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Guia de Avaliação e Recomendações Nutricionais em Pediatria AUTORES Preceptores Josilene Maria Ferreira Pinheiro Adriana Souza da Silva Rocha Discentes do curso de Nutrição Mateus Chaves Candeia Residentes em Saúde da Criança Esther Artuanne Figueredo da Silva Tatiane Leonel de Lima Prefácio Diante da diversidade e complexidade de casos/doenças em Pediatria e da necessidade de tomada de decisões, muitas vezes de forma urgente no campo da nutrição clínica hospitalar, faz-se necessário que o material técnico consultivo se apresente aos profissionais nutricionistas de modo didático, objetivo e atualizado, facilitando assim a célere e correta identificação das informações necessárias aos cuidados nutricionais. Pensando nisso, os autores desta obra, entre eles profissionais nutricionistas, pós- graduandos e graduandos em Nutrição, atuantes no Hospital Universitário Onofre Lopes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, reuniram em diversas seções, informações técnico-científicas atualizadas voltadas ao tratamento nutricional de pacientes com patologias distintas, cuidadosamente selecionadas a partir de seus conhecimentos e vivências no campo da nutrição em pediatria. Neste livro, o leitor irá encontrar como principal característica, a forma prática como as recomendações e ferramentas nutricionais para cada caso foram organizadas, tornando-as facilmente acessíveis. Entre as informações nutricionais aqui encontradas, estão aquelas voltadas às doenças pediátricas como: Anemia, Desnutrição, Obesidade, Diabetes Mellitus, Dislipidemias, Hipertensão Arterial Sistêmica, Nefropatias, Cardiopatias, Hepatopatias, Câncer, Alergias alimentares, Doença Celíaca, Fibrose Cística, Erros Inatos do Metabolismo, entre outras. Possivelmente, o maior desafio assumido pelos autores, foi tentar tornar evidente a necessidade do cuidado nutricional ágil e especializado, com visão integral e humanizada durante a internação hospitalar em pediatria, auxiliando assim na tomada de decisões assertivas e confiáveis. Nessa expectativa, desejamos que as consultas aqui realizadas sejam amplamente proveitosas para os profissionais nutricionistas e acadêmicos em Nutrição e que essas se traduzam em benefícios concretos que possam contribuir positivamente para o tratamento e recuperação clínica, bem como para o crescimento e o desenvolvimento saudáveis de lactentes, crianças e adolescentes assistidos por eles. Danielle Soares Bezerra Professora Doutora em Nutrição Curso de Graduação em Nutrição Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi – FACISA Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sumário 1. TRIAGEM DE RISCO NUTRICIONAL 1.1 TRIAGEM NUTRICIONAL: STRONGKIDS 2. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 2.1 HISTÓRIA CLINICA E NUTRICIONAL 2.2 EXAME FÍSICO 2.3 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 2.4 AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA 3. DIAGNÓTICO NUTRICIONAL 4. RECOMENDAÇÕES NUTRICONAIS 4.1 RECOMENDAÇÕES ENERGÉTICAS 4.2 RECOMENDAÇÕES PROTEICAS 4.3 RECOMENDAÇÕES DE CARBOIDRATOS E LIPÍDEOS 4.4 RECOMENDAÇÕES DE FIBRAS 4.5 RECOMENDAÇÕES DE ÁGUA 4.6 RECOMENDAÇÕES DE VITAMINAS E MINERAIS 5. RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA CONDIÇÕES CLÍNICAS ESPECIFICAS 5.1 ALERGIA À PROTEÍNA DO LEITE DE VACA 5.2 ANEMIAS/HIPOVITAMINOSES 5.3 ATROFIA MUSCULAR ESPINHAL 5.4 CARDIOPATIA 5.5 COLESTASE 5.6 CRITICAMENTE DOENTE – PRÉ-TERMO 5.7 CRITICAMENTE DOENTE – NEONATO 5.8 CRITICAMENTE DOENTE – CRIANÇAS E ADOLESCENTES 5.9 DESNUTRIÇÃO LEVE E MODERADA 5.10 DESNUTRIÇÃO GRAVE 5.11 DIABETES MELLITUS 5.12 DIARREIA 5.13 DISLIPIDEMIA 5.14 DOENÇA CELÍACA 5.15 DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL 5.16 ENCEFALOPATIA CRÔNICA NÃO EVOLUTIVA 5.17 EPIDERMÓLISE BOLHOSA 5.18 EPILEPSIA RESISTENTE A FÁRMACO 5.19 ESTEATOSE HEPÁTICA 5.20 ERRO INATO DO METABOLISMO – ACIDÚRIA GLUTÁRICA 5.21 ERRO INATO DO METABOLISMO – FENILCETONÚRIA 5.22 ERRO INATO DO METABOLISMO – LEUCINOSE 5.23 FIBROSE CÍSTICA 5.24 GLOMERUNEFRITE DIFUSA AGUDA 5.25 HEPATOPATIA CRÔNICA 5.26 INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA 5.27 LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO 5.28 ONCOLOGIA 5.29 PARALISIA CEREBRAL 5.30 PREMATURIDADE – PRIMEIRO ANO DE VIDA 5.31 REFLUXO GASTROESOFÁGICO 5.32 SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL 5.33 SÍNDROME NEFRÓTICA 5.34 TRANSPLANTE RENAL 5.35 TRANSTORNO DE ESPECTRO AUTISTA REFERÊNCIAS 08 10 13 14 17 20 30 32 35 36 40 41 42 43 44 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 Apresentação Este material de consulta foi elaborado com o objetivo de reunir informações práticas e atualizadas referentes ao cuidado nutricional em pediatria. Está dividido em quatro momentos que são: a triagem nutricional; a avaliação nutricional; o diagnóstico nutricional; e a conduta nutricional, que engloba as recomendações nutricionais. Durante um período de internação, crianças e adolescentes são sujeitos a uma ambiente atípico, o qual afeta sua rotina diária e consequentemente seus hábitos alimentares. Devido ao estado clínico e nutricional, complicações e intercorrências podem surgir ao longo desse período afetando diretamente o crescimento e o desenvolvimento. Através do monitoramento de indicadores antropométricos, clínicos e bioquímicos, a manutenção do estado nutricional torna-se necessária e colabora de forma importante com a recuperação do paciente. Aqui você encontrará reunidas informações relevantes a este atendimento nutricional pediátrico, de modo a facilitar o acesso ao conteúdo para nutricionistas, alunos e residentes do curso de nutrição, otimizando o tempo de busca necessário para um cuidado efetivo. Todas as fórmulas, os parâmetros, as ferramentas e as recomendações nutricionais foram construídas a partir da compilação de dados da literatura científica atualizada. Siglas e Abreviações AGE: ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS AI: INGESTÃO ADEQUADA AJ: ALTURA DO JOELHO ALT: AMINOTRANSFERASE DE ALANINE AMB: AREA MUSCULAR DO BRAÇO AME: ATROFIA MUSCULAR ESPINHAL APLV: ALERGIA À PROTEÍNA DO LEITE DE VACA AST: AMINOTRANSFERASE DE ASPARTATE BCAA: AMINOÁCIDOS DE CADEIA RAMIFICADA CB: COMPRIMENTO DO BRAÇO CHO: CARBOIDRATO CMB: CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO CT: COMPRIMENTO DA TÍBIA DRI: INGESTÃO DIETÉTICA DE REFERÊNCIA E: ESTATURA FEH: FÓRMULA EXTENSAMENTE HIDROLISADA FODMAPS: OLIGOSSACARÍDEOS, DISSACARÍDOS, MONOSSACARÍDEOS