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ORGANOFOSFORADOS E CARBAMATOS INTOXICAÇÃO OCUPACIONAL

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Faculdades Metropolitanas Unidas 
Departamento de Engenharia e de Tecnologia 
 
ORGANOFOSFORADOS E CARBAMATOS – INTOXICAÇÃO OCUPACIONAL 
 
 Guglielmi Facincani. Janaina, 
Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, FMU 
 
Resumo: A preocupação principal deste estudo é analisar sobre os reflexos 
intoxicação ocupacional proveniente dos organofosforados e carbamatos que são 
inseticidas utilizados na área de fertilizantes. A ampla procura e utilização de 
inseticidas dos grupos organofosforados e carbamatos se devem à sua eficiência no 
controle de insetos praga e também ao fato de serem compostos que não se 
acumulam na natureza e possuem degradação relativamente rápida após a aplicação. 
Esses inseticidas associam-se a intoxicações casuais ou propositais em animais e 
seres humanos e a toxicidade desses produtos decorre, sobretudo, de insuficiência 
cardiorrespiratória por comprometimento do sistema nervoso autônomo. 
Palavras-chave: organofosforados, carbamatos, intoxicação 
 
1 Introdução 
Organofosforados e carbamatos são 
compostos químicos amplamente 
utilizados em agropecuária como 
inseticidas, no controle de pragas em 
plantações e de parasitas em animais. 
O Brasil é um dos maiores 
consumidores desses produtos no 
mundo, tendo participado com 7% no 
consumo mundial em 19956. Ambos 
compostos são tóxicos para o ser 
humano e apresentam mecanismo 
comum de ação baseado na inibição da 
acetilcolinesterase, causando um 
acúmulo de acetilcolina nas sinapses 
nervosas. Esses compostos são 
potencialmente tóxicos ao homem, 
podendo causar efeitos adversos ao 
sistema nervoso central e periférico, ter 
ação imunodepressora ou ser 
cancerígeno, entre outros. 
Especificamente esses pesticidas não 
se acumulam no organismo, porém 
seus efeitos são acumulativos. Os 
organofosforados e carbamatos são 
responsáveis pelo maior número de 
intoxicações no meio rural. Segundo 
dados da Organização Mundial de 
Saúde, cerca de 300.000 casos de 
intoxicação por defensivos agrícolas 
foram reportados no Brasil em 19936. 
O processo de trabalho agrícola possui 
riscos e danos potenciais esses riscos, 
fatores de risco e danos à saúde dos 
trabalhadores devem ser 
compreendidos como expressão das 
tecnologias utilizadas, da organização 
e da divisão do trabalho, da intervenção 
dos trabalhadores nos locais de 
trabalho, da ação de técnicos e 
instituições relacionados à questão e 
do arcabouço jurídico vigente. 
Assim, é possível afirmar que no 
processo de avaliação de riscos, 
fatores de risco e danos à saúde dos 
trabalhadores, além das análises das 
condições materiais de trabalho, é 
importante que se atenha aos homens 
responsáveis pela execução das 
tarefas, avaliando tanto suas condições 
fisiológicas, afetivas, como a 
experiência acumulada em relação à 
tarefa e às situações concretas de 
trabalho nas quais estão inseridos. Ou 
seja, a condução de tal avaliação deve 
ser centrada num processo de 
internalidade em relação ao trabalho. 
Tendo esta concepção como norte, é 
possível relacionar os principais riscos 
e danos que acometem os agricultores. 
São eles: Acidentes com ferramentas 
manuais, com máquinas e implementos 
agrícolas ou provocados por animais, 
ocasionando lesões traumáticas de 
diferentes graus de intensidade. Entre 
os agricultores estes são os acidentes 
mais comumente notificados, seja por 
meio dos sistemas oficiais de 
informação em saúde, seja pela 
empresa; Acidentes com animais 
peçonhentos cuja relação com o 
trabalho quase nunca é estabelecida, 
embora sejam bastante comuns. 
Ofidismo, aracneísmo, escorpionismo, 
são os mais comuns. Acontecem ainda 
com taturanas, abelhas, vespas, 
marimbondos etc.; 
Exposição a agentes infecciosos e 
parasitários endêmicos que provocam 
doenças como a esquistossomose, a 
malária. 
Exposição às radiações solares por 
longos períodos, sem observar pausas 
e as reposições calórica e hídrica 
necessárias, desencadeia uma série de 
problemas de saúde, tais como cãibras, 
síncopes, exaustão por calor, 
envelhecimento precoce e câncer de 
pele; 
Exposição a ruído e à vibração que 
estão presentes pelo uso das 
motosserras, colhedeiras, tratores etc. 
O ruído provoca perda lenta e 
progressiva da audição, fatiga, 
irritabilidade, aumento da pressão 
arterial, distúrbios do sono etc. Já a 
exposição à vibração ocasiona 
desconforto geral, dor lombar, 
degeneração dos discos intervertebrais 
e a "doença dos dedos brancos" 
Exposição a partículas de grãos 
armazenados, ácaros, pólen, detritos 
de origem animal, componentes de 
células de bactérias e fungos provocam 
um problema de saúde muito comum 
em trabalhadores rurais, e pouco 
reconhecido e registrado como tal. São 
as doenças respiratórias, com 
destaque para a asma ocupacional e as 
pneumonites por hipersensibilização; 
A divisão e o ritmo intenso de trabalho 
com cobrança de produtividade, 
jornada de trabalho prolongada, 
ausência de pausas, entre outros 
aspectos da organização do trabalho, 
condição particularmente observada 
em trabalhadores rurais assalariados 
(como, por exemplo, colheita de cana, 
flores, café etc.) tem ocasionado o 
surgimento de uma patologia típica dos 
trabalhadores urbanos assalariados: as 
LER/ DORT Lesões por Esforços 
Repetitivos/Doenças Osteomusculares 
Relacionadas com o Trabalho; 
Exposição a fertilizantes, que podem 
causar intoxicações graves e mortais. 
As intoxicações registradas têm sido 
consideradas acidentais, envolvendo 
produtos do grupo dos fosfatos, sais de 
potássio e nitratos. As intoxicações por 
fosfatos se caracterizam por 
hipocalcemia, enquanto as causadas 
por sais de potássio provocam 
ulceração da mucosa gástrica, 
hemorragia e perfuração intestinal. Os 
nitratos, uma vez no organismo, se 
transformam por meio de uma série de 
reações metabólicas em nitrosaminas, 
que são substâncias cancerígenas; 
A estas situações de risco para a saúde 
do trabalhador se somam condições 
que afetam o conjunto dos 
trabalhadores brasileiros como: baixos 
salários, condições sanitárias 
inadequadas, carência alimentar, 
deficiência dos serviços de saúde, 
entre outras. 
2 Métodos e Procedimentos 
Os inseticidas são substâncias 
químicas ou biológicas que controlam 
as pragas que prejudicam as lavouras. 
Eles representam um dos tipos de 
defensivos agrícolas que são utilizados 
para controle de doenças e plantas 
daninhas que afetam as culturas. 
Contudo, a utilização de inseticidas 
precisa seguir as Boas Práticas 
Agronômicas, principalmente o manejo 
integrado de pragas, que, por meio 
do monitoramento de pragas, indica 
qual o momento certo para a utilização 
dos insumos. 
Cada cultura tem sua lista de 
inseticidas registrados e autorizados 
para aplicação na lavoura. Mas isso 
não impede que um mesmo produto 
seja registrado para diferentes culturas, 
especialmente na produção de grãos, 
onde os insetos-praga, muitas vezes, 
atacam mais de um alimento. Além 
disso, um mesmo inseticida é capaz de 
controlar diferentes espécies de 
insetos-praga, como lagartas, 
percevejos e besouros. 
O conhecimento de detalhes sobre o 
inseticida é de suma importância na 
escolha do produto que será utilizado. 
Alternar a aplicação de insumos com 
diferentes modos de ação é essencial 
para que não haja o surgimento de 
insetos-praga resistentes, ocasionando 
perda de eficiência do produto. 
Modo de Ação: é como o ingrediente 
ativo que compõe o inseticida irá atuar 
no organismo do inseto-praga. Ou seja, 
como ele irá controlar o alvo. 
Ingrediente ativo (i.a.): é a principal 
molécula do inseticida. É o i.a. que 
causa o efeito de controle do inseto-
praga. 
Existem diferentes tipos de modos de 
ação de inseticidas, que variam de 
acordo com a morfologia e o hábito 
alimentar dos insetos-praga. 
Entretanto, cabe pontuar que um 
mesmo modode ação pode atingir 
diferentes espécies. 
Os insetos-praga tais como pulgões, 
moscas brancas, cigarrinhas, 
https://boaspraticasagronomicas.com.br/boas-praticas/boas-praticas-agronomicas/
https://boaspraticasagronomicas.com.br/boas-praticas/boas-praticas-agronomicas/
https://boaspraticasagronomicas.com.br/boas-praticas/monitoramento-de-pragas/
lepdópteras e ácaros atacam nervos e 
músculos, crescimento e 
desenvolvimento celular, respiração 
celular e apena lepdópteras atacam o 
intestino médio. 
Os diferentes tipos de ação afetam a 
quantidade, a eficiência e a velocidade 
de transferência da dose para o alvo, 
conforme figura abaixo: 
Figura 1– Modos de ação dos 
inseticidas 
 
