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Feijão (Phaseolus vulgaris L.) Feijão (Phaseolus vulgaris L.) 1. Origem Gênero Phaseolus América do Sul (segundo alguns autores) e México e Guatemala (segundo outros) • O feijão (Phaseolus vulgaris, L..) é um dos principais alimentos da população brasileira especialmente a de baixa renda; • Aproximadamente 55 espécies ❑Cinco espécies cultivadas Phaseolus lunatus L. ; P. coccineus L. ; P. acutifolius A. Gray var. latifolius Freeman; P. polyanthus Greenman P. vulgaris L.; (Expressão econômica) Feijão (Phaseolus vulgaris L.) Centros de Domesticação ✓ 1º - Região Central das Américas (México) ✓ 2º - Sul dos Andes (Norte da Argentina e Sul do Peru) ✓ 3º - Colômbia (centro de menor expressão) Peru México Colômbia Entre os alimentos mais antigos cultivados no antigo Egito e na Grécia, cultuado como símbolo da vida. Feijão (Phaseolus vulgaris L.) ➢ Características principais de cada grupo 1º - Cultivares de grãos pequenos como o carioca; Faseolina do tipo “S”. 2º - Cultivares de sementes grandes Tipo “Jalo”; Faseolina do tipo “T”. 3º - Cultivares de tamanho intermediário; Faseolinas “S, T, B, C e H”. Distinção entre os centros de origem Tipo de Faseolina Principal proteína de reserva da semente de feijão 2. Importância 2.1 Valor Alimentício e Nutracêutico Excelente fonte de proteínas Bom conteúdo de carboidratos Fonte de ferro Feijão (Phaseolus vulgaris L.) 2.2 Importância econômica Brasil – Maior produtor mundial e um dos maiores consumidores Área plantada ~ 4 milhões ha Produtividade média ~ 900 kg/ ha Produção ~ 3 milhões de toneladas Área irrigada ~ 3.000 kg/ ha Principais regiões produtoras Sul = 38,80 % Sudeste = 26,00 % Nordeste= 17,4 % Centro-Oeste = 13,40 % Norte = 4,4 % Paraná = maior produtor nacional Feijão (Phaseolus vulgaris L.) Produção no Nordeste Bahia Pernambuco Ceará Maranhão 2.3 Importância social • Bastante cultivada em regime de agricultura familiar; • Necessita de pouca tecnologia para produção; • Suplemento alimentar em períodos de escassez ; Feijão (Phaseolus vulgaris L.) ❑ O grão pode servir como componente de rações animais bem como a planta pós colheita. ❑ Restos de cultura podem ser incorporados ao solo para melhoria das suas condições físicas Cultura da batata-doce 3. Classificação botânica Família : Fabaceae (Leguminosae) Gênero: Phaseolus Espécie: Phaseolus vulgaris L. Planta – composta por órgãos distintos. Há um sistema radicular no solo e, acima deste um caule, que porta as folhas e os ramos. Em plantas mais velhas é possível ter uma visão detalhada de suas partes: raíz, caule ou haste principal, folhas e hastes axilares, inflorescência, fruto e semente. 3.1 Descrição da planta Sistema radicular – raiz principal, secundárias, terciárias e pêlos absorventes. Ocorrem nódulos com bactérias (Rhizobium spp.), quase esféricos e de tamanho variados. A maioria das raízes se localizam nos primeiros 20 cm do solo. Feijão (Phaseolus vulgaris L.) Caule – herbáceo, classificado morfologicamente como haste. É constituído de nós e internódios intercalados, de número variável e dependente do hábito de crescimento. Feijão (Phaseolus vulgaris L.) Feijão (Phaseolus vulgaris L.) Folhas – Forma dois tipos de folhas: simples e compostas. Feijão (Phaseolus vulgaris L.) Inflorescência – as flores de feijão agrupam em rácimos, que nascem nas axilas das folhas, a partir de gemas floríferas. São flores completas, apresentam gineceu e androceu. Feijão (Phaseolus vulgaris L.) Fruto – é um legume (vagem). É uma vagem aplainada, reta ou encurvada, com ápice encurvado ou reto. A coloração varia de acordo com a cultivar, de verde uniforme a arroxeado ou quase negra. Feijão (Phaseolus vulgaris L.) Semente – apresenta forma e coloração variadas, desde esféricas a quase cilíndricas e desde branco ao negro, passando por quase todas as cores. 