Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros Vacinas Redução do risco de doenças tratáveis, que antes levavam à morte Marcos históricos das vacinas Em vacinação não se deve perder oportunidade CONTRAINDICAÇÕES GERAIS Imunodeficiências congênitas ou adquiridas Neoplasias malignas → pacientes imunossuprimidos Gestantes (exceto em situações de alto risco para algumas doenças) - Gestante precisa vacinar para anti-tetânica caso não esteja em dia Uso de corticoide em dose alta (2 mg/kg dia ou > 20 mg/dia de prednisona em crianças), por período superior a 15 dias → deixa o paciente imunossuprimido Terapia imunossupressora (quimioterapia, radioterapia, uso de imunossupressores) Contraindicações para vacinas de vírus vivos ADIAMENTO DA VACINAÇÃO Episódios agudos de doença com febre - Algumas vacinas causam febre, e isso pode ser um fator de confusão - Adiamento relativo Até 30 dias após o término de corticoterapia em doses imunossupressoras Até 90 dias após o uso de outros medicamentos ou tratamentos que provoquem imunossupressão Até no mínimo 3 meses após o transplante de medula (vacinas com microrganismos não vivos) ou 2 anos (vacinas com microrganismos vivos) 3 a 11 meses após transfusão de plasma fresco ou imunoglobulinas, para vacinas com vírus vivos VACINAS PÓS EXPOSIÇÃO É a vacina feita com objetivo de bloquear o adoecimento de uma pessoa que já foi infectada Duas perguntas a serem feitas: - Quanto tempo o indivíduo entrou em contato com o portador da infecção? - Há tempo suficiente para a vacina estimular a proteção antes de terminar o período de incubação da doença? Avaliar idade, a quanto tempo está sendo exposta, para avaliar se vale a pena vacinar ou não - Criança que já foi exposta a catapora a pelo menos 2 semanas, não adianta vacinar - Se for algo agudo, vale a pena - Se a criança já foi exposta a infecção por hepatite B durante a gestação, vale a pena vacinar porque pode haver desenvolvimento da doença posteriormente - Vírus que causa varicela não causa só essa, sendo importante vacinar mesmo depois da criança ter sido infectada Varicela, sarampo, hepatite A e hepatite B VACINAS COMBINADAS Associação de antígenos independentes numa mesma composição farmacológica Vantagens Maior aceitação das famílias Menor possibilidade de erro humano Redução dos custos operacionais Reduz as chances de a criança não ser vacinada VACINAS CONJUGADAS São aquelas cujos antígenos polissacarídeos sofrem mudança química pela associação com proteínas, levando a uma maior resposta imune de antígeno A partir da década de 80 incorporou-se à tecnologia das vacinas as proteínas carreadoras (geralmente toxinas de bactérias), potencializando a eficácia das vacinas, visto que alterou a natureza da resposta imune: - Aumento a produção do nível de anticorpos, mesmo em lactentes jovens - Boa resposta à reexposição (memória imunológica) - Reduz a colonização pela bactéria em nasofaringe, diminuindo o número de portadores entre os vacinados e quebrando a cadeia de transmissão Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros Vantagem Melhor resposta imunológica Proteção direta do vacinado + proteção de rebanho Proteção de rebanho Vacinas que reduzem o estado de portador são, por meio de imunidade mucosa, protegendo as pessoas não vacinadas, na medida que as vacinadas deixam de transmitir as doenças Capacidade das vacinas em que as crianças eliminam vírus inativados por fezes, sistema respiratório → confere proteção, circulando no nosso meio vírus inativados que não irão causar a doença - Importância de as crianças participarem da campanha VACINAS INATIVADAS VIP (vacina inativada contra poliomielite), hepatite B, hepatite A, diferia, tétano, coqueluche, influenza, pneumococo, meningococo, Hib, HPV Microrganismos não vivos ou suas frações, que não se replicam nem provocam doença subclínica