E POLIÓIS FERMENTÁVEIS. FOS: FRUTOOLIGOSSACARÍDEOS GEB: GASTO ENERGÉTICO BASAL GGT: GAMAGLUTAMIL TRANSPEPTIDASE GI: GASTROINTESTINAL GOS: GALACTO-OLIGOSSACARÍDEOS IG: IDADE GESTACIONAL IGE: IMUNOGLOBULINA E IMC: ÍNDICE DE MASSA CORPORAL LCPUFA: ÁCIDOS GRAXOS POLINSATURADOS DE CADEIA LONGA P: PESO PB: PERÍMETRO DO BRAÇO PC: PERÍMETRO CEFÁLICO PCB: PREGA CUTÂNEA BICIPTAL PCSE: PREGA CUTÂNEA SUBESCAPULAR PCSI: PREGA CUTÂNEA SUPRAILÍACA PCT: PREGA CUTÂNEA TRICIPITAL PT: PERÍMETRO TORÁCICO PTN: PTOTEÍNA RDA: RECOMENDAÇÃO DE INGESTÃO ALIMENTAR RN: RECÉM-NASCIDO RNPT: RECÉM-NASCIDO PRÉ TERMO RNT: RECÉM-NASCIDO A TERMO SIDA: SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADIQUIRIDA TCM: TRIGLICERÍDEOS DE CADEIA MÉDIA TFG: TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR TMB: TAXA METABÓLICA BASAL TNE: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL TTOG: TESTE DE TOLERÂNCIA ORAL A GLICOSE VET: VALOR ENERGÉTICO TOTAL VIT: VITAMINA W3: ÔMEGA 3 W6: ÔMEGA 6 1.Triagem de Risco Nutricional 8 Avaliação do consumo alimentar Investigar consumo alimentar recente, tendo em vista as condições socioeconômicas, culturais e ambientais. Verifica o impacto da doença na alimentação e no estado nutricional. Avaliação Física Buscar sinais e sintomas de carências nutricionais específicas a enfermidade a ser investigada. Avaliação Antropométrica Analisar sempre conforme os parâmetros e recomendações para idade e sexo da criança 1.Triagem de Risco Nutricional (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2009)9 A triagem nutricional tem como objetivo reconhecerr o risco nutricional do paciente hospitalizado. Deverá ser aplicado em até 24h após o internamento da criança. 1.1 Triagem Nutricional: Strongkids (Adaptado de HULST et al., 2010) 2 – Doença ( com alto risco nutricional ) ou cirurgia de grande porte: Sim ( ) 2 ponto Não ( ) 0 pontos Exemplos: Redução de gordura subcutânea e / ou da massa muscular Face emagrecida outro sinal IMPRESSÃO DO MÉDICO OU NUTRICIONISTA 1 – Avaliação nutricional subjetiva: a criança parece ter déficit nutricional ou desnutrição? Sim ( ) 1 ponto Não ( ) 0 pontos Exemplos: SIDA Anorexia nervosa Baixo peso para idade/prematuridade Câncer Deficiência mental – paralisia cerebra Displasia broncopulmonar (até 2 anos) Doença celíaca Doença crônica (cardíaca, renal ou hepática) Doença inflamatória intestinal (idade corrigida 6 meses) Doença muscular Fibrose cística Pancreatite Pré operatório ou pós operatório de cirurgia de grande porte Queimaduras Síndrome do intestino curto Trauma Outra (classificação pelo médico ou nutricionista): Perda de peso ( crianças > 1 ano) Não ganho de peso ( <1 ano) 4 – Refere perda de peso ou ganho insuficiente nas últimas semanas ou meses: Sim ( ) 1 ponto Não ( ) 0 ponto Exemplos: Diarreia ( > ou igual a 5 x ao dia) Dificuldade em se alimentar devido a dor Diminuição da ingestão alimentar (não considerar jejum por procedimento ou cirurgia) Vômito ( > 3x /dia) Intervenção nutricional prévia 3 – Perguntar ao acompanhante ou checar em prontuário ou com a enfermagem: Ingestão nutricional e ou perdas nos últimos dias: Sim ( ) 1 ponto Não ( ) 0 pontos Exemplos : 10 Níveis de Atenção Nutricional Perfil do paciente Ações no atendimento Assistência Primária (I) (Risco Baixo = 0) Incluem pacientes sem risco nutricional e cuja doença de base não necessita de tratamento dietético específico. - Anamnese alimentar - Avaliação antropométrica - Intervenção nutricional, se necessário - Pesar regularmente/semanalmente - Reavaliar o risco em 1 semana - Visita diária ao paciente (se viável) - Orientação de alta Assistência secundária (II) (Risco Médio = 1-3) Inclui pacientes cuja doença de base demanda dietoterapia, porém sua condição nutricional é estável e não apresenta risco nutricional. OU Inclui pacientes em risco nutricional, mas que não demanda dietoterapia. Ex.: hábitos alimentares incorretos, uso de medicamentos que interferem na aceitação alimentar, desnutrição leve. - Anamnese alimentar - Avaliação antropométrica - Verificar peso 2 x semana - Intervenção nutricional - Iniciar suplementação oral - Reavaliar o risco em 1 semana - Visita diária ao paciente - Orientação de alta Assistência terciária (III) (Risco Alto = 4-5) Inclui pacientes desnutridos ou em risco nutricional por serem portadores de doenças consumptivas e/ou cuja doença o tratamento nutricional é essencial (Doenças Cardiovasculares, DM, Insuficiência Hepática, Renal, Transtornos Alimentares, Obesidade grau III, Alergias, Intolerâncias, Doenças Inflamatórias Intestinais, Doenças neurológicas, RN Pré-termo, cirurgias, etc.), - Anamnese alimentar - Avaliação antropométrica - Iniciar suplementação oral ou TNE - Verificar peso diariamente ou 3 x semana - Reavaliar o risco em 1 semana - Visita diária ao paciente - Orientação de alta Tabela 1 - Sugestões de atendimento conforme o perfil e nível de atenção do paciente Após somatória da pontuação, verificar o risco nutricional e o grau de assistência. Consultar sugestões de intervenção correspondentes (Tabela 1) 11 1.2 Triagem Nutricional: Neonatal 12 2 – Peso de Nascimento ( ) Peso Adequado (≥2500 g) = 0 ponto ( ) Baixo Peso (≥1500 até <2500 g) = 1 ponto ( ) Muito Baixo Peso (≥1000 até <1500 g) = 2 pontos ( ) Extremo Baixo Peso (<1000 g) = 3 pontos) FARNNEO - FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO DO RISCO NUTRICIONAL NEONATAL 1 – Idade gestacional de nascimento ( ) RNT (≥ 37 semanas) = 0 pontos ( ) RNPT (≥28 até <37 semanas) = 1 ponto ( ) RNPT extremo (<28 semanas) = 2 pontos 4 – Terapia Nutricional ( )Via oral exclusiva (0 ponto) ( )TNE exclusiva ou mista (1 ponto) ( )TNP exclusiva (2 pontos) ( )S/TN (3 pontos) Anomalia congênita ou malformação que possa comprometer o trato gastrointestinal (exemplos: síndrome de Berdon, síndrome do intestino curto, atresia de esôfago, doença metabólica, enterocolite necrosante, fibrose cística, cardiopatia, hiperplasia/tumor, doença hepática, doença renal, hérnia diafragmática); Cirurgia de grande porte; Restrição de crescimento intrauterino; Displasia broncopulmonar; Condição que possa comprometer a alimentação e o estado nutricional, dificuldade de progressão da dieta (exemplos: distensão abdominal, resíduo gástrico, vômitos etc.); Outra classificada pelo profissional. 