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TRABALHOS LIQUIDOS CAVITARIOS (1)-convertido (1) (1)

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LÍQUIDOS CAVITÁRIOS 
Maria Clara Maia da Cruz Biomedicina 5º período 
LÍQUIDO AMNIÓTICO 
Amniocentese é uma técnica utilizada para o estudo do líquido amniótico, é um 
procedimento invasivo. Uma agulha longa é introduzida na parede abdominal da 
gestante para o líquido amniótico ser retirado, para facilitar o procedimento é feito um 
ultrassom para identificar o melhor local a ser puncionado. O volume da amostra varia 
entre 20 a 30 ml. 
O exame laboratorial compreende a análise macroscópica, citológica e bioquímica. 
1. Análise macroscópica: descrição do líquido analisando a cor e a transparência, 
o ideal é que o líquido seja claro e transparente e nas 4 últimas semanas de 
gestação pode haver grumos. O líquido amniótico é considerado patológico 
quando: 
● Verde: 
● Amarelo; 
● Vermelho; 
● Achocolatado. 
2. Análise citológica: pode ser feita através de cultura de células e análise 
microscópica. 
3. Pesquisa genética: é feito por meio de cultura celular do líquido amniótico entre 
a 14ª e 20ª semanas de gestação. Essas células após passarem pelo cultivo 
são lisadas para análise cromossômica, também é analisado o conteúdo 
enzimático para verificar possíveis defeitos metabólicos. Esse exame serve 
para detectar doenças congênitas como: 
● Síndrome de Down; 
● Síndrome de Edwards; 
● Síndrome de Patau; 
● Síndrome de Klinefelter; 
● Síndrome de Turner. 
4. Bioquímico: dosagem de alfafetoproteína, para o diagnóstico de patologias 
fetais, como: 
● Anencefalia; 
● Espinha bífida; 
● Cistos sacrococcígeos; 
● Obstrução esofágica ou intestinal; 
● Necrose hepática; 
● Defeitos de osteogênese; 
● Defeitos congênitos de pele; 
● Baixo peso fetal; 
● Oligoidrâmnio. 
 
LÍQUIDO PLEURAL 
Entre as pleuras circula o líquido pleural, normalmente circula cerca de 3 a 15 ml. 
Para a coleta é preciso realizar um procedimento chamado toracocentese, feito por 
um médico. Através de exame clínico com radiografia ou ultrassonografia, é 
determinado o local da punção. Coleta- se cerca de 20 ml e retirando todo o líquido 
pleural. 
No líquido pleural é feita da análise macroscópica, bioquímicas, marcadores 
imunológicos, tuberculosos, tumorais ou de estresse oxidativo, citocinas, fatores de 
crescimento, moleculares e análise citológica. 
1. Análise macroscópica: devem ser descritos a cor, transparência, viscosidade 
e o odor. 
Cor: 
• Preta: esporos de Aspergillus niger; 
• Marrom: derrame pleural de longa duração; 
• Verde: fístula bilio pleural; 
• Clara: transudato, ou exsudato paucicelular; 
• Vermelha: presença de sangue; 
• Branca (leitosa): quilotórax ou derrame de colesterol. 
Aspecto: 
• Pasta de anchovas: ruptura de abscesso amebiano; 
• Debris: pleurite reumatoide; 
• Turvo:exsudato inflamatório ou derrame de lipídios; 
• Viscoso: mesotelioma. 
Odor: 
• Amônia: urinotórax; 
• Pútrido: começa por anaeróbios. 
 
2. Análise citológica: a contagem de células nucleadas superior a 10.000/μl 
pode ser encontrado em casos de: 
• Derrame parapneumônicos; 
• Pancreatite aguda; 
• Abscesos hepáticos subdiafragmáticos; 
• Infarto esplênico; 
• Infarto pulmonar; 
• Síndrome pós- lesão cardíaca; 
• Pleurite lúpica. 
Inicialmente, na fase aguda há predomínio de neutrófilos, após 72 horas as células 
mononucleares do sangue penetram no espaço pleural e predominam como 
macrofagos. Em casos em que o derrame persiste por mais de duas semanas, os 
macrófagos são substituídos por linfócitos. 
3. Análises bioquímicas: é analisado o pH, glicose, dosagem de amilase, lipídeos 
e albumina. 
 
LÍQUIDO PERICÁRDICO 
Pericárdio é a membrana que envolve o coração, e para obtenção do líquido 
pericárdico é preciso realizar um procedimento conhecido como pericardiocentese, 
que pode ser dirigido por fluoroscopia, ecocardiografia, ou abordagem cirúrgica. Esse 
procedimento é indicado quando o paciente apresenta tamponamento cardíaco, ou 
quando há suspeitas de pericardite purulenta ou associada a doenças malignas. 
O líquido pericárdico, em condições normais apresenta aspecto amarelo- citrino, com 
tudo mudanças na cor desse líquido podem indicar alterações. A análise do líquido 
pericárdico pode fornecer o diagnósticos de pericardites que podem ser de origem: 
● Bacteriana; 
● Fúngica; 
● Tuberculose. 
 Análise bioquímica: avalia a concentração de proteínas, relação líquido pericárdico/ 
soro, glicose. 
Presença de leucócitos com predomínio de neutrófilos pode indicar doenças 
inflamatórias de origem bacteriana ou reumatológica, já em hipotireoidismo a 
contagem de monócitos é mais elevada. 
Em caso de suspeita de tuberculose pericárdica é necessário fazer a pesquisa de 
bacilo da tuberculose e cultura do líquido pericárdico. 
 
