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Anatomia e fisiologia do coração

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Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros 
 
Anatomia e fisiologia do coração 
 
O sistema circulatório vai desde o macro com o coração, 
até o micro, com as arteríolas e vênulas que levam o 
sangue aos tecidos e destes de volta ao coração 
As doenças do sistema cardiovascular podem atingir 
qualquer parte do corpo 
ANATOMIA CARDÍACA 
O coração é dividido ao meio pelo septo interventricular 
e pelo septo interatrial 
Veias cava superior e cava inferior chegam ao átrio 
direito trazendo sangue sistêmico e as veias pulmonares 
chegam ao átrio esquerdo com o sangue oxigenado 
oriundo dos pulmões 
A artéria pulmonar sai do ventrículo direito levando 
sangue pobre em O2 para o pulmão e a artéria aorta 
sai do ventrículo esquerdo com sangue oxigenado para 
ser distribuído pelos tecidos corporais 
A parede do coração é composta por 3 folhetos: 
endocárdio, miocárdio e epicárdio 
- O endocárdio é uma superfície livre e brilhante 
que reveste o interior do coração 
- O miocárdio é composto por fibras musculares e 
tecido conjuntivo → quanto maior o trabalho 
do miocárdio e a força à qual for submetido, 
maior será a sua espessura 
- A espessura do miocárdio dos ventrículos é 
maior do que a dos átrios e a do ventrículo 
esquerdo é maior do que a do ventrículo direito 
→ quando a espessura da parede do ventrículo 
e do septo interventricular estiver maior do que 
o normal (acima de 8-10 mm) indica alguma 
patologia 
- Em pacientes hipertensos não controlados, a 
pressão no interior do VE estará maior do que o 
normal e, com o passar dos anos, a parede vai 
se tornando mais espessa, ocorrendo o processo 
de remodelamento (hipertrofia concêntrica) → 
caso o remodelamento seja no seu máximo, o 
coração começa a dilatar (hipertrofia 
excêntrica) 
- O miocárdio possui fibras constritoras e fibras 
em espiral, o que auxilia o coração a se contrair 
de forma giratória 
- O epicárdio é formado por uma camada visceral 
e uma parietal, de modo que existe de 20 a 30 
ml de líquido entre esses dois folhetos que 
permitem o deslizamento de um sobre o outro 
- Pode haver acúmulo de líquido no epicárdio, 
caracterizando o derrame epicárdico → pode 
acontecer em casos de ICC e chegar a causar 
um tamponamento cardíaco 
As fibras cardíacas são compostas por núcleos, discos 
intercalares, mitocôndrias 
- Os discos intercalares permitem que ocorra a 
transmissão de estímulo elétrico que não ocorre 
nas outras células → caso houver boqueio de 
ramo (direito e esquerdo), não tem, 
necessariamente, a interrupção do estímulo 
elétrico porque as fibras intercalares permitem 
que o estímulo elétrico passe por elas 
As valvas atrioventriculares são: tricúspide (lado 
direito) e mitral (lado esquerdo) 
- As valvas atrioventriculares são ancoradas 
pelos músculos papilares e pelas cordoalhas 
tendíneas 
- Quando ocorre algum tipo de insuficiência 
valvar, o paciente pode entrar em choque 
cardiogênico, edema agudo de pulmão 
As valvas semilunares são: aórtica e pulmonar 
 
 
Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros 
 
Irrigação do coração 
O momento em que o sangue chega de forma mais eficaz 
ao coração é no período de diástole 
Da aorta, saem dois troncos: artéria coronária esquerda 
(CE) e artéria coronária direita (CD) 
Da CE saem: 
- Artéria descendente anterior (DA) → seus 
ramos são chamados de diagonais (Dg) 
- Artéria circunflexa (CX) → seus ramos são 
chamados de marginais (Mg) 
- Algumas pessoas têm o ramo da coronária 
esquerda trifurcado → a artéria do meio é 
chamada de diagnonalis 
Da CD saem: 
- Descendente posterior (DP) 
- Ventricular posterior/ interventricular (VP) 
A CD irriga a parede do átrio direito e ventrículo direito, 
e uma parte do septo interventricular → seus ramos 
irrigam o nó sinoatrial 
A CX irriga a parede lateral 
A DA irriga a parede anterior do coração do ventrículo 
esquerdo, parte do ventrículo direito e parte do septo 
→ infarto de DA costuma ser mais dramático e com 
complicações 
Quanto mais alta for a obstrução, maior será a área 
acometida, ou seja, maior será o infarto 
No eletro: 
V1 a V6 correspondem à parede anterior do coração 
D1 e AVL correspondem à parede lateral alta 
 
