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As Funções Essenciais à Justiça

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As Funções Essenciais à Justiça
As Funções Essenciais à Justiça presentes na Constituição são instituições que possuem como objetivo disponibilizar a todos o direito de acesso à justiça, de maneira que toda a sociedade possa ter seus direitos assegurados.
Os responsáveis por essas funções são o Ministério Público, a Advocacia Pública e Privada e a Defensoria Pública.
As Funções Essenciais à Justiça, ao contrário do que muitos pensam, não fazem parte do Poder Judiciário.
Para entendermos sobre esse assunto, iremos discutir sobre cada um deles.
Ministério Público
Art. 127, CF. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
De acordo com a Constituição Federal, o Ministério Público é uma instituição permanente, possuindo como objetivos assegurar a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
Como defensor da ordem jurídica, ele atua como um Fiscal da Lei, zelando pela observância e cumprimento das leis presentes no ordenamento jurídico brasileiro.
Já na defesa do regime democrático, ele atua como um protetor do Estado Democrático de Direito, agindo em nome do coletivo, com o intuito de proteger os interesses da sociedade como um todo. Um exemplo é a sua atuação na garantia do correto andamento do processo eleitoral, de modo que os eleitores possam contribuir para a escolha democrática dos seus representantes através do voto.
No tocante aos interesses individuais indisponíveis, eles englobam o direito do indivíduo dentro de um espectro coletivo, de relevância pública. Ao trazer o termo indisponível, há o entendimento de que o Ministério Público irá agir justamente quando esses direitos estiverem indisponíveis para os cidadãos, ou seja, quando eles não estão à disposição ou estão inacessíveis por algum motivo.
Exemplos de direitos que não podem estar indisponíveis aos cidadãos são os direitos à vida, à liberdade, à saúde, à educação, entre outros. O MP atua para garanti-los.
O MP não faz parte de nenhum dos três poderes (Executivo, Legislativo ou Judiciário), apesar de estar relacionado a todos eles. Ele é autônomo e independente.
Princípios do MP
Os principais princípios institucionais do Ministério Público são:
· Unidade: esse princípio dispõe que todos os seus membros integram apenas um só órgão, sob a chefia de um Procurador-Geral. Assim, todas as ramificações do MPU, como o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Trabalho, integram o Ministério Público da União, tendo como chefe o Procurador-Geral da República. A exceção é o Ministério Público Estadual, que possui sua própria estrutura em cada estado, tendo cada um o seu chefe, o Procurador-Geral de Justiça.
· Indivisibilidade: esse princípio permite que um membro do Ministério Público possa substituir outro, em uma mesma função. Isso ocorre em decorrência do postulado da unidade, uma vez que a prática do ato é da instituição do Ministério Público, e não do membro autor da ação.
· Independência Funcional: garante a independência da atuação do membro dentro das suas atividades, não podendo sofrer interferência do seu chefe hierárquico durante o cumprimento das suas funções.
Além desses princípios, há também a autonomia financeira e administrativa do MP, permitindo que o órgão possa realizar sua própria proposta orçamentária, realizar concursos, criar e extinguir seus cargos, entre outros.
Divisão do MP
O MP é formado pelo Ministério Público da União (MPU) e pelo Ministério Público dos Estados (MPE) (presente em cada um dos estados). Apesar de haver estruturas distintas, eles exercem as mesmas funções, diferenciando apenas o alcance da sua atuação.
Não existe Ministério Público na esfera Municipal.
Funções Constitucionais do MP
O Ministério Público possui uma série de atribuições, como:
· promover o inquérito civil e a ação civil pública, além de poder requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, de modo a proteger o patrimônio público e social, o meio ambiente e outros interesses coletivos;
· defender os direitos e interesses das populações indígenas;
· o seu chefe possui a prerrogativa de promover a ação de inconstitucionalidade ou sua representação para a decretação da Intervenção da União ou dos Estados;
· exercer o controle externo da atividade policial, entre outras funções.
Advocacia Pública
Art 131, CF. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.
Advocacia-Geral da União
A Advocacia-Geral da União é a instituição que tem como prerrogativa representar a União, de maneira judicial e extrajudicial. Além disso, cabe a ela exercer as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.
A AGU representa os três poderes da União (Executivo, Legislativo e Judiciário) em ações judiciais e extrajudiciais. Por exemplo, a AGU já realizou a defesa da Lei de Acesso à Informação em uma ação judicial no STF, ou seja, defendeu o Poder Legislativo da União. Entretanto, os seus serviços de consultoria e assessoramento jurídico são apenas realizados para o Poder Executivo.
O seu chefe é o Advogado-Geral da União:
Advocacia Privada
Art. 133, CF. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
Ele tem a função de orientar e defender os seus clientes em conflitos, de modo a proteger os direitos da pessoa, através dos seus conhecimentos sobre o ordenamento jurídico e normativo, como as leis.
Apesar da Constituição Federal citar expressamente que o advogado é indispensável à administração da justiça, há alguns momentos em que não é necessário a sua presença, como na impetração de um habeas corpus, ou durante um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra algum servidor público.
Nesse meio tem uma instituição muito importante, a OAB
	A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) é uma instituição que representa os advogados enquanto classe profissional, mas não apenas isso. Suas funções também incluem proteger a Constituição e o Estado de Direito. Para o Bacharel em direito atuar como advogado ele precisa estar escrito na OAB, para isso é necessário os seguintes requisitos:
a) ter capacidade civil;
b) idoneidade moral;
c) aprovação em Exame da Ordem;
d) diploma ou certidão de conclusão de graduação em Direito, obtido em instituição de ensino autorizada e credenciada oficialmente;
e) título de eleitor e quitação com o serviço militar, caso seja o candidato brasileiro;
f) não exercer atividade incompatível com a advocacia;
g) prestar compromisso perante o conselho.
Defensoria Pública
art. 134, CF, a Constituição Federal designou a Defensoria Pública como:
Instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal dispõe que o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos
A Defensoria Pública é uma instituição permanente, tendo como funções a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita aos necessitados, em níveis judiciais e extrajudiciais.
A Defensoria Pública exerce grande papel na garantia dos direitos dos cidadãos, uma vez que ela permite que pessoas em situações vulneráveis que não possuamrecursos para contratar um advogado possam ter acesso à justiça, de forma gratuita, em todas as esferas.
Essa instituição, assim como o MP, possui como princípios institucionais a unidade, indivisibilidade e a independência funcional, além da autonomia administrativa e financeira, não sendo subordinado a nenhum dos poderes.
Considerações finais
O legislador constituinte originário concebeu as funções essenciais à Justiça em capítulos próprios, com margem segura de autonomia, portanto fora dos capítulos destinados aos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, isto porque verificou que, sem assegurar independência para tais órgãos, poderia-se correr o risco de controle repressivo hierárquico. 
Assim, quanto maior fosse a ausência de liberdade e independência das funções essenciais, menor seria a efetivação dos princípios da inafastabilidade jurisdicional, da ampla defesa e do contraditório, da imparcialidade jurisdicional e, também, tanto menor seria o contrabalanceamento dos poderes.

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