Fonte:https://boaspraticasagronomicas
.com.br/artigos/inseticidas/ 
Devemos levar em conta que os 
diferentes modos de transferência do 
inseticida para o inseto podem ter sua 
eficiência de controle prejudicada 
quando eles não forem escolhidos de 
maneira correta. 
Um produto de contato direto em spray, 
por exemplo, pode ter menor eficiência 
quando comparado a um inseticida de 
ingestão ou contato residual. Isso 
ocorre porque o tempo em que o inseto 
fica exposto ao inseticida é maior no 
segundo e terceiro casos, resultando 
em um controle mais eficiente. 
2.1 Toxicidade dos agrotóxicos 
Há um novo marco regulatório de 
agrotóxicos. A Anvisa alterou forma de 
classificação e os rótulos das 
embalagens dos produtos vendidos no 
Brasil 
Classe I – Extremamente Tóxico: Fatal 
se ingerido, sem contato com a pele ou 
inalado. Altamente Tóxico: Idem. 
A diferença para o pior grau está na 
quantidade de exposição ao produto. 
Classe II – Moderadamente Tóxico: 
Causa Intoxicação se ingerida, em 
contato com a pele ou inalado. 
Classe III – Pouco Tóxico: Nocivo se 
ingerido, em contato com a pele ou 
inalado. Improvável de Causar Dano 
agudo: Pode ser perigoso se ingerido, 
em contato com a pele ou inalado. 
Classe IV – Sem Advertência: Não 
Classificado – Sem Riscos ou 
Recomendações 
 
 
 
 
 
 
 
https://boaspraticasagronomicas.com.br/artigos/inseticidas/
https://boaspraticasagronomicas.com.br/artigos/inseticidas/
Figura 2 – Classes Toxicológicas dos 
agrotóxicos com base na DL50 
 
