Prévia do material em texto
Doença Inflamatória Pélvica Definição: Síndrome clínica de origem polimicrobiana ↬ logo, muitos antibióticos Infecção do Trato Genital Superior Feminino Trato Genital Superior: Acima do orifício interno do colo do útero : Cavidade uterina, endométrio, miométrio, tubas uterinas e ovários, Ademais, pode se alastrar para o resto da cavidade uterina, como peritônio pélvico e órgãos à distância, como fígado. Quadro Clínico: Endometrite, miometrite, salpingite, ooforite, abscesso tubo - ovariano e peritonite pélvica Epidemiologia: 85% são ISTs, Mulheres jovens, Atividade sexual desprotegida, 15%: Manipulação uterina: Curetagem, Histeroscopia, Agentes Etiológicos: Infecção Polimicrobiana Gram +, Gram -, Anaeróbios➥ Agentes que ascendem o colo uterino Principais: Neisseria gonorrhoeae, Chlamydia trachomatis Fatores de Riscos: ➔ Atividade sexual desprotegida, ➔ Adolescentes, ➔ ISTs prévias, ➔ Múltiplos parceiras sexuais, ➔ Baixo nível socioeconômico ➔ Para casos não ISTs: ➔ Manipulação uterina prévia ➔ Disbiose vaginal fator de risco para DIP, ➔ DIP prévia, ➔ Não uso de condom, ➔ Hábito de ducha vaginal ↬ e outros fatores que alterem pH e flora vaginal, ➔ Imunossupressão, DM. DIP X DIU: Risco tem relação inversa com o tempo desde a inserção do DIU, sendo mais alto nos primeiros 20 dias sa inserção, IST prévia é responsável pela ocorrência de DIP no primeiro mês de uso e não o uso do DIU. Fisiopatologia: O canal endocervical funciona como uma barreira de proteção, A ascensão dos microrganismos é favorecida por variações hormonais do ciclo menstrual. O muco cervical durante o fluxo menstrual tem menor efeito bacteriostático, Características imunológicas: de cada indivíduo também pode contribuir para a disseminação da infecção. Quadro Clínico: ➔ Dor pélvica aguda, ➔ Corrimento purulento, ➔ Sangramento Uterino, ➔ Dispareunia de profundidade, ➔ Febre, ➔ Sintomas sutis e até assintomáticos. Doença de amplo espectro Classificação: Estágio I (leve): Salpingite aguda sem irritação peritoneal Estágio II (Moderada sem abscesso): Salpingite com irritação peritoneal, Estágio III Diagnóstico: Nenhum achado isolado de história, exame físico ou exame laboratorial é sensível e específico o suficiente para fechar o diagnóstico de DIP O atraso no diagnóstico e tratamento contribui para sequelas no trato reprodutivo feminino, mesmo pacientes assintomáticas estão em risco para infertilidade Portanto, não atrasar na antibioticoterapia Complicações: Agudas: Perihepatite (Síndrome de FITZ - HUGH CURTIS). Abscesso tubo ovariano, Sepse e choque séptico. Crônicas: Infertilidade tubária, Gravidez ectópica, Aderência pélvica, Dor pélvica crônica. Baseado em critérios maiores, menores e elaborados, Para confirmação clínica de DIP, é necessária a presença de: 3 critérios maiores + 1 critério menor ou 1 critério elaborado Critérios Maiores: Dor no hipogástrio, Dor a palpação dos anexos, Dor à mobilização do colo uterino Critérios Menores: Temperatura axilar > 37, 5 C ou > 38 C, Conteúdo vaginal ou secreção endocervical anormal, Massa pélvica, > 5 leucócitos / campo de imersão em material endocérvice, Leucocitose em sangue periférico, PCR ou velocidade de hemossedimentação VSH elevada, Comprovação laboratorial de infecção cervical por gonococo, clamídia e micoplasma Critério Elaborado: Evidência histopatológica de endometriose, Presença de abscesso tubo - ovariano ou de fundo de saco de Douglas em estudo de imagem USG, Laparoscopia com evidência de DIP (Somente critério elaborado não é clínico, os demais são clínicos) Diagnóstico Diferencial: Gravidez ectópica, Tratamento: Visar germes mais comuns, Tratamento Ambulatorial: Estágio I ↬ leve - Repouso, - Abstinência, - Antimicrobianos, - Sintomáticos Tratamento Hospitalar: Abscesso tubo ovariano, Gravidez ↬ inflamação da placenta, Clindamicina 900 mg IV 3 x ao dia, por 14 dias mais gentamicina IV ou IM Indicações do tratamento Cirúrgico: Tratamento dos parceiros: Azitromicina 1 g V.O dose única