3 – Doença e/ ou condição clínica com alto risco nutricional Exemplos : ( ) SIM ( ) NÃO Classificação ( ) Baixo risco nutricional = 0 ponto ( ) Médio risco nutricional = 1–3 pontos ( ) Alto risco nutricional = ≥4 pontos LEGENDA: Recém-nascido termo (RNT); Recém-nascido pré-termo (RNPT); Recém-nascido pré- termo extremo (RNPTextremo); Peso adequado (PA); Terapia nutricional enteral (TNE); Terapia nutricional parenteral (TNP); Sem terapia nutricional (S/TN). (SILVINO et al., 2020) 2. Avaliação Nutricional 13 Histórico Hospitalar Verificar motivos da internação, principais queixas, sinais e sintomas gastrointestinais, histórico de doenças prévias, condição de saúde atual, cirurgias passadas ou recentes, histórico de doenças e causas de mortes na família, uso de medicamentos e suplementos. Histórico Alimentar Avaliar qualitativamente e quantitativamente, o consumo alimentar. Avaliar a alimentação no período anterior ao internamento Avaliar a alimentação durante todo o período de internação Buscar relação da alimentação com a doença e suas manifestações clínicas . Avaliar quem, o que, quando, onde e como é oferecido a alimentação para a criança. Sugestão para protocolo de avaliação dos aspectos clínicos e nutricionais (Tabela 2) 2.1 História Clínica e Nutricional (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2020) 14 Identificação do paciente Nome, naturalidade, procedência, endereço e telefone de contato. Motivo da internação Sinais e sintomas que antecederam a internação atual do paciente História clínica pregressa A história clínica do paciente deve ser vista com detalhes para melhor identificar fatores relacionado ao estado nutricional atual História familiar Avaliar história clínica na família e relacionar com a história atual e pregressa do paciente Histórico sócio-econômico Ocupação atual e empregos anteriores, escolaridade, renda familiar e renda per capta., número de indivíduos que trabalham na família e auxiliam nas despesas, número de pessoas que residem na mesma casa, se a casa é própria ou alugada, número de cômodos, saneamento básico e água tratada, recursos domésticos (geladeira, liquidificador, fogão, etc.) Uso de medicamentos ou suplementação de vitaminas e minerais Nome do medicamento ou suplemento, tempo de uso e quantidade, interação droga-nutriente. Hábito intestinal e urinário Frequência e características das fezes, uso de laxantes, coloração e frequência da urina Tabela 2 - Sugestões de protocolo de atendimento 15 História do peso corporal Alterações pregressas e recentes. Verificar ganho ou perda de peso delimitando o tempo em que ocorreram estas mudanças. Causas das modificações no peso. Associação da presença de doenças ou alteração no consumo alimentar com o ganho/perda de peso. Ingestão hídrica Quantidade de líquidos (água, suco, sopas, leite, etc.) ingeridos ao dia Apetite Alterações no apetite associadas às mudanças no peso corporal. Tipo de alteração ocorrida (aumento/redução ou mudança qualitativa) Sintomas relacionados à alimentação e sintomas do trato gastro intestinal Náuseas, vômitos, desconforto GI, plenitude gástrica ou empachamento relacionado ou não ao consumo de alimentos específicos ou à patologiaem questão. Restrições alimentares secundárias a sintomas GI. Alergias, intolerâncias Atividades que envolvam gasto de energia. Prática de atividade física (tempo que prática, tipo, duração e frequência). Avaliação do consumo alimentar Informações sobre o consumo alimentar habitual prévio à internação. Investigar tipo de alimento consumido, quantidade em medidas caseiras, horário, local e com quem faz as refeições. Disponibilidade diária de alimentos per capta. Frequência de consumo de alimentos (se houver, utilizar específica para a doença em questão). Informações adicionais: quem faz as compras, periodicidade, lista, e quem prepara as refeições Fatores culturais e religiosos Influência da religião ou de fatores culturais no hábito alimentar Tipo de modificação realizada Tabus/mitos alimentares (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2009) 16 Características Físicas São avaliadas as características do corpo do indivíduo, desenvolvimento motor para a alimentação, desenvolvimento sexual e sinais vitais. Devem ser avaliadas também as características e aspectos visuais que possam auxiliar no tratamento dietoterápico: Pescoço; Pele; Unhas; Tórax; ; Abdômen; Músculos; Sinais neurológico. 2.2 Exame Físico Sintomas físicos podem revelar deficiências nutricionais. A lista a seguir, exempli fica algumas dessa possíveis alterações. SAMPAIO et al., 2012 17 Região/ situação examinada Característica(s) a ser(em) avaliada(s) Características em condições normais Cabelo Coloração, brilho, quantidade, espessura, hidratação, ocorrência de alopecia. Brilhantes, firmes e difíceis de arrancar, aparência normal e espessa, crescimento normal, macios ao tato e coloração adequada Face Estado geral, condição físico. Presença de edema ou depleção (sinal de chave – exposição do arco zigomático). Apresentação de: palidez, atrofia unilateral ou bitemporal. Fácies agudo: exausto, cansado, não consegue manter os olhos abertos por muito tempo; Fácies crônico: aparência deprimida, triste, pouco diálogo Bom Estado Geral, sem sinais de depleção ou edema. Olhos Aspecto, cor das mucosas e membranas, sinais de excesso de nutrientes – xantelasma, arco córneo lipídico, sinais de deficiência de nutrientes: desnutrição – olhos escavados, escuros e flacidez ao redor, hipovitaminoses – xeroftalmia, nictalopia, etc Brilhantes, membranas róseas e úmidas, sem manchas e boa adaptação visual no escuro. Lábios Coloração da mucosa, presença de lesões decorrentes de hipovitaminoses. Lábios macios e sem inflamações. Gengivas Edema, porosidade e sangramento Ausência de sangramentos e edema. Lista de sinais e sintomas ligados a deficiências nutricionais 18 Região/ situação examinada Característica(s) a ser(em) avaliada(s) Características em condições normais Peças dentárias Presença de cáries, ausência de peças dentárias, uso de prótese (bem adaptada ou não), alterações em função de excesso ou escassez de nutrientes. Arcada dentária íntegra, sem ausência de peças dentárias ou uso de prótese bem adaptada – não ocasionar comprometimento da mastigação. Pele Cor, pigmentação, integridade, turgor, presença de edema, brilho e temperatura, manifestações decorrentes de deficiência ou excesso de nutrientes. Cor uniforme, lisa, aparência saudável, turgor preservados ou compatíveis com a idade (no caso de idosos). Unhas Forma, ângulo, coloração, contorno, rigidez e presença de micoses. Uniformes, arredondadas, lisas e firmes. Abdôme Quanto à rigidez: flácido ou tenso; quanto ao volume: distendido, plano, globoso ou escavado; quanto à presença de gases: poucos gazes (normal), maciez (quando há tumor) ou timpânico. Ausência das alterações referidas. Tecido subcultâneo Excesso de tecido adiposo, ou déficit de tecido subcutâneo – flacidez; presença de edema*. Ausência das alterações referidas. Tecido Muscular esquelético Retração ou atrofia Ausência das alterações referidas. Sistema nervoso Perdas do controle na contração ou parestesias Ausência das alterações referidas. Condição hídrica Desidratação ou edema* Ausência das alterações referidas. (SAMPAIO et al., 2012) 19 Antropometria Para o acompanhamento pediátrico, o monitoramento de indicadores antropométricos é fundamental, uma vez que o desequilíbrio entre a ingestão alimentar e as necessidades fisiológicas podem resultar nos mais variados quadros nutricionais que interferem diretamente no desenvolvimento e na sobrevida da criança. A antropometria é utilizados como o principal critério desse acompanhamento, no entanto, diferentes métodos podem ser utilizados a depender da idade, sexo, enfermidade, limitação física, entre outros. Faixa etária 0 a 5 anosincompletos 5 a 10 anos incompletos 10 a 19 anos Peso/idade Peso/idade --------- Estatura/idade Estatura/idade Estatura/idade IMC/Idade IMC/Idade IMC/Idade 2.3 Avaliação Antropométrica Indicadores antropométricos (Adaptado da SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2009) 20 Peso atual Menores de 2 anos Utilizar balança pediátrica com precisão O procedimento deve ser realizado com a criança completamente despida. Maiores de 2 anos Utilizar balança plataforma de boa precisão e tara. Peso habitual Informação de grande importância, pois é utilizado comoreferência na avaliação das mudanças recentes de peso. Peso ideal Utilizar as curvas do MS/OMS (Anthro e AnthroPlus). Peso ajustado Refere-se ao peso ideal corrigido, quando a adequação do peso for inferior a 95% ou superior a 115%. Peso ajustado pata obesidade e desnutrição Peso estimado Estimativa de ganho de peso para lactentes 1° trimestre: 700 g/mês - 25 a 30 g/dia; 2° trimestre: 600 g/mês - 20 g/dia; 3° trimestre: 500 g/mês - 15 g/dia; 4° trimestre: 300 g/mês - 10 g/dia Peso Obesidade: (peso atual – peso ideal) x 0,25 + peso ideal Desnutrição: (peso atual - peso ideal) x 0.25 + peso atual FRANKENFIELD et al., 2003) Sexo Idade Raça Equação Masculino 6-18 anos Branca Negra P=(AJ x 0,68) + (PB x 2,64) - 50,08 P=(AJ x 0,59) + (PB x 2,73) - 48,32 Feminino 6-18 anos Branca Negra P=(AJ x 0,77) + (PB x 2,47) - 50,16 P=(AJ x 0,71) + (PB x 2,59) - 50,43 P= Peso, AJ= Altura do joelho, PB= Perímetro do braço CHUMLEA et al., 1994) 21 Utilizado quando não for possível aferir o peso de forma direta (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA,, 2021) Medida direta Menores de 2 anos Utilizar o antropômetro horizontal e fazer a medição com a criança deitada. Maiores de 2 anos Deve ser medida com o indivíduo posicionado no centro do equipamento, com a cabeça livre de adereços, em posição ereta, com os braços estendidos ao longo do corpo. Medida indireta Estatura recumbente: Verificar com a criança em posição supina. Fazer marcas no lençol na altura do topo da cabeça e da base do pé e medir o comprimento entre as marcas, utilizando fita métrica. Estatura da envergadura: compreende a distância entre a falanges distais. Altura do joelho: Deve-se colocar o paciente em posição supina (deitado), flexionar o joelho e o tornozelo do lado esquerdo formando um ângulo de 90º e fazer a medida do comprimento entre o calcanhar e a superfície anterior da perna na altura do joelho. Estatura Sexo Idade Raça Equação Masculino 6-18 anos Branca Negra E=40,54 + (2,22 x AJ) E=39,60 + (2,18 x AJ) Feminino 6-18 anos Branca Negra E=43,21 + (2,14 x AJ) E=46,59 + (2,02 x AJ) Sexo Idade Equação Masculino Feminino 2-18anos E = (5,45 x Ulna) + 20,7 (KONG; WONG,2005) Medida Equação Comprimento do braço (CB) E= (4,35 x CB) + 21,8 Comprimento da tíbia (CT) E= (3,26 x CT) = 30,8 Altura do joelho (AJ) E= (2,69 x AJ) = 24,2 (STERVERSON, 1995) 22 CHUMLEA et al, 1994) Medida indireta Fórmulas para estimativa da estatura em crianças com paralisia cerebral Estimativa da velocidade de crescimento Sexo Equação Masculino Feminino E = 30,35 + (1,29x Idade) + (0,77 x Sexo) + (4,32 x Ulna) Sexo feminino:= 0 e masculino = 1 (CHENG et al, 1998 Faixa etéria Velocidade decrescimento (cm/ano) Até6 meses 15 6 a 12 meses 10 1 a 3 anos 12,5 > 3 anos 5 - 7 Durante a puberdade (meninas) 8-10 Durante a puberdade (meninos) 10-12 (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2016) 23 Perímetro Cefálico Medir a porção posterior mais proeminente do crânio, na parte frontal da cabeça. Verificar até 2 anos de idade. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2021) Indicadores nutricionais Índice de Massa Corporal Reflete a distribuição do peso corporal em relação a idade cronológica. Pode não ser indicado para crianças com baixa estatura acentuada. Recomendado para crianças e adolescentes de 0 a 19 anos. Peso para idade (P/I) Reflete o peso em relação à idade cronológica da criança. Recomendado para crianças de 0 a 5 anos. Estatura para idade (E/I) Reflete o crescimento linear alcançado para uma idade específica e seus deficits indicam inadequação acumuladas de longa duração. Recomendado para crianças e adolescentes de 0 a 19 anos. Peso para Estatura (P/E) Reflete a harmonia do crescimento e não requer o uso da idade. No entanto, não substitui nenhum outro indicador, mesmo apresentando determinantes comuns. Recomendado para crianças de 0 a 5 anos. Classificação do estado nutricional de crianças e adolescentes Para avaliação e classificação do estado nutricional de crianças e adolescentes utilizamos as recomendações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde lançadas em 2006 para crianças até 5 anos e as de 2007 para crianças com mais de 5 anos, e adolescentes. IMC (kg/m2 ) = Peso (kg) / [altura (m)]2 (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2009; BRASIL, 2004) 24 Perda de peso > 2% independente do período deve ser considerada como significativa. GOMES et al,2019. Peso para idade Peso IMC para Idade Estatura para idade Peso para idade** IMC para idade Estatura para idade <Percentil 0,1 <Escore-z -3 Muito baixo peso para idade Magreza acentuada Magreza acentuada Muito baixa estatura para idade Muito baixo peso para idade Magreza acentuada Muito baixa estatura para idade ≥Percentil 0,1 < Percentil 3 ≥Escore-z -3 e <escore-z -2 Baixo peso