Fonte:https://www.agencia.cnptia.embr
apa.br/gestor/arroz/arvore/CONT000fo
hgb6co02wyiv8065610dc2ls9ti.html 
2.2 Carbamatos 
Provenientes do ácido carbâmico, eles 
são compostos orgânicos e podem ser 
divididos em carbamatos inseticidas, 
herbicidas e fungicidas. 
O seu modo de ação é a paralisação de 
nervos e músculos dos insetos-praga, 
por meio da inibição da enzima 
acetilcolinesterase. Os carbamatos 
possuem baixa ação residual devido à 
instabilidade química da molécula. No 
entanto, sua atividade inseticida é 
considerada alta e com baixa 
toxicidade a longo prazo. 
2.3 Organofosforados 
São compostos orgânicos derivados do 
ácido fosfórico e seus homólogos. São 
muito utilizados no controle de insetos 
sugadores e que causam desfolha e 
danos às raízes. 
Os organofosforados também são 
inibidores da enzima 
acetilcolinesterase, atuando também 
nos tecidos nervoso e muscular dos 
insetos. São biodegradáveis e com 
baixa persistência no solo (variando de 
um a três meses). 
3 Doenças Ocupacionais 
A doença ocupacional ou profissional 
está definida no artigo 20, I da Lei 
n. 8.213 de 24 de julho de 1991 como a 
enfermidade produzida ou 
desencadeada pelo exercício do 
trabalho peculiar a determinada 
atividade e constante da relação 
elaborada pelo Ministério do Trabalho e 
da Previdência Social e/ou a doença de 
trabalho tem previsão legal no 
inciso II do artigo 20 da Lei n. 8.213 de 
24 de julho de 1991, que a define como 
enfermidade adquirida ou 
desencadeada em função de condições 
especiais em que o trabalho é realizado 
e com ele se relacione diretamente, 
constante da relação mencionada no 
inciso I. 
3.1 Principais Doenças 
Ocupacionais 
Lesão por Esforços Repetitivos (LER) 
ou Distúrbio Osteomusculares 
Relacionados ao Trabalho (DORT): 
como o próprio nome diz, essas lesões 
são causadas pela repetição excessiva 
https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/arroz/arvore/CONT000fohgb6co02wyiv8065610dc2ls9ti.html
https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/arroz/arvore/CONT000fohgb6co02wyiv8065610dc2ls9ti.html
https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/arroz/arvore/CONT000fohgb6co02wyiv8065610dc2ls9ti.html
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11357164/artigo-20-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11357133/inciso-i-do-artigo-20-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104108/lei-de-benef%C3%ADcios-da-previd%C3%AAncia-social-lei-8213-91
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11357093/inciso-ii-do-artigo-20-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11357164/artigo-20-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104108/lei-de-benef%C3%ADcios-da-previd%C3%AAncia-social-lei-8213-91
de movimentos ou postura inadequada, 
causando uma dor crônica que tende a 
piorar ao longo dos anos. O grande 
problema da LER é ser confundida com 
um mal estar passageiro, uma torção 
ou mau jeito. A diferença básica entre 
LER e DORT, é que a primeira pode 
não necessariamente ocorrer em 
ambiente de trabalho e a segunda 
refere-se unicamente ao dia a dia 
profissional. 
Asma Ocupacional: Ocorre por 
inalação de partículas, comuns em 
trabalhadores da construção civil ou 
que lidam com couro, algodão, madeira 
ou sílica. Começa com tosse crônica, 
falta de ar e chiado no peito e pode ter 
desdobramentos fatais, como paradas 
respiratórias e câncer de pulmão. 
Silicose: Doença ocupacional 
irreversível causada pelo acúmulo de 
poeira de sílica nos pulmões, 
revestindo-os de uma forma que 
impede a respiração gradativamente e 
aumenta progressivamente com o 
tempo – mesmo que o trabalhador seja 
afastado. Pode levar à morte por 
insuficiência respiratória. 
Antracose: lesão pulmonar causada 
pelo acúmulo de partículas de carvão 
nos pulmões, infelizmente bem comum 
em mineiros, trabalhadores de grandes 
centros urbanos, trabalhadores que 
lidam com carvão ou que 
residam/trabalhem em áreas muito 
poluídas. Pode levar a disfunções 
pulmonares graves, como fibrose 
pulmonar, por exemplo. 
Bissinose: comum na indústria 
algodoeira e têxtil, é causada pelo 
acúmulo de poeira das fibras de 
algodão, linho ou cânhamo nos 
pulmões. 
Siderose: Causada pelo acúmulo de 
partículas microscópicas de ferro nos 
bronquíolos, está entre as doenças 
ocupacionais que atacam 
trabalhadores de minas de ferro. Um 
dos seus sintomas mais comuns é a 
falta de ar constante. 
Dermatose Ocupacional: comum entre 
mecânicos e na indústria como um 
todo, a dermatose ocupacional é 
causada pelo contato constante com 
graxa ou óleo mecânico. Causa 
reações alérgicas crônicas, criando 
placas na pele. 
Câncer de pele: embora seja muito 
comum no País, essa enfermidade só 
pode estar entre as doenças 
ocupacionais – e obter auxílio do INSS 
– caso tenha sido originada no 
ambiente de trabalho. Costuma ocorrer 
em trabalhadores de lavoura ou 
qualquer outro trabalho que envolva 
exposição ao sol. 
Surdez: comum em trabalhadores 
expostos a ruídos constantes, a surdez 
pode ser temporária ou definitiva. É 
uma doença silenciosa, que 
caracteriza-se pela perda auditiva 
progressiva, levando o trabalhador 
lentamente à perda parcial ou total da 
audição, por desgastar o ouvido de 
forma irreversível. Comum em 
operadores de telemarketing, 
metalúrgicos e trabalhadores da 
Construção Civil, especialmente se não 
há uma fiscalização rígida e um 
compromisso do trabalhador com a 
utilização de protetores auriculares. 
Catarata: Responsável por metade dos 
casos de perda total de visão no 
mundo, a Catarata é muito comum no 
Brasil. Mas, assim comoo câncer de 
pele, só é considerada ocupacional se 
decorre da atividade profissional do 
indivíduo. A Catarata é ocasionada pela 
perda do Cristalino, normalmente em 
decorrência de exposição a altas 
temperaturas. Afeta muitos 
trabalhadores da metalurgia e da 
siderurgia. 
Desgaste de Visão: afeta trabalhadores 
noturnos, como vigias, médicos, 
enfermeiros ou operadores de serviços 
24 horas. O trabalho noturno desregula 
a produção de hormônios, que 
aconteceria durante o sono, afetando 
outras funções corporais, como a visão, 
por exemplo. Se essa situação ocorre 
de forma prolongada, o desgaste pode 
levar à perda parcial ou total da visão. 
Psicossociais: A pressão excessiva do 
mundo moderno gera uma série de 
problemas de ordem emocional, como 
depressão, estresse, ataques de 
ansiedade ou síndrome do pânico. 
Podem ser causadas por isolamento, 
pressão psicológica, ritmo agressivo de 
trabalho, dificuldades ou 
desentendimentos no ambiente de 
trabalho ou carga horária excessiva. 
São doenças perigosas por não serem 
encaradas com a devida seriedade, 
podendo ser imperceptíveis quando no 
início ou à primeira vista. Ao contrário 
do que pensam, podem se tornar 
irreversíveis, afastando definitivamente 
o trabalhador. Ocorre com frequência 
entre policiais, seguranças, bancários, 
operadores de telemarketing e 
profissionais de comunicação. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3: Troad Comunicação com 
informações da Fundacentro
 
