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Orientação da Prática Profissional de Engenharia

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DESCRIÇÃO
Orientação da prática profissional de Engenharia do aluno concluinte do curso por meio da
experiência em estágios supervisionados e vivências profissionais.
PROPÓSITO
Compreender a inserção do egresso de um curso de Engenharia no mercado de trabalho por
intermédio das experiências adquiridas em estágios e vivências práticas, além do fator
enriquecedor delas por conta de sua supervisão realizada pela instituição de ensino superior e
propiciada por diversas práticas docentes.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar os aspectos legais reguladores das atividades de estágio nas Engenharias
MÓDULO 2
Reconhecer a importância da supervisão, do relatório e do regulamento do estágio
MÓDULO 3
Aplicar os conhecimentos do curso nos compartilhamentos de vivência profissional
MÓDULO 4
Identificar as características essenciais para a elaboração de relatórios de estágio
DA TEORIA À PRÁTICA
AVISO
orientações sobre unidades de medida
MÓDULO 1
 Identificar os aspectos legais reguladores
das atividades de estágio nas Engenharias
AVISO
Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por
questões de tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um
espaço entre o número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais
materiais escritos por você devem seguir o padrão internacional de separação dos
números e das unidades.
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BASES LEGAIS QUE AMPARAM AS
ATIVIDADES DE ESTÁGIO
AMPARO LEGAL – SEGURANÇA PARA
TODOS
Imagem: Shutterstock.com
As instituições de ensino superior (IES) se organizam por meio de projetos pedagógicos de
curso (PPC), inclusive nos cursos de Engenharia, nos quais as atividades relacionadas a
processos de ensino-aprendizagem acontecem geralmente em sala de aula, laboratórios ou a
distância (EaD). Já as disciplinas relacionadas a estágios supervisionados acontecem fora
desse ambiente interno da IES e sem a presença diária de um professor ou tutor. Mas ainda há
algumas dúvidas sobre essas atividades.
QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS
ESPECIAIS DELAS? QUAIS SÃO OS
RISCOS ENVOLVIDOS? E O QUE ESTÁ EM
JOGO?
A inclusão de disciplina de estágio supervisionado no PPC não é uma “opção”: trata-se, na
verdade, de uma obrigação. Tanto as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para as
Engenharias quanto as leis e as resoluções do Ministério da Educação (MEC) tornam clara a
obrigatoriedade do tratamento dos estágios supervisionados nas Engenharias por meio dos
PPCs.
A formação de competências no discente inclui sua iniciação no ambiente profissional
específico de seu curso, extrapolando, assim, os limites geográficos da IES. Por mais que as
disciplinas apliquem metodologias que busquem simular a atuação dos alunos em ambientes o
mais próximo possível da realidade profissional, como a aprendizagem baseada em
problemas/projetos ou, em inglês, problem/project based learning, nada substitui “o real”.
Estar convivendo num ambiente no qual o aluno é desafiado a exercer competências
aprendidas em um curso de Engenharia e a resolver problemas da sociedade é essencial.
Logo, é importante que todas as partes envolvidas estejam legalmente amparadas para
desempenharem suas atividades com segurança.
Assim como qualquer aprendiz em um novo ofício, a inexperiência torna o aluno mais
vulnerável ao erro. Tal condição também pode incluir uma maior propensão à ocorrência de
acidentes no ambiente de trabalho.
Foto: Shutterstock.com
Os riscos estão presentes; apesar de todas as preocupações em minimizá-los, é importante
cuidar também de todas as medidas de contingência conforme as leis que regulam as
atividades de estágio. Desse modo, o aluno estagiário, a empresa que o acolhe e a IES
poderão se sentir mais seguros quando as atividades de estágio forem desempenhadas.
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS
(DCN) PARA AS ENGENHARIAS
Imagem: Shutterstock.com
Por meio do Conselho Nacional de Educação (CNE), o MEC instituiu, na Resolução nº 2, de 24
de abril de 2019, as DCNs do curso de graduação em Engenharia. As DCNs devem ser
observadas pelas IES na organização, no desenvolvimento e na avaliação do curso de
Engenharia no âmbito dos sistemas de educação superior do país.
 VOCÊ SABIA
As DCNs de Engenharia definem os princípios, os fundamentos, as condições e as finalidades
estabelecidas pela Câmara de Educação Superior (CES) do CNE para sua aplicação, em
âmbito nacional, na organização, no desenvolvimento e na avaliação de seus cursos de
graduação das IES.
Das competências esperadas do egresso de curso de graduação em Engenharia listadas no
capítulo II das DCNs, destacam-se as competências gerais IV e V do artigo 4º:
IV - implantar, supervisionar e controlar as soluções de Engenharia:
ser capaz de aplicar os conceitos de gestão para planejar, supervisionar, elaborar e
coordenar a implantação das soluções de Engenharia.
estar apto a gerir, tanto a força de trabalho quanto os recursos físicos, no que diz respeito
aos materiais e à informação;
desenvolver sensibilidade global nas organizações;
projetar e desenvolver novas estruturas empreendedoras e soluções inovadoras para os
problemas;
realizar a avaliação crítico-reflexiva dos impactos das soluções de Engenharia nos
contextos social, legal, econômico e ambiental;
V - comunicar-se eficazmente nas formas escrita, oral e gráfica:
ser capaz de expressar-se adequadamente, seja na língua pátria ou em idioma diferente do
Português, inclusive por meio do uso consistente das tecnologias digitais de informação e
comunicação (TDICs), mantendo-se sempre atualizado em termos de métodos e tecnologias
disponíveis.
(RESOLUÇÃO Nº 2, 2019)
Por mais que as disciplinas expositivas e os laboratórios desafiem os alunos no
desenvolvimento de tais competências, somente no ambiente “real” do estágio é que tais
desafios se tornam mais efetivos para o desenvolvimento delas. Aprender a realizar uma
avaliação crítico-reflexiva dos impactos das soluções de Engenharia nos contextos social,
legal, econômico e ambiental somente em sala de aula é muito difícil.
As competências associadas à comunicação no ambiente profissional também são mais bem
desenvolvidas no estágio. Normalmente, os alunos são desafiados a se adaptarem a
protocolos de comunicação específicos, os quais, muitas das vezes, ficam atrelados a sistemas
informatizados, além de terem de cuidar dos relatos que compõem a documentação exigida na
avaliação da disciplina.
Já o capítulo III das DCNs trata da organização do curso de graduação em Engenharia. Seu
artigo 6º estabelece que esse curso deve possuir um projeto pedagógico do curso (PPC) que
contemple o conjunto das atividades de aprendizagem e assegure o desenvolvimento das
competências estabelecidas no perfil do egresso.
 ATENÇÃO
Os projetos pedagógicos dos cursos de graduação em Engenharia precisam especificar e
descrever claramente vários itens, incluindo o estágio curricular supervisionado, como
componentes curriculares obrigatórios.
Segundo as DCNs para as Engenharias, é preciso estimular as atividades que articulem
simultaneamente a teoria, a prática e o contexto de aplicação necessários para o
desenvolvimento das competências estabelecidas no perfil do egresso, incluindo as ações de
extensão e a integração empresa-escola. Também devem ser implementadas, desde o início
do curso, as que promovam a integração e a interdisciplinaridade, de modo coerente com o
eixo de desenvolvimento curricular, para integrar as dimensões técnicas, científicas,
econômicas, sociais, ambientais e éticas. Essa integração é potencializada durante as
atividades de estágio supervisionado.
Foto: Shutterstock.com
O uso de metodologias para aprendizagem ativa, como forma de promover uma educação
mais centrada no aluno, também é estimulado nas DCNs. Ainda existe uma recomendação
para que tais atividades sejam organizadas de modo que se aproxime os estudantes do
ambiente profissional, criando formas de interação entrea instituição e o campo de atuação
dos egressos. No mesmo capítulo III, o artigo 11 contextualiza ainda mais a importância do
estágio para a formação dos egressos de cursos de graduação em Engenharia:
Art. 11. A formação do engenheiro inclui, como etapa integrante da graduação, as
práticas reais, entre as quais o estágio curricular obrigatório sob supervisão direta do
curso.
§ 1º A carga horária do estágio curricular deve estar prevista no projeto pedagógico do
curso, sendo a mínima de 160 (cento e sessenta) horas.
§ 2º No âmbito do estágio curricular obrigatório, a IES deve estabelecer parceria com as
organizações que desenvolvam ou apliquem atividades de Engenharia, de modo que
docentes e discentes do curso, bem como os profissionais dessas organizações, se
envolvam efetivamente em situações reais que contemplem o universo da Engenharia,
tanto no ambiente profissional quanto no ambiente do curso.
(RESOLUÇÃO Nº 2, 2019)
Além de estabelecer um limite mínimo de carga horária dentro do PPC, esse artigo enfatiza a
participação dos discentes, dos docentes e dos profissionais que compõem as organizações
que trabalham com atividades reais de Engenharia no estágio curricular obrigatório. As DCNs
das Engenharias ainda abordam a questão das avaliações de atividades. O processo
avaliativo pode ser conduzido sob a forma de:
1
Monografias
Exercícios ou provas dissertativas
2
3
Apresentação de seminários
Trabalhos orais
4
5
Relatórios
Projetos
6
7
Atividades práticas
Essas avaliações têm de demonstrar o aprendizado e estimular a produção intelectual dos
estudantes de forma individual ou em equipe.
 EXEMPLO
No caso das atividades relacionadas aos estágios supervisionados, o uso de relatórios é o
meio mais adequado para a condução da necessária avaliação.
LEI Nº 11.788, DE 25 DE SETEMBRO DE
2008
Foto: Shutterstock.com
Tendo como objetivo o estabelecimento de uma ampla base legal, observaremos agora a Lei nº
11.788, de 25 de setembro de 2008. De forma ampla, ela aborda o assunto “estágio de
estudantes”, constituindo uma natural evolução, no âmbito da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), dessa busca pela melhor regulação das atividades de estágio. O artigo
primeiro começa com sua definição. Segundo a lei, o estágio é um:
[...] ATO EDUCATIVO ESCOLAR SUPERVISIONADO,
DESENVOLVIDO NO AMBIENTE DE TRABALHO, QUE
VISA À PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO
PRODUTIVO DE EDUCANDOS QUE ESTEJAM
FREQUENTANDO O ENSINO REGULAR EM
INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR, DE
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, DE ENSINO MÉDIO, DA
EDUCAÇÃO ESPECIAL E DOS ANOS FINAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL, NA MODALIDADE
PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS.
(LEI Nº 11.788, 2008)
De acordo com essa definição, podemos observar que todo estágio deve ser supervisionado. O
que pode mudar são o nível e a forma de supervisão.
Ainda no artigo primeiro da Lei nº 11.788, é estabelecido que a supervisão pela instituição de
ensino do estágio (obrigatório ou não) tem de estar pautada naquilo especificado pela própria
instituição no respectivo PPC. Segundo o texto, o estágio visa ao aprendizado de
competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando,
com isso, o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho.
A formação de vínculo empregatício em decorrência de atividade de estágio é descartada na lei
desde que o estágio atenda a seus requisitos. Daí a importância da celebração do termo de
compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a instituição de ensino para
que tudo fique bem claro.
 ATENÇÃO
Apesar de óbvio, é importante haver uma compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no
estágio e aquelas previstas no termo de compromisso. O não atendimento de tal requisito dá
margens à identificação de vínculo empregatício.
Como ato educativo escolar supervisionado, o estágio deve ter acompanhamento efetivo por:
PROFESSOR ORIENTADOR DA INSTITUIÇÃO DE
ENSINO.
SUPERVISOR DA PARTE CONCEDENTE QUE ABRIGA
O ALUNO.
A legislação cita a possibilidade da inclusão do serviço de uma terceira parte denominada
“agente de integração”. Auxiliares no processo de aperfeiçoamento do estágio, os agentes de
integração podem ser de natureza pública ou privada, sendo “mediadores” entre a instituição
de ensino e empresas.
Entre as atividades a serem desempenhadas por tais agentes, estão as de:
Identificar as oportunidades de estágio.
Ajustar suas condições de realização.
Fazer o acompanhamento administrativo.
Encaminhar a negociação de seguros contra acidentes pessoais.
Cadastrar os estudantes.
Segundo a lei, é vedada a cobrança de qualquer valor dos estudantes, a título de remuneração,
pelos serviços de agentes de integração.
A instituição de ensino é obrigada pela lei a:
Avaliar as instalações da parte concedente do estágio.
Analisar a adequação delas à formação cultural e profissional do educando.
Indicar o professor orientador da área a ser desenvolvida no estágio como o
responsável pelo acompanhamento e pela avaliação das atividades do estagiário.
O termo de compromisso precisa incluir um plano de atividades do estagiário. Assim como a
instituição de ensino possui suas obrigações, a parte que concede o estágio também as tem.
Dessas obrigações, podemos destacar que quem oferece estágio tem de:
Celebrar termo de compromisso com a instituição de ensino e o educando, zelando por seu
cumprimento.
Ofertar instalações que tenham condições de lhe proporcionar atividades de aprendizagem
social, profissional e cultural.
Indicar um funcionário de seu quadro de pessoal, com formação ou experiência profissional na
área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para orientar e supervisionar até 10
estagiários simultaneamente.
Contratar em favor do estagiário um seguro contra acidentes pessoais cuja apólice seja,
conforme esteja estabelecido no termo de compromisso, compatível com os valores de
mercado.
Entregar o termo de realização do estágio com uma indicação resumida das atividades
desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho por ocasião do desligamento do
estagiário.
Manter à disposição da fiscalização documentos que comprovem a relação de estágio.
Enviar à instituição de ensino, com uma periodicidade mínima de seis meses, o relatório de
atividades com vista obrigatória ao estagiário.
 ATENÇÃO
No caso de estágio obrigatório, a responsabilidade pela contratação do seguro poderá
alternativamente ser assumida pela instituição de ensino.
A Lei nº 11.788 dispõe de um capítulo para tratar de algumas questões relativas ao estagiário.
Ela estabelece que sua jornada de atividade é definida de comum acordo entre a instituição
de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu representante legal. Além disso, a lei
determina que o termo de compromisso deve ser compatível com as atividades escolares
e não ultrapassar, no caso de estudantes de ensino superior, seis horas diárias e trinta horas
semanais.
Foto: Shutterstock.com
A duração do estágio, na mesma parte concedente, não pode exceder dois anos, exceto
quando se tratar de um que seja portador de deficiência. É assegurado ao estagiário, sempre
que o estágio tenha duração igual ou superior a um ano, um período de recesso de 30 dias a
ser gozado preferencialmente durante suas férias escolares.
Outra preocupação na lei é disciplinar a quantidade de estagiários em relação à quantidade
de funcionários na empresa. Essa e outras preocupações já mencionadas, como a
possibilidade de se formar um vínculo empregatício caso a empresa utilize a mão de obra do
estagiário em atividade não condizente com a pactuada entre as partes e descritas no plano de
trabalho, buscam evitar que o estagiário não seja explorado (mão de obra barata
especializada).
A lei estabelece limites quantitativos no seu artigo 17, porém deixa os estágios de nível
superior sem a obrigatoriedade de aplicação. Cabe ressaltar que, além do estágio curricular
supervisionado,o aluno pode realizar outros estágios, a qualquer momento do curso, como
medida de aprimoramento das atividades de ensino.
RESOLUÇÃO Nº 2, DE 18 DE JUNHO DE
2007
Imagem: Shutterstock.com
Esta resolução, que é da CES e está subordinada ao MEC, dispõe sobre a carga horária
mínima e os procedimentos relativos à integralização e à duração dos cursos de graduação
(bacharelados) na modalidade presencial. O parágrafo único do artigo 1º estabelece que os
estágios e as atividades complementares desses cursos não devem exceder os 20% da carga
horária total deles – salvo nos casos de determinações legais em contrário.
Por isso, os PPCs das Engenharias precisam estar balizados por tal exigência quando
estabelecem uma carga horária para as disciplinas relativas a estágios supervisionados.
Segundo o artigo 2º da resolução, as instituições de educação superior, para o atendimento do
artigo 1º, devem fixar os tempos mínimos e máximos de integralização curricular por curso,
bem como sua duração.
Quando o estudante cumpre todas as exigências fixadas no PPC respectivo, ou seja, se
integraliza quando ele está apto para se formar.
Para as Engenharias, a resolução estabelece uma carga horária mínima de 3.600 horas,
enquadrando os cursos no “grupo de carga horária mínima entre 3.600 e 4.000h” cujo limite
mínimo para a integralização é de cinco anos. Dentro desses parâmetros, os PPCs
estabelecem as cargas horárias dos estágios supervisionados.
As bases legais que sustentam as atividades de estágio supervisionado nas Engenharias são
sólidas, ou seja, tanto as DCNs quanto as leis e as resoluções do MEC proveem segurança
jurídica para que tanto os alunos quanto as entidades concedentes do estágio e a IES possam
planejar e desempenhar os estágios de forma segura.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. CONSIDERANDO OS ASPECTOS LEGAIS ASSOCIADOS AO
PLANEJAMENTO E À CONDUÇÃO DE ATIVIDADES DE ESTÁGIO
SUPERVISIONADO NAS ENGENHARIAS, É CORRETO AFIRMAR QUE:
A) O estágio supervisionado é de responsabilidade exclusiva do aluno.
B) O estágio supervisionado é de responsabilidade exclusiva da IES.
C) O estágio supervisionado não é obrigatório para todas as IES.
D) O estágio supervisionado requer necessariamente um termo de compromisso entre quem
concede o estágio, a IES e o aluno.
E) As atividades no estágio são planejadas pela instituição que concede o estágio sem a
necessidade de anuência da IES.
2. CONSIDERANDO OS ASPECTOS LEGAIS ASSOCIADOS AO
PLANEJAMENTO E À CONDUÇÃO DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO
SUPERVISIONADO DE ENGENHARIA, É CORRETO AFIRMAR, DE
ACORDO COM AS DIRETRIZES CURRICULARES PARA AS
ENGENHARIAS, QUE A CARGA HORÁRIA DO ESTÁGIO CURRICULAR
TEM DE ESTAR PREVISTA NO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO,
SENDO A CARGA MÍNIMA DE:
A) 160 horas
B) 140 horas
C) 260 horas
D) 220 horas
E) 180 horas
GABARITO
1. Considerando os aspectos legais associados ao planejamento e à condução de
atividades de estágio supervisionado nas Engenharias, é correto afirmar que:
A alternativa "D " está correta.
A necessidade de termo de compromisso está descrita na Lei nº 11.788, de 25 de setembro de
2008. Trata-se, portanto, de um item obrigatório para a formação e de responsabilidade das
três partes envolvidas.
2. Considerando os aspectos legais associados ao planejamento e à condução das
atividades de estágio supervisionado de Engenharia, é correto afirmar, de acordo com as
diretrizes curriculares para as Engenharias, que a carga horária do estágio curricular
tem de estar prevista no projeto pedagógico do curso, sendo a carga mínima de:
A alternativa "A " está correta.
As DCNs estabelecem para as Engenharias o mínimo de 160 horas para o estágio
supervisionado. A importância do estágio para a formação dos egressos de cursos de
graduação em Engenharia é contextualizada no artigo 11 do capítulo III.
MÓDULO 2
 Reconhecer a importância da supervisão,
do relatório e do regulamento do estágio
IMPORTÂNCIA DO REGULAMENTO DE
ESTÁGIO PARA O SUCESSO DAS
ATIVIDADES
REGULAMENTO DE ESTÁGIO –
ESTABELECIMENTO DAS REGRAS
Imagem: Shutterstock.com
Assim como acontece em qualquer setor, para que uma lei possa ser amplamente entendida e
mais bem utilizada, ela precisa ser regulamentada. As bases legais genéricas voltadas para as
Engenharias fundamentam as atividades de estágio supervisionado.
No entanto, elas também precisam de regulamentos específicos dentro das IES de Engenharia.
As bases legais não conseguem particularizar os procedimentos internos das instituições: elas,
na verdade, indicam uma direção. A estrada pavimentada e sinalizada pode ser obtida por meio
de um bom regulamento.
O QUE DEVE ESTAR CONTIDO DENTRO DE
UM REGULAMENTO DE ESTÁGIO? QUAIS
ITENS ELE DEVE ABORDAR?
Não existe uma norma que deva ser seguida para se estabelecer um regulamento de estágio.
Contudo, citaremos nesta seção alguns itens que podem ser importantes no auxílio de uma
atividade tão importante nos cursos de Engenharia.
Inicialmente, o regulamento poderia incluir uma introdução capaz de dar uma primeira visão
das atividades para o aluno. Por conta disso, vale a pena começar definindo o que significa um
regulamento de estágio. Esse regulamento é um documento que, em conformidade com a
legislação vigente, tem o objetivo de determinar as regras e os procedimentos para a
realização do estágio curricular supervisionado de acordo com o previsto no PPC de
Engenharia específico.
Imagem: Shutterstock.com
Após definirmos o que é o regulamento, convém falarmos sobre a natureza e o objetivo do
estágio. Confira a seguir.
NATUREZA DO ESTÁGIO
Uma definição possível é a de procedimento didático-pedagógico desenvolvido em um
ambiente de trabalho por alunos com matrícula ativa em uma IES.
OBJETIVO DO ESTÁGIO
Trata-se da preparação do aluno para a vida cidadã e o trabalho produtivo por intermédio do
desenvolvimento de competências próprias da atividade profissional e da contextualização
curricular na esfera profissional da Engenharia específica.
 ATENÇÃO
É importante destacar para o aluno no texto do regulamento que a realização do estágio é uma
exigência obrigatória para obtenção do diploma de engenheiro segundo as DCNs do curso de
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graduação em Engenharia estabelecidas pelo MEC.
As atividades desenvolvidas pelo aluno no estágio curricular supervisionado devem ser
acompanhadas e aprovadas por engenheiros designados pela empresa cedente, bem como
pela IES específica. O estágio curricular do Curso de Engenharia procura consolidar, de
modo geral, o objetivo de:
Foto: Shutterstock.com
PROPORCIONAR
Proporcionar ao aluno oportunidades de desenvolver suas habilidades.
Foto: Shutterstock.com
ANALISAR
Analisar situações e propor mudanças no ambiente organizacional e social.
Foto: Shutterstock.com
COMPLEMENTAR
Complementar o processo de ensino-aprendizagem na formação de competências particulares.
Foto: Shutterstock.com
INCENTIVAR
Incentivar a busca do aprimoramento pessoal e profissional.
Também como objetivo, o regulamento pode destacar que o estágio serve para atenuar o
impacto da passagem da vida do aluno para a vivência profissional, abrindo ao estagiário
mais oportunidades de conhecimento da organização e do funcionamento das empresas e de
sua relação com a sociedade.
Outro benefício é facilitar o processo de atualização de conteúdos disciplinares,
permitindo adequar o que foi aprendido em disciplinas às constantes inovações tecnológicas,
políticas, sociais e econômicas no mercado. O texto do regulamento também pode destacar
que a prática do estágio curricular supervisionado procura, a fim de minimizar o impacto da
passagem da vida estudantil para a profissional, desenvolver nos alunos uma capacidade de:
1
Flexibilidade
Adaptabilidade
2
3
Comunicação oral e escrita
Criatividade
4
5
Iniciativa e autonomia na tomada de decisões
Trabalhar em equipe
6
No regulamento, é importante deixar claro para o aluno a carga horária mínima especificada
pela instituição.O mínimo estabelecido nas bases legais é de 160 horas, porém cada IES pode
especificar uma quantidade mínima de horas superior a esse limite legal.
 SAIBA MAIS
Outra informação importante e útil diz respeito aos limites associados à “maturidade” do
aluno ao se cursar uma disciplina de estágio. Não faz sentido, afinal, que alunos do curso
básico das Engenharias estejam em um estágio supervisionado. Normalmente, tais limites
ficam entre o 5º e o 10º período. Para a realização do estágio curricular supervisionado, o
requisito é estar matriculado regularmente pelo menos no 5º período do curso de graduação
em Engenharia.
O aluno não está impedido de realizar estágios antes do 5º período. No entanto, eles são
considerados atividades acadêmicas extracurriculares, não podendo substituir o estágio
curricular supervisionado. Quanto aos possíveis locais de realização, esse estágio tem de ser
realizado obrigatoriamente em organizações legalmente constituídas, por exemplo, Instituições
Públicas Municipais, Estaduais ou Federais, ou empresas privadas de qualquer setor da
economia.
O regulamento precisa informar ao aluno que toda documentação exigida para a
formalização do estágio deve ser entregue na IES, exceto o relatório final elaborado pelo
aluno. O relatório final, primeiro será analisado pela orientação pedagógica do instituição e,
após a sua aprovação, remetido para a IES a fim de ser arquivado. Alguns documentos estão
vinculados ao início do estágio; outros, ao fim dele. Para seu início, os tipos de documentos
podem variar de acordo com a condição do aluno. Por exemplo: ele pode não possuir
vínculo com a empresa, ser empregado da mesma ou até mesmo ser sócio-proprietário.
Foto: Shutterstock.com
Porém, em todas as situações, o plano de atividades do estagiário deve ser o documento
imprescindível para o início do estágio. No final do estágio supervisionado, o regulamento
deve, independentemente das condições dos alunos, especificar a necessidade de
apresentação dos relatórios de avaliação do estágio pelo estagiário e pelo supervisor.
 DICA
No relatório feito pelo supervisor do cedente do estágio, é importante haver o
acompanhamento do professor da disciplina associada ao estágio supervisionado. O início da
realização das atividades do estágio está condicionado à assinatura do termo de
compromisso. Esse aspecto tem de estar claro no regulamento.
O aluno poderá realizar o estágio na organização em que trabalha, podendo, a seu critério,
desenvolvê-lo no mesmo setor em que está lotado ou em um diferente daquele no qual executa
suas atividades habituais caso elas não tenham qualquer relação com as de competência do
engenheiro.
Se o aluno estiver empregado ou for sócio-proprietário de empresa, tais atividades poderão
ser aceitas como estágio curricular supervisionado desde que:
As atividades exercidas estejam alinhadas como os objetivos propostos no PPC do curso de
Engenharia.
Essa prática tenha sido analisada e acordada com o coordenador do estágio curricular
supervisionado.
No final do texto do regulamento, as IES normalmente listam algumas disposições gerais.
Nelas, podem estar descritos aspectos oriundos de leis e/ou resoluções federais – ou até
mesmo aspectos internos à IES.
SUPERVISÃO DO ESTÁGIO
Foto: Shutterstock.com
A organização deve dispor de um engenheiro com registro regular no Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia (Crea) em seu corpo funcional (ou na posição de sócio-diretor) para
supervisionar as atividades do estagiário. O supervisor do estágio no cedente recebe um
formulário padronizado da IES no qual relata o desempenho do aluno diretamente para a
instituição de ensino. Dessa forma, ele participa ativamente do processo de avaliação.
 SAIBA MAIS
Os critérios específicos ficam a cargo de cada IES, mas o cumprimento da carga horária e a
aprovação pelo supervisor do cedente são aspectos essenciais.
MAS O QUE É OBSERVADO?
A supervisão deve acontecer atrelada ao “plano de estágio”, ou seja, ela tem de considerar o
cumprimento do que foi especificamente planejado em termos de atividades. Para que isso
aconteça, vários aspectos relacionados às competências do aluno estagiário precisam ser
observados. O escopo das atividades planejadas deve estar dentro daquilo que o Conselho
Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) estabelece como atividades de competência dos
engenheiros.
Seguindo as atividades de competência do engenheiro previstas na Resolução n° 218, de 29
de junho de 1973, do Confea – que, na época da resolução, também regulava as atividades
relacionadas à Arquitetura –, o estágio curricular supervisionado precisa conter aquelas
relacionadas a:
Supervisão, coordenação e orientação técnica.
Estudo, planejamento, projeto e especificação.
Estudo de viabilidade técnico-econômica.
Assistência, assessoria e consultoria.
Direção de obra e serviço técnico.
Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico.
Desempenho de cargo e função técnica.
Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica, extensão.
Elaboração de orçamento.
Padronização, mensuração e controle de qualidade.
Execução de obra e serviço técnico.
Fiscalização de obra e serviço técnico.
Produção técnica e especializada.
Condução de trabalho técnico.
Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção.
Execução de instalação, montagem e reparo.
Operação e manutenção de equipamento e instalação.
Execução de desenho técnico.
RELATÓRIOS DO ESTÁGIO
SUPERVISIONADO
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Os relatórios de estágio são documentos obrigatórios que registram as atividades
desempenhadas e por meio dos quais são oficializadas a realização e a finalização do estágio.
Eles devem ser elaborados e desenvolvidos pelo aluno estagiário e entregues na IES ao
término do estágio. Normalmente, os relatórios de estágio são compostos por duas partes:
ESTAGIÁRIO
O relatório de avaliação do estágio feito pelo estagiário tem como objetivo a avaliação das
atividades de estágio por parte do aluno. Esse relatório normalmente inclui: A auto avaliação do
desempenho do aluno.
O desempenho do aluno.
A estrutura do estágio.
As atividades exercidas.
A atuação do supervisor do estágio.
Ele é assinado pelo aluno e pelo professor orientador do estágio. A IES fornece um formulário
padrão para tal relatório.
SUPERVISOR
Seu relatório é preenchido pelo supervisor do estágio designado pela empresa cedente com o
objetivo de avaliar a atuação do aluno ao longo do estágio. Ele precisa ser assinado e
carimbado pelo supervisor de estágio designado por tal empresa.
Da mesma forma, a IES fornece um formulário padrão para esse relatório. Por se tratar de um
documento para a comunicação entre a empresa e a IES, a documentação a ser preenchida
não deve ser conduzida pelo aluno.
O regulamento de estágio, a supervisão e os relatórios são instrumentos didáticos-pedagógicos
que apoiam o planejamento e a execução das atividades relacionadas ao estágio
supervisionado. A aderência dos documentos ao PPC de Engenharia específico dentro da IES
específica é essencial, assim como o cumprimento de tudo aquilo que seja exigido em leis e
resoluções que embasam tais atividades.
 ATENÇÃO
Deve ser dado um cuidado especial às documentações que registram o término das atividades,
uma vez que o desempenho do aluno no estágio é avaliado tanto pela IES quanto pelo
engenheiro responsável na organização que cedeu a vaga para o estágio.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. É IMPORTANTE DESTACAR NOS REGULAMENTOS DE ESTÁGIO
SUPERVISIONADO NAS ENGENHARIAS QUE:
I. O ESTÁGIO CURRICULAR OBJETIVA PROPORCIONAR AO ALUNO
OPORTUNIDADES DE DESENVOLVER SUAS HABILIDADES.
II. O ESTÁGIO CURRICULAR BUSCA COMPLEMENTAR A FORMAÇÃO DE
COMPETÊNCIAS.
III. O ESTÁGIO CURRICULAR ESTÁ RESTRITO ÀS PRÁTICAS
PROFISSIONAIS, NÃO TENDO CONTRIBUIÇÕES SIGNIFICATIVAS EM
RELAÇÃO AOS ASPECTOS TEÓRICOS APRENDIDOS NAS DISCIPLINAS
CURRICULARES.
ESTÁ CORRETO O QUESE AFIRMA EM:
A) I, II e III
B) II e III
C) I e II
D) I e III
E) II
2. OBSERVE AS AFIRMATIVAS A SEGUIR:
I. O TEXTO DO REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO
PRECISA REGULAR OS PROCEDIMENTOS RELATIVOS AO ALUNO
ESTAGIÁRIO.
II. O TEXTO DO REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DEVE
REGULAR OS PROCEDIMENTOS RELATIVOS AO PROFESSOR
ORIENTADOR.
III. O TEXTO DO REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO TEM
DE REGULAR OS PROCEDIMENTOS RELATIVOS AO PROFISSIONAL
SUPERVISOR DO ESTABELECIMENTO QUE ACOLHE O ALUNO.
ESTÁ CORRETO O QUE SE AFIRMA EM:
A) I, II e III
B) II e III
C) I e II
D) I e III
E) II
GABARITO
1. É importante destacar nos regulamentos de estágio supervisionado nas Engenharias
que:
I. O estágio curricular objetiva proporcionar ao aluno oportunidades de desenvolver
suas habilidades.
II. O estágio curricular busca complementar a formação de competências.
III. O estágio curricular está restrito às práticas profissionais, não tendo contribuições
significativas em relação aos aspectos teóricos aprendidos nas disciplinas curriculares.
Está correto o que se afirma em:
A alternativa "C " está correta.
As práticas no estágio facilitam o processo de atualização de conteúdos disciplinares,
permitindo a adequação daquilo que foi aprendido em disciplinas com as constantes inovações
tecnológicas, políticas, sociais e econômicas do mercado.
2. Observe as afirmativas a seguir:
I. O texto do regulamento do estágio supervisionado precisa regular os procedimentos
relativos ao aluno estagiário.
II. O texto do regulamento do estágio supervisionado deve regular os procedimentos
relativos ao professor orientador.
III. O texto do regulamento do estágio supervisionado tem de regular os procedimentos
relativos ao profissional supervisor do estabelecimento que acolhe o aluno.
Está correto o que se afirma em:
A alternativa "A " está correta.
É importante que o regulamento do estágio supervisionado inclua todas as partes envolvidas
nas atividades relacionadas a ele.
MÓDULO 3
 Aplicar os conhecimentos do curso nos compartilhamentos de vivência profissional
VIVÊNCIA PROFISSIONAL – COLETANDO
EXPERIÊNCIAS AO LONGO DO CURSO
TEORIA E PRÁTICA PROFISSIONAL
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Os processos de ensino-aprendizagem são desenhados na busca da formação de
competências. Nas Engenharias, assim como em muitas outras áreas, elas não podem ser
obtidas apenas pelo mero saber “do motivo das coisas”. É preciso ir além disso. Deve-se, na
verdade, “saber fazer”.
O modelo tradicional de ensino baseado na transmissão de conhecimentos em sala de aula
não consegue atingir por si só o objetivo da construção das competências necessárias para um
engenheiro. Sua profissão, afinal, está intimamente ligada à capacidade de resolver problemas
da sociedade associados à área técnica-científica.
Uma coisa é enunciar uma solução ou diagnosticar corretamente um problema. Outra é
resolvê-lo. As atividades desempenhadas nos estágios supervisionados colaboram para a
consolidação de conhecimentos teóricos por meio da prática profissional de Engenharia. É nela
que muitas competências são verdadeiramente desenvolvidas.
Historicamente, a formação de competências técnicas em muitos “ofícios” era feita por meio de
mestres e aprendizes. Ainda podemos ver esse tipo de construção de competências – e, em
muitos casos, de forma informal e às vezes perigosas, já que não existe uma supervisão em
instâncias superiores. Por exemplo, muitos “pedreiros” aprendem a fazer obras por observação
e repetição, mas sem o domínio do conhecimento dos limites da ciência e da tecnologia.
Por mais que tenhamos acesso a tecnologias alternativas de aprendizagem, a experiência real
e prática sempre será insubstituível. Um exemplo ilustrativo do desafio para se promover uma
habilidade/competência pode ser a aprendizagem necessária para se “andar de bicicleta”.
Nesse exemplo, é fácil perceber a importância do “trabalho em campo” para se atingir o
objetivo. Quanto tempo de teoria alguém deve ter quando tal desafio lhe é apresentado? Na
proporção com a parte prática, a resposta seria: muito pouco.
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 ATENÇÃO
Somente “pondo em prática” o conceito é que a habilidade vai sendo formada. A segurança
obtida pelo domínio de uma habilidade só vem com sua experimentação.
É lógico que a maioria das competências a serem desenvolvidas nas Engenharias não é tão
associada ao sistema motor, como, por exemplo, a coordenação motora e as atividades
manuais. Contudo, de certa forma, a segurança alcançada ao se dominar uma competência
somente se estabelece após a prática correspondente.
ALÉM DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO
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O desenvolvimento de competências por meio de atividades práticas profissionais não se
restringe ao estágio supervisionado. Sempre que possível, pode haver, desde os primeiros
momentos no curso de Engenharia, oportunidades de experiências práticas na área.
Programas de atividades complementares buscam contabilizar o tempo investido em vários
tipos de atividades que promovem a vivência profissional, mas não se enquadram no perfil de
um estágio supervisionado de engenharia. Normalmente, a contabilização de trabalho
caracterizado como vivência profissional – exceto o estágio supervisionado – se dá com base
em parâmetros deste tipo: “oito horas por atividade complementar por semestre”.
Os programas de atividades complementares estão calcados nos quatro pilares apontados
pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para
uma nova educação:
Aprender a ser (desenvolvimento pessoal).
Aprender a conviver (desenvolvimento social).
Aprender a fazer (competência produtiva).
Aprender a conhecer (competência cognitiva).
A definição de vivência profissional no âmbito de uma IES se refere ao trabalho ou ao estágio
na área de formação para a qual deve ser entregue uma declaração ao final de cada semestre.
Tal declaração normalmente está vinculada a um modelo de relatório no qual se explicitam a
descrição das atividades e o número de horas dispendido nelas.
Pode ser considerada uma vivência profissional qualquer atividade realizada sob a supervisão
de um profissional com formação superior que propicie ao aluno adquirir experiência
profissional específica e que contribua para a sua absorção pelo mercado de trabalho. No caso
das Engenharias, a caracterização dessa atividade está atrelada à supervisão de um
engenheiro que “valida” as atividades para o aluno. A importância das atividades que
busquem a vivência profissional prática em engenharia extrapola uma simples contabilização
necessária de horas. Trata-se, em suma, de uma experiência que pode ser considerada um
grande lucro.
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Ao desempenhar tais atividades práticas, vivendo a engenharia no mundo real em que os
problemas também são reais, o aluno amadurece. Esses problemas, afinal, não cabem nos
enunciados de questões de provas. As condições de contorno podem – e, em alguns casos,
devem – ser mudadas, fazendo com que surjam algumas variáveis sem aviso. É nesse mundo
real que o aluno passa a ter uma melhor percepção daquilo que será o seu “dia a dia” futuro na
profissão de engenheiro.
VIVÊNCIA PROFISSIONAL EM GRUPO
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Um dos grandes desafios para a construção de competências individuais está associado à
capacidade de trabalho em grupo de um indivíduo. Não mais se aplica no mundo atual a
imagem de um engenheiro cientista que, trancafiado em um laboratório, concebe de repente
uma inovação fantástica. As conquistas acontecem por sua associação com trabalhos
realizados em grupo. Mesmo que as lideranças tenham um importante papel para o sucesso do
trabalho, o mérito deve ser atribuído a todos.
Uma característica que se observa com relativa frequência no perfil de profissionais da área
técnica é um alto grau de introspecção em detrimento da capacidade de interação em
grupo. Em outras palavras, a inteligência lógico-matemáticaé elevada; já a interpessoal, nem
tanto. Tal característica não pode ser um impedimento para o trabalho em grupo. Pelo
contrário: ela precisa ser identificada, sendo um desafio sua superação.
As várias disciplinas realizadas ao longo do curso normalmente acontecem em salas de aula
onde trabalhos em grupo são feitos entre os discentes, ou seja, em grupos de pessoas afins –
da mesma área das ciências exatas e normalmente dentro da mesma faixa etária. Num
ambiente profissional real de engenharia, é comum a constituição de equipes multidisciplinares
em múltiplas hierarquias e faixas etárias.
Integrar-se de forma efetiva nos trabalhos feitos em grupo em tal ambiente pode constituir um
grande desafio para alguém que precisa melhorar sua inteligência interpessoal e sua
capacidade de comunicação. A participação, ao longo do curso de Engenharia, em atividades
que promovam a vivência profissional com certeza colabora para a formação de competências
tão necessárias para o trabalho em grupo. Esse tipo de trabalho possui características
sistêmicas.
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Uma definição de sistema é um todo organizado no qual todas as partes trabalham em
harmonia para o cumprimento de um objetivo comum. Em sistemas, algumas propriedades
podem ser observadas, como, por exemplo, a simbiose (vida em comum) e a sinergia.
A sinergia pode ser observada quando a soma das contribuições individuais de cada parte do
sistema é menor que a contribuição total do sistema. Nos sistemas, portanto, algumas
funcionalidades geradas não podem ser atribuídas a nenhum componente individual deles.
Trata-se, na verdade, de funcionalidades geradas pela interação sistêmica.
A soma do todo é maior que a das partes. Entendendo a vivência profissional sob tal
perspectiva, é possível perceber que as atividades acadêmicas tradicionais não conseguem
reproduzir ou simular com fidelidade um trabalho profissional de engenharia “no campo”.
 VOCÊ SABIA
Devido à sinergia que naturalmente ocorre em um ambiente de troca de vivência profissional,
somente mediante a experimentação real na prática da solução de problemas de engenharia o
aluno conseguirá verdadeiramente aprender e se sentir seguro com o domínio das
competências geradas.
GESTÃO DO CONHECIMENTO
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O conhecimento em uma organização é um bem muito valioso, devendo ser contabilizado em
um lugar especial na relação dos recursos da organização. A rotatividade de pessoal é
inevitável. Afinal, muitos chegam e tantos outros saem.
O CONHECIMENTO, OU SEJA, A
EXPERTISE EM REALIZAR AS ATIVIDADES
PRÓPRIAS DA ORGANIZAÇÃO, É
FACILMENTE REPOSTO? INFELIZMENTE, A
RESPOSTA É NÃO.
Costuma-se dizer que “conhecimento é poder”. De maneira lamentável, alguns profissionais
intencionalmente dificultam o compartilhamento de conhecimentos com o objetivo de “valorizar
o próprio passe”. Sua ideia é de que, com isso, eles não sejam tão facilmente substituíveis.
Esse raciocínio, porém, se torna incompatível com as atuais práticas de gestão do
conhecimento nas organizações. Quanto mais for possível compartilhar o conhecimento de
forma segura, melhor será para a organização.
 ATENÇÃO
É lógico que essa forma de encarar a gestão do conhecimento somente funciona em
ambientes saudáveis de gestão em que todos sejam valorizados e se sintam responsáveis pelo
sucesso conjunto.
Em um ambiente saudável de integração e compartilhamento de conhecimentos, é possível
aprender em atividades de vivência profissional na Engenharia. A certeza é que muitas coisas
podem ser aprendidas quando os engenheiros mais experientes compartilham seus
conhecimentos por intermédio de atividades de sua área com os alunos.
 DICA
Individualmente, cada pessoa também é o próprio gestor de seus conhecimentos, sendo,
assim, responsável por estar acompanhando a evolução do conhecimento na sua área de
atuação.
Na verdade, normalmente existe uma troca quando se compartilha uma vivência profissional.
Por mais experiente que um engenheiro sênior seja e que ele tenha muito para ensinar, tal
profissional, ao transmitir seus conhecimentos, acaba recebendo em troca dos alunos
aprendizes percepções e visões com perspectivas diferentes. Tudo isso enriquece a troca de
experiências. Todos, afinal, saem ganhando.
OPORTUNIDADES PARA A VIVÊNCIA
PROFISSIONAL
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Uma vez tendo o entendimento de que a vivência profissional é algo não exclusivo ao período
de estágio supervisionado, mas que, na verdade, o inclui, resta uma questão:
QUAIS SÃO AS OPORTUNIDADES PARA
PARTICIPAR DE TAIS EXPERIÊNCIAS
DURANTE UM CURSO DE ENGENHARIA?
Conforme já mencionamos, uma atividade de vivência profissional na área é qualquer uma
realizada sob a supervisão de um profissional engenheiro (ou mesmo de um técnico
acompanhado de um engenheiro) que propicie ao aluno uma experiência profissional
específica e que contribua para sua absorção pelo mercado de trabalho. Outra abordagem
dessa atividade é a que especifica que seu objetivo é lhe proporcionar oportunidades de aplicar
seus conhecimentos acadêmicos em situações de prática profissional.
Nas Engenharias, alguns tipos podem ser enquadrados como atividades de vivência
profissional normalmente computadas como complementares. Veja a seguir quatro desses
tipos:
REALIZAÇÃO DE ESTÁGIOS NÃO OBRIGATÓRIOS EM
LABORATÓRIOS OU EMPRESAS
Os estágios supervisionados possuem uma supervisão mais rigorosa. O plano de atividades e
as avaliações são feitos pelo concedente do estágio. Já os estágios não obrigatórios são
atividades de vivência profissional não restritas à matrícula em uma disciplina de estágio,
sendo oferecidos nos períodos finais do curso de Engenharia.
Dada essa flexibilidade, a vivência profissional pode se dar em laboratórios específicos da área
de Engenharia ou em empresas. Muitas vezes, a capacitação obtida em laboratórios acaba
sendo um componente diferencial no currículo do aluno.
É comum alguns laboratórios buscarem a efetivação de ex-alunos estagiários no corpo
permanente de engenheiros, pois esse profissional já se encontra pronto, sendo uma mão de
obra qualificada.
PARTICIPAÇÃO EM ATIVIDADES INTEGRADAS AO
ÂMBITO PROFISSIONAL (INCLUINDO AQUELAS
ASSOCIADAS À “EMPRESA JÚNIOR”)
Atividades associadas a projetos podem ser enquadradas nesse tipo. As empresas juniores
costumam abarcar projetos nos quais a participação de alunos de graduação em Engenharia é
bem-vinda.
Se forem capazes de se destacar em tais atividades, alguns alunos acabam participando de
vários projetos e/ou se tornam empreendedores, formando, com isso, as próprias empresas.
Por exemplo, as startups.
PARTICIPAÇÃO EM PROJETOS SOCIAIS
Uma forma mais ampla de participação em vivência profissional é participar de vivências
associadas a projetos sociais. Mas há de se ter cuidado com as palavras: não é porque algo é
“social” que não se trata de “engenharia”.
Muitos projetos de cunho social têm como objeto as soluções de engenharia. Os problemas na
área, afinal, sempre devem dar um retorno para a sociedade. Muitas vezes, será nos projetos
sociais que o futuro profissional da Engenharia conseguirá perceber a importância de enxergar
seu trabalho de forma mais abrangente e sistêmica.
PARTICIPAÇÃO EM VISITAS TÉCNICAS E ATIVIDADES
DE VIVÊNCIA PROFISSIONAL ORGANIZADAS POR
EMPRESAS OU INSTITUIÇÕES EXTERNAS À IES
Muitas vezes, as empresas promovem atividades de vivência profissional. Tais atividades
normalmente são de curta duração, embora elas não deixem nada a desejar em relação à
capacidade das experiências de enriquecer as competências necessárias para a formação do
futuro profissional de Engenharia.
As visitas técnicas costumam impactar muito os alunos, pois nelas é possível interagir com os
profissionais técnicos de interesse de sua área de uma forma que jamais seria possível por
outro meio. Não há simulação que consiga substituir a experiência obtida numa interação
presencial em visitas.
O compartilhamento de vivência profissional é essencialpara a formação do engenheiro.
Muitas são as possibilidades de se adquirir vivência profissional durante o curso – e elas não
se restringem ao estágio supervisionado, que, aliás, só acontece nos últimos períodos do
curso.
Nos estágios intermediários de formação, o aluno pode, aos poucos, obter mais vivências
profissionais à medida que buscar participação em diversas atividades de curta e média
duração. Afinal, a formação de competências associadas à vivência profissional não acontece
somente no estágio supervisionado.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. OBSERVE AS AFIRMATIVAS A SEGUIR:
I. O MODELO TRADICIONAL DE ENSINO BASEADO EM TRANSMISSÃO
DE CONHECIMENTOS EM SALA DE AULA É SUFICIENTE PARA A
CONSTRUÇÃO DE COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS PARA UM
ENGENHEIRO.
II. AS ATIVIDADES DESEMPENHADAS EM ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS
COLABORAM PARA A CONSOLIDAÇÃO DE CONHECIMENTOS TEÓRICOS
POR INTERMÉDIO DA PRÁTICA PROFISSIONAL DE ENGENHARIA.
III. A PRÁTICA PROFISSIONAL PROMOVE A SEGURANÇA E O DOMÍNIO
DAS COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS PARA O ENGENHEIRO.
ESTÁ CORRETO O QUE SE AFIRMA EM:
A) I, II e III
B) II e III
C) I e II
D) I e III
E) II
2. OBSERVE AS AFIRMATIVAS A SEGUIR:
I. SEGUNDO A UNESCO, OS PROGRAMAS DE ATIVIDADES
COMPLEMENTARES ESTÃO CALCADOS EM QUATRO PILARES:
APRENDER A SER, A CONVIVER, A FAZER E A CONHECER.
II. OS PROGRAMAS DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES SÃO
COMPOSTOS ESTRITAMENTE DE ESTÁGIOS OBRIGATÓRIOS OU NÃO.
III. OS ALUNOS DOS PERÍODOS BÁSICOS DE ENGENHARIA PODEM
DESENVOLVER ATIVIDADES EM PROGRAMAS DE ATIVIDADES
COMPLEMENTARES.
ESTÁ CORRETO O QUE SE AFIRMA EM:
A) I, II e III
B) II e III
C) I e II
D) I e III
E) II
GABARITO
1. Observe as afirmativas a seguir:
I. O modelo tradicional de ensino baseado em transmissão de conhecimentos em sala de
aula é suficiente para a construção de competências necessárias para um engenheiro.
II. As atividades desempenhadas em estágios supervisionados colaboram para a
consolidação de conhecimentos teóricos por intermédio da prática profissional de
engenharia.
III. A prática profissional promove a segurança e o domínio das competências
necessárias para o engenheiro.
Está correto o que se afirma em:
A alternativa "B " está correta.
O modelo tradicional de ensino baseado em transmissão de conhecimentos em sala de aula
não é suficiente para a construção das competências necessárias para um engenheiro, uma
vez que ele não consegue simular a vivência profissional necessária.
2. Observe as afirmativas a seguir:
I. Segundo a Unesco, os programas de atividades complementares estão calcados em
quatro pilares: aprender a ser, a conviver, a fazer e a conhecer.
II. Os programas de atividades complementares são compostos estritamente de estágios
obrigatórios ou não.
III. Os alunos dos períodos básicos de Engenharia podem desenvolver atividades em
programas de atividades complementares.
Está correto o que se afirma em:
A alternativa "D " está correta.
Os programas de atividades complementares estão calcados, segundo a Unesco, em aprender
a ser, a conviver, a fazer e a conhecer. Eles são compostos de inúmeras atividades além dos
estágios, incluindo visitas técnicas e participações em projetos, e podem ser realizados em
qualquer momento do curso.
MÓDULO 4
 Identificar as características essenciais para a elaboração de relatórios de estágio
NÃO BASTA VIVENCIAR: É PRECISO
SABER RELATAR O QUE SE VIVENCIOU
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
RELATAR – O DESAFIO DE SE EXPRESSAR POR
MEIO DA ESCRITA
Escrever pode ser um desafio para muitas pessoas. Competências relacionadas à capacidade
de comunicação são importantes em todas as profissões; afinal, apesar da multiplicidade de
tecnologias atualmente disponíveis, a linguagem textual continua a ser um meio imprescindível
devido à possibilidade de se estabelecer uma comunicação com alta confiabilidade. Ademais,
como se diz, “vale o que está escrito”. Para que o destinatário da mensagem consiga entender
exatamente aquilo que se intentou transmitir, ou seja, com o mínimo de “ruídos” na
comunicação, é preciso conseguir oferecer esse grau de confiabilidade na escrita. Para tal,
deve-se:
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SABER ESCOLHER AS PALAVRAS CERTAS.
FAZER ALUSÃO ÀS MELHORES REFERÊNCIAS.
ENCADEAR IDEIAS E PARÁGRAFOS DE FORMA
LÓGICA.
Muitos profissionais da área de exatas preferem os números em detrimento das letras. Apesar
de isso não ser uma constatação generalizada, é verdade que o desenvolvimento da aptidão
relacionada à inteligência lógico-matemática acaba não dando lugar ao desenvolvimento da
capacidade de expressão escrita na mesma proporção.
Se esse for o seu caso, saiba que, nas Engenharias, possuir o domínio dessa competência é,
muitas vezes, um grande diferencial no currículo. Não é raro que um processo seletivo de
profissionais engenheiros seja conduzido com pedidos de redação sobre temas específicos.
O que se busca constatar nesses processos não é somente o domínio de entendimento do
determinado tema pedido, mas principalmente se o candidato sabe se expressar
adequadamente por meio da escrita. Atualmente, quase não se usa mais papel e caneta,
embora a demanda pela escrita tenha aumentado.
 EXEMPLO
Na vida profissional, é preciso responder a e-mails formais, preencher fichas e escrever no
“chat” da videoconferência agendada pela empresa ou até mesmo no tratamento de assuntos
profissionais em aplicativos de comunicação no celular, como o WhatsApp.
Qualquer deslize cometido na grafia ou na gramática pode comprometer não somente o
profissional que cometeu o deslize, mas também a própria mensagem que se desejava
transmitir. Nem sempre os corretores ortográficos podem nos salvar.
 VOCÊ SABIA
O verbo “relatar” diz respeito à descrição de algo ocorrido, ao ato de se narrar verbalmente
e/ou por meio de texto. No caso da necessária narrativa das atividades vivenciadas
profissionalmente, a descrição deve ser necessariamente escrita. Se narramos o ocorrido,
contamos uma verdade. Não há lugar, portanto, para ficção. Uma narrativa bem feita prestigia a
experiência vivenciada, enquanto a mal feita a menospreza.
Não se esperam habilidades poéticas com textos rebuscados. Apenas se requer o suficiente
para que seja comunicado o essencial. A capacidade de síntese constitui uma virtude. Não seja
prolixo tanto na comunicação escrita quanto na verbal.
Tratar diretamente do assunto é o que se espera em relatórios relacionados às atividades na
Engenharia. Quanto mais preciso e conciso ele for, estando no limite da necessidade para ser
completo, menores serão as chances de geração de ruídos na comunicação.
COMO DESCREVER AS ATIVIDADES
VIVENCIADAS
Como já comentamos, a concisão é desejável, porém é importante não confundir uma narrativa
concisa com uma incompleta. A integridade e a exatidão do que se descreve em um relatório
de uma atividade profissional vivenciada têm de ser o parâmetro a ser seguido. O
planejamento das atividades pode ser uma boa referência para a estruturação do corpo do
relatório, ou seja, vale a pena checar se as atividades planejadas foram cumpridas e, caso elas
tenham sido executadas, explorar a riqueza da experiência vivenciada.
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 Forte em Saint Tropez ao por do sol
 ATENÇÃO
É comum que muitas atividades que compõem as experiências do estagiário não tenham sido
planejadas. O ambiente empresarial, afinal, é muito dinâmico: dependendo da estrutura e da
dimensão da empresa, muitos projetos e demandas podem surgir após o planejamento ter sido
finalizado.
As atividades precisam ser descritas no relatório preferencialmente com um “título” da
experiência vivenciada e sua correspondente descrição em texto corrido. O número de
parágrafos necessários para a descrição das atividades pode variar muito dependendo daquilo
que o aluno julgar pertinente.
Lembre-se da necessidade de ser conciso sem deixar de cuidar da integridade do conteúdo.
Uma informação valiosa que deve ser registrada é a duração da atividade relatada (e/ou
frequência).Desse modo, quem for ler o relatório terá uma boa noção da intensidade das
atividades consideradas relevantes dentro do período de duração do estágio. Nunca é demais
lembrar que o bom senso é fundamental. No decorrer do estágio, o aluno já deve “rascunhar” a
redação do corpo do relatório do estágio buscando o registro oportuno das experiências com
o propósito de não esquecer alguns detalhes que podem ser importantes para o entendimento
do leitor.
A organização de um texto reflete a das próprias ideias de seu autor. Assim, uma especial
atenção precisa ser dedicada à maneira pela qual se apresentam as ideias.
É necessário:
Respeitar rigorosamente as normas gramaticais e sintáticas.
Escrever de maneira concisa, evitando uma adjetivação exagerada, os períodos extensos
e emaranhados e as palavras supérfluas.
Escrever de modo claro, utilizando as palavras em seu sentido estrito.
Escrever de modo objetivo, limitando-se a descrever suas atividades e evitando uma
abordagem de assuntos paralelos. Deve-se dar ênfase àquelas desempenhadas pelo
aluno – e não às da empresa, do funcionamento de produtos etc.
Evitar o uso de figuras de linguagem que podem conduzir a uma interpretação dúbia.
Utilizar somente o termo técnico de uso universal, evitando as gírias internas da empresa
(somente utilizáveis em casos de absoluta necessidade e, em seguida, esclarecendo seu
significado).
Limitar-se a fazer observações baseadas em dados, evitando críticas e opiniões
pessoais. Evite o uso de expressões, como, por exemplo, “muitos”, “poucos” ou “alguns”.
Procurar usar ilustrações (esquemas, diagramas, gráficos e fotos) para substituir longas
descrições e tabelas.
ORIENTAÇÕES PARA SUA ELABORAÇÃO
Para que o desempenho do aluno seja avaliado, é preciso haver a elaboração de um relatório
descrevendo as atividades desempenhadas durante o estágio. Essas recomendações têm a
finalidade de orientar a preparação do relatório de estágio a fim de que o desempenho do
estagiário possa ser corretamente avaliado. Devido à sua importância, esse relatório deve
receber cuidados especiais em sua apresentação. Desse modo, ele deve atender a requisitos
bem específicos. Veja alguns exemplos a seguir:
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O relatório tem de ser apresentado em papel formato A4, com margens e sem pauta.
Esse critério busca uniformizar os documentos na instituição.
Caso haja a necessidade de incluir desenhos, esquemas ou tabelas de grandes
dimensões, deve-se usar formatos padronizados (A3, A2, A1) e dobrados de modo
conveniente. É aceita ainda a justaposição desses formatos (por exemplo, quatro folhas
formato A4 lado a lado). A preocupação com a legibilidade de desenhos, esquemas e
tabelas é importante – ainda mais quando se utilizam cores em desenhos ou gráficos,
sendo necessário definir as legendas com referências às cores utilizadas.
Deve ser encadernado com capas plásticas e em “espiral” ou com capa dura.
As ilustrações precisam ser claras e relacionadas com o texto e com suas legendas
legíveis. A fonte dos textos deve estar, no mínimo, no tamanho 10.
Precisa ser composto por, no mínimo, 20 e, no máximo, 70 folhas. Essas delimitações
buscam orientar o aluno em relação à objetividade nos relatos.
O relatório será retido pela coordenação do curso de Engenharia; portanto, faça uma
cópia antes de entregá-lo. O ideal é manter cópias em várias mídias para aumentar a
segurança das informações como, por exemplo, disco rígido, pen drive e nuvem.
SUBDIVISÃO
O relatório de estágio precisa estar dividido em sete etapas:
CAPA E FOLHA DE ROSTO
Ambas identificam o relatório. Caso seja utilizada uma encadernação opaca, as informações da
capa devem ser repetidas na encadernação.
SUMÁRIO
No sumário, devem constar os títulos e os subtítulos das seções que compõem o relatório, bem
como o número da página onde eles se encontram.
INTRODUÇÃO
Espaço no qual se define o assunto ao qual o relatório se refere, sendo indicados os processos
empregados na obtenção de seus dados. Também é necessário apresentar a empresa na
introdução.
Alguns itens sobre a organização em que se estagiou devem constar nessa parte do relatório.
Listaremos alguns deles adiante:
Histórico.
Produtos.
Produção.
Instalações.
Maquinários.
Dados econômicos ou perspectivas.
Também é preciso citar nesta seção alguma condição especial que tenha afetado o estágio e a
receptividade da empresa e de seu pessoal.
CORPO
Esta parte constitui o relatório propriamente dito. Portanto, uma especial atenção deve ser
dedicada à sua elaboração. Devem ser descritas no corpo do texto as atividades realizadas
durante o estágio e feitas considerações sobre a orientação e a metodologia empregadas na
execução das tarefas, assim como os problemas ocorridos e os resultados obtidos.
Na descrição das atividades, precisam ser evitados detalhes excessivos com potencial para
tornar o texto extremamente maçante. Caso sejam de real importância para a compreensão
das atividades, eles têm de ser colocados em um anexo. Além disso, a citação de informações
e dados requer a indicação de suas fontes.
CONCLUSÕES
É uma análise crítica do trabalho executado e da sua validade como elemento de formação
profissional. Essa análise precisa ser embasada nos fatos apresentados no relatório.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Nesta seção, devem ser enumeradas todas as obras citadas no relatório. Essas obras
precisam ser apresentadas conforme o padrão estabelecido na NBR-6023/ABNT.