para idade Magreza Magreza Baixa estatura para idade Baixo peso para idade Magreza Baixa estatura para idade ≥Percentil 3 < Percentil 15 ≥Escore-z -2 e <escore-z -1 Eutrofia Eutrofia Estatura adequad a para idadade Peso adequa do para idade Eutrofia Estatura adequa da para idadade ≥Percenti l 15 ≤ Percentil 85 ≥Escore-z -1 e ≤escore-z +1 Eutrofia Eutrofia Eutrofia >Percentil 85 ≤ Percentil 97 >Escore-z +1 e ≤escore-z +2 Risco de sobrepeso Risco de sobrepes o Sobrepeso >Percenti l 97 ≤ Percentil 99,9 >Escore-z +2 e ≤escore-z +3 Sobrepeso Sobrepes o Obesidade >Percenti l 99,9 > Escore-z +3 Obesidade Obesidad e Obesidade grave Peso adequad o para idade Eutrofia Eutrofia Eutrofia Estatura adequad a para idadade Peso adequ ado para idade Estatur a adequa da para idadade Peso elevado para idade Peso elevad o para idade Crianças de 0 a 5 anos Índices antropométricos Crianças de 5 a 10 anos e Adolescente 10 a 19 anos Valores Críticos (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA S,AÚDE, 2006) 25 ** Peso para a idade não deve ser avaliado em indivíduos maiores de 10 anos Avaliação da Composição Corporal Pregas cutâneas (reflete a gordura corporal Para avaliação do estado nutricional pelas pregas, comparar o valor obtido aos valores de referência organizados por sexo e idade. Prega cutânea tricipital (PCT): medida no ponto médio entre o processo acromial da escápula e o olécrano da ulna. Separar a prega do braço, desprendendo-a do tecido muscular, e pinçar a dobra na face posterior do braço sobre o tríceps. O braço do avaliado deve estar relaxado e solto ao lado do corpo. Valores < P15 e > P85 são de risco nutricional (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2021) Prega cutânea bicipital (PCB): O indivíduo deve estar com a palma da mão voltada para fora. Na face anterior do braço deve-se segurar a prega (na mesma região da PCT) verticalmente e realizar a aferição. Prega cutânea subescapular (PCSE): deve-se marcar o local logo abaixo do ângulo inferior da escápula. A medida é realizada 1 cm abaixo deste ângulo, de tal forma que se possa observar um ângulo de 45° entre esta e a coluna vertebral. O indivíduo deve estar com os braços soltos e relaxados. Prega cutânea supra-ilíaca (PCSI): Medida na linha axial média, pinçando a dobra cutânea sobre a crista ilíaca, na posição diagonal. Percentual de gordura corporal: A equação de Slaughter (somatória da PCT e PCSE) é mais utilizada para crianças e adolescentes de 7 a 18 anos . Para faixa etária menor, utilizar Frisancho (1990). Equação de Slaughter Rapazes brancos Pré-púbere: 1,21(tricipital + subescapular) - 0,008(tricipital + subescapular)² - 1,7 Púbere: 1,21(tricipital + subescapular) - 0,008(tricipital + subescapular)² - 3,4 Pós-púbere: 1,21(tricipital + subescapular) - 0,008(tricipital + subescapular)² - 1,7 Rapazes negros Pré-púbere: 1,21(tricipital + subescapular) - 0,008(tricipital + subescapular)² - 3,2 Púbere: 1,21(tricipital + subescapular) - 0,008(tricipital + subescapular)² - 5,2 Pós-púbere: 1,21(tricipital + subescapular) - 0,008(tricipital + subescapular)² - 6,8 Moças de qualquer raça e nível de maturidade 1,33(tricipital + subescapular) - 0,013(tricipital + subescapular)² - 2,5 Quando a somatória das dobras for maior que 35 mm, usar equação única para cada sexo Rapazes: 0,783(tricipital + subescapular) + 1,6 Moças: 0,546 (tricipital + subescapular) + 9,7 (LOHMAN et al., 1992) 26 Avaliação da Composição Corporal Pregas cutâneas (reflete a gordura corporal Classificação da composição de gordura corporal Classificação Masculino Feminino Excessivamente Baixa até 6% até 12% Baixa 6,01- 10% 12,01 - 15% Adequada 10,01 - 20% 15,01 - 25% Moderada alta 20,01 - 25% 25,01 - 30% Alta 25,01 - 31% 30,01 - 36% Excessivamente Alta >31,01% >36,01% (FRISANCHO, 1990) 27 Circunferências corporais Perímetro do Braço (PB) : indica desnutrição energético-proteico Dobrar o braço em 90º junto ao tronco, medir o ponto médio entre o processo acromial da escápula e o olécrano da ulna. Marcar o ponto médio entre estes pontos e realizar a medida. Classificação: Valores < P15 e > P85 são de risco nutricional (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2021). Circunferência Muscular do Braço (CMB): avalia reserva do tecido muscular. Classificação da CMB Área muscular do braço (AMB): avalia reserva do tecido muscular, corrigindo a massa óssea. CMB (cm) = PB (cm) - (0,314 x PCT (mm)) AMB (cm2 ) = (CMB x CMB) ÷ 4 x π (4 x 3,14 = 12,56) Frisancho (1990) Percentil Tecido adiposo Tecido muscular 0,0-5,0 Depleção/baixa reserva Hipotrotria/baixa reserva 5,1-15,0 Abaixo da média/risco Abaixo da média/déficit 15,1-85,0 Médio/adequado Adequado 85,1-95,0 Excesso Acima da média/adequado 95,1-100,0 Obesidade Acima da méidia/adequado Déficit de massa magra < Percentil 5 Risco de déficit de massa magra Percentil 5 a Percentil 10 Adequado Percentil 10 e Percentil 90 (FRISANCHO , 1990) 28 (FRISANCHO , 1990) Circunferências corporais Circunferência da Cintura ou Abdominal A medida deve ser realizada com o indivíduo em pé. O ponto de referência para aferição é o ponto médio entre a crista ilíaca e rebordo costal na linha axial média. A leitura da medida deve ser feita no momento da expiração. Relação perímetro torácico/cefálico Quando essa relação é inferior a 1, pode-se indicar um possível caso de desnutrição energético-proteíca. Faixa etéria Velocidade decrescimento (cm/ano) Até 6 meses PT/PC=1 6 meses a 5 anos PT/PC>1 (DEL BOSCO, 2010) 29 Exames Laboratoriais Importante para acompanhar a evolução do estado nutricional e a adequação da prescrição dietoterápica proposta Vale ressaltar que os resultados dos exames devem ser interpretados levando em consideração a condição clínica, nutricional, e a presença de resposta inflamatória e equilíbrio hídrico.Devem ser usadas em conjunto com a avaliação física, antropométrica e consumo alimentar, para correta elaboração do diagnóstico nutricional. Proteínas séricas para avaliação do estado nutricional Albumina Pré-albumina Transferrira Proteínas transportadoras de retinol Proteínas que variam na fase aguda da resposta inflamatória 2.4 Avaliação Bioquímica Aumentam Diminuem Proteína C reativa Albumina α-antitripsina Pré-albumina Complemento C3 Proteína transportadora do retino Ferritina Transferrina Fibrogênio Globulina ligada à tiroxina (KOLETZCO, 2008) 30 Exames laboratoriais para avaliação do estado nutricional Retinol Zinco Vitamina E sérica Vitamina D Vitamina C plasmática Vitamina B12 Vitamina B6 Identificação