Fonte:http://sindiquimicos.org.br/arquiv
os/36750 
4 Análise e Discussão dos 
Resultados 
A saúde humana depende da forma e 
tempo de exposição e do tipo de 
produto com sua toxicidade específica. 
O efeito pode ser agudo por uma 
exposição de curto prazo, ou seja, 
algumas horas ou alguns dias, com 
surgimento rápido e claro de sintomas 
e sinais de intoxicação típica do produto 
ou outro efeito adverso, como lesões de 
pele, irritação das mucosas dos olhos, 
nariz e garganta, dor de estômago 
(epigastralgia); ou crônico, por uma 
exposição de mais de um ano, com 
efeitos adversos muitas vezes 
irreversíveis. 
Esses inseticidas são bem absorvidos 
pela pele e por ingestão e pouco, por 
inalação. É importante ressaltar que 
mais de 90% da absorção se dá pela 
pele e o restante via digestiva, pois as 
gotículas das pulverizações não são 
inaláveis por serem grandes e acabam 
sendo deglutidas quando estão nas 
vias aéreas superiores (nariz, garganta, 
faringe). A ação desses agrotóxicos se 
dá pela inibição de enzimas no 
organismo, chamadas de 
colinesterases, principalmente a 
acetilcolinesterase. Estas enzimas 
estão presentes na transmissão de 
impulsos nervosos em diversos órgãos 
e músculos. Quando ocorre uma 
contaminação por organofosforado ou 
carbamato, há uma ligação entre essas 
enzimas e o veneno, impedindo que as 
mesmas realizem sua função, havendo 
então uma série de sintomas e sinais 
clínicos, quais sejam:  Síndrome 
colinérgica: suadeira, salivação 
excessiva, pupilas puntiformes (miose), 
hipersecreção brônquica, vômitos, 
cólicas e diarréia.  Síndrome 
nicotínica: tremores, abalos 
musculares, alterações da pressão 
arterial.  Síndrome neurológica: 
confusão mental, dificuldade para 
andar, convulsões, depressão cárdio-
respiratória, coma e morte. 
Alguns grupos de organofosforados 
podem inibir outras enzimas, chamadas 
esterases neurotóxicas, que agem por 
http://sindiquimicos.org.br/arquivos/36750
http://sindiquimicos.org.br/arquivos/36750
mecanismos ainda pouco conhecidos, 
porém, sabe-se que elas têm uma ação 
protetora dos nervos longos dos 
membros inferiores e superiores. 
Assim, quando ocorre uma inibição 
destas, a pessoa contaminada pode 
apresentar uma neuropatia periférica 
com atrofia dos músculos das pernas e 
braços, paralisia que pode ser 
irreversível. Outros efeitos de 
gravidade e pouco mencionados nas 
exposições de longo prazo estão 
relacionados com distúrbios de 
coagulação sanguínea que alguns 
organofosforados podem determinar, 
levando muitas vezes a pessoa 
contaminada ao óbito. 
4.1 Toxicocinética 
A solubilidade do organofosforados nos 
tecidos estão diretamente ligadas aos 
sinais clínicos da intoxicação, estes 
podem aparecer tardiamente ou de 
imediato. 
Se inalado vapores do produto no 
ambiente, os sintomas aparecem em 
poucos minutos, se ingerido via oral ou 
devido à exposição dérmica eles 
aparecem de forma gradual. 
Se ocorrer uma exposição cutânea 
localizada, o efeito tende a se restringir 
a área exposta, sendo a reação 
exacerbada se houver lesão cutânea 
ou dermatite. 
Para os carbamatos, a exposição 
dérmica torna-se crítica à elevadas 
temperaturas. A via dérmica contudo, é 
a via mais comum de intoxicações 
ocupacionais, seguida da via 
respiratória. 
Expostas em todo o Brasil, assim 
como adequar as instituições 
acadêmicas e de assistência do 
Sistema Único de Saúde, com 
tecnologias mais modernas para um 
melhor e mais precoce diagnóstico das 
doenças causadas pelos agrotóxicos, 
buscando reduzir o número de 
intoxicações, doenças e mortes 
causadas por estes agentes químicos. 
5 Atendimento a Intoxicação 
5.1 Carbamatos/Organofosforados 
A ação de inibição da 
acetilcolinesterase (AChE), que tem 
ação de degradar o neurotransmissor 
acetilcolina (ACh). Assim, há acúmulo 
de ACh nos receptores muscarínicos, 
nicotínicos e no sistema nervoso 
central. 
5.1.1 Sinais Clínicos 
Receptores Muscarínicos: sialorréia, 
sudorese, lacrimejamento, miose, 
borramento visual, hiperemia 
conjuntival, náusea, vômito, diarréia, 
tenesmo, dor abdominal, incontinência 
fecal, hipersecreção brônquica, 
rinorréia, sibilos, broncoespasmo, 
dispnéia, cianose, bradicardia, 
hipotensão, bloqueio AV, aumento da 
frequência urinária, incontinência 
urinária. 
Receptores Nicotínicos: taquicardia, 
hipertensão, palidez, midríase, 
fasciculações musculares, fraqueza 
muscular, fadiga, cãibras, paralisia, 
tremores, arreflexia, paralisia flácida, 
insuficiência ou parada respiratória por 
fraqueza muscular. 
Receptores Sistema Nervoso Central: 
Sonolência, letargia, labilidade 
emocional, coma, cefaléia, confusão 
mental, ataxia, tremores, respiração 
tipo Cheyne-Stokes, dispnéia, fadiga, 
convulsões, depressão respiratória e 
cardiovascular. 
5.1.2 Diagnóstico 
Determinação da atividade da 
colinesterase - Creatinofosfoquinase 
(CPK) - Eletromiografia (nas 
intoxicações com déficit neuromotor) - 
Outros: hemograma, gasometria, 
uréia, creatinina, ECG, Rx de tórax - 
Presença de grânulos do “chumbinho” 
na lavagem gástrica Colinesterase pac 
230 = O paciente pode ter exames 
laboratoriais semelhantes ao 
encontrado em paciente que sofreram 
acidente por escorpião: K baixo, CK 
Mb, TGO, amilase, contagem de 
leucócitos e glicemia elevados, 
gasometria com acidose metabólica. 
A síndrome colinérgica central 
manifesta sintomas de psicose, 
agitação, confusão mental, convulsões 
e coma. A síndrome colinérgica 
nicotínica é rara, e manifesta 
hiperatividade simpática e disfunção 
neuromuscular, taquicardia, 
hipertensão, fasciculações musculares 
e até paralisia. A síndrome colinérgica 
muscarínica é a mais frequente. 
Apresenta aumento da diurese e da 
frequência evacuatória, vômitos, 
lacrimejamento, sudorese, 
hipersecreção brônquica, miose 
puntiforme, visão borrada, dispnéia, 
tosse, dor abdominal. Quando apenas 
algumas manifestações da intoxicação 
predominam, deve-se considerar as 
seguintes condições como diagnóstico 
diferencial: asma brônquica, 
gastroenterite, crise miastênica, 
edema pulmonar, estado epiléptico de 
outras etiologias Deve ser feito o 
diagnóstico diferencial com os 
seguintes problemas: asma, 
gastroenterite, crise miastênica, 
edema pulmonar e estado epiléptico 
de outras etiologias. 
5.1.3 Tratamento: 
A manutenção das funções vitais é a 
base da primeira abordagem.A 
prioridade inicial é assegurar vias 
aéreas, manter ventilação e a 
oxigenação. Precisa-se manter acesso 
venoso e evitar desidratação. Abordar a 
retenção urinária, se for o caso (com 
cateter). A política de antídotos é 
regulada pelo Centro de Informações 
Toxicológicas (CIT). O serviço que está 
atendendo a emergência deve entrar 
com contato telefônico imediato com o 
CIT, passando o caso, discutindo-o e 
anotando as indicações recebidas. O 
contato com aquele centro de 
referência propiciará o uso do antídoto 
adequado, na forma correta, garantindo 
a descontaminação apropriada, 
conforme o agente tóxico e a via de 
exposição. 
Casos graves poderão precisar de 
internação em unidade de terapia 
intensiva. Os pacientes não devem ser 
dispensados do serviço até que 
permaneçam assintomáticos, por pelo 
menos 24 horas depois da interrupção 
do tratamento de todos os antídotos. 
Lavagem Gástrica + Carvão Ativado 
(pode-se repetir se necessário) 
2. Atropina: bloqueia os efeitos 
muscarínicos Doses: Adultos: 1-
2mg/dose, EV (4 ampolas=1mg) 
Crianças: 0,01-0,05mg/kg/dose, EV - 
Pode ser repetida a cada 5 min até 
que o paciente apresente secura das 
secreções pulmonares e de mucosas e 
aumento da frequência cardíaca. 
Um aumento significativo na 
frequência cardíaca (mais de 20-25 
batimentos por min) sugerem que não 
há mais envenenamento colinérgico 
significativo e atropina não é mais 
necessária 3. Antítodo: PRALIDOXIMA 
–não há no Brasil: age na reativação 
enzimática da colinesterase. - Tem 
maior eficácia quando administrado 
nas primeiras 24h da exposição - 
Efeito nas manifestações nicotínicas 
Intoxicação por organofosforados e 
carbamatos. 
Atropina: - Se depois 5 min não houve 
resposta satisfatóriadobrar a dose em 
cada aplicação, até resolução dos 
sintomas colinérgicos - Manutenção e 
retirada gradual: 10-20% da 
quantidade total de atropina usada em 
bolus , em bomba de infusão contínua, 
por hora. - Usar até sintomas de 
atropinização . Quando esses 
surgirem, reduzir atropina 
gradativamente até suspensão. - Se os 
sintomas colinérgicos se instalarem 
novamente: reiniciar atropina em 70-
80% da dose anterior. 
5.2 Organosfosforados vs 
Carbamatos 
A fisiopatologia da intoxicação por 
carbamatos é semelhante ao 
organofosforados mas difere em 
importantes aspectos: 1. Os 
carbamatos inativam a 
acetilcolinesterase temporariamente. 
2. A dose tóxica necessária é 
substancialmente ampla para 
compostos carbamatos comparados 
aos organofosforados. 3. Os 
organofosforados atravessam com 
facilidade a barreira hematoencefálica, 
produzindo quadros neurológicos mais 
graves 
Figura 4: Atendimento ao intoxicado 
 
Fonte:http://www.saude.sc.gov.br/inde
x.php/documentos/atencao-
basica/saude-mental/protocolos-da-
raps/9200-sindrome-colinergica/file 
 
 
 
Figura 5: Mecanismo clássico de 
inibição da acetilcolinesterase por 
inseticidas organofosforados 
 
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?s
cript=sci_arttext&pid=S0100-
40422007000100028 
 
Figura 6: Inibidor da acetilcolinesterase 
 
Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Inibid
or_da_acetilcolinesterase 
6 Síndrome Intermediária 
Dentre as manifestações da 
intoxicação por organofosforados, a 
http://www.saude.sc.gov.br/index.php/documentos/atencao-basica/saude-mental/protocolos-da-raps/9200-sindrome-colinergica/file
http://www.saude.sc.gov.br/index.php/documentos/atencao-basica/saude-mental/protocolos-da-raps/9200-sindrome-colinergica/file
http://www.saude.sc.gov.br/index.php/documentos/atencao-basica/saude-mental/protocolos-da-raps/9200-sindrome-colinergica/file
http://www.saude.sc.gov.br/index.php/documentos/atencao-basica/saude-mental/protocolos-da-raps/9200-sindrome-colinergica/file
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422007000100028
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422007000100028
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422007000100028
https://pt.wikipedia.org/wiki/Inibidor_da_acetilcolinesterase
https://pt.wikipedia.org/wiki/Inibidor_da_acetilcolinesterase
Síndrome Intermediária (SI) é a que 
determina maiores taxas de 
morbimortalidade associadas, 
principalmente com a falência 
respiratória, de maneira que é 
considerada problema médico 
relevante e dispendioso para países em 
desenvolvimento.24,29 Wadia24 
observou, após estudo de 200 casos de 
intoxicação por organofosforados, que 
os pacientes apresentavam padrões de 
paralisia distintos, e propôs a 
classificação de paralisias: tipo I, para 
aquelas presentes na admissão ou que 
se manifestavam nas primeiras horas 
de internação; e tipo II, para as que 
apareciam tardiamente, em geral após 
o tratamento com atropina. 
O envenenamento agudo por 
organofosforado constitui-se em 
emergência médica. O tratamento deve 
assegurar que as vias aéreas estejam 
livres, com ventilação e circulação 
adequadas. A oxigenioterapia deve ser 
feita rapidamente. Na ausência de 
disponibilidade de oxigênio, a atropina 
deveria ser administrada rapidamente 
para reduzir a quantidade de secreções 
e melhorar a função ventilatória. O 
paciente dever ser colocado em 
posição lateral esquerda, com o 
pescoço estendido, com atenção para a 
hidratação e o controle da glicemia.39 
A atropina é o único agente antagonista 
muscarínico usado que não reverte os 
efeitos nicotínicos. O objetivo da terapia 
precoce é reverter os efeitos 
colinérgicos e melhorar as funções 
cardíaca e ventilatória.39 A dose de 
atropina é de 1 a 2 mg/dose, de 10/10 
ou 15/15 minutos. Pode ser usada, 
após a estabilização do paciente, a 
infusão contínua de 20 a 25 mg/kg/h em 
crianças, e 1,0 mg/h em adultos. Esse 
procedimento deve ser feito com 
cautela, uma vez que a dose deve ser 
reajustada de acordo com a melhora 
clínica do paciente. A atropinização não 
está contraindicada diante de 
taquicardia e de hipertensão arterial 
sistêmica. O espaçamento das doses 
de atropina (30/30 min; 60/60 min; 2/2 
h) depende da reversão das 
manifestações de intoxicação 
atropínica (boca seca, rubor facial, 
taquicardia, midríase, agitação 
psicomotora, alucinação). Sua 
suspensão deve ser feita diante da 
ausência de manifestações clínicas 
após a o espaçamento de pelo menos 
duas horas de sua dose. A 
monitorização e o espaçamento das 
doses devem ser graduais, de pelo 
menos duas horas, e com cautela, uma 
vez que é possível haver efeito rebote 
e reaparecerem as manifestações da 
intoxicação. A observação deve ser 
feita em terapia intensiva pelo menos 
por 72 horas sem manifestações 
clínicas e sob motorização cardíaca.38 
A oxima age na reativação enzimática 
da acetilcolinesterase inibida pelo 
organofosforado.27 A pralidoxima é a 
oxima disponível no Brasil.25 Deve ser 
administrada na dose de 2 g (ou 
obidoxima 250 mg) IV durante 20-30 
minutos, em outra via de infusão, e a 
seguir 0,5-1 g/h (ou obidoxima 30 mg/h) 
em NaCl 0,9%.39 A obidoxime parece 
diminuir significativamente a incidência 
de falência ventilatória, o período de 
hospitalização e a mortalidade,24 
comparativamente com a pralidoxima 
Os pacientes intoxicados com 
organofosforados frequentemente 
desenvolvem delirium. A causa é 
complexa, com contribuição do 
pesticida, da toxicidade da atropina, da 
hipóxia, da ingestão de álcool com o 
veneno e de complicações médicas. A 
principal preocupação é a de prevenir e 
tratar as causas subjacentes. 
7 Depressão 
A depressão é uma doença de saúde 
mental que requer entendimento e 
tratamento. Ela é capaz de afetar 
negativamente a forma como você se 
sente, a maneira como você pensa e 
como atua, podendo causar sentimento 
de tristeza e/ou perda de interesse em 
atividades que já desfrutava. Além 
disso, a mesma pode acarretar a uma 
variedade de problemas emocionais e 
físicos e podem diminuir a capacidade 
de uma pessoafuncionar no trabalho e 
em casa. 
De um ponto de vista cerebral, ela 
ocorre quando o corpo para de produzir 
neurotransmissores como a serotonina 
e a noradrenalina, que são substâncias 
responsáveis por transmitir os 
sentimentos de alegria e bem-estar. 
Esse desequilíbrio bioquímico do 
cérebro é o que faz você se sentir 
sempre desanimado e triste, como uma 
infelicidade crônica, que estimula 
outras reações fisiológicas. 
A maioria das pessoas se sente triste 
ou deprimida às vezes. É uma reação 
normal à perda ou lutas da vida. Mas, 
quando a intensa tristeza – incluindo a 
sensação de desamparo, sem 
esperança e sem valor – dura muitos 
dias a semanas e impede de você viver 
sua vida, pode ser algo mais que 
tristeza. Você pode ter depressão – 
uma condição médica tratável. 
 