Inervação do coração 
Coração dói, pois, recebe inervações do sistema nervoso 
autônomo simpático e parassimpático 
- O que causa dor é a falta de oxigênio no 
músculo, tendo em vista que ocorrerá acúmulo 
de metabólicos e uma consequente isquemia 
- Em situações que a passagem de sangue pelas 
artérias está mais lenta e estiver havendo uma 
alta demanda do trabalho do coração, há 
aumento do consumo de O2, ocasionando dor 
Os nervos simpáticos, que partem da região cervical e 
torácica 
- Irriga os átrios, nodos e miocárdio ventricular 
O nervo vago é o responsável pela inervação oriunda da 
parte simpática 
- Irriga os átrios e os nodos SA e AP, não 
inervando o miocárdio ventricular 
- Quando se tem um estímulo vagal, este atua nos 
nodos para diminuir frequência, força de 
contração 
- Quando se faz estímulo vagal, geralmente o 
paciente evolui com bradicardia → massagem 
do seio carotídeo 
Existem fibras nervosas nas artérias e terminações livres 
do SNA simpático no tecido conjuntivo 
 
Transmissão elétrica do coração 
A partir do nó sinusal sai o feixe intermodal até o nó 
atrioventricular 
A partir do nó AV, terá o feixe de His com seus dois ramos 
para cada ventrículo (na parte medial), acendendo pela 
parede lateral do ventrículo como fibras de Purkinje 
Quem dita o ritmo do coração é o nó sinusal porque é lá 
onde existem as células P em maior concentração, 
células fonte de formação de impulso elétrico 
Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros 
 
- Quando ocorre algum bloqueio, quem assume a 
função é o nó atrioventricular 
- Quanto mais baixo for o bloqueio, mais largo 
será o QRS no eletro 
- Quanto mais estreito o QRS, indica ritmo sinusal 
O nó AV é como se fosse um freio porque o ritmo do átrio 
é mais acelerado do que o ritmo do ventrículo, sendo 
necessária uma pausa para o átrio e o ventrículo não 
contraiam ao mesmo tempo 
- Os átrios têm uma contração passiva (75% do 
sangue é direcionado aos ventrículos) e uma 
contração ativa (25% do sangue) 
- O final da sístole atrial é através da contração 
dos átrios, que é justamente o momento que o 
nó AV freia o impulso 
- Quando se tem uma fibrilação atrial, o átrio 
esquerdo não se contrai de forma efetiva e não 
tem a última contração, ocorrendo 
represamento de sangue → pode formar um 
trombo que, ao migrar para o cérebro, faz um 
AVC 
A passagem do estímulo do nó sinusal para o AV é em 
torno de 50 a 100 bpm → quantidades de 
despolarização do só sinusal 
Fibras cardíacas 
Compostas pelas miofibrilas, sarcoplasma, sarcolema, 
mitocôndrias 
As mitocôndrias produzem o ATP, a energia necessária 
para que ocorra a contração do miocárdio 
As miofibrilas são divididas em sarcômeros que possuem 
as fibras de miosina e actina, as quais, deslizando entre 
si, fazem com que ocorra a contração do músculo 
cardíaco 
O principal íon envolvido na contração cardíaca é o 
cálcio 
- Quanto maior a concentração de cálcio, maior 
a tensão das células para poder acontecer a 
contração 
Potencial de ação cardíaco → cálcio entra durante a 
fase de platô → cálcio induz a liberação de cálcio pelo 
retículo sarcoplasmático → cálcio se liga à troponina C 
→ cruzamento das pontes → tesão muscular/ 
contração 
Os discos intercalares ficam entre as miofibrilas e 
possibilitam a transmissão de impulso elétrico célula-
célula 
- Quando se tem algum bloqueio de ramo, a 
despolarização do ventrículo oposto ocorrerá e 
o impulso passará de célula a célula até 
despolarizar todo o ventrículo acometido 
PROPRIEDADES DO CORAÇÃO 
Cronotropismo:capacidade de automaticidade, ou seja, 
de gerar o próprio estímulo cardíaco 
Batmotropismo: capacidade de excitabilidade, ou seja, 
ao receber o estímulo, é capaz de estimular uma célula 
Bromotropismo: capacidade de conduzir um estímulo 
elétrico, facilitado pelos discos intercalares 
Inotropismo: capacidade de contração das fibras 
cardíacas 
CICLO CARDÍACO 
Diástole: fase em que o ventrículo recebe o sangue 
Sístole: contração em que o sangue é mandado para 
fora dos ventrículos 
Durante a diástole, as valvas tricúspide e mitral estarão 
abertas e as valvas aórtica e pulmonar fechadas 
Assim que acaba a diástole, os ventrículos estarão com 
uma elevada pressão em seu interior → valvas 
tricúspide e mitral irão se fechar fazendo o primeiro som 
da ausculta que é B1, “tum” 
Durante alguns milésimos de segundos, as 4 valvas 
estarão fechadas 
A pressão nos ventrículos aumenta de tal forma que 
ocorrerá uma contração isovolumétrica, a partir da qual 
haverá abertura das valvas aórtica e pulmonar 
A pressão nos ventrículos irá diminuir com a ejeção do 
sangue e iniciará um aumento da pressão nos átrios 
O relaxamento isovolumétrico é o período no qual o 
coração irá relaxar todo para acomodar todo o sangue 
Quando a valva pulmonar e aórtica é fechada, ausculta-
se o segundo ruído → B2, “tá” 
Se o sopro estiver depois de B1, geralmente está 
ocorrendo durante a sístole, e se for após B2, é durante 
a diástole 
Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros 
 
