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Doença causada pelo Mycobacterium tuberculosis - Bacilo álcool-ácido resistente que possui ácido micólico em sua membrana, garantindo proteção e resistência ao álcool-ácido. - Aerosol: micropartículas que ficam em suspensão no ar, peso muito diminuto. (pulmonar e laringea) - Transversal (transplacentária e via líquido amniótico) As únicas formas de transmissão são a tuberculose pulmonar e laríngea. A forma cavitária é a principal, e estando a baciloscopia positiva, o paciente transmite. Ambientes arejados e luz solar são métodos eficazes de evitar a transmissão por aerossol! Evoluções pós-infecção: Eliminação imediata Tuberculose primária Tuberculose latente -> secundária Fisiopatogenia : Infecção: os bacilos infectam o pulmão e alcançam o interior dos macrófagos. Recrutamento: os macrófagos recrutam as tropas, ou seja, células do sistema imune (linfócitos). Formação dos granulomas (nódulo de Gohn): as células de defesa formam um muro em volta dos bacilos. Aqui entram opções: ou o sistema imune dá conta e o bacilo é eliminado ou ele entra em latência ou ele vira doença Tuberculose Primária Ocorre após o contato com o bacilo. Geralmente é em crianças, após o primeiro contato. Geralmente em crianças Manifestações clinicas : - Febre (MAIS COMUM) - Sudorese noturna - Perda ponderal Tosse não é o sintoma mais importante Radiografia : - Normal (MAIS COMUM) - Complexo de Ranke: nódulo de Gohn + linfonodomegalia hilar Tuberculose Secundária É a tuberculose de reativação após a tuberculose latente. Geralmente em adultos-idosos Fatores de risco : - HIV/AIDS - Diabetes Mellitus - Tabagismo - Imunossupressão: medicamentos, desnutrição - Privados de liberdade, indígenas, moradores de rua Manifestações clinicas : - Tosse seca ou produtiva (MAIS COMUM) - Febre vespertina - Sudorese noturna - Perda ponderal Exames de imagem : - Anormal (MAIS COMUM) - Acometimento mais comum em lobo superior do pulmão - Cavitações, infiltrado lobar, padrão em arvore de brotamento Radiografia de tórax: cavitação Tomografia: “arvore em brotamento” Tuberculose miliar Ocorre quando o bacilo alcança a via sanguínea e se dissemina. Pode resultar da Tuberculose primária e secundária. Manifestações clinicas : - Tosse seca ou produtiva (MAIS COMUM) - Febre vespertina - Sudorese noturna - Perda ponderal - Acometimento orgânico Exames de imagem : - Padrão micronodular Radiografia de tórax: micronodulos É SEMPRE SECUNDÁRIA Não tem como ser primária em outros órgãos se o bacilo infecta o pulmão Pleural: forma mais comum Linfonodos: mais comum em crianças de HIV+ Tuberculose ganglionar Acomete muito crianças e HIV+ - Linfonodos endurecidas, aderido aos planos profundos que pode fistulizar. Diagnóstico: biópsia ou aspirado ganglionar e baciloscopia Tuberculose urogenital Terceira forma mais comum - Urgencia, disúria, polaciúria, estenose, calcificação, obstrução, piúria Diagnóstico: cultura para micobactéria, baciloscopia, PCR Tuberculose óssea Mal de Pott: acometimento vertebral pela tuberculose. Lombalgia localizada + sinais de alarme Diagnóstico: baciloscopia do material Tuberculose abdominal Pode acometer vários órgãos, mas principalmente: fígado, intestino (íleo-cecal), peritônio Tuberculose pericárdica Dor torácica, tosse seca, dispneia, pericardite constritiva. Diagnóstico: aspirado (exsudato, proteínas elevadas, linfomono, ADA++) ou biópsia de pericárdio para baciloscopia Amostra : escarro Mas e se não houver escarro? Podemos realizar a indução do escarro (5ml de soro + 0,5mg NaCl nebulizado) Coloração de Ziehl-Neelsen Orientação: precisamos de 2 amostras, uma no inicio da consulta e outra no dia seguinte ao despertar Obs: negativo não afasta diagnóstico! Indicações de baciloscopia - Suspeito de TB pulmonar - Busca ativa: indivíduos com 3 semanas de tosse - Controle de cura É o padrão-ouro Desvantagem: demora para dar resultado Indicações de cultura - Todo caso de TB positivo - TB suspeita com TRM negativo ou indisponível - Refratário e reincidente Teste Rápido Molecular (TRM)- Genexpert É um teste muito sensível e muito específico Detecta o material genético do micobacterium + resistência a rifampicina Obs: não serve como controle de cura, pois o material genético da bactéria permanece mesmo ela estando morta. Indicações de TRM - Novos casos de TB pulmonar e laringea - TB extrapulmonar - Refratário ao tratamento CONDUTA (FLUXOGRAMA) COM TRM: - Sem risco: TRM -> cultura - População vulnerável: TRM + cultura - Reincidente: TRM + cultura + baciloscopia SEM TRM: baciloscopia + cultura Fase de ataque (2 meses) Rifampicina + Isoniazinda + Pirazinamina + Etambutol Fase de manutenção (4 meses) Rifampicina + Isoniazinda Fase de ataque (2 meses) Rifampicina + Isoniazinda + Pirazinamina + Etambutol Fase de manutenção (10 meses) Rifampicina + Isoniazinda MESMO TRATAMENTO ADICIONAR PIRIDOXINA (B6) Fase de ataque (5 meses) - ELA Etambutol Levofloxacino Amicacina 3x na semana Fase de manutenção (7 meses) - EL Etambutol Levofloxacino - Usa o efavirenz no lugar do DTG ou Dobra a dose do DTG obs: IMPORTANTE!!! - Rifampicina interage com IP (inibidores de protease) – atazanavir, ritonavir - Se eu não puder trocar os inibidores de protease, então devo usar a rifabutina no lugar a rifampicina Nesse grupo, estão populações que possuem a infecção da tuberculose, mas não manifestam sintomas, ou seja, a tuberculose é LATENTE. Quando procurar - Profissionais da saúde - HIV+ - Pacientes com neoplasia - Contatos com doença ativa - Sistema prisional - Imunossuprimidos É uma intradermorreção, com injeção de antígeno na pele Positivo: > 5mm após 48-72h Falso-negativo: HIV+, gestantes, BCG, imunossuprimidos, outras micobacterias – É como se fosse uma intradermorreção, mas in vitru É mais sensível que a prova tuberculínica - CD4 <= 350 - HIV com contado com TB ativa - HIV com imagem de lesão de TB que não tratou anteriormente - HIV com ILTB ou IGRA positivos anteriormente que não tratou Algumas populações só trata a partir de PPD >=10 e alguns >=5, os que são 5 são os casos: Contato de casos com TB Inibidores de TNF-a e imunossuprimidos Cicatriz de TB na radiografia Órgãos transplante Isoniazida – 9 meses (270 doses) ou Rifampicina (criança, idoso, hepatopata) 4 meses (120 doses) Prescrever rifampicina por 3 meses + não-vacinar BCG Realizar a prova tuberculina nesse meio tempo e se positiva, manter por mais 1 mês Vacinação com a BCG Buscar sintomáticos respiratórios em casa (tosse mais de 3 semanas) – BACILOSCOPIA E RAIOX BUSCANDO TB - Assintomático: RX + PPD-iltb
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