 
 
 
 
 
https://zenklub.com.br/tristeza/
Figura 7 – Sentimentos do ciclo de 
infelicidade 
 
Fonte:https://esperanca.com.br/saude/
depressao-e-necessario-ficar-alerta/ 
Episódio depressivo: são quadros que 
tendem a ter uma duração de até seis 
meses, ou seja, mais curta e mais 
branda que os demais tipos de 
depressão. Em geral, esses episódios 
carregam alterações de 
comportamento e alguns sintomas mais 
comuns. 
Depressão maior ou depressão 
clínica: ocorre quando a presença dos 
sintomas permanece por pelo menos 
seis meses, dificultando as atividades e 
a rotina. Seu nível varia de leve, 
moderado a grave. 
Distimia ou transtorno depressivo 
persistente: é uma forma crônica da 
depressão e que permanece por um 
longo prazo – pelo menos dois anos. 
Transtorno disfórico pré-
menstrual: ocorre quando a mulher 
apresenta problemas de humor graves 
antes da menstruação, mais intensa 
que a síndrome pré-menstrual típica. 
Depressão Bipolar I e II: Doenças 
Bipolares I e bipolares II incluem 
alterações de humor que variam desde 
altas (hipomania ou mania) até baixas 
(depressão maior). É difícil diferenciar 
entre transtorno bipolar e depressão, 
porque a maioria das pessoas não 
busca ajuda médica diante de 
variações de humor. 
Depressão atípica: quando há 
predomínio de sintomas relacionados 
ao cansaço, falta de energia, sono 
excessivo, humor apático e 
pensamentos de morte. 
Depressão sazonal: refere-se 
principalmente a momentos de tristeza 
ocorridos em dias mais frios, como o 
inverno, e com baixa exposição à 
energia solar. Festas de final de ano 
também podem ser consideradas 
sazonais, e é importante perceber essa 
fase. 
Depressão psicótica: mistura 
momentos de tristeza a outros sintomas 
nem tão comuns como alucinações e 
delírios, que apesar de um tipo grave, é 
bastante perigosa. 
https://esperanca.com.br/saude/depressao-e-necessario-ficar-alerta/
https://esperanca.com.br/saude/depressao-e-necessario-ficar-alerta/
https://zenklub.com.br/distimia/
https://zenklub.com.br/transtorno-bipolar/
7.2 Tristeza x Depressão 
De um ponto de vista de conceitos, 
quando pensamos em tristeza ou 
depressão devemos pensar se é um 
sentimento ou uma doença. Abaixo 
você encontrará as diferenças que 
ajudam a responder se é tristeza ou 
depressão: 
1 – Reação apropriada X reações 
extremas 
O sentimento de tristeza decorre de 
uma reação apropriada a determinado 
evento e este sentimento não perdura 
mais do que horas ou dias. Já na 
depressão as reações aos eventos são 
extremas, a pessoa tem a sensação de 
que as coisas não irão melhorar e o 
mal-estar não irá passar. Essas 
sensações podem durar meses, anos e 
permanecerem por um longo tempo, 
mesmo quando as condições externas 
se modificam. 
2- Prazer X sentimento de vazio 
Quando triste a pessoa se sente 
desencorajada, mas seus sentimentos 
oscilam durante o dia. Por outro lado, 
uma pessoa depressiva sente-se vazia 
a maior parte do tempo, com a 
sensação de que sua vida está 
perdendo sentido, passa a não dar 
conta de atividades corriqueiras e deixa 
de sentir prazer como antes sentia. 
3- Vitalidade X exaustão 
A tristeza não impede que a pessoa 
continue produtiva e envolvida com os 
seus afazeres. Ela vai trabalhar, não 
deixa de se relacionar com amigos e 
raramente suas funções vitais são 
afetadas. A depressão leva a pessoa a 
se afastar lentamente ou até mesmo 
abruptamente de amigos e familiares. 
Também impede a realização de suas 
atividades cotidianas, em quadros mais 
graves ela se impede quase que 
totalmente. A sensação é de cansaço a 
maior parte do tempo, como se sua 
energia estivesse se esvaindo. É 
comum ter insônia ou sono excessivo, 
tensão muscular podendo acordar com 
dores no corpo e compulsão alimentar, 
com perda ou ganho de peso. 
4 – Pensamentos negativos X distorção 
da realidade 
Pensamentos negativos são comuns 
quando nos sentimos tristes. Mas eles 
estão relacionados a eventos da 
realidade concreta e a pessoa 
consegue se organizar na vida apesar 
deles. Já durante a depressão, os 
pensamentos são distorcidos, a pessoa 
compara-se excessivamente com 
outras pessoas, acha que nunca irá 
melhorar. Ela também julga-se como 
https://zenklub.com.br/compulsao-alimentar-o-que-e-como-tratar/
culpada diante de situações que não 
justificam tais conclusões e, mesmo 
quando conquista algo atribui a uma 
causa exterior a ela. 
8 Depressão e Suicídio 
Quimicamente, a depressão é causada 
por um defeito nos neurotransmissores 
responsáveis pela produção de 
hormônios como a serotonina e 
endorfina, que nos dão a sensação de 
conforto, prazer e bem-estar. Quando 
há algum problema nesses 
neurotransmissores, a pessoa começa 
a apresentar sintomas como desânimo, 
tristeza, autoflagelação, perda do 
interesse sexual, falta de energia para 
atividades simples. 
Efeitos comportamentais - 
considerados como efeitos subagudos 
resultantes de intoxicação aguda, ou de 
exposições contínuas a baixos níveis 
de agrotóxicos organofosforados, que 
se acumulam através do tempo, 
ocasionando intoxicações leves e 
moderadas. 
Eles se apresentam em muitos casos 
como efeitos crônicos sobre o Sistema 
Nervoso Central, especialmente do tipo 
neuro-comportamental, como insônia 
ou sono perturbado, ansiedade, retardo 
de reações, dificuldade de 
concentração e uma variedade de 
seqüelas psiquiátricas: apatia, 
irritabilidade, depressão, esquizofrenia. 
O grupo prevalente de sintomas 
compreende perda de concentração, 
dificuldade de raciocínio e, 
especialmente, falhas de memória. Os 
quadros de depressão também são 
freqüentes, conforme a Organização 
Mundial de Saúde. 
Estudos experimentais e relato de 
casos humanos têm demonstrado que 
várias funções cerebrais superiores, 
incluindo a memória, podem ser 
afetadas, tanto por lesões químicas do 
cérebro, como pelo bloqueio da 
transmissão colinérgica. O 
envelhecimento dos indivíduos também 
tem importante papel neste processo, 
pela diminuição da densidade destes 
mesmos receptores. 
Os pesquisadores associam o uso de 
organofosforados ao alto índice de 
suicídios na cidade de Venâncio Aires 
(RS). Nesta cidade, em 1995, os 
índices chegaram a 37,22 (trinta e sete 