LÍQUIDO PERITONEAL 
Sua função principal é proteger a cavidade abdominal, que em condições normais 
pode conter cerca de 50 ml de fluido, quantidade acima desse valor já é considerada 
patológica, e seu acúmulo é chamado de ascite. É um líquido transparente, amarelo 
claro e viscoso. 
A ascite é o acúmulo de líquido livre de origem patológica na cavidade peritoneal, 
esse líquido tem origem no plasma, bile, sangue, suco pancreático, líquido intestinal, 
linfa, urina etc. Para se confirmar a ascite é necessário fazer um procedimento 
cirúrgico, em que o líquido ascítico é removido da cavidade peritoneal chamado 
paracentese. 
A presença do fluido ascítico pode ocorrer em: 
● Insuficiência cardíaca congestiva; 
● Cirrose hepática; 
● Pericardites; 
● Hipoalbuminemia; 
● Síndrome nefrótica; 
● Obstrução da veia hepática; 
● Tuberculose; 
● Neoplasia primária ou metastáticas; 
● Pancreatites; 
● Carcinoma de pâncreas e ovário; 
● Esquistossomose. 
São necessários 30 ml de amostra para análise laboratorial, as amostras devem ser 
coletadas em três tubos; com EDTA ou heparina, anticoagulante e um tubo estéril 
para análise microbiológica. 
1. Exame físico ou macroscópico: deve ser anotado o aspecto e cor antes e 
depois da centrifugação. O líquido ascítico deve se apresentar transparente ou 
amarelo claro, estéril, e viscoso. Patologias podem alterar a cor e o aspecto 
como: 
● Turbidez- infecções bacterianas; 
● Esverdeada- pancreatite e colecistite, perfuração da vesícula biliar ou 
intestinal; 
● Leitoso ( que não clareia após a centrifugação)- ascite quilosa ou 
pseudoquilosa; 
● Alaranjado: hemorragia; 
● Amarelo ouro: icterícias. 
2. Análise citológica: corresponde a contagem global, diferencial, e morfológica 
de células presentes no líquido. Valores de referência: 
● Eritrócitos: < 150/mm3; 
● Leucócitos: < 500/mm3. 
Se houver aumento de leucócitos é recomendado que seja feita a análise 
microbiológica, com a análise microscópica e cultura celular. 
3. Bioquímica: são feitas as dosagens de: 
● Proteínas; 
● Glicose; 
● Amilase; 
● Ureia e creatinina; 
● Lactato desidrogenase; 
● Triglicerídeos. 
 
LÍQUIDO SINOVIAL 
É um ultrafiltrado do plasma, e a maioria de seus constituintes são semelhantes ao 
do plasma, exceto as proteínas de elevado peso molecular. Tem função de amortecer 
choques articulares e lubrificantes das articulações. 
Nas grandes articulações como o joelho seu volume pode ser de até 3,5 mL, e em 
derrames articulares até 200 ml. 
A coleta é feita através de um procedimento cirúrgico minimamente invasivo 
conhecido com artrocentese. Deve ser analisado a cor, aspecto, viscosidade, exame 
microscópico e bioquímico. 
1. Aspecto: claro, transparente ou amarelo claro, aspecto turvo pode indicar 
presença de leucócitos, hemácias, cristais ou fibrina. 
2. Cor: avermelhada pode ser hemartrose ou acidente durante a punção; 
esverdeada pode ser em casos de artrites sépticas. 
3. Viscosidade: está relacionada a quantidade de ácido hialurônico, que durante 
processos inflamatórios pode estar em baixa quantidade. É determinada 
durante a coleta,pela velocidade de queda, pela agulha de punção e pelo teste 
da mucina. 
4. Exame microscópico: 
● Cristais: pode indicar artrite, artrite crônica, gota, sinovite aguda; 
● Ragócitos: pode ser observado em artrite reumatóide e inflamação; 
● Neutrófilos: infecção bacteriana ou inflamação por cristais. 
5. Bioquímico: valores de referência: 
● Ácido úrico: < 7 mg/dL; 
● Proteína: < 3 g/dL; 
● Glicose: 60 a 99 mg/dL; 
● Mucina ( ++++/ 4+). 
6. Imunológico e cito microbiológico: 
● Fator reumatoide; 
● Cultura de bactérias e fúngica; 
● Coloração de grama. 
Estes testes são solicitados quando há suspeita de infecção, artrite devido a ácido 
úrico (gota) ou pirofosfato de cálcio (pseudogota) e diagnóstico diferencial de artrite.

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