SECREÇÃO HORMONAL 
O hormônio secretado pelo coração é o BNP (peptídeo 
natriurético atrial), mais precisamente pelos átrios 
quando ocorre uma dilatação atrial, como em casos de 
ICC descompensada 
Esse hormônio aumenta a excreção de sal e água e 
diminuir a resistência vascular periférica → paciente 
ficará compensado 
Um dos medicamentos mais novos para tratar ICC, o 
Sacubitril com Valsartana, chamado de entresto, 
diminui a recaptação do BNP, deixando mais hormônio 
disponível ao paciente 
O BNP ajuda o profissional a fazer diagnósticos 
diferenciais → paciente com síndrome edemigênica em 
que se suspeita de causas renais, hepáticas, disfunção 
tireoidiana ou ICC (apresentará alteração do BNP) 
- É um marcador para tratar o paciente 
internado com ICC → se estiver caindo, indica 
que o tratamento está sendo eficaz 
CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL 
PA: débito cardíaco x resistência vascular periférica 
DC: volume diastólico final x contratilidade do miocárdio 
x frequência cardíaca 
Quando se tem o paciente com ICC de DC diminuído, a 
pressão também estará diminuída 
Quando o paciente está muito descompensado de ICC, 
nas fases iniciais, se o BNP estiver com dose alta, diminui 
resistência vascular periférica e pressão arterial 
Regulação da pressão 
Curto prazo: sistema nervoso autônomo → os 
barorreceptores do arco aórtico e carotídeos são 
distendidos em casos de pressão elevada e são capazes 
de ativar o SNA parassimpático para que haja redução 
da pressão 
- Se esses barorreceptores ficam constantemente 
estimulados, perdem seu limiar → pacientes 
hipertensos perdem esse mecanismo a curto 
prazo 
 
 
 
Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros 
 
Médio prazo: hormônios do sistema renina-
angiotensina-aldosterona → angiotensina II 
- O angiotensinogênio é liberado pelo fígado e 
será metabolizado em angiotensina I 
- Pela ECA, a angiotensina I será transformada 
em angiotensina II, que gera ação nas 
glândulas suprarrenais, estimulando secreção 
de aldosterona, além de gerar diversas outras 
alterações 
- Para tratar hipertensão, ou utiliza-se os 
bloqueadores dos receptores de angiotensina 
(Losartana, Valsartana) ou os inibidores da 
enzima conversora de angiotensina (Captopril, 
Enalapril)

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