4. Fisiologia da planta Feijão (Phaseolus vulgaris L.) Hábito de Crescimento Essencial na descrição Hábito de florescimento Determinado – desenvolvem uma inflorescência no ápice da haste principal e das hastes laterais (tipo I); Indeterminado – os meristemas apicais da haste principal e das laterais continuam vegetativos durante o florescimento (tipo II, III e IV) . Esta característica dá especificidade de adaptação aos diferentes tipos de cultivo do feijoeiro Feijão (Phaseolus vulgaris L.) Ao classificar os hábitos de crescimento do feijão, além do hábito de florescimento são considerados também o número de nós e o cumprimento dos internódios ao longo da haste principal, a intensidade de ramificação lateral e a habilidade trepadora da planta. 4.1 Hábito de Crescimento Os feijoeiros podem ser classificados como pertencentes a 4 hábitos de crescimento distintos: I, II, III e IV Tipo I - são arbustivos, de crescimento determinado, tem ciclo curto e maturação uniforme; Tipo II - são arbustivos, possuem ramos laterais curtos e maturação das vagens relativamente uniforme, mais adaptados à colheita mecânica.; Tipo III - tem arquitetura do tipo prostrado ou semi-prostradas a trepadoras, com ramos laterais numerosos e bem desenvolvidos. Não possuem maturação uniforme e não se adaptam à colheita mecânica.; Tipo IV - são trepadores ou prostrados, com poucos ramos laterais, adaptados aos cultivos consorciados, possuindo o ciclo longo e maturação das vagens não uniforme. Feijão (Phaseolus vulgaris L.) Feijão (Phaseolus vulgaris L.) 4.2 Etapas de desenvolvimento da planta Ciclo biológico Fase vegetativa e Fase reprodutiva 10 etapas Vegetativa (V): V0 V1 V2 V3 V4 Reprodutiva (R): R5 R6 R7 R8 R9 é completado em 70 a 110 dias, dependendo da cultivar e das condições climáticas. V0 Germinação: absorção de água pela semente; emergência da radícula e sua transformação em raiz primaria; V1 Emergência: os cotilédones aparecem ao nível do solo e começam a separar-se. O epicótilo começa o seu desenvolvimento; V2 Folhas primárias: folhas primárias completamente abertas; V3 Primeira folha trifoliolada: abertura da primeira folha trifoliolada e o aparecimento da segunda folha triloliada; V4 Terceira folha trifoliolada: abertura da terceira folha trifoliolada , as gemas e os nós inferiores produzem ramas. Feijão (Phaseolus vulgaris L.) R5 Pré-floração: aparece o primeiro botão floral e o primeiro rácimo; R6 Floração: abre-se a primeira flor; R7 Formação das vagens: aparece a primeira vagem; R8 Enchimento das vagens: começa o enchimento da primeira vagem (crescimento das sementes). Ao final desta etapa, as sementes perdem a cor verde e começam a mostrar as características da cultivar. Inicia-se o desfolhamento; R9 Maturação fisiológica: As vagens perdem a pigmentação e começam a secar. As sementes adquirem coloração típica da cultivar. Feijão (Phaseolus vulgaris L.) Feijão (Phaseolus vulgaris L.) Feijão (Phaseolus vulgaris L.) Feijão (Phaseolus vulgaris L.) 5. Exigências edafoclimáticas 5.1 Temperatura: o feijoeiro é sensível tanto a baixas como a altas temperaturas ✓ média ótima durante o ciclo: 18 a 24°C (ideal de 21°C); ✓ Baixas temperaturas: - Impedir, atrasar ou reduzir a germinação; - Reduzir a altura e o crescimento dos ramos, conduzindo a produção de pequeno nº de vagens por planta. ✓Altas temperaturas: - Aborto de flores, redução no vingamento e retenção de vagens; - Redução no número de sementes por vagem; - Favorece o surgimento de enfermidades, principalmente quando associadas a alta umidade relativa do ar. Feijão (Phaseolus vulgaris L.) 5.2 Umidade do solo ✓ Fator limitante do rendimento da cultura ➢ Interfere diretamente nos processos básicos da planta: - Absorção e translocação de nutrientes; - Fotossíntese e translocação de assimilados; - Transpiração e respiração; e - No crescimento e produção de grãos. A cultura requer boa disponibilidade de água durantetodo o seu ciclo, principalmente nas etapas mais críticas, como germinação/emergência, floração e enchimento de grãos Feijão (Phaseolus vulgaris L.) Excesso de água no solo ✓Prejudica a germinação e limita o desenvolvimento das raizes; ✓ Pode favorecer a incidência de doenças; ✓ Durante as etapas de florescimento e frutificação são as fases mais sensíveis a má aeração do solo; ✓ Excesso de água na fase de maturação pode prolongar o ciclo cultural e atrasar as operações de colheita. Feijão (Phaseolus vulgaris L.) 5.4 Textura do solo ✓ Arenosa leve a argilosa pesada, com bom teor de matéria orgânica, bem arejados; 5.5 Reação do solo ✓ pH de 5,0 a 6,5 ( 6,0 máximas