Menos imunogênica, porém, com a vantagem de não serem virulentas Precisam de adjuvantes Eventos adversos precoces Não interferem na resposta a outras vacinas Não são contraindicadas em gestantes e imunodeprimidos → por serem vacinas de microrganismos inativados Em geral, precisam de mais repetidas ou reforços → campanhas anuais, por exemplo Não sofrem interferência de imunoglobulinas Vírus inativado não são capazes de causar a doença É falsa a frase “tomei a vacina da gripe e fiquei gripado” VACINAS ATENUADAS (VIVAS) Tríplice viral (SCR), tetraviral (SCR-VZ), febre amarela, varicela, herpes zoster, VOP, rotavírus, dengue, BCG Mais imunogênica e menos virulenta (resposta imunológica semelhante) Uma dose já oferece boa resposta (excesso nas por via oral – criança pode cuspir, por exemplo) Eventos adversos mais tardios (replicação viral tardia): menor intensidade e duração que infecção natural Resposta de uma pode interferir na outra: a resposta imune inespecífica da 1ª impede invasão celular do segundo vírus vacinal → na primeira dose podem existir sintomas brandos da doença, mas na segunda dose ou reforço, o organismo já está preparado e quase não tem o aparecimento de sintomas Contraindicadas em imunodeprimidos e gestantes Interferência de imunoglobulinas, inativando os vírus vacinais INTERVALO DE TEMPO RECOMENDADO ENTRE A ADMINISTRAÇÃO DE DIFERENTES VACINAS 2 ou mais antígenos inativados: simultaneamente ou qualquer intervalo entre as doses Antígenos inativados ou vivos atenuados: simultaneamente ou qualquer intervalo entre as doses 2 ou mais antígenos vivos atenuados injetáveis: simultaneamente ou separados por intervalos de, no mínimo, 4 semanas Morto com morto não brigam, vivo com morto não brigam, mas dois vivos podem brigar CALENDÁRIO DE VACINAS Diferenças calendários SBP e SUS Resumindo 1 ano: - 1 dose BCG - 4 doses hepatite B - 2 doses rotavíus - 3 doses DTP - 3 doses hemófilos - 3 doses VOP/ VIP - 4 doses pneumococo conjugada - 3 doses meningococo conjugada ACWY (particular) → no SUS, o paciente terá apenas 3 doses meningococo C Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros - 3 doses meningococo conjugada B (apenas particular) - 1 dose triviral com 1 ano - 1 dose hepatite A com 1 ano - 1 dose febre amarela Entre 1 e 2 anos: - 1 dose de DTP - 1 dose hemófilos - 1 dose VOP/ VIP - Reforço triviral entre 15 meses e 4 anos - Reforço hepatite A com 18 meses Quem tomou febre amarela com 9 meses, toma de novo com 4 anos VACINA BCG Indicação: prevenir formas graves de BK em pacientes abaixo de 5 anos Atunuação do M. Bovis (vírus atenuado) Via: intradérmica 0,1 ml → músculo deltoide direito, porção inferior - Não é intramuscular! - Conferir cicatriz vacinal da criança no músculo deltoide direito O frasco da vacina deve ser utilizado, depois de aberto, por até 6 horas, depois deve ser jogado fora Idade: ao nascer com peso ≥ 2 kg (controverso) - Prematuros com menos de 2 kg não são vacinados contra BCG, apenas depois de atingirem 2 kg Não se recomenda mais a revacinação em crianças que não apresentam cicatriz após 6 meses Se tem comprovação que a criança vacinou, mas não tem marca nenhuma, não preocupar Evolução da reação vacinal Pápula → pústula → crosta → úlcera → cicatriz Pode durar 12-24 semanas, habitual 6-10 semanas Nem todos os pacientes passam por essa evolução Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros PPD alterado → sabe que foi vacinado Se PPD não alterado → vacina Quando vacinar Na maternidade, logo após o nascimento ou na ocasião do teste do pezinho Crianças abaixo de 5 anos HIV positivo, assintomáticas, e filhos de mulheres HIV positivo podem servacinadas Eventos adversos Ocorrem por conta da técnica de aplicação ou por sensibilidade individual Úlcera > 1 cm Abcesso frio Adenopatia axilar Cicatriz queloide Reação lupoide → presença de várias lesões Lesão disseminada Infecção secundária (abcesso quente) → compressas quentes locais + antibiótico Adiar < 2 kg Lesões extensas na pele/ dermatoses infectadas Contraindicar Malignidade Uso de corticoides em doses supressoras Imunodeficiência congênita/ adquirida HIV sintomáticos < 5 anos → depois do tratamento e se tornar assintomático, vacina BCG + HIV Filhos de mulheres soropositivas recebem vacina o mais precocemente, se possível até 18 meses, se assintomáticos e sem sinais de imunodeficiência 18 meses a 5 anos: só receber a vacina após sorologia para HIV - Se tiver sintomático, não vacina < 5 anos BCG (contato domiciliar com hanseníase) < 1 ano + cicatriz vacinal: não precisa vacinar > 1 ano: - Sem cicatriz: prescrever 1 dose de BCG - Com 1 cicatriz: prescrever 1 dose de BCG - Com 2 cicatrizes: não vacinar Intervalo de 6 meses entre as duas doses Devem ser avaliados do ponto de vista imunológico → se sintomáticos ou com contagem de LT CD4 < 200 (HIV), não vacinar porque estão imunossuprimidos Os familiares precisam tomar 2 doses da vacina de BCG HEPATITE B Composição: engenharia genética → DNA recombinado Via de administração: IM no vasto lateral da coxa - > 2 anos: deltoide - Nunca no glúteo Esquema clássico 1ª dose: ao nascer 2ª dose: 1 ou 2 meses 3ª dose: 6 meses Esquemas Desde 2012, o PNI incorporou a vacina combinada (penta) DPT, HIB, HB. Com ela, os lactentes recebem 4 doses: 0-2-4-6 meses Nas clínicas privadas é possível manter 3 doses: 0-2-6 meses Vacina DPTa + IPV (vacina inativada contra poliomielite) + HIB + HB (hexa) Uso de isoniazida Uso para tratamento, não reduz efeito da BCG Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros Recém-nascidos < 2 kg ou idade gestacional < 33 semanas: obrigatoriamente 4 vacinas: 0-2-4-6 meses Maiores de 6 meses ou não vacinados, 3 doses: 0-1-6 Vacina combinada hepatite A + hepatite B: - Não vacinados de 1-15 anos: 2 doses com intervalo de 6 meses - Não vacinados a partir de 16 anos: 3 doses (0- 1-6) Situações especiais: 4 doses 0-1-2-6 meses depois - Hemodiálise - Hemofílicos - HIV + - Doença renal crônica Eventos adversos Febre baixa Dor local Fadiga Cefaleia Mal-estar (primeiras 48-72 horas Filhos de mulheres HbsAg + Vacina + imunoglobulina (0,5 mL na perna oposta à vacina) População alvo Profissionais de saúde Gestantes (depois do primeiro trimestre) Policiais militares e bombeiros Carcereiros Coletores de lixo Assentamentos/ acampamentos Manicures/ pedicures/ podólogas Reclusos (presídios, hospitais psiquiátricos) Caminhoneiros Doadores de sangue Profissionais do sexo Pessoas com comportamento de risco Portadores de ISTs Usuários de drogas injetáveis ROTAVÍRUS (VORH) Composição: cepas de vírus atenuado Monovalente: soro tipo G1/PIA8 Pentavalente: sorotipos G1, G2, G3, G4 e PIA8 Se a criança vomitar, regurgitar, cuspir durante a administração da vacina, não repetir Ambas por via oral (frasco com 1,5 mL) Vacinas licenciadas 1) Monovalente (PNI) Duas doses: 1ª com 2 meses (limite de 1 mês e 15 dias até, no máximo, 3 meses e 15 dias) e 2ª com 4 meses (limite de 3 meses e 15 dias até, no máximo, 7 meses e 29 dias) Se passar desse período, a criança perde a vacina 2) Pentavalente (disponível em clínicas particulares) Três doses: 2, 3, 6 meses - 1ª até 3 meses e 1 dias, no máximo - 3ª até, no máximo, 7 meses e 29 dias O intervalo entre as doses é de 2 meses, podendo ser dada com diferença de 4 semanas Iniciado com uma vacina, deve se terminar o esquema com a do mesmo fabricante 1 mês: vacina 6 meses: sorologia Negativo Vacina Positivo Pesquisar hepatite crônica porque a criança pode ter a doença Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros Orientar a separar a fralda e identificar → vírus eliminados nas fezes por 7 dias Se perde a 1ª dose, vacina a 2ª dose em sua data correspondente e não como se fosse a 1ª Contraindicações Alergia a algum componente da vacina Doença gastrointestinal crônica Má formação do tubo digestivo História prévia de intussuscepção (invaginação) Adiamento Diarreico grave Doença febril aguda VOP + VORH – ou no mesmo dia com 15 dias de diferença Intussuscepção As vacinas atuais não têm risco aumentado de invaginação intestinal Caso aconteça, notificar Vacina com maior risco de acontecer é a vacina oral contra rotavírus É quando uma porção do intestino entra dentro do outro → criança terá fezes em geleia de morango VACINA ORAL POLIOMIELITE (VOP) Atendendo a recomendação da OMS, a partir de 2006, a vacina passou a ser composta pelos tipos 1 e 3 atenuados, já que o tipo 2 era associado a casos de poliomielite vacinal Principal vantagem: rápido controle de epidemias → vacinação de rebanho Também chamada de Sabin Idade A partir de 15 meses, desde que a criança tenha recebido 3 doses de VIP - As primeiras doses recebidas será a vacina inativada contra poliomielite → no primeiro ano de vida - Após 1 ano e 3 meses, receberá a vacina oral Dose: 2 gotas Se cuspir ou regurgitar, repetir imediatamente Não é necessário intervalo entre a alimentação e a vacinação (inclusive LP) Esquema VOP Entre 15 meses e 4 anos de idade → vacinação nas campanhas Efeito adverso É muito segura Raramente, com 4 a 40 dias após a vacinação, pode ocorrer paralisia flácida (praticamente desprezível após a terceira dose) Contraindicação da VOP (fazer VIP) Imunodeprimidos Internados Contato com imunodeprimidos Por conta da eliminação dos vírus Adiamento Doença aguda febril Diarreia grave Vômitos intensos Os vírus da vacina VOP podem sofrer mutações em nível intestinal e adquirirem neurovirulência, podendo provocar poliomielite vacinal Se as coberturas vacinais não forem elevadas, os vírus mutantes podem ocasionar poliomielite em surtos na população No Brasil, a incidência de poliomielite relacionada à vacina é muito baixa: 1 a 1,2 casos para 24 milhões de doses aplicadas após a 1ª dose VACINA POLIOMIELITE INJETÁVEL (VIP) SALK Composição: cepas inativadas (mortas) de 3 tipos (1, 2, 3) Dose/ via administrativa: IM vasto lateral - > 2 anos: deltoide → cartão vacinal incompleto - Não pode aplicar no glúteo Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros Em imunodeprimidos (HIV) a vacina é recomendada mesmo que a resposta imunológica seja limitada Esquema do MS VIP: 2, 4, 6 meses VOP: 15 meses e 4 anos Se receber VOP na primeira dose, completar com VOP Se recebeu VIP com 2 meses e VOP com 4 meses, completar com VOP O intervalo pode ser de 30 dias (evitar em < 6 meses) Contraindicações Reação grave à dose anterior de VIP Anafilaxia a algum componente da vacina Precaução Prematuros < 28 semanas Trombocitopênicos (SC) Surtos: preferir VOP → é mais rápida Se a VOP for empregada com baixa cobertura vacinal, o vírus vacinal pode sofrer mutações e se tornar neuropatogênico e transmissível Eventos adversos Febre Reação local Participar de campanhas só quem já tomou as duas doses de VIP VACINA DUPLO BACTERIANA/ ADULTO dT – DIFTERIA/ TÉTANO Idade de aplicação: a partir dos 7 anos Via: IM (deltoide) DTP (tríplice): difteria, tétano e pertussis Esquema Pessoas que não receberam nenhuma dose da vacina tríplice (DTP), tetravalente, pentavalente, ou que não completaram o esquema básico, ou cujo estado vacinal não é conhecido 3doses com intervalo de 2 meses (mínimo de 1 mês): 0- 2-4 Reforço de 10 em 10 anos por toda a vida Não precisa reiniciar o esquema, só completar. Deve-se considerar válida a dose da vacina tetravalente, pentavalente e DTP aplicada anteriormente Prevenção tétano História de vacinação prévia contra tétano Ferimentos com risco mínimo de tétano Ferimentos com alto risco de tétano Vacina SAT/ IGHAT Outras condutas Vacina SAT/ IGHAT Outras condutas Incerta ou menos de 3 doses Sim Não Limpeza e desinfecção, lavar com soro fisiológico e substâncias oxidantes ou antissépticas e desbridar o foco de infecção Sim Sim Desinfecção, lavar com soro fisiológico e substâncias oxidantes ou antissépticas e remover corpos estranhos e tecidos desvitalizados Desbridamento do ferimento e lavagem com água oxigenada 3 doses ou mais, sendo a última dose há menos de 5 anos Não Não Não Não 3 doses ou mais, sendo a última dose há mais de 5 anos e menos de 10 anos Não Não Sim (1 reforço) Não 3 ou mais doses, sendo a última dose há 10 anos ou mais anos Sim Não Sim (1 reforço) Não 3 ou mais doses, sendo a última dose há 10 anos ou mais anos, em situações especiais Sim Não Sim (1 reforço) Sim Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros VACINA PENTAVALENTE (DIFTERIA, TÉTANO, COQUELUCHE, HEPATITE B E HiB) Dose e via de administração: IM no vasto lateral da coxa esquerda - > 2 anos: deltoide esquerdo - Nunca no glúteo Conservação: homogeneizar antes de usar → grumos causam reação local grave Adjuvantes de sais de alumínio → aumentam a eficácia e diminui reações adversas graves Esquema < 1 ano: 2, 4, 6 meses - Penta - 2 meses entre as doses Reforço: 15 meses e 4 anos - Máximo com 6 anos, 11 meses e 29 dias Intervalo de 60 dias, no mínimo de 30 dias Indicado um intervalo de, pelo menos, 6 meses entre 3ª dose e o primeiro reforço Intervalo superior ao recomendado não diminui eficácia da vacina Prematuros: vacinar na mesma idade, independente do peso Se ainda hospitalizados, aos 2 meses com DpTA (vacina acelular) Não se aplica o segundo reforço se a criança recebeu o primeiro reforço com 4 anos ou mais > 6 anos, 11 meses e 29 dias, sem histórico de vacinação com a penta → 3 doses com intervalo de 60 dias entre as doses ou, no mínimo, 30 dias > 7 anos não pode receber vacina penta ou DTP - Aplica-se a dupla tipo adulto (DT) Mesmo de história pregressa de tétano, coqueluche ou difteria, vacinar Para garantir a imunidade completa a médio e longo prazo, precisa fazer o esquema completo, inclusive os dois reforços Benefícios do segundo reforço Estende a imunidade contra coqueluche no período escolar → por ser dada aos 4 anos Produção de anticorpos cai após as doses iniciais → escolares mais susceptíveis a formas brandas de coqueluche → circulação de B. pertusis → fonte de infecção de crianças menores Sociedade Brasileira de Imunizações e Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam reforços a partir de 7/10 anos com a tríplice acelular tipo adulto (DTPa) Gestante recebe acelular Contraindicações Reação anafilática após dose anterior → procurar alergista Quadro neurológico em atividade → adiar a dose da vacina Convulsão febril ou não → 72 horas após dose anterior - A próxima dose será acelular (DPTa) Colapso circulatório com choque ou episódio de hipotonia hiporesponsivo até 48 horas após dose anterior → DPTa Encefalopatia nos primeiros 7 dias após dose anterior → DT infantil Não é contraindicação Febre > 39,5 até 4 horas após (0,3-1%) → as vezes prefere adiar Choro intenso e inconsolável (até 24 horas) História familiar de convulsão Adiar Quadro neurológico em atividade Doenças febris agudas moderadas ou graves Efeitos adversos 1) Reações locais Eritema, edema, enduração Dor local, alteração de marcha Linfonodomegalia Abcesso séptico por má técnica de aplicação → raro Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros 2) Outras reações Febre < 39,5 com boa resposta a antitérmicos Sonolência nas primeiras 24 horas As reações não são contraindicações nem são indicativos de acelular nas próximas doses Precaução Trombocitopenia ou distúrbios de coagulação Portadores de doenças neurológicas crônicas ou com risco de descompensação devido a febre (cardiopatas e pneumopatas) RN prematuros extremos DPTa (acelular) → CRIE (local de ser dada a vacina) - Indicar essa vacina Vacinas conjugadas VACINA HEMÓFILO INFLUENZA B (HiB) Composição: polissacarídeo capsulado do hemófilo (PRP) conjugado com uma proteína carreadora (toxóide tetânico) IM Indicada isolada, no caso do uso da DPT acelular Alta eficácia (88 a 97%) na prevenção de infecções invasivas por hemófilo (principalmente as meningites) Esquema < 1 ano: - 2, 4 e 6 meses - Intervalo de 2 meses Reforço aos 15 meses Se a vacinação for iniciada apenas no segundo semestre de vida, são recomendadas apenas duas doses da vacina e um reforço entre 6 e 12 meses após a última dose - 1ª dose: 2 meses → faz parte da pentavalente Caso seja iniciado após 12 meses, fazer somente uma dose Se utilizar vacinas combinadas com Pertusis acelular, na 4ª dose (diminui o risco de ressurgimento das doenças invasivas causas pelo Hib à longo prazo) Eventos adversos Locais Contraindicações Gestantes Crianças menores que 2 meses VACINA PNEUMO10 VALENTE Indicação: - < 24 meses - Contra doença invasiva pelo Streptococcus pneumoniae e otite média aguda Reduz casos de pneumonia grave em 73% Composição: constituída por 10 sorotipos e conjugada com a proteína D do Hemófilos Influenza Sorotipos: 1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F, 23F Vacina foi incluída no PNI em 2010 Contraindicação Reações anafiláticas a doses anteriores Esquema 1ª dose: 2 meses 2ª dose: 4 meses Reforço (pode ser feito até os 4 anos, 11 meses e 29 dias): faz com 12 meses VACINA PNEUMO13 VALENTE Inclui mais 3 sorotipos: 3, 6 e 19A Disponível em clínicas privadas Até 07/2021 a vacina Pneumo13 valente está liberada em 1 dose para os pacientes que não receberam nenhuma dose de vacina pneumocócica conjugada previamente, que se encaixem nos seguintes perfis: - Imunodeprimidos por doença de base e terapêutica - Asplenia anatômica e funcional - Portadores de prótese coclear - Pneumopatas - Cardiopatas Esquema 1ª dose: 2 meses Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros 2ª dose: 4 meses 3ª dose: 6 meses Reforço: 12-15 meses Crianças saudáveis, com esquema completo de Pneumo10, podem fazer uma dose adicional de Pneumo13 até os 5 anos Contraindicação Reações anafiláticas com doses anteriores VACINA PNEUMO23 Crianças e adolescentes com risco aumentado de doença pneumocócica invasiva (DPI) entre 2 e 18 anos, devem receber a vacina polissacarídia Pneumo23 (feita no CRIE) Mesmo que tenham recebido a Pneumo10 ou a Pneumo23 Intervalo mínimo de 2 meses entre a vacina conjugada Esses pacientes devem receber 1 dose única de revacinação 5 anos após a primeira dose VACINA MENINGOCÓCICA C Constituída por polissacarídeos purificados da Neisseria meningitidis do grupo C conjugada à proteína Indicação: prevenção em doença sistêmica causada pelo meningococo C em menores de 2 anos (eficácia de 92%) Via de administração: IM no vasto lateral da coxa - Em pacientes maiores, no músculo deltoide Contraindicação Reação anafilática com doses anteriores Esquema 1ª dose: 3 meses 2ª dose: 5 meses (pode ser dada até os 4 anos) Reforço ou dose única: 11-14 anos A partir de 2020, o reforço da adolescência passou a ser dado entre 11-12 anos (com proposta de ampliação nos próximos anos)com a vacina ACWY VACINA MENINGOCÓCICA ACWY Polissacarídeos dos sorotipos A, C, W e Y, conjugada com a toxina mutante diftérica (MCC-CRM) ou toxóide tetânico (MCC-TT) Atualmente, licenciada a ACWY-D a partir de 9 meses de vida Disponível em clínicas privadas Disponível para maiores de 2 meses Calendário SUS 2020: 11-12 anos Sempre que possível economicamente, usar a ACWY, pela sua maior abrangência de cobertura, ou usar em reforços dos pacientes previamente vacinados com a meningo C Contraindicação Reações anafiláticas a doses anteriores Esquemas 1) CRM (T. difitérico) 3 e 5 meses, com reforço entre 12 e 15 meses Se iniciado entre 7 e 23 meses: 2 doses (Segunda dose obrigatoriamente após 1 ano), com