vírgula vinte e dois) suicídios por 
100.000 (cem mil) habitantes. No 
Estado do Rio Grande do Sul, o índice 
é de 8,01/100.000 (oito vírgula zero um 
por cem mil) habitantes. Na Dinamarca, 
um dos maiores índices de suicídio por 
habitante, a taxa é de 28,6/100.000 
(vinte e oito vírgula seis por cem mil) 
habitantes. 
Os organofosforados causam também 
efeitos neurológicos retardados após a 
exposição aguda e como conseqüência 
da exposição crônica, incluindo 
confusão mental e fraqueza muscular . 
A exposição crônica a estes compostos 
pode levar ao desenvolvimento de 
sintomas de depressão um fator 
importante nos suicídios. 
O Município de Dourados apresentou a 
maior prevalência de intoxicações, por 
100 mil habitantes, considerando a 
população rural, e Fátima do Sul a 
segunda maior prevalência de suicídiosna microrregião. Correlações 
significativas foram encontradas entre 
intoxicação e tentativa de suicídio (r = 
0,60; p < 0,05), e entre intoxicação e 
razão entre a área ocupada por culturas 
temporárias e área total do município (r 
= 0,68; p < 0,05). 
As intoxicações ocorreram 
predominantemente com homens 
(87,0%), mas a diferença entre 
tentativas de suicídio em homens e 
mulheres não foi acentuada (53,0 e 
47,0%, respectivamente). Os eventos 
ocorreram principalmente entre outubro 
e março, e os inseticidas 
organofosforados monocrotofós e 
metamidofós foram os principais 
agrotóxicos envolvidos. 
Embora o suicídio seja um fenômeno 
complexo, a exposição ao veneno não 
deve ser ignorada na análise do 
recente crescimento de casos de 
suicídios no Centro-Oeste. O Datasus 
registra crescimento de 700% no 
número de mortes relacionadas à 
depressão, no Brasil, entre 1996 e 
2012, período que coincide com o 
incremento de 190% no uso de veneno. 
O Ministério da Saúde contabilizou 
11.433 suicídios em 2016, totalizando 
106.374 casos de 2007 a 2016, sendo 
que a taxa anual de suicídios cresceu 
16,8%, indo de 4,9 para 5,8 para cada 
100 mil habitantes, já sendo a 3ª 
principal causa de morte de homens 
dos 15 aos 29 anos. 
A intoxicação, por veneno e remédios, 
é o principal meio utilizado nas 
tentativas de suicídio, e também 
representa a metade das 470 mil 
intoxicações notificadas. Todavia, o 
Ministério da Saúde alerta para a 
invisibilidade do problema pois, 
segundo a OMS, apenas 2% dos casos 
de intoxicação por venenos são 
registrados. Mesmo no caso do Paraná, 
Espírito Santo, Tocantins, Minas 
Gerais, Pernambuco, Goiás e 
Tocantins, o crescimento dos registros 
de suicídio provavelmente reflete a 
atuação mais efetiva da vigilância em 
saúde dos Estados. 
A Unicef, a Organização das Nações 
Unidas para a Alimentação e a 
Agricultura (FAO) e a Academia 
Americana de Pediatria alertam para o 
aumento das evidências 
epidemiológicas que ligam os 
agrotóxicos à diminuição da função 
cognitiva e a problemas 
comportamentais. Além da ingestão do 
veneno com propósitos suicidas, há 
preocupação com os distúrbios 
comportamentais que podem levar ao 
atentado contra a própria vida. 
Essas evidências levaram a ONU a 
alertar para a situação de urgência na 
saúde pública em razão dos riscos dos 
agrotóxicos e a estabelecer a meta de 
redução de 10% nos suicídios até 2020, 
como parte da Agenda Global 2030. 
8.1 Meios de Comunicação 
Telefone: Conversação através de 
voluntário do CVV ligando para 188 de 
todo o território nacional, 24 horas 
todos os dias de forma gratuita, 
atendimento por um voluntário, com 
respeito, anonimato, que guardará 
estrito sigilo sobre tudo que for dito e de 
forma gratuita.Os voluntários são 
treinados para conversar com todas as 
pessoas que procuram ajuda e apoio 
emocional.Chat: Atendimento por um 
voluntário, com respeito, anonimato, 
que guardará estrito sigilo sobre tudo 
que for escrito de forma gratuita Os 
voluntários são treinados para 
conversar com todas as pessoas que 
procuram ajuda e apoio emocional. 
Site:https://www.cvv.org.br/chat/ 
E-mail: Atendimento por um voluntário, 
com respeito, anonimato, que guardará 
estrito sigilo sobre tudo que for escrito 
de forma gratuita Os voluntários são 
treinados para conversar com todas as 
pessoas que procuram ajuda e apoio 
emocional.O atendimento não é online, 
você deixa a mensagem que será 
respondida pelo voluntário. 
Site: https://www.cvv.org.br/e-mail/ 
Presencialmente/Correio: Envio uma 
carta ou conversar pessoalmente com 
um voluntário do CVV em horário 
comercial. Dessa maneira, como em 
qualquer outra forma de contato com o 
CVV, você é atendido por um 
voluntário, com respeito, anonimato, e 
que guardará estrito sigilo. Os 
voluntários são treinados para 
conversar com todas as pessoas que 
procuram ajuda e apoio emocional. 
Bairros em São Paulo: Bela Vista, 
Jabaquara, Pinheiros e Vila Carrão. 
https://www.cvv.org.br/chat/
https://www.cvv.org.br/e-mail/
9 Setembro amarelo 
Desde 2014, a Associação Brasileira de 
Psiquiatria – ABP, em parceria com 
o Conselho Federal de Medicina – 
CFM, organiza nacionalmente o 
Setembro Amarelo. O dia 10 deste mês 
é, oficialmente, o Dia Mundial de 
Prevenção ao Suicídio, mas a 
campanha acontece durante todo o 
ano. 
São registrados cerca de 12 mil 
suicídios todos os anos no Brasil e mais 
de 01 milhão no mundo. Trata-se de 
uma triste realidade, que registra cada 
vez mais casos, principalmente entre 
os jovens. Cerca de 96,8% dos casos 
de suicídio estavam relacionados 
a transtornos mentais. Em primeiro 
lugar está a depressão, seguida do 
transtorno bipolar e abuso de 
substâncias. 
Com o objetivo de prevenir e reduzir 
estes números a campanha Setembro 
Amarelo cresceu e hoje conquistamos 
o Brasil inteiro. Para isso, o apoio das 
nossas federadas, núcleos, associados 
e de toda a sociedade é fundamental. 
Como resultado de muito esforço, em 
2016, garantiu-se espaços inéditos na 
imprensa e firmamento de muitas 
parcerias. Conseguiu-se também 
iluminar monumentos históricos, pontos 
turísticos, pela primeira vez o Cristo 
Redentor, espaços públicos e privados 
no Brasil inteiro. Centenas de pessoas 
participaram de caminhadas e ações 
para a conscientização sobre este 
importante tema. 
Figura 8: Campanha de Divulgação do 
Setembro Amarelo 
 
Fonte:https://g1.globo.com/mg/zona-
da-mata/noticia/2019/09/08/campanha-
setembro-amarelo-e-espaco-para-
prevencao-ao-suicidio-na-zona-da-
mata-e-vertentes.ghtml 
 10 Considerações Gerais 
A questão dos suicídios e a correlação 
com os agrotóxicos precisa ser 
estudada e debatida. Não se pode 
ignorar que o Brasil segue tolerando e 
incentivando o consumo de venenos 
banidos da União Europeia e dos EUA. 
Prevenir, saber identificar, tratar e 
registrar essas ações são de suma 
importância para que seja possível a 
diminuição de casos de suicídio 
decorrentes do manuseio e ingestão de 
agrotóxicos tais como o carbamato e os 
organofosforados. 
https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2019/09/08/campanha-setembro-amarelo-e-espaco-para-prevencao-ao-suicidio-na-zona-da-mata-e-vertentes.ghtml
https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2019/09/08/campanha-setembro-amarelo-e-espaco-para-prevencao-ao-suicidio-na-zona-da-mata-e-vertentes.ghtml
https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2019/09/08/campanha-setembro-amarelo-e-espaco-para-prevencao-ao-suicidio-na-zona-da-mata-e-vertentes.ghtml
https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2019/09/08/campanha-setembro-amarelo-e-espaco-para-prevencao-ao-suicidio-na-zona-da-mata-e-vertentes.ghtml
https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2019/09/08/campanha-setembro-amarelo-e-espaco-para-prevencao-ao-suicidio-na-zona-da-mata-e-vertentes.ghtml
Importante salientar que atualmente a 
campanha do Setembro Amarelo – Mês 
Oficial de Prevenção ao Suicídio vem 
ganhando visibilidade devido à grande 
quantidade de casos no Brasil e 
divulgar a importância de utilizar 
métodos alternativos para combate as 
pragas nas plantações e diminuir a 
exposição dos trabalhadores de 
lavoura a estes agentes. 
O profissional de saúde pode, através 
de palestras e programas, promover a 
conscientização sobre o uso de 
equipamentos de proteção aos 
possíveis expostos e medidas a serem 
tomadas em caso de contato com estes 
agentes tóxicos. Infere-se ainda que 
não existe um antídoto com máxima 
eficácia na reversão do sítio ativo da 
enzima acetilcolinesterase, logo torna-
se necessário uma maior aplicação em 
pesquisas relacionadas à área na 
busca de um tratamento mais rápido e 
de maior efetividade, em relação ao 
tratamento atual. 
Os órgãos como a EMATER e 
CEREST, orientem os agricultores e 
lavradores na utilização de práticas 
alternativas aos agrotóxicos, como a 
utilização deprodutos orgânicos na 
agricultura familiar. Também criar 
parcerias intersetorial e 
multiprofissional para oferecer suporte 
técnico não só para a saúde do 
trabalhador, mas também no auxilio de 
técnicas adequadas de plantio, o que 
muitas vezes não é oferecido ao 
pequeno produtor. E por fim, oferecer 
saúde de qualidade ao trabalhador 
rural. 
11 Referências Bibliográficas 
https://boaspraticasagronomicas.com.b
r/artigos/inseticidas/ - 16 de dezembro 
de 2019 
https://www.agencia.cnptia.embrapa.br
/gestor/arroz/arvore/CONT000fohgb6c
o02wyiv8065610dc2ls9ti.html – 14 de 
janeiro de 2020 
http://sindiquimicos.org.br/arquivos/367
50 – 14 de janeiro de 2020 
https://esperanca.com.br/saude/depres
sao-e-necessario-ficar-alerta/ - 14 de 
janeiro de 2020 
http://www.saude.sc.gov.br/index.php/
documentos/atencao-basica/saude-
mental/protocolos-da-raps/9200-
sindrome-colinergica/file – 14 de 
janeiro de 2020 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=
sci_arttext&pid=S0100-
40422007000100028 – 14 de janeiro 
de 2020 
https://g1.globo.com/mg/zona-da-
mata/noticia/2019/09/08/campanha-
setembro-amarelo-e-espaco-para-
prevencao-ao-suicidio-na-zona-da-
https://boaspraticasagronomicas.com.br/artigos/inseticidas/
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https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/arroz/arvore/CONT000fohgb6co02wyiv8065610dc2ls9ti.html
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http://sindiquimicos.org.br/arquivos/36750
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https://esperanca.com.br/saude/depressao-e-necessario-ficar-alerta/
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http://www.saude.sc.gov.br/index.php/documentos/atencao-basica/saude-mental/protocolos-da-raps/9200-sindrome-colinergica/file
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http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422007000100028
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https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2019/09/08/campanha-setembro-amarelo-e-espaco-para-prevencao-ao-suicidio-na-zona-da-mata-e-vertentes.ghtml
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mata-e-vertentes.ghtml - 14 de janeiro 
de 2020 
 
https://esperanca.com.br/saude/depres
sao-e-necessario-ficar-alerta/ 
- 14 de janeiro de 2020
 
Abstract: 
The main concern of this study is to analyze the occupational poisoning reflexes from 
the organophosphate and carbamates that are insecticides used in the fertilizer area. 
The wide demand and use of insecticides from the organophosphate and carbamate 
groups is due to their efficiency in pest insect control and also to the fact that they are 
compounds that do not accumulate in nature and have relatively fast degradation after 
application.These insecticides are associated with casual or purposeful poisoning in 
animals and humans and the toxicity of these products is mainly due to 
cardiorespiratory insufficiency due to impairment of the autonomic nervous system. 
Keywords: organophosphate, carbamates, intoxication 
 
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