de anemias Hemoglobina Hematócrito Volume corpuscular médio Capacidade total de ligação do ferro Ferritina Transferrina Perfil lipídico Colesterol LDL-C HDL-C VLDL Triglicerídeos Metabolismo glicídico Glicemia Insulina Hemoglobina glicada Teste de tolerância oral a glicose (TTOG) Função hepática Albumina sérica Bilirrubina Fosfatase alcalina Gamaglutamil transpeptidase (GGT) AST e ALT Função renal Taxa de filtração glomerular Albuminúria Creatinina Ureia Sódio, potássio, fósforo Folato sérico Cálcio total Cálcio ionizável Fósforo Magnésio Fosfatase alcalina (I DIRETRIZ DE PREVENÇÃO DA ATEROSCLEROSE NA INFANCIA E ADOLESCÊNCIA, 2005; SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2007; KOLETZCO, 2008) 31 3.Diagnóstico Nutricional 32 Aumento do gasto energético Ingestão inadequada de energia Ingestão excessiva de energia Ingestão insuficiente da energia estimada Ingestão excessiva da energia estimada Ingestão oral inadequada Ingestão oral excessiva Infusão inadequada de nutrição via sonda Infusão excessiva de nutrição via sonda Composição da nutrição via sonda em Administração de nutrição via sonda em Infusão inadequada de nutrição parenteral Infusão excessiva de nutrição parenteral Composição de nutrição parenteral em Administração de nutrição parenteral em Aceitação limitada aos alimentos Ingestão inadequada de líquidos Ingestão excessiva de líquidos Ingestão inadequada de substâncias biotaivas Ingestão inadequada de ésteres de estanol Ingestão inadequada de fitosteróis Ingestão inadequada de proteínas de soja Ingestão inadequada de psilium Ingestão inadequada de β-glicano Ingestão excessiva de substâncias bioativas Ingestão excessiva de ésteres de estanol Ingestão excessiva de fitosteróis Ingestão excessiva de proteínas de soja Ingestão excessiva de psilium Ingestão excessiva de β-glicano Ingestão excessiva de aditivos alimentares Ingestão excessiva de cafeína Ingestão excessiva de álcool INGESTÃO - IN Problemas relacionados à ingestão de energia, nutrientes, líquidos e substâncias bioativas por via oral, sonda e parenteral. Balanço Energético (IN-1) Mudanças no balanço energético (kcal) real ou estimado Ingestão Oral por Sonda ou Parenteral (IN-2) Ingestão de alimento e bebida real ou estimada pela via oral, sonda ou parenteral, comparada com o objetivo do paciente. descorado com as necessidades desacordo com as necessidades desacordo com as necessidades desacordo com as necessidades Ingestão de Líquidos (IN-3) Ingestão de líquidos real ou estimada, comparada com objetivo do paciente Ingestão de Substâncias Bioativas (IN-4) Ingestão de substâncias bioativas real ou estimada, incluindo componentes únicos ou múltiplos de de alimentos funcionais, ingredientes, suplementos dietéticos e álcool. vegetal vegetal IN-1.1 IN-1.2 IN-1.3 IN-1.4 IN-1.5 IN-2.1 IN-2.2 IN-2.3 IN-2.4 IN-2.5 IN-2.6 IN-2.7 IN-2.8 IN-2.9 IN-2.1.1 IN-2.1.0 IN-3.1 IN-3.2 IN-4.1 IN-4.1.1 IN-4.1.2 IN-4.1.3 IN-4.1.4 IN-4.1.5 IN-4.2 IN-4.2.1 IN-4.2.2 IN-4.2.3 IN-4.2.4 IN-4.2.5 IN-4.2.6 IN-4.2.7 IN-4.3 IN-5.1 IN-5.3 IN-5.2.3 IN-5.6.1 IN-5.6.2 IN-5.6.3 IN-5.7.1 IN-5.7.2 IN-5.7.3 Aumento das necessidades de nutrientes Desnutrição Desnutrição relacionada à inanição Desnutrição relacionada à condições ou Desnutrição relacionada à condição ou Ingestão inadequada de a energia e proteínas Diminuição das necessidades de nutrientes Desequilíbrio de nutrientes Ingestão inadequada de lipídeos Ingestão excessiva de lipídeos Ingestão de tipos de lipídeos Ingestão inadequada de proteínas Ingestão excessiva de proteínas Ingestão de tipos de proteínas ou aminoácidos Ingestão inadequada de carboidratos Ingestão excessiva de carboidratos Ingestão de tipos de carboidratos em Ingestão irregular de carboidratos Ingestão inadequada de fibras Ingestão excessiva de fibras Ingestão inadequada de vitaminas Ingestão excessiva de vitaminas Balanço de Nutrientes (IN-5) Ingestão de grupos específicos de nutrientes ou nutrientes único, real ou estimada, comparada aos níveis desejados para o paciente/cliente (especificar):_______________________________ doença crônica doença aguda (especificar):_______________________________ Ingestão de Lipídeos e de Colesterol (IN-5.6) em desacordo com as necessidades (especificar):______________________________ Ingestão de Proteínas (IN-5.7) em desacordo com as necessidades (especificar):______________________________ Ingestão de Carboidratos e Fibras (IN-5.8) desacordo com as necessidades (especificar):______________________________ Ingestão de Vitaminas (IN-5.9) (especificar):_____________________________ (especificar):_____________________________ Niacina (8) Folato (9) B6 (10) B12 (11) Acido pantotênico (12) Biotina (13) Niacina (8) Folato (9) B6 (10) B12 (11) Acido pantotênico (12) Biotina (13) A (1) C (2) D (3) E (4) K (5) Tiamina (6) Riboflavina (7) A (1) C (2) D (3) E (4) K (5) Tiamina (6) Riboflavina (7) IN-5.2 IN-5.2.1 IN-5.2.2 IN-5.4 IN-5.5 IN-5.8.1 IN-5.8.2 IN-5.8.3 IN-5.8.4 IN-5.8.5 IN-5.8.6 IN-5.9.1 IN-5.9.2 33 Ingestão inadequada de minerais Ingestão excessiva de minerais Ingestão estimada insuficiente de nutrientes Ingestão estimada excessiva de nutrientes Dificuldade na deglutição Dificuldade na mordedura/mastigação Dificuldade na amamentação Alteração na função GI Dificuldade prevista na amamentação Alterações na utilização de nutrientes Alterações nos valores laboratoriais Interação fármaco-nutriente Interação prevista de fármaco-nutriente Ingestão de Minerais (IN-5.10) (especificar):_____________________________ (especificar):_____________________________ Ingestão de Multinutrientes (IN-5.11) NUTRIÇÃO CLÍNICA - NC Achados/problemas nutricionais identificados que estão relacionados a condições clínicas ou físicas. Condição Funcional (NC-1) Mudança no funcionamento físico ou mecânico que interfere ou impede os resultados nutricionais desejados. Condição Bioquímica (NC-2) Mudança na capacidade de metabolizar nutrientes devido a medicamentos, cirurgias ou alterações nos valores laboratoriais. (especificar) relacionados a nutrição (especificar):_______________________________ (especificar):_______________________________ (especificar):_______________________________ Cálcio (1) Cloreto (2) Ferro (3) Magnésio (4) Potássio (5) Fósforo (6) Sódio (7) Zinco (8) Sulfato (9) Flúor (10) Cobre (11) Iodo (12) Selênio (13) Manganês (14) Cromo (15) Molibidênio (16) Boro (17) Cobalto (18) Cálcio (1) Cloreto (2) Ferro (3) Magnésio (4) Potássio (5) Fósforo (6) Sódio (7) Zinco (8) Sulfato (9) Flúor (10) Cobre (11) Iodo (12) Selênio (13) Manganês (14) Cromo (15) Molibidênio (16) Boro (17) Cobalto (18) IN-5.10.1 IN-5.10.2 IN-5.11.1 IN-5.11.2 NC-1.1 NC-1.2 NC-1.3 NC-1.4 NC-1.5 NC-2.1 NC-2.2 NC-2.3 NC-2.4 Baixo peso Perda de peso involuntária Sobrepeso/obesidade Sobrepeso, adulto ou pediatria Obesidade, pediatria Obesidade, classe I Obesidade, classeII Obesidade, classe III Ganho de peso involuntário Taxa de crescimento abaixo do esperado Taxa de crescimento excessiva Deficiência de conhecimento relacionado Atitudes/crenças não comprovadas quando Despreparo para mudança na dieta/estilo Despreparo no automonitoramento Padrão alimentar desordenado Aderência limitada às recomendações Escolhas alimentares indesejáveis Inatividade física Excesso de atividade física Incapacidade de gerenciar o autocuidado Alteração da habilidade de preparar Deficiência na qualidade de vida relacionada Dificuldade na autoalimentação Ingestão não segura de alimentos Acesso limitado a alimentos ou água Acesso limitado a suprimentos relacionados Nenhum diagnóstico de nutrição no momento Condição do Peso Corporal (NC-3) Condição crônica de peso ou alteração de peso, quando comparado com o usual ou o desejado. COMPORTAMENTO/AMBIENTE NUTRICIONAL - CN Achados/problemas nutricionais identificados relacionados ao conhecimento, atitudes/crenças, ambiente físico, acesso aos alimentos ou segurança alimentar. Conhecimento e Crenças (CN-1) Conhecimento e crenças conforme relatados, observados ou documentados. aos alimentos e à nutrição aos alimentos ou tópicos relacionados à nutrição (uso com cautela) de vida relacionadas à nutrição Atividade Física e Função (CN-2) Problemas na atividade física, autocuidado e qualidade de vida, conforme relatado, observado ou documentado. alimentos/ refeições à nutrição Segurança Alimentar e Acesso aos Alimentos (CN-3) Problemas em relação à segurança alimentar ou ao acesso ao alimento, água ou suprimentos relacionados. à nutrição OUTRO - OU Achados nutricionais que não estão classificados como problemas de ingestão, nutrição ou comportamento/ambiente NC-3.1 NC-3.2 NC-3.3 NC-3.3.1 NC-3.3.2 NC-3.3.3 NC-3.3.4 NC-3.3.5 NC-3.4 NC-3.5 NC-3.6 CN-2.5 CN-2.6 CN-1.4 CN-1.1 CN-1.2 CN-1.3 CN-1.5 CN-1.7 CN-1.6 CN-2.1 CN-2.2 CN-2.3 CN-2.4 CN-3.1 CN-3.2 CN-3.3 (ASBRAN, 2014) 34 4.Recomendações Nutricionais 35 Recomendações FAO/OMS Faixa etária Meninos Meninas 0-1 meses 113g/kg de peso 107g/kg de peso 1-2 meses 104g/kg de peso 101g/kg de peso 2-3 meses 95g/kg de peso 94g/kg de peso 3-4 meses 82g/kg de peso 84g/kg de peso 4-5 meses 81g/kg de peso 83g/kg de peso 5-6 meses 81g/kg de peso 82g/kg de peso 6-9 meses 79g/kg de peso 78g/kg de peso 9-11 meses 80g/kg de peso 79g/kg de peso 11-12 meses 81g/kg de peso 79g/kg de peso 4.1 Recomendações Energéticas (FAO/OMS ,1985) 36 Recomendações FAO Faixa etária Meninos Meninas 1-2 anos 82,4g/kg de peso 80,1g/kg de peso 2-3 anos 83,6g/kg de peso 80,6g/kg de peso 3-4 anos 79,7g/kg de peso 76,5g/kg de peso 4-5 anos 76,8g/kg de peso 73,9g/kg de peso 5-6 anos 74,5g/kg de peso 71,5g/kg de peso 6-7 anos 72,5g/kg de peso 69,3g/kg de peso 7-8 anos 70,5g/kg de peso 66,7g/kg de peso 8-9 anos 68,5g/kg de peso 63,8g/kg de peso 9-10 anos 66,6g/kg de peso 60,8g/kg de peso 10-11 anos 64,6g/kg de peso 57,8g/kg de peso 11-12 anos 62,4g/kg de peso 54,8g/kg de peso 12-13 anos 60,2g/kg de peso 52,0g/kg de peso 13-14 anos 57,9g/kg de peso 49,3g/kg de peso 14-15 anos 55,6g/kg de peso 47,0g/kg de peso 15-16 anos 53,4g/kg de peso 45,3g/kg de peso (FAO/OMS,1985) 37 Recomendações DRI Faixa etária Fórmula 0 a 3 meses [89 x peso (kg) – 100] + 175 4 a 6 meses [89 x peso (kg) – 100] + 56 7 a 12 meses [89 x peso (kg) – 100] + 22 13 a 35 meses [89 x peso (kg) – 100] + 20 3 a 8 anos meninos 88,5 – [61,9 x idades (anos)] + AF x [26,7 x peso (kg) + 903 x altura (m)] + 20 3 a 8 anos meninas 135,3 – [30,8 x idades (anos)] + AF x [10,0 x peso (kg) + 934 x altura (m)] + 20 3 a 8 anos meninos c/ sobrepeso e obesidade 144 – [50,9 x idades (anos)] + AF x [19,5 x peso (kg) + 1161,4 x altura (m)] 3 a 8 anos meninas c/ sobrepeso e obesidade 389 – [41,2 x idades (anos)] + AF x [15 x peso (kg) + 801,6 x altura (m)] 9 a 18 anos meninos 88,5 – [61,9 x idades (anos)] + AF x [26,7 x peso (kg) + 903 x altura (m)] +25 9 a 18 anos meninas 135,3 – [30,8 x idades (anos)] + AF x [10,0 x peso (kg) + 934 x altura (m)] +25 (DRI,2002) Idade Sedentário Pouco ativo Ativo Muito ativo Meninos 3-8 anos 3-8 anos (sobrepeso) 9-18 anos Meninas 3-8 anos 3-8 anos (sobrepeso) 9-18 anos 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,13 1,12 1,13 1,16 1,18 1,16 1,26 1,24 1,26 1,31 1,35 1,31 1,42 1,45 1,42 1,42 1,60 1,56 (IOM, 2002/2005) Fator de atividade física 38 Recomendações FAO/OMS (Crianças criticamente doente) Faixa etária Meninos (kcal/dia) Meninas (kcal/dia) 0 a 3 anos 60,9 x Peso - 54 61 x Peso - 51 3 a 10 anos (22,7 x Peso) + 495 (22,5 x Peso) + 499 10 a 18 anos (17,5 x peso) + 651 (12,2 x Peso) + 746 (SCHOFIELD,1985) 39 Recomendações Scholfield (Crianças criticamente doente Faixa etária Meninos Meninas 0 a 3 anos 0,167(P) + 15,17 (E) - 617,6 16,252 (P) + 10,232 (E) - 413,5 3 a 10 anos 19,59 (P) + 1,303 (E) + 414,9 16,969 (P) + 1,618(E) + 371,2 10 a 18 anos 16,25 (P) + 1,372 (E) + 515,5 8,365 (P) + 4,65 (E) + 200 (FAO/OMS, 1985) Recomendações de proteínas - DRI (RDA/AI) Idade Proteínas 0-6 meses 9,1g/dia ou 1,52g/kg 7-12 meses 3,5g/dia ou 1,2g/kg 1-3 anos 13g/dia ou 1,05g/kg 4-8 anos 19g/dia ou 0,95g/kg 9-13 anos 34g/dia ou 0,95g/kg 14-18 anos 52g (M) /46g (F) /dia ou 0,85/0,95g/kg 4.2 Recomendações Proteicas Idade Proteínas 1-3 anos 5-20% 4-18 anos 10-30% (DRI, 2002) (IOM, 2005) Distribuição aceitável – IOM (2005) 40 Recomendações de carboidratos e lipídeos - DRI (RDA/AI) Idade Carboidratos Lípideos 0-6 meses 60g 31g 7-12 meses 95g 30g 1-3 anos 130g - 4-18 anos 130g - 4.3 Recomendações de Carboidratos e Lipídeos Idade Carboidratos Lípideos 1-3 anos 45-65% 30-40% W6: 5,0-10% W3: 0,6-1,2% 4-18 anos 45-65% 25-35% W6: 5,0-10% W3: 0,6-1,2% (DRI, 2002) (IOM, 2005) Distribuição aceitável – IOM (2005) 41 Recomendações de fibras Idade Fibras Menores de 2 anos - Maiores de 2 anos 5g + idade Crianças 0-6 meses 6-12 meses 1-3 anos: 4-8 anos Meninos 9-13 anos 14-18 anos Meninas 9-13 anos 14-18 anos - - 19g 25g 31 38 26 26 4.4 Recomendações de Fibras (DRI, 2002; AMERICAN HEALTH FIUNDATION, 1995) 42 Recomendações hídricas Idade Água 0 a 6 meses 6 a 12 meses 1 a 3 anos 4 a 8 anos Meninos 9-13 anos 14-18 anos Meninas 9-13 anos 14-18 anos 