ANEXOS
Precisam ser incluídas neles as informações que sejam importantes, mas não essenciais, para
o entendimento do relatório. Cada anexo deve conter apenas um tipo de informação, podendo
haver tantos anexos quantos forem necessários, e ser precedido por uma folha de
identificação.
O RELATO SOBRE O DESEMPENHO DO ALUNO
Apesar de sabermos que o foco das experiências em um estágio está no aluno, também é
importante lembrar que o profissional que acompanha o estagiário na empresa se comunica
com a IES do curso de Engenharia por meio de um relatório. O “preceptor” é o profissional
vinculado à instituição concedente capaz de orientar as atividades do aluno dentro dos
objetivos da atividade curricular. Além disso, ele também precisar avaliar o desempenho do
estagiário.
Foto: Shutterstock.com
Essa informação é importantíssima para a composição do grau a ser atribuído na avaliação do
aluno na disciplina estágio supervisionado.
Veja agora um possível modelo de questionário com as seguintes perguntas a serem
respondidas pelo preceptor:
Requisitos Definições
Grau de 0
a 10
Facilidade de
compreensão
Rapidez e facilidade de interpretar, pôr em
prática ou entender as informações verbais
ou escritas.
Nível de
conhecimento teórico
Conhecimento demonstrado no
cumprimento do estágio tendo em vista sua
escolaridade.
Organização e
método no trabalho
Uso de meios racionais a fim de melhorar a
organização para a adequada realização do
trabalho, inclusive sugerindo modificações.
Iniciativa e
independência
Capacidade de procurar novas soluções
dentro dos padrões adequados sem o
supervisor.
Cooperação
Atuação com outras pessoas no sentido de
contribuir para o alcance de um objetivo
comum.
Interesse
Envolvimento natural para o
desenvolvimento das tarefas e o
conhecimento da empresa.
Assiduidade
Comparecimento nos dias exigidos,
cumprindo o número de horas/dia.
Pontualidade
Comparecimento na hora determinada para
o início dos trabalhos.
Responsabilidade
Cumprimento de atribuições e deveres
decorrentes do estágio.
Zelo pelo material da
Empresa
Cuidado demonstrado pelo material
utilizado.
Sociabilidade e
desembaraço
Facilidade e espontaneidade com que age
frente a pessoas, fatos e situações.
Postura profissional
Atitude adequada no desempenho das
atividades na empresa.
Capacidade de
adaptação
Disciplina em face dos regulamentos
internos.
Cumprimento de
metas
Porcentagem de atividades cumpridas no
planejamento.
Competência Qualidade do trabalho dentrodo solicitado.
Média
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
A elaboração dos relatórios pode ser considerada uma das mais importantes tarefas sob a
responsabilidade dos alunos estagiários. É por meio deles que as experiências de estágio
ficam registradas e que se pode comprovar que o tempo dedicado a ele foi efetivo no
cumprimento dos objetivos didático-pedagógicos associados às atividades.
O desenvolvimento do relatório requer que os alunos saibam se comunicar adequadamente por
meio da escrita, estando aptos a descrever, de forma clara e objetiva, as experiências
vivenciadas no estágio supervisionado.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. OBSERVE AS AFIRMATIVAS A SEGUIR:
I. A PROFISSÃO DO ENGENHEIRO, COM ÁREA DE FORMAÇÃO NAS
CIÊNCIAS EXATAS, DEPENDE EXCLUSIVAMENTE DAS COMPETÊNCIAS
ASSOCIADAS AO RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO.
II. UMA BOA CAPACIDADE DE EXPRESSÃO ESCRITA PODE SER UM
DIFERENCIAL COMPETITIVO EM PROCESSOS DE SELEÇÃO DE
EMPREGO PARA ENGENHEIROS.
III. CADA VEZ MAIS USAMOS MENOS PAPEL E CANETA; LOGO, A
HABILIDADE DE EXPRESSÃO ESCRITA ESTÁ PERDENDO SUA
IMPORTÂNCIA.
ESTÁ CORRETO O QUE SE AFIRMA EM:
A) I, II e III
B) II e III
C) I e II
D) I e III
E) II
2. OBSERVE AS AFIRMATIVAS A SEGUIR:
I. OS ERROS ORTOGRÁFICOS E/OU GRAMATICAIS EM RELATÓRIOS
COMPROMETEM TANTO A MENSAGEM QUANTO A IMAGEM DE QUEM
OS COMETE.
II. OS RELATOS VERBAIS DE EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS EM
ESTÁGIOS SÃO SUFICIENTES PARA O REGISTRO E O
CONSEQUENTEMENTE APROVEITAMENTO ACADÊMICO DAS
ATIVIDADES.
III. UMA NARRATIVA MAL FEITA EM RELATÓRIOS DE ESTÁGIOS PODE
MENOSPREZAR A EXPERIÊNCIA VIVIDA.
ESTÁ CORRETO O QUE SE AFIRMA EM:
A) I, II e III
B) II e III
C) I e II
D) I e III
E) II
GABARITO
1. Observe as afirmativas a seguir:
I. A profissão do engenheiro, com área de formação nas ciências exatas, depende
exclusivamente das competências associadas ao raciocínio lógico-matemático.
II. Uma boa capacidade de expressão escrita pode ser um diferencial competitivo em
processos de seleção de emprego para engenheiros.
III. Cada vez mais usamos menos papel e caneta; logo, a habilidade de expressão escrita
está perdendo sua importância.
Está correto o que se afirma em:
A alternativa "E " está correta.
Não somente as competências associadas ao raciocínio lógico-matemático são importantes
para o engenheiro: a capacidade de comunicação e de socialização é igualmente importante.
Apesar de usarmos menos papel e caneta, acabamos escrevendo muito em computadores e
smartphones devido ao aumento de demanda escrita tanto no campo profissional quanto no
social.
2. Observe as afirmativas a seguir:
I. Os erros ortográficos e/ou gramaticais em relatórios comprometem tanto a mensagem
quanto a imagem de quem os comete.
II. Os relatos verbais de experiências profissionais em estágios são suficientes para o
registro e o consequentemente aproveitamento acadêmico das atividades.
III. Uma narrativa mal feita em relatórios de estágios pode menosprezar a experiência
vivida.
Está correto o que se afirma em:
A alternativa "D " está correta.
Os relatórios válidos para o aproveitamento da disciplina denominada “estágio supervisionado”
são os escritos. A capacidade de comunicação precisa ser desenvolvida para se preservar a
imagem profissional e para se transmitir tanto a mensagem correta quanto a experiência vivida
de forma adequada.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como vimos neste conteúdo, a prática profissional de Engenharia não acontece somente após
o término do curso de Engenharia. Ela, afinal, precisa estar presente, sempre que possível,
durante toda a graduação.
Salientamos ainda que os processos de ensino-aprendizagem planejados nos projetos
pedagógicos dos cursos de Engenharia extrapolam as fronteiras da IES. Vivências
profissionais fora do ambiente de sala de aula são imprescindíveis para a formação das
competências necessárias para o futuro engenheiro.
Também observamos que o estágio supervisionado obrigatório, ocorrendo mais no final do
curso, é apenas o coroamento de inúmeras outras experiências de vivência profissional que
devem estar presentes na formação dos alunos. Sempre que possível, frisamos, vale a pena
“se engajar” em atividades extramuros dentro de ambientes profissionais de Engenharia, sejam
elas estágios obrigatórios ou não como, por exemplo, visitas técnicas ou participação em
projetos das mais diversas naturezas nos quais estejam presentes atividades associadas à
prática profissional do engenheiro.
Por fim, destacamos que, além de envolver o aluno em ambientes reais nos quais a
Engenharia se faz necessária, dando um retorno ao resolver os problemas da sociedade, os
estágios também promovem a inserção do futuro engenheiro no mercado de trabalho.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e
documentação – referências – elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.
BRASIL. Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008. Dispõe sobre o estágio de estudantes;
altera a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo
Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996;
revoga as Leis nº 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994, o
parágrafo único do art. 82 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6º da Medida
Provisória nº 2.164-41, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.
BRASIL. Resolução nº 2, de 24 de abril de 2019. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais
do curso de graduação em Engenharia.
CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA. Resolução nº 218, de 29 de
junho de 1973. Discrimina atividades das diferentes modalidades profissionais da Engenharia,
Arquitetura e Agronomia.
EXPLORE+
Leia o artigo Estágio supervisionado na engenharia: universidade e mercado de trabalho, de
Ariana M. Tonini e Maria de Lourdes R. Lima, e veja como suas autoras abordam a importância
do tema no processo de ensino e aprendizagem.
Acesse o Portal de periódicos Capes/MEC. para fazer pesquisas relacionadas aos temas
abordados neste conteúdo.
CONTEUDISTA
Beniamin Achilles Bondarczuk

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