
de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego 
(Pronatec) – Lei n. 12.513/2011 (JULIÃO; 
BEIRAL; FERRARI, 2017, p. 50).
Para além da legislação estabelecida para a moda-
lidade, devemos nos atentar também à questão da 
qualidade do ensino ministrado, pois é um debate 
amplo que será brevemente resumido no próximo 
item�
27
Qualidade em EJA: desafios e 
possibilidades
Outro documento importante que cabe ser mencio-
nado é a Resolução n. 4 de 13 de julho de 2010, que 
estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para 
a Educação Básica. Em seu título IV, destaca:
Art. 8 A garantia de padrão de qualidade, com 
pleno acesso, inclusão e permanência dos 
sujeitos das aprendizagens na escola e seu 
sucesso, com redução da evasão, da reten-
ção e da distorção de idade/ano/série, resulta 
na qualidade social da educação, que é uma 
conquista coletiva de todos os sujeitos do 
processo educativo.
Art. 9 A escola de qualidade social adota 
como centralidade o estudante e a aprendi-
zagem, o que pressupõe atendimento aos 
seguintes requisitos:
I - revisão das referências conceituais quanto 
aos diferentes espaços e tempos educativos, 
abrangendo espaços sociais na escola e fora 
dela;
II - consideração sobre a inclusão, a valoriza-
ção das diferenças e o atendimento à plura-lidade e à diversidade cultural, resgatando e 
respeitando as várias manifestações de cada 
comunidade (BRASIL, 2010, p. 4). 
28
Perceba que o artigo 8 trata da qualidade relaciona-
da ao acesso e à permanência, tão debatidos nas 
legislações educacionais vigentes, acrescentando 
elementos referentes à evasão, bem como à relação/
distorção idade/ano/série que compreende clara-
mente a modalidade de EJA�
Já o artigo 9 chama a atenção para a abrangência 
aos diferentes espaços educativos e à valorização 
das diferenças, bem como da pluralidade e diver-
sidade cultural tão presentes nas salas de aula de 
EJA� Vale acrescentar que a Constituição Federal de 
1988 já tratava da questão da qualidade de ensino 
em seu artigo 214�
Entendemos que algo foi feito em relação à efeti-
vação de uma política educacional nacional a favor 
da Educação dos Jovens e Adultos; porém, muito 
ainda há de ser feito. Entre 2003 e 2006, o governo 
sinalizou algumas das mudanças necessárias, no 
entanto, é uma pequena parte perto do que ainda se 
mostra necessário para a modalidade educacional.
Sobre o Programa Brasil Alfabetizado (PBA), cria-
do no período supracitado, Diniz, Machado e Moura 
(2014, p. 3) afirmam que
O Programa Brasil Alfabetizado (...) voltado 
para a alfabetização de jovens, adultos e ido-
sos, principalmente em municípios com ta-
xas de analfabetismo superiores a 25%, cuja 
quase totalidade, cerca de 90%, encontra-se 
localizada na região Nordeste do país. Dentre 
29
os estados da região Nordeste, o Ceará se 
destaca entre aqueles com maior taxa de anal-
fabetismo: 17,19%, segundo dados do MEC 
(2012). 
O PBA acontece a partir de verbas disponibili-
zadas pelo MEC, isto é, pelo Fundo Nacional de 
Desenvolvimento da Educação (FNDE), e os volun-
tários alfabetizadores, coordenadores e intérpretes 
de Libras recebem uma bolsa como retribuição ao 
serviço voluntário prestado. É importante ressaltar, 
porém, que cabe aos municípios e estados a respon-
sabilização pelo financiamento e oferta de EJA. Além 
desse programa, foram estabelecidos o Projovem e 
Proeja já discutidos.
Devemos reforçar que as Nações Unidas declararam 
o decênio 2002 a 2013 como a década da alfabeti-
zação. Sobre esse ponto, temos que, ao longo do 
tempo, os esforços são para se certificar o direito dos 
indivíduos a desfrutar da cultura letrada, melhorando 
suas condições de vida, tendo uma comunicação 
efetiva juntamente à sociedade. Para análogo, é pre-
ciso que tenha a chance de realizar jus ao direito à 
educação, que precisa ser para todos.
A Unesco tem debatido exaustivamente como o di-
reito à alfabetização é urgente e necessário a todos 
os seres humanos, independentemente do país onde 
se localizam� Sobre as taxas de analfabetismo no 
Brasil, a taxa entre a população com 15 anos ou mais 
diminuiu quatro pontos percentuais entre 2000 e 
30
2010, de 13,6% para 9,6%, segundo os Indicadores 
Sociais Municipais do Censo Demográfico de 2010.
Com isso, podemos nos perguntar: quais seriam os 
desafios para a década de 2020 a 2030 e para as 
próximas no que diz respeito à Educação de Jovens 
e Adultos no Brasil?
Em primeiro lugar, acreditamos que seja essencial 
que o Estado brasileiro possa entender-se como res-
ponsável pela educação dos jovens e adultos que 
não conseguiram concluir a escolarização básica 
no tempo previsto.
O país chegou ao século 21 apresentando, ainda, 
elevadas taxas de analfabetismo, o que comprova 
que as inúmeras campanhas e programas, os quais 
sempre tiveram como meta a “erradicação” do anal-
fabetismo, não atingiram os objetivos propalados e 
o problema persiste, agora agravado com o analfa-
betismo funcional�
A sociedade vem demandando habilidades e com-
petências cada vez mais específicas do cidadão, 
que ultrapassam o domínio simples da codificação 
e decodificação dos símbolos alfabéticos, para que 
este possa continuar a interagir nessa sociedade, não 
só como consumidor, mas também como produtor 
de conhecimento.
A partir do conteúdo estabelecido no documen-
to Alfabetização de jovens e adultos no Brasil, da 
Unesco, lições de prática, hoje, o aluno de EJA não 
pode e não deve buscar a simples decodificação 
31
das palavras, pois o mundo, através da tecnologia, 
exige mais. O ser humano agora não está restrito 
a decifrar letras e números, a partir dessa atitude, 
poder produzir conteúdo e conhecimento. 
Falamos do que a sociedade oferece à escola, mas 
você já parou para pensar o que a escola oferece 
para sociedade?
A seguir, elencamos quatro contribuições mínimas, 
porém, existem diversas outras contribuições que 
dependem do quanto a escola está preocupada efe-
tivamente com seu papel em nossa sociedade:
a) Melhoria do nível cultural da população: desde 
que a escola esteja efetivamente engajada e preo-
cupada com seu papel transformador.
b) Aperfeiçoamento individual: educadores formam 
cidadãos e esses cidadãos constituem a sociedade, 
transformando-a�
c) Formação de Recursos Humanos, Capital 
Humano: implica a qualificação técnica, educacio-
nal e cultural (formando o ser social).
d) Inovações Científicas e Tecnológicas: a escola, 
ao se preocupar com a formação do aluno, abre fron-
teiras do pensamento científico e cultural, podendo 
ser um exemplo nas inovações produzidas pelos 
alunos e contribuindo para a evolução da sociedade.
Trata-se de apenas alguns elementos, pois entende-
mos que você, ao ler os itens, deve ter se lembrado 
de outras contribuições da escola� São essas contri-
buições que farão com que determinada sociedade 
32
evolua ou não, em todos os aspectos, inclusive na 
questão das Políticas Educacionais.
Quando falamos do aluno de EJA, saiba que, assim 
como os demais, esse aluno busca seu lugar na so-
ciedade para que possa atuar como cidadão crítico, 
ciente de seus direitos e deveres� Conforme tem 
sido observado nos últimos anos, o trabalho que 
era essencialmente mecânico, agora é intelectual; o 
simples fato de saber operar uma máquina não trará 
benefícios ao operador, no caso, o aluno.
Esse aluno deve ir além, pois precisa dominar mini-
mamente a tecnologia, internet, smartphones, com-
putadores etc. Esse conhecimento será o diferencial, 
por exemplo, ao concorrer a um determinado posto 
de trabalho.
Essa situação nos remete aos tópicos em que estu-
damos que o professor em EJA está desatualizado 
e, muitas vezes, descontente em atuar nessa moda-
lidade. Logo, a mudança passa por diferentes aspec-
tos e setores da sociedade, visto que não basta ter 
parcas legislações que regulamentam a modalidade, 
é necessário cumprir-se o mínimo já estabelecido, 
buscar outras possibilidades e formar professores.
A formação mínima exigida seria a Licenciatura, mas 
o professor em EJA precisa ir além. Necessita co-
nhecer seu aluno, interessar-se por sua história de 
vida, motivá-lo a estudar, utilizando a seu favor as 
TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação).
33
O mundo mudou; logo, a sociedade também mudou, 
a tecnologia invadiu a sala de aula, por isso, o aluno 
de EJA não pode ficar à parte da realidade. Caso você 
tenha interesse em lecionar em EJA, saiba que é uma 
das áreas da Educação mais desafiadoras, porém, 
das mais gratificantes também.
Quando o professor acompanha a evolução de seu 
aluno, pode considerar que sua missão foi cumprida.
34
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste módulo, fizemos um levantamento histórico 
sobre as Constituições Federais, bem como sobre 
as duas Leis de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional para que, a partir delas, pudéssemos traçar 
as políticas públicas recentes no campo da Educação 
de Jovens e Adultos�
É urgente que novas políticas surjam e que sejam 
adaptadas ao perfil do aluno de EJA do século 21, 
visto que decodificar letras já não é mais suficiente 
para a sobrevivência na sociedade tecnológica atual.
O que temos acompanhado em nossos estudos é que 
existe uma metodologia com toda uma abordagem 
pedagógica que a embasa, bem como que muitas 
vezes não é utilizada na escola, vistoque o mínimo 
previsto em lei não se cumpre. Pense, portanto, em 
quantas pessoas não alfabetizadas você conhece.
Podemos dizer que o Brasil está de acordo com o que 
se preconiza tanto nas leis quanto nos documentos 
internacionais? É claro que não. Muito ainda há de 
ser feito, e essa reforma necessita acontecer desde 
a base, ou seja, se ainda temos um contingente enor-
me de pessoas fora da escola na Educação Básica, 
como podemos imaginar que a Educação de Jovens 
e Adultos possa suprir essa demanda?
Ainda não temos o suficiente, é fato, no tocante a 
políticas públicas, financiamento, formação de pro-
fessores, infraestrutura, dentre outros aspectos.
35
O mercado do trabalho mudou, mas as formas de 
acessá-lo pela escolarização não. Se pretendemos 
que o aluno de EJA possa transformar-se em um 
cidadão crítico e tecnológico, temos que prover as 
ferramentas necessárias para essa transformação, 
que parte de nós, os professores. Então, mãos à obra!
36
SÍNTESE
POLÍTICAS EDUCACIONAIS 
PARA EJA
 
 
 
 
EDUCAÇÃO DE 
JOVENS E ADULTOS
A partir dessa análise histórica, buscamos compreender de que forma as políticas públicas 
implicam a EJA� Assim, notamos que é urgente que novas políticas surjam e que sejam 
adaptadas ao perfil do aluno de EJA do século 21, visto que decodificar letras não é mais 
suficiente para sobreviver numa sociedade tecnológica�
Observamos, ainda, que muito ainda há de ser feito, e essa reforma necessita acontecer 
desde a base, ou seja, se temos um contingente enorme de pessoas fora da escola na 
Educação Básica, como podemos imaginar que a Educação de Jovens e Adultos possa 
suprir essa demanda?
É fato que ainda não temos o suficiente quanto às políticas públicas, ao financiamento, à 
formação de professores, à infraestrutura, ou seja, relatamos carência em vários aspectos 
da Educação�
Além das últimas Constituições, levantamos questões pertinentes que foram observadas na 
LDB de 1961 e 1996, com as quais se estabeleceram Diretrizes, Pareceres e Resoluções que 
versam sobre a EJA, desde seu acesso, passando pela formação de professores, formação 
do aluno de EJA e sua atuação na sociedade e no mercado de trabalho�
Neste módulo, traçamos um panorama da legislação educacional que fundamenta a 
Educação de Jovens e Adultos (EJA), ou seja, realizamos um levantamento histórico sobre 
as Constituições Federais, bem como sobre as duas Leis de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDB)�
O que temos acompanhado é que existe uma metodologia com toda uma abordagem 
pedagógica que a embasa, bem como que muitas vezes não é utilizada na escola, visto que 
o mínimo previsto em lei não se cumpre�
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da Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
(UFRN). Disponível em: http://sbhe.org.br/novo/
congressos/cbhe2/pdfs/Tema5/0539.pdf� Acesso 
em: 12 jul� 2020�
http://sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe2/pdfs/Tema5/0539.pdf
http://sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe2/pdfs/Tema5/0539.pdf
	INTRODUÇÃO
	POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS VOLTADAS À EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
	A lei maior da educação sobre jovens e adultos
	Qualidade em eja: desafios e possibilidades
	CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Síntese

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