mínimo de 2 meses de intervalo Se feita após 2 anos, dose única 2) TT (T. tetânico) 3 e 5 meses, com reforço entre 12-15 meses Após 1 ano, dose única 3) D A partir de 9 meses 2 doses entre 9 e 23 meses, com 3 meses de intervalo Acima de 2 anos, dose única VACINA MENINGOCÓCICA B Composição: proteínas recombinantes NHBA, NaDa, fHbp e vesículas de membrana externa (OMB) de Neisseria meningitidis do grupo B Disponível em clínicas privadas Esquema Início entre 3-12 meses: duas doses com intervalo mínimo de 2 meses Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros - Dose de reforço com 2 anos de vida Início entre 12 e 23 meses: duas doses com 2 meses de intervalo - 1 dose de reforço Acima de 2 anos: 2 doses com dois meses de intervalo - Sem reforço VACINA FEBRE AMARELA Composição: vírus vivo atenuado Idade de aplicação: aplicação com 9 meses, depois com 4 anos - Se iniciada acima de 5 anos, dar dose única Via de administração SC Indicada em todo território nacional Existem países que exigem a comprovação da vacina → fazer no máximo 10 dias antes da viagem Em situações de surto, pode ser aplicada a partir dos 6 meses A vacina da febre amarela não pode ser aplicada no mesmo dia que a triviral → é necessário um intervalo de 30 dias entre elas Contraindicação Reação anafilática após ingesta de ovo Gestantes, imunodeprimidos e doenças autoimunes Menores de 6 meses → salvo em situações de surto Doenças neurológicas > 60 anos Adiar Mulheres amamentando → suspender aleitamento por 10 dias VACINA TETRAVIRAL (SARAMPO, CAXUMBA, RUBÉOLA, VARICELA) Triviral não tem varicela Vacina combinada de vírus vivos atenuados de sarampo, caxumba, rubéola e varicela Aplicação a partir dos 12 meses de idade Idade máxima para aplicação da tetraviral é de 12 anos Local de aplicação IM: músculo deltoide Esquema 1ª dose: 12 meses triviral (SRC) 2ª dose: 15 meses tetraviral (SCRV) PNI (a partir de 2018): segunda dose de varicela com 4 anos Em rotina e campanhas, avaliar Triviral: - 2 doses de 12 até 29 anos - 1 dose de 30 até 49 anos Varicela: 1 dose até 40 anos de idade Efeitos adversos A vacina tetraviral se mostrou associada a uma maior frequencia de febre em lactentes que receberam a primeira dose dessa vacina, se comparados aos que receberam as vacinas varicela e tríplice em injeções separadas na 1ª dose Contraindicações Imunodeficiência congênita ou adquirida Antecedente de reação anafilática sistêmica após ingestão de ovo de galinha Gestantes/ tentantes: esperar 30 dias para engravidar por conta do risco de malformações e aborto espontâneo Administração de imunoglobulinas, sangue total e plasma Não são contraindicações Exposição recente à sarampo, caxumba, rubéola e varicela História anterior de sarampo, caxumba, rubéola e varicela Alergia à ovo que não seja de natureza anafilática sistêmica HIV assintomático Em situações de surto ou exposição domiciliar Custo-benefício 3 meses de intervalo Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros Antecipar a primeira dose para antes de 1 ano → a partir de 6 meses faz triviral e 9 meses faz varicela O MS, devido ao aumento de casos de sarampo, está introduzindo uma vacina de sarampo entre 6 e 12 meses (9 meses) Considerar dose zero, ou seja, necessita de 2 doses após 1 ano (com intervalo mínimo de 1 mês e ideal e 3 meses) Não considerar válida a dose administrada em menores de 12 meses de idade (dose zero) na vigência de surtos, nesse caso, manter o esquema vacinal Administração com outras vacinas A vacina de varicela pode ser aplicada com a tríplice viral no mesmo dia, se não acontecer, esperar 28 dias para fazer A vacina de febre amarela não pode ser aplicada no mesmo dia → altera a resposta imunológica às vacinas - Esperar 30 dias VACINA VARICELA Vírus vivo atenuado isolado Resulta de proteção de formas graves da catapora em 95% dos casos → não