0,7 L/d 0,8 L/d 1,3 L/d 1,7 L/d Meninos 2,4 L/d 3,3 L/d Meninas 2,1 L/d 2,3 L/d 4.5 Recomendações de Água (DRI, 2002) Peso corporal Necessidades calóricas Até 10 kg 100 mL/kg/dia De 11 a 20 kg 1.000 mL + 50 mL/kg Acima de 20 kg 1.500 mL + 20mL/kg Recomendações hídricas (HOLLIDAY; SEGAR, 1957) 43 Faixa etária Niacina Vitamina B6 Folato Vitamina B12 Acido Pantatênic o Biotina Crianças 0-6 meses 6-12 meses 1-3 anos: 4-8 anos Meninos 9-13 anos 14-18 anos Meninas 9-13 anos 14-18 anos 2mg/dia 4mg/dia 6mg/dia 8mg/dia 12mg/dia 16mg/dia 12mg/dia 14mg/dia 0,1mg/dia 0,3mg/dia 0,5mg/dia 0,6mg/dia 1,,0mg/dia 1,3mg/dia 1,0mg/dia 1,2mg/dia 65mcg/dia 80mcg/dia 150mcg/dia 200mcg/dia 300mcg/dia 400mcg/dia 300mcg/dia 400mcg/dia 0,4mcg/dia 0,5mcg/dia 0,9mcg/dia 1,2mcg/dia 1,8mcg/dia 2,4mcg/dia 1,8mcg/dia 2,4mcg/dia 1,7mg/dia 1,8mg/dia 2,0mg/dia 3,0mg/dia 4,0mg/dia 5,0mg/dia 4,0mg/dia 5,0mg/dia 5,0mcg/dia 6,0mcg/dia 8,0mcg/dia 12mcg/dia 20mcg/dia 25mcg/dia 20mcg/dia 25mcg/dia Faixa etária Vitamina A Vitamina C Vitamina D Vitamina K Tiamina Riboflavina Crianças 0-6 meses 6-12 meses 1-3 anos: 4-8 anos Meninos 9-13 anos 14-18 anos Meninas 9-13 anos 14-18 anos 400mcg/dia 500mcg/dia 300mcg/dia 400mcg/dia 600mcg/dia 900mcg/dia 600mcg/dia 700mcg/dia 40mg/dia 50mg/dia 25mg/dia 15mg/dia 45mg/dia 75mg/dia 45mg/dia 65mg/dia 10mg/dia 10mg/dia 15mg/dia 15mg/dia 15mg/dia 15mg/dia 15mg/dia 15mg/dia 2,mcg/dia2,5mcg/dia 30mcg/dia 55mcg/dia 60mcg/dia 75mcg/dia 60mcg/dia 75mcg/dia 0,2mg/dia 0,3mg/dia 0,5mg/dia 0,6mg/dia 0,9mg/dia 1,2mg/dia 0,9mg/dia 1,0mg/dia 0,3mg/dia 0,4mg/dia 0,5mg/dia 0,6mg/dia 0,9mg/dia 1,3mg/dia 0,9mg/dia 1,0mg/dia 4.6 Recomendações de Vitaminas e Minerais (DRI/RDA) (DRI, 2002) 44 Faixa etária Magnésio Manganês Molibdênio Fosforo Selênio Zinco Crianças 0-6 meses 6-12 meses 1-3 anos: 4-8 anos Meninos 9-13 anos 14-18 anos Meninas 9-13 anos 14-18 anos 30mg/dia 75mg/dia 80mcg/dia 130mcg/dia 240mg/dia 410mg/dia 240mg/dia 360mg/dia 0.003mg/dia 0.6mg/dia 1.2mg/dia 1.5mg/dia 1.9mg/dia 2.2mg/dia 1.6mg/dia 1.6mg/dia 2.0mcg/dia 3.0mcg/dia 17mcg/dia 22mcg/dia 34mcg/dia 43mcg/dia 34mcg/dia 43mcg/dia 100mg/dia 275mg/dia 460mg/dia 500mg/dia 1.250mg/dia 1.250mg/dia 1.250mg/dia 1.250mg/dia 15mcg/dia 20mcg/dia 20mcg/dia 30mcg/dia 40mcg/dia 55mcg/dia 40mcg/dia 55mcg/dia 2.0mg/dia 3.0mg/dia 3.0mg/dia 5.0mg/dia 8.0mg/dia 11mg/dia 9.0mg/dia 9.0mg/dia Faixa etária Colina Cálcio Cromo Cobre Flúor Iodo Crianças 0-6 meses 6-12 meses 1-3 anos: 4-8 anos Meninos 9-13 anos 14-18 anos Meninas 9-13 anos 14-18 anos 125mg/dia 150mg/dia 200mg/dia 250mg/dia 375mg/dia 550mg/dia 375mg/dia 400mg/dia 200mg/dia 260mg/dia 700mg/dia 1000mg/dia 1300mg/dia 1300mg/dia 1300mg/dia 1300mg/dia 0,2mcg/dia 5,5mcg/dia 11mcg/dia 15mcg/dia 25mcg/dia 35mcg/dia 21mcg/dia 24mcg/dia 200mcg/dia 220mcg/dia 340mcg/dia 440mcg/dia 700mcg/dia 890mcg/dia 700mcg/dia 890mcg/dia 0,01mg/dia 0,5mg/dia 0,7mg/dia 1,0mg/dia 2,0mg/dia 3,0mg/dia 2,0mg/dia 3,0mg/dia 110mcg/dia 130mcg/dia 90mcg/dia 90mcg/dia 120mcg/dia 150mcg/dia 120mcg/dia 150mcg/dia Faixa etária Potassio Sódio Cloreto Vitamina E Ferro Crianças 0-6 meses 6-12 meses 1-3 anos: 4-8 anos Meninos 9-13 anos 14-18 anos Meninas 9-13 anos 14-18 anos 0.4g/dia 0.7g/dia 3.0g/dia 3.8g/dia 4.5g/dia 4.7g/dia 4.5g/dia 4.7g/dia 0.12g/dia 0.37g/dia 1.0g/dia 1.2g/dia 1.5g/dia 1.5g/dia 1.5g/dia 1.5g/dia 0.18g/dia 0.57g/dia 1.5g/dia 1.9g/dia 2.3g/dia 2.3g/dia 2.3g/dia 2.3g/dia 4.0mg/dia 5.0mg/dia 6.0mg/dia 7.0mg/dia 11mg/dia 15mg/dia 11mg/dia 15mg/dia 0,27mg/dia 11mg/dia 7,0mg/dia 10mg/dia 8,0mg/dia 11mg/dia 8,0mg/dia 15mg/dia (DRI, 2002) 45 5. Recomendações Nutricionais para Condições Clinicas Específicas 46 Calorias DRI Proteinas DRI Proteína Extensamente hidrolisadas (p/ as formas mediadas ou não por IGE). Primeira opção ao tratamento para as formas leves. Á base de aminoácidos livres para situações mais graves (anafilaxia, enterocolite, doença pulmonar crônica) Proteína da soja p/ crianças > 6 meses e que apresentem alguns sintomas leves e na fase tardia, após o uso de FEH por 6 a 8 semanas. Lipídeos DRI Carboidratos DRI Fibras DRI Líquidos HOLLIDAY; SEGAR, 1957DRI Vitaminas DRISuplementar, se necessário: Vit. A, D Minerais DRISuplementar, se necessário: Cálcio Probióticos Lactobacillus rhamnosus 5.1 Alergia à Proteína do Leite de Vaca 47 (SOLÉ et al.,2018) Calorias DRI Proteinas DRI. Lipídeos DRI Carboidratos DRI Fibras DRI Líquidos HOLLIDAY; SEGAR, 1957DRI Vitaminas Vit D (profilaxia): 400UI (0-12 meses); 600UI (> 1ano). Vit. A (profilaxia): 6-12 meses: dose única de 100.000UI Vit. B12: DRI Vit. Ácido Fólico: DRI Dose preventiva para crianças em risco 12-72 meses: dose única de 200.000UI Minerais Ferro Alimentação: DRI Suplementação/profilaxia: 3 até 24 meses: 1mg/kg/dia . Nascido com baixo peso, iniciar com 2mg/kg/dia no primeiro mês e após, 1mg/kg/dia. Suplementação/tratamento: 3-5mg/kg/dia por 3 a 6 meses 5.2 Anemias/Hipovitaminoses 48 (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2021) Calorias 9 -11kcal x Estatura (cm) O aporte calórico dependerá do estado nutricional e do tipo de ventilação. Proteinas 10 - 20% Lipídeos DRI Limitar saturados a < 10% e colesterol a <300mg se dislipidemia. Incrementar polinsaturados e monoinsaturados Carboidratos DRIAtentar para hipoglicemia e hiperglicemia Fibras DRIAtentar para situação de constipação comumente presente Líquidos 150mL/kg/dia Vitaminas DRISuplementar, se necessário: Vit. D Minerais DRISuplementar, se necessário: Cálcio 5.3 Atrofia Muscular Espinhal - AME 49 (CORSELLO et al., 2021) Calorias Neonato: 130 - 150 kcal/kg/dia (Cardiopatia leve à moderado); 175 - 180 kcal/kg/dia ( cardiopatia grave) Lactente: 120 - 150 kcal/kg/dia Crianças: DRI Proteinas Lactente a termo: 3 - 3,5 g/kg/dia Lactente pré-termo ou baixo peso: 3-4 g/kg/dia Crianças e adolescentes: DRI Lipídeos 30 - 40% Módulos - TCM ou TCL: 1,5 - 3% do VET ou 2 a 5% do volume da dieta Carboidratos 55 - 60 % Módulos - Maltodextrina, polímeros de glicose e oligossacarídeos: 5% do VET ou 2 a 5% do volume da dieta Açúcar: Se necessário, até 25% do VET Fibras DRI Líquidos HOLLIDAY; SEGAR, 1957 DRI Restrição quando houver necessidade Vitaminas DRI x 1,5-2,0, se desnutriçãoSuplementar, se necessário: Vit. D, Tiamina Minerais DRI x 1,5-2,0, se desnutrição Na: 1,5 a 2 mEq/kg/dia Suplementar, se necessário: Cálcio, Ferro, Magnésio 5.4 Cardiopatia 50 (BATISTA, 2021; AZEKA et al., 2014) Calorias DRI + 20 - 50% Proteinas 2-3g/kg/diaBCAA: 10% do total de aminoácidos Lipídeos 30 - 50% TCM: 30-70% LCPUFA: > 10%. Adicionