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1 Resumo-Líquidos serosos ou cavitários

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Líquidos Serosos ou Cavitários
As cavidades fechadas do organismo (pleural, pericárdica e peritoneal) são revestidas por duas membranas chamadas serosas. Uma delas reveste as paredes da cavidade (parietal) e outra os órgãos no interior da cavidade (visceral). Chama-se seroso o líquido entre elas.
Constituição dos líquidos serosos: Ultrafiltrado de plasma, formado na camada parietal e absorvido na camada visceral da pleura; peritônio e pericárdio.
Função principal: Lubrificação, permite o deslizamento das membranas, evitando atritos da movimentação dos órgão e também serve de proteção do órgão contra possíveis traumas.
Produção e reabsorção sujeitas a pressões. Pressão hidrostática e pressão oncótica, exercidas pelos capilares que irrigam as cavidades. Aumento da pressão hidrostática nos capilares sistêmicos do lado parietal – produção de líquido – reabsorção por meio da membrana visceral. 
Acúmulo de líquidos: Formação de efusões: Aumento na quantidade dos líquidos; Malignas ou benignas.
Formação de derrames: Aumento da pressão hidrostática na microcirculação; Diminuição da pressão oncótica da microcirculação; Aumento da permeabilidade da microcirculação; Diminuição ou bloqueio da drenagem linfática. 
Denominações: Tórax – Hidrotórax;
Abdome – Derrame peritoneal ou ascítico;
Pulmão – Derrame pleural;
Coração – Derrame pericárdio;
Articulação – Derrame sinovial;
Bolsa escrotal – Hidrocele. 
· Os líquidos presentes nas cavidades do organismo, são normalmente estéreis, mas podem ser invadidos e infectados por bactérias, fungos, vírus e parasitas. Por serem normalmente estéreis, o achado de qualquer quantidade de micro-organismo nesses líquidos é importante para configurar um processo infeccioso. Embora tumores e respostas autoimunes também possam produzir processos inflamatórios da cavidade pleural. 
Colheita: Procedimento médico; Análise citológica; Biomédico. – Aspiração com agulha nas cavidades. – Citologia: frasco com anticoagulante (citrato de sódio ou EDTA) 
Coleta: Aspiração com agulha na respectiva cavidade: Toracocentese (pleural); Pericardiocentese (pericardial); Paracentese (peritonial). 
Amostra: 1 tubo com EDTA: Citologia; 1 tubo estéril: cultura; 1 tubo: visualização de coágulo, exame físico, químico e imunológico. O material deve ser enviado ao laboratório à temperatura ambiente (20 a 30ºC), em um período máximo de 2 horas. 
 Classificação: - Transudatos: Acúmulo de líquido secundário a doenças sistêmicas (ex: Insuficiência Cardíaca Congestiva, Hipoproteinemia e Cirrose Hepática). 
- Exsudatos: Acometimento direto do mesotélio por processos infecciosos ou neoplasias. 
Classificação – Critérios de LIGHT et al. (1972) 
 No laboratório: - Centrifugar uma alíquota do material a 3.000 rpm durante 15 minutos. 
 - Separar o sobrenadante e utilizar o sedimento para o processamento microbiológico. 
- Realizar o exame microscópio direto ou por coloração, dependendo da suspeita clínica. 
- Reportar de imediato o resultado do exame microscópico, porque este pode ser de enorme valia para a orientação terapêutica precoce.
Exames laboratoriais de rotina para todos os líquidos e para categorização: - Exame físico: cor, aspecto (antes e após centrifugação), coágulo, densidade e pH. - Exame químico: proteínas, LDH e glicose. - Exame citológico: contagem global e diferencial. - Exame microbiológico e Exame imunológico. 
Líquido Pleural 
 Introdução - composição do líquido pleural:
- Albumina;
- Globulina;
- Fibriogênio;
- Células de defesa; 
- Células mesoteliais; 
- Alterações: Inflamação, destruição mecânica (lesões), insuficiência cardíaca congestiva, neoplasias, pneumonia e tuberculose. 
Acúmulo líquido pleural
 - Insuficiência cardíaca congestiva e hipoalbunemia Transudatos.
 - Pneumonia e carcinomas exsudatos.
 - Colesterola dosagem do colesterol no líquido pleural é útil na diferenciação entre transudatos e exsudatos. Níveis de colesterol maiores de 45mg/dL predizem exsudatos com sensibilidade de 90% e especificidade de 100%.
Aparência: Normais e transudatos: transparentes e amarelo-claros.
Turvos (geralmente leucócitos): infecção bacteriana, tuberculoso, imunológicos.
Sangue: hemotórax (lesão traumática), lesão membrana (neoplasias) ou aspiração traumática (filamentosos e sem uniformidade). Fazer hematócrito (alto no hemotórax).
Leitoso: material quiloso (linfa) de vazamento do ducto torácico ou pseudoquiloso de quadros inflamatórios crônicos. Fazer teste do éter (extrai o verdadeiro) ou Sudam III (positivo para quiloso).
Aspecto do líquido:
 