produtividades); 5.3 Umidade relativa do ar e ventos ✓ Associada a altas temperaturas aumenta a demanda de água pela planta e reduz o pegamento e a retenção final das vagens. Feijão (Phaseolus vulgaris L.) 6. Cultivares ✓Ciclo ✓Adaptabilidade à região de cultivo ✓ Tipo de grão ✓Arquitetura da planta (porte da planta) ✓Resistência a patógenos ✓ Expectativa de preço por ocasião da colheita 6.1 Características desejáveis Feijão (Phaseolus vulgaris L.) 6.2 Classificação de cultivares quanto aos grupos ✓ Carioca ✓ Preto ✓ Manteiga ✓ Vermelho ✓ Roxo Exemplos e características de algumas cultivares de feijão Feijão (Phaseolus vulgaris L.) Manteiga Preto Vermelho Carioca Roxo Feijão (Phaseolus vulgaris L.) 7. Principais pragas 7.1 Pragas que atacam plântulas ✓ Lagarta-elasmo ou Broca do caule (Elasmopalpus lignossellus) Descrição – verde azulada (até 15 mm) com cabeça marrom e de movimentos ágeis; Danos/Sintomas – galerias ascendentes no xilema, iniciadas no caule proximo à superfície do solo; amarelecimento, murcha e morte da planta; Controle – aumento da densidade de plantas me regiões de alta incidência e tratamento de sementes; ✓ Lagarta rosca (Agrotis ipsilon) Descrição – cinza escura a marrom escura (até 50 mm) de hábito noturno; Danos/Sintomas – corte das plantas rente ao solo e consumo de sementes; Controle – aumento da densidade de plantas me regiões de alta incidência e tratamento de sementes; Feijão (Phaseolus vulgaris L.) ✓ Mosca branca (Bemisia tabaci) 7.2 Pragas que atacam folhas Descrição – inseto branco (0,9 mm) com dois pares de asas membranosas recoberta com substância cerosa, adulto e ninfas vivem no inferior das folhas; Danos/Sintomas – sucção de seiva e transmissão do BMGV; folhas amerelo intensa e enrolamento de folhas jovens; Controle – eliminar restos de cultura e plantas hospedeiras e com viroses; tratamento de sementes; ✓ Mosca minadora (Liriomyza sp.) Descrição – mosca preta (1 mm) com duas pontuações amarela no dorso; Danos/Sintomas – larvas no interior de galerias nas folhas; murcha e queda prematura de folhas; Controle – pulverização quando a população atingir 1 ou 2 larvas vivas por folha trifoliada; ✓ Cigarrinha verde (Empoasca kraemeri) Descrição – adultos verdes (3 mm) e jovens verde-claro; adulto e ninfas vivem no inferior das folhas; Danos/Sintomas – sucção de seiva infesamento da planta, que fica com folíolos enrolados para baixo; amarelecimento e secamento de folhas ; Controle – quando a população atingir 2 ninfas/folhas em 100 folhas examinadas/ha; Feijão (Phaseolus vulgaris L.) ✓ Vaquinhas (Diabrotica speciosa, e Cerotoma arcuata) Descrição – besouro (6 mm) verdes com manchas amarelas; besouro (5 mm) castanho com manchas escuras; Danos/Sintomas – alimentam-se de folhas e podem provocar diminuição da produção se o ataque for intenso; Controle – quando atingir 30% de desfolha antes da floração ou 15% de desfolha após floração; ✓ Lagarta das folhas ou Lagarta enroladeira (Omiodes indicata) Descrição – lagarta amarela a verde-clara (até 19 mm); pulpa nas folha enrroladas ; Danos/Sintomas – desfolha; Controle – quando atingir 30% de desfolha antes da floração ou 15% de desfolha após floração; Feijão (Phaseolus vulgaris L.) 7.3 Pragas que atacam as vagens ✓ Lagarta das vagens (Maruca tetulalis) ✓ Percevejos (Neomegalotomus sp.; Piezodorus guildinii; Nezara virídula) Destruição de pedúnculos, flores e vagens e dos grãos em formação Sucção de grãos, grãos chochos e escuros, redução do poder geminativo das sementes e da qualidade do grão. Feijão (Phaseolus vulgaris L.) 7.4 Pragas de grãos armazenados ✓ Carunchos (Zabrotes subfasciatus; Achanthoscelides obtrectus) Feijão (Phaseolus vulgaris L.) 8. Principais Doenças 8.1 Doenças causadas por fungos ✓ Mancha angular (Phaeoisoriopsis griseola) Sintomas: Todos os órgãos aéreos da planta . Folhas primarias (castanho- acizentada) . Varias lesões numa mesma folha (necrose parcial) . Nas vagens (circulares ou ovais, ñ deprimidas antrac.) . Vagens pouco desenvolvidas . Lesões alongadas podem ser obs. nas hates e pecíolos - Epidemiologia: . A produção de conídios é intensa durante períodos prolongados de alta umidade; . A liberação de esporos e mesmo o desenvolvimento de sintomas podem ocorrer em condições relativamente secas; . 16 – 28 ºC, ótimo 24ºC (CORREIA-VICTORIA et al., 1994) . A disseminação: correntes de ar, respingos de chuvas e restos de culturas MANCHA ANGULAR (Phaeoisoriopsis griseola) - Controle: . Sementes sadias e tratadas, rotação de culttura; . Controle químico (pul. após o frorescimento); . Variedades resistentes: jalo,vermelho... ✓Antracnose (Colletotrichum lindemutianum) - Sintomas: Qualquer órgão da planta . Lesões marrons-escuras ou negras surgem nos coltiledones em decorrência da transmissão da doença pela semente; . No caule e no pecíolo, normalmente em formato elípitico, deprimidas e escuras podendo aprofundar-se qdo as condições são favoráveis; . Folhas, na face inferior, como um escurecimento ao longo das nervuras; . Vagens lesões circulares, inicialmente de coloração marron-clara, evoluindo para lesões deprimidas e escuras, no centro uma coloração rósea, ocasionada pela produção de massa de esporos; - Epidemiologia: . 15 e 22 ºC, associadas à umidades relativa do ar; . O patógeno sobrevive no interior das sementes, o que possibilita sua transmissão para longas distâncias ou de plantas para outras; . Resto de culturas, ventos, respingos de chuvas, água de irrigação. Antracnose (Colletotrichum lindemutianum) - Controle: . Sementes sadias; . Tratamentos de sementes com fugincidas sistêmicos; . Rotação de culturas (reduzir o inóculo inicial que sobrevive no solo); . Cultivares resistentes: Ouro negro, ouro, novo jalo; . Controle químico na parte área deve ser realizado estacionando a doença no seu estado inicial ou mesmo antes do aparecimento; Antracnose (Colletotrichum lindemutianum) - Sintomas: Tem se tornado umas das mais importantes doenças em áreas irrigadas (outono-inverno-primavera) . Geralmente se inicia em reboleiras na lavoura, princ. nos locais de alta densidade de platas; . Folhas, hastes e Vagens, inicia-se pela formação de manchas encharcadas, seguida por crescimento micelial branco e cotonoso (mofo branco); Mofo branco (Sclerotinia sclerotiorum) - Epidemiologia: . Severidade em temperaturas moderadas (15-25 ºC) e alta umidade; . O fungo sobrevive no solo, por períodos, na forma de escleródios; . A infecção da planta ocorre pela germinação direta ou, indiretamente, por meio de esporos (ascosporos) e pela produção de micélio do fungo que coloniza a planta hospedeira; . Os ascoporos são levados, pela ação de ventos e respingos d’ água oriundos de irrigação; . Segundo Abawi e Grogan (1975) os ascoporos que são considerados a principal fonte de inóculo no campo pode sobreviver até 12 dias no campo; Mofo branco (Sclerotinia sclerotiorum) Mofo branco (Sclerotinia sclerotiorum) - Controle: . Sementes sadias e tratadas visando impedira entrada do patógeno no campo; . Em campos onde a doença anteriormente foi constatada, plantas que apresentarem sintomas deve ser imediatamente arrancadas e queimadas, antes da formação dos escleródios; . Em áreas onde a doença causa danos severos, deve-se evitar o plantio de feijão, bem como de outras plantas suscetíveis, por um período de 5 anos. . Em áreas de risco deve-se usar maior espaçamentos entre fileiras e menor nº de sem/metro nas linhas de cult.; . Utilizar variedades de porte ereto e evitar adubações pesadas de N; . Irrigar de forma racional (evitar o excesso de umidade); . Controle químico, aplicações preventivas onde já tenha sido const. a doença (2 aplic.; antes da floração e 2 semanais) . Rotação com gramíneas (trigo, arroz, milho, sorgo) é recomendada, embora, por si só, não constitua medida que elimine o patógeno da área de cultivo; Mofo branco (Sclerotinia sclerotiorum) Ferrugem (Uromices appendiculatus) - Sintomas: Uma doença bast. importante, especialmente nos plantios da “seca”. . O patógeno pode infectar folhas e mais raramente, vagens, pecíolos e ramos. . Inicialmente são observadas pontuações cloróticas que evoluem para pústulas circulares, de coloração marrom, podendo ou não exibir halo amarelo; . Os uredosporus são produzidos nas pustulas localizadas na face inferior das folhas; . Em condições favoráveis e se a infecção é severa , as folhas tornam-se secas, escuras e acabam caindo. - Epidemiologia: . Temp. moderadas (17-22ºC) e molhamento foliar durante períodos superiores a oito horas contínuas são condições que favorecem o progresso da doença (SILVA, 1992); . Disseminação dos esporos (ventos, implementos agrícolas e insetos); . O patógeno tbm pode produzir esporos capazes de resistir às condições adversas (TELIOSPOROS); . Tanto os uredosporos como teliosporos podem sobreviver de uma safra para outra, no campo, em restos de culturas. Ferrugem (Uromices appendiculatus) Ferrugem (Uromices appendiculatus) - Controle: . Variedades resistentes, mas há dificuldades devida a grande variabilidade do patógeno (Ouro negro, Meia-noite), estima-se que as cultivares lançadas tenha vida útil variável, geralmente em torno de 4 anos; . Controle químico. Feijão (Phaseolus vulgaris L.) 8.2 Doenças causadas por bactérias ✓ Crestamento bacteriano (Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli) - Sintomas: Bacteriose mais importante do feijoeiro, sua ocorrência limita-se às áreas mais quentes, sobretudo nas “águas”. . Nas folhas, surgem, inicialmente, pequenas manchas com aspecto encharcado (anasarca) e translúcidas . As lesões tornam-se pardas, aumentando de tamanho e os tecidos infectados mostram-se ressecados e quebradiços, geralmente apresentam halo clorótico. . Nos caules e nas vagens, as lesões podem ser deprimidas e encharcadas, às vezes, coloração avermelhada. ✓ Crestamento bacteriano (Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli) - Epidemiologia: . Altas temperaturas e umidade favorecem o desenvolvimento da doença; . A penetração da bactéria ocorre por aberturas naturais, como estômatos ou por ferimentos; . Dissseminação (insetos, implementos agrícolas, ventos e chuvas); . Bactéria pode sobreviver no solo (restos de culturas), até 2 anos. -Controle: . Sementes sadias e tratadas; . Rotação com culturas não-hospedeiras e aração profunda, visando à incorporação de restos de cultura contaminada; . Tratamento químico das sementes não constituem medidas eficiente de controle da doença (ROMEIRO, 1985); Feijão (Phaseolus vulgaris L.) 8.3 Doenças causadas por vírus ✓ Mosaico comum (Bean common mosaic virus - BCMV) Mosaico dourado (Bean gold mosaic virus – BGMV) - Sintomas: Grande importância nas regiões produtoras do sudeste, sul e centro-oeste do Brasil. Perdas de até 100% pode ocorrer. . Geralmente os sintomas surgem a partir da formação da terceira folha trifoliolada, exceto em condições de elevada população do vetor; . Inicialmente, pode surgir pequenas manchas amarelas e brilhantes, próximas às nervuras das folhas; . Folhas doentes apresentam um mosaico brilhante; . Cultivares suscetíveis apresentam acentuada deformação foliar e muitas folhas ficam completamente amarelas ou descoloridas. Mosaico dourado (Bean gold mosaic virus – BGMV) -Epidemiologia: . Não se transmite pelas sementes; . O modo natural de transmissão do vírus é por meio da mosca-branca, que pode também transmitir outras viroses; . Deve-se ter uma preocupação maior com relação ao vetor, principalmente em altas temperaturas que aceleram os estágios de desenvolvimento do mesmo; Mosaico dourado (Bean gold mosaic virus – BGMV) - Controle: . A incidência da doença pode ser reduzida plantando-se o feijão isolado de possíveis fontes de vírus; . Outra medida seria a alteração da data de plantio, buscando, qdo possível, épocas com temperaturas mas amenas ou com níveis baixos de população de vetores, como ocorre no plantio das “águas”; . Variedades tolerantes (comportamento pode depende da região). Feijão (Phaseolus vulgaris L.) 8.4 Doenças causadas por nematóides ✓ Nematóides das galhas (Meloidogyne spp.) - Sintomas: . Plantas infectadas apresentam amarelecimento e crescimento reduzido; . As folhas podem apresentar as bordas queimadas; . O sistema radicular apresenta-se malformado, com engrossamentos e encurtamento de raízes e menor eficiência para absorver água e nutrientes; . O nº de raízes laterais é reduzida; Nematóides das galhas (Meloidogyne spp.) - Epidemiologia: . Solos arenosos e soltos favorecem os nematóides-das-galhas (VIEIRA, 1983); . Disseminação (Implementos agrícolas, animais, enxurradas e água de irrigação). Nematóides das galhas (Meloidogyne spp.) - Controle: . Uma vez presente na área de cultivo, a erradicação dos nematóides-das-galhas torna-se difícil; . Rotação de cultura, especialmente com gramíneas; . Inundação e revolvimento do solo e o controle de plantas daninhas hospedeiras são medidas que tbm contribuem para a redução do inóculo no solo; . O controle químico não é viável economicamente; Feijão (Phaseolus vulgaris L.) 9. Práticas culturais 9.1 Preparo do solo Convencional, reduzido e plantio direto Eliminar camadas superficiais compactadas; Favorecer o arejamento, infiltração de água e desenvolvimento das raízes Antes do preparo do solo Avaliar a possibilidade de trafegar no terreno com trator e máquinas pesadas - Aração e gradagem: 25 a 35 cm de profundidade. Preparo convencional Deve-se trabalhar com umidade adequada do solo e alternando o uso de implementos e de profundidade de trabalho, para reduzir os problemas de degradação do solo. Umidade Excessiva Aderência do solo aos implementos Quando muito seco, p/ o destorramento ↑ nº gradagens Preparo reduzido Economizar tempo; Trabalho e combustível; ↓ Erosão; Alcançar a sustentabilidade: Objetivo: ↓ perdas de solo e água; por meio da redução do números de operações na área Limitação do implemento Tocos e raízes grossas no solo Dificultam trabalho e pioram a qualidade do preparo PD Tecnologia conservacionista, protege o ambiente e favorece a sustentabilidade da exploração agrícola. Plantio direto Consiste na semeadura sem preparo prévio do solo. Nesse sistema, o solo é preparado apenas na região onde se deposita a semente. Um pequeno sulco ou cova é aberto para permitir adequada cobertura e contato da semente com o solo. Objetivo • ↓ custos de produção; • Melhor produtividade e qualidade, preservando e recuperando recursos naturais; • ↓ nº de máquinas; • ↓ gasto com fertilizantes; Princípio do PD que interagem entre si • Ausência de movimentação ou mobilização mínima do solo; • Controle químico de daninhas; • Rotação de culturas;Feijão (Phaseolus vulgaris L.) 9.2 Espaçamento e densidade de plantio ✓ População recomendada: 200 a 375 mil plantas por hectare ✓ 40 a 50 cm entre fileiras ✓ 10 a 15 sementes por metro linear ➢ Populações maiores = Maior gasto com sementes, sem a compensação de maior produtividade. ➢ Populações menores = Ocorre redução no rendimento Gasto de sementes = 50 a 60 kg/ha Feijão (Phaseolus vulgaris L.) Profundidade de semeadura ✓ Solos argilosos: 3 a 4 cm ; ✓ Solos arenosos: 5 a 6 cm. Os adubos devem ser colocados ao lado e abaixo das sementes para evitar danos às plântulas e a redução da população. Feijão (Phaseolus vulgaris L.) Plantio manual ou mecanizado Compactação do solo • Provoca deformações das raízes, tornando-as mais grossas; • Atraso na emergência das plantas; • Empoçamento de água; • Erosão excessiva; Épocas de Plantio • Outubro-novembro (“águas”) • Fevereiro-março (“seca”) • Abril-junho (Inverno) Águas Seca Semeadura: 9.3 Épocas de plantio Cultivo de Primavera-Verão (Plantio das águas) Cultivo de Outono-Inverno (Terceira época) Cultivo de Inverno-Primavera (Plantio de inverno) Cultivo de Verão-Outono (Plantio da seca) ✓ Cultivo de primavera-verão (feijão das águas) - A semeadura é feita início do período chuvoso (out.-nov,), e a colheita no verão (jan.-fev.); (É praticado principalmente por pequenos produtores , que fazem normalmente consorciação com o milho) - VANTAGEM – dispensar a irrigação; - DESVANTAGENS - ✓ Cultivo de verão-outono (Feijão da seca) - Plantio em fevereiro-março - Também é praticado por pequenos produtores, mas alguns médios e grandes produtores, que utilizam mais tecnologias de cultivo, como a irrigação tem cultivado o feijoeiro nessa época com excelentes resultados. - VANTAGEM: - Possibilita a colheita em época praticamente livre de chuvas; - Permitindo obter grãos de ótima qualidade; - DESVANTAGENS : ✓ Cultivo de outono inverno (terceira época) - Plantio nos meses de abril a junho e colheita entre julho e sertembro. (É a época preferida pelos grandes produtores de Minas Gerais. È obrigatório o uso de irrigação. Exige elevados investimentos, porém, a produção é praticamente garantida). - VANTAGEM: - A colheita é feita em períodos seco (melhor qualidade de grãos); - O feijão não concorre com outras culturas, como a soja e o arroz, plantados na primevera.; - DESVANTAGEM: - Doenças como o morfo-branco e a murcha-de-fusarium podem ser destrutivas nessa época. ✓ Cultivo de inverno-primavera (Plantio de inverno) - A semeadura é feita em julho e início de agosto (pleno inverno), e a colheita, em out.-/nov. - VANTAGENS: - economiza-se em geral com a irrigação; - as perdas com o mofo-branco são menores; - DESVANTAGENS: -- a ferrugem pode ser problema; - a maturação das plantas pode coincidir com período de chuvas Feijão (Phaseolus vulgaris L.) 9.4 Calagem e adubação CALAGEM ➢ Denomina-se calagem a incorporação ao solo de materiais calcários, com a finalidade de diminuir-lhe a acidez (Vieira et al., 1998 ). ORIGEM DA ACIDEZ DOS SOLO ➢ Solos naturalmente ácidos, devido a pobreza de materiais de origem desprovidos de bases; ➢ Regiões com alta pluviosidade; ➢ Lixiviação; ➢ Liberação de íons pelas raízes na assimilação de nutrientes; ➢ Fertilizantes comerciais. Diagrama para visualização global da ocupação da CTC dos solos 1 e 2. Fonte: Tomé Jr (1997) pH DO SOLO IDEAL PARA O FEIJOEIRO PRINCIPAIS CORRETIVOS UTILIZADOS ✓CALCÁRIO: Calcíticos, Magnesianos e dolomíticos; - CAL VIRGEM AGRÍCOLA ; - ESCÓRIAS DA INDUSTRIA DE FERRO E AÇO; ✓ OUTROS: - Corais e sambaquis (depósitos marinhos de carbonato de cálcio) BENEFÍCIOS PARA A CULTURA DO FEIJÃO ✓ Diminuição da concentração de elementos que nas terras ácidas podem atingir níveis tóxicos , como Al e o Mn; ✓ Aumenta a disponibilidade do Mo, P e outros nutrientes ✓Melhora a atividade dos rizóbios e dos microrganismos que mineralizam a matéria orgânica ; ✓Melhora as propriedades físicas do terreno, favorecendo o desenvolvimento das raízes e ampliando, assim, a capacidade da planta em obter água e nutrientes. ✓ Finamente moído; ✓ Distribuição a lanço atingindo todo o terreno a ser cultivado; ✓ 30 dias antes do plantio; ✓ Incorporação ao solo por intermédio da aração e da gradagem. NORMAS PARA UMA CALAGEM EFICAZ Calagem A correção da acidez do solo e a adubação das culturas, são tidas como práticas comprovadamente indispensáveis ao manejo dos solos. Feijão (Phaseolus vulgaris L.) ✓ Nitrogênio - Alta atividade fotossintética; - Crescimento vegetaivo vigoroso; - Folhas verdes e escuras. ✓ Recomendação - 20 a 100 kg de N/ha, dependendo do nível de tecnologia empregado pelo produtor ✓ Recomendação (IPA) - 20 a 40 kg de N/ha Adubação Feijão (Phaseolus vulgaris L.) ✓ Fósforo (P) - Em lavouras deficientes em fósforo ocorre pequeno desenvolvimento e poucas flores são produzidas com queda acentuada na produtividade; ✓ Recomendação - 70 a 110 kg de P2O5/ha ✓ Recomendação (IPA) - 20 a 80 kg de P2O5/ha Feijão (Phaseolus vulgaris L.) ✓ Potassio (K) - Em ensaios conduzidos em campo, o K não tem proporcionado aumento na produtividade da cultura, porém a adubação potássica é recomendada em virtude de ser o nutriente encontrado em maior quantidade na planta depois do Nitrogênio. ✓ Recomendação - 20 a 40 kg de K2O/ha ✓ Recomendação (IPA) - 20 a 80 kg de K2O/ha Feijão (Phaseolus vulgaris L.) 9.5 Controle de plantas Daninhas ✓Período crítico de competição: 15 a 30 dias após a emergência O feijoeiro por planta de ciclo curto, é sensível à competição exercida pelas plantas daninhas, que concorrem por água, luz e nutrientes, além da possibilidade de hospedarem pragas e patógenos. 30 DAE – a própria cultura exerce o controle das plantas daninhas ✓ Métodos de controle de plantas daninhas Preventivo – uso de sementes e matéria orgânica livres de propágulos de plantas daninhas; limpeza de equipamento. Cultural – rotação de culturas, espaçamento e densidade adequados, uso de cobertura morta. Mecânico – capina manual Químico – uso de herbicidas – utilizado por grandes produtores. Feijão (Phaseolus vulgaris L.) Alguns herbicidas registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para o controle de plantas invasoras do feijoeiro. Feijão (Phaseolus vulgaris L.) 9.6 Irrigação Métodos que podem ser utilizados ✓ Aspersão ✓ Superficial (por sulcos) ✓ Subirrigação Exigências da cultura ✓ Na fase de emergência a floração: 3,5 mm/dia ✓Floração: 6 mm/dia ✓Enchimento de grãos: 5mm/dia Os principais fatores que influenciam na seleção do sistema de irrigação são: • Tipo de solo e cultura • Topografia do terreno • Forma e tamanho da área a irrigar • Quantidade e qualidade de água disponível • Qualificação da mão-de-obra local • Retorno econômico da cultura • Facilidade de assistência técnica ASPERSÃO - Bom controle da lâmina de água aplicada; - Eficiência de 70%; - Superfícies inclinadas e menos uniformes; - Solos arenosos; - A eficiência de condução é alta; - Pouca interferência nas práticas agrícolas; - Maior área disponível para cultura; - Economia de mão-de-obra; - Irrigação durante o período noturno; VANTAGENS: - Reduzir a temperatura do ar e proteger contra geadas; - Distribuição de água é em geral mais uniforme; - Aplicação de produtos químicos via água de irrigação - Não recomendado para ventos fortes e constantes; - Incidência de doenças nas plantas; - Inferir nos tratos culturais; - Não usar água salina; - Investimento inicial alto; - Compactação e erosão do solo; DESVANTAGENS: SULCOS VANTAGENS: - Adapta-se grande numero de solos e culturas; - Menor custo; - Pouco afetado pelo vento; - Não interfere nos tratos fitossanitários; - Águas poluídas; DESVANTAGENS: - Ensaios de campo; - Não há interesse comercial - Erosão 0,15 a 0,20m profundidade0,9 a 1,2m espaçamento 0,25 a 0,30m largura O espaçamento entre sulcos depende da textura do solo e do perfil de umedecimento. Geralmente é utilizado o espaçamento de 0,9 a 1,2 m, com duas linhas de plantas entre os sulcos. Utiliza-se também o espaçamento de 1,8 m, com quatro linhas de plantas entre os sulcos. 0,9 a 1,2m espaçamento 0,25 a 0,30m largura SUBIRRIGAÇÃO VANTAGENS: Solos com elevada taxa de infiltração; Solos com reduzida capacidade de retenção de água; Pouca mão-de-obra; Não interfere em práticas culturais; Pouca água e energia; DESVANTAGENS: Lenço freático raso; Topografia favorável; Solos e água sem risco de salinização. 9.7 Consórcio - Planta de ciclo curto; - Pouco competitiva; - Pode ser semeado em diferentes épocas; -Relativamente tolerante à competição promovida pela outra cultura; Muito utilizado pelos pequenos e médios produtores Características que faz o feijão ser bastante consorciado: Milho, mandioca, cana-de-açúcar e café Feijão (Phaseolus vulgaris L.) Feijão (Phaseolus vulgaris L.) 10. Colheita ✓A colheita deverá ser realizada quando 90% das vagens estiverem secas. ✓ Colheita pode ser manual ou mecânica; ✓ O feijão pode ser colhido a partir da maturação fisiológica ; - Plantas com folhas amareladas - Vagens mais velhas secas. Feijão (Phaseolus vulgaris L.) 10.1 Colheita manual ✓ Plantas são arrancadas; ✓ As plantas são enleiradas no campo; ✓ Secagem ao sol; ✓ Trilhadoras estacionárias podem ser utilizadas para a trilha e o beneficiamento dos grãos. Feijão (Phaseolus vulgaris L.) 10.2 Colheita mecânica ✓ Pode ser feita com ceifadoras-enleiradoras (cortam e enleiram as plantas no campo); ✓Recolhedoras-trilhadoras (recolhem do campo as plantas enleiradas e realizam a trilha e o beneficiamento dos grãos); ✓ Colhedoras automotrizes (realizam simultaneamente o corte, o recolhimento, a trilha e o beneficiamento dos grãos). Feijão (Phaseolus vulgaris L.) ✓ Limpeza das sementes em máquinas para a retirada de impurezas (antes da secagem); ✓ Secagem das sementes para uma umidade de 13%; ✓ Espurgo com fosfito de alumínio, utilizando três pastilhas para cada 15 sacos de 60 kg, os quais devem ser cobertos com lona impermeável por, pelo menos, 120 horas. 11. Beneficiamento ✓ Local fresco e bem ventilado; ✓ Para o armazenamento a curto prazo, a umidade do grão deve ficar em torno de 14 a 15%. Para um período prolongado, deve- se baixar o teor da umidade para 11%; ✓ Quando o feijão é armazenado em condições de alta temperatura e alta umidade relativa torna-se susceptível ao desenvolvimento do fenômeno hard-to-cook (feijão envelhecido). 12. Armazenamento Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81 Slide 82 Slide 83 Slide 84 Slide 85 Slide 86 Slide 87 Slide 88 Slide 89 Slide 90 Slide 91 Slide 92 Slide 93 Slide 94 Slide 95 Slide 96 Slide 97 Slide 98 Slide 99 Slide 100 Slide 101 Slide 102 Slide 103 Slide 104 Slide 105 Slide 106 Slide 107 Slide 108 Slide 109 Slide 110 Slide 111 Slide 112
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