impede de ter a doença Surto ou após contato domiciliar: vacinar crianças de 9-12 meses As doses aplicadas antes de 1 ano não devem ser consideradas (dose zero) → seguir esquema vacinal - Faz dose zero em surtos Há possibilidade de ocorrer formas brandas naqueles que fizeram só 1 dose A SBP/ SBIM recomendam uma segunda dose que, a partir de 2018, foi anexada ao PNI → dada com 4 anos Após contato: profilaxia de exposição dentro de 5 dias (de preferência em 72 horas) VACINA DE HEPATITE A No PNI desde 2014 Composição: vírus inativados, 3 cepas virais Via de aplicação IM no vaso lateral da coxa PNI: dose única, a partir dos 15 meses Clínicas particulares: 2 doses a partir de 12 meses (6-12 meses de intervalo) Reações adversas: dor local, cefaleia, mal-estar Eficácia > 94% após primeira dose VACINA DA GRIPE (INFLUENZA) Composição: vírus inativado → não causa sintomas Via IM OMS recomenda nova composição da vacina todos os anos Pode ser aplicada em gestantes Campanhas anuais no período antes do inverno Crianças de 6 meses até 5 anos, 11 meses e 29 dias > 55 anos Gestantes, puérperas Grupos específicos: profissionais de saúde, comorbidades Vírus muda todos os anos Idade Primeiro ano de vacinação: < 9 anos: 2 doses com intervalos de 1 mês Anos seguintes: dose única anual 6-35 meses: 0,25 mL > 3 anos: 0,5 mL Clínica privada: qualquer idade Efeitos adversos Febre baixa Dor e hiperemia local nas primeiras 48 horas após a aplicação Vacina da gripe não dá gripe Síndrome de Guillian-Barré: até 6 semanas após aplicação → avaliação médica criteriosa sobre risco- benefício de novas aplicações Se houver história de reação anafilática prévia ou reação alérgica grave à ovo de galinha → vacinar em ambiente hospitalar com supervisão médica Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros Vacinas disponíveis Trivalente (PNI) Quadrivalente (disponível em clínicas) - Contempla uma segunda variante da cepa B - Se possível, preferir a quadrivalente O intervalo entre a vacina de gripe e as vacinas para Covid 19 deve ser de 2 semanas VACINA HPV (PAPILOMAVÍRUS HUMANO) Composição: partículas semelhantes ao vírus (VLP – “Vírus like particle”) Vacinas disponíveis: - VLP dos tipos 16 e 11 (HPV2): disponível em clínicas privadas - VLP dos tipos 6, 11, 16 e 18 (HPV4) do PNI O Brasil é o primeiro país da América Latina e o sétimo do mundo a disponibilizar a vacina para os meninos Reações Reação local Reações alérgicas (raras) Contraindicações Gestantes Hipersensibilidade aos componentes da vacina Esquema Grupo Idade Dose Intervalo Meninas 9-14 anos 2 doses 0-6 meses Meninos 11-14 anos 2 doses 0-6 meses HIV/ IMDF 9-26 anos 3 doses 0-2-6 meses Meninos e meninas > 14 anos deverão receber 3 doses (0-1 a 2-6 meses) HPV2: meninos e meninas dos 9-26 anos, 3 doses, 0-1-6 meses VACINA DE DENGUE Composição: contém os 4 sorotipos da dengue (1, 2, 3, 4) por tecnologia de DNA recombinante, combinado aovírus da febre amarela atenuado Esquema 3 doses (0-6-12 meses), recomendada de 9-45 anos, para indivíduos que já tiveram infecção prévia pelo vírus da dengue (soropositivos – quem já teve dengue) Contraindicação Alergia grave aos componentes da vacina Grávidas e mulheres que amamentam Imunodeprimidos Pacientes com sorologia negativa para dengue VACINA PARA COVID 19 Companha de vacinação: 5-11 anos/ 12-17 anos Estudos atuais para crianças de 6 meses Vacina Coronavac: vírus desativado Vacina Pfizer RNA mensageiro Miocardite/ miopericardite: mais relatada em meninos de 14-19 anos - 5 casos para cada milhão de vacinados - Dentro dos primeiros 4 dias (principalmente após segunda dose) - Troponina aumentada, alteração de ECG e RM cardíaca normal - Tempo médio de internação 3-6 dias - Boa resposta a AINES/ imunoglobulina - Bom custo-benefício Alice Santos de Lima 5º período 2022/2 Esse resumo não está isento de erros
Compartilhar