Os agentes etiológicos mais frequentes das infecções da cavidade pleural são: Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus, Haemophilus influenzae, Pseudomonas aeruginosa, Entorobacteriaceae e anaeróbios estritos. Também podem ser isolados microbactérias e fungos.
Exames citológicos: - Contagem global e diferencial de leucócitos.
- Contagem alta: > 1000 células/ul.
- Tuberculose - contagem moderada, predomínio de linfócitos e presença de plasmócitos.
- Infecções bacterianas - contagem alta, predomínio de neutrófilos.
- Neoplasias – contagem alta de linfócitos.
- Células anormais (células mesoteliais, macrófagos e tumorais) - citologia ou patologia.
Exames bioquímicos: - Glicose, pH e amilase.
- VR são os mesmos do plasma.
- Glicose baixa na inflamação tuberculosa e reumática.
- pH < 7,2 indicação de intubação e uso de antibiótico nas pneumonias
- pH > 7,4 nas neoplasias.
- Amilase alta há indício de lesão pancreática.
Exames sorológicos: Origem imunológica e neoplásica. Exames: anticorpos antinucleares, dosagem Ig, CEA (anticorpos carcinoembrionários).
Líquido do Pericárdio 
Líquido transparente e amarelo-claro. Pequena quantidade: 10 a 50 ml.
Derrame pericárdico: alteração da permeabilidade das membranas (infecção, neoplasia ou comprometimento metabólico). Suspeita de derrame -compressão cardíaca ao exame físico.
Aspecto: - Transparente: distúrbios metabólicos
- Turvo: infecção e neoplasias
- Leitoso: sistema linfático comprometido
- Sanguinolento: tuberculose, tumores e anticoagulantes
Citologia: Leucócitos > 1000 / ul: indício de infecção. ↑Neutrófilos: endocardite bacteriana. Pesquisa de células neoplásicas – importante.
Bioquímica: Glicose baixa na endocardite e neoplasia. 
Imunologia: CEA (antígeno carcinoembrionário) – correlação com citologia.
Líquido Peritoneal 
Composição do líquido peritonial: - Células e substâncias relacionadas a processos inflamatórios;
- Fibrina;
- Proteínas;
- Albumina;
- Alterações: hepatites, cirrose, hipertensão portal, neoplasia de ovário ou mama, insuficiência cardíaca, nefropatia, tuberculose, pancreatites e infecções. 
- Ascite: acúmulo de líquido na cavidade peritoneal.
- Normal: amarelo-claro e transparente.
- Transudatos e exsudatos.
Aspecto: - Turvos (exsudatos): infecções bacterianas ou fúngicas.
- Leitoso: material quiloso ou pseudoquiloso.
- Verde: derrame biliar. Tira reativa confirma ou dosagem.
- Hemorragia: traumatismo.
Citologia: - Normal: hemácias < / ul.
 Aumenta no traumatismo hemorrágico Leucócitos <300 /ul.
 Aumenta na cirrose e peritonite bacteriana. ↑ Granulócitos (> 250 / ul) peritonite.
- Citologia para diagnóstico de metástase.
Exame imunológico: CEA e CA 125: neoplasias.
Exame bioquímico:Glicose < sérica – peritonite tuberculosa e neoplasias.
↑ Amilase - pancreatite e nas perfurações intestinais.
↑ Fosfatase alcalina - perfuração intestinal.
↑ Nitrogênio uréico e creatinina - perfuração na bexiga.
Exame bacteriológico: Gram e cultura (aeróbica e anaeróbica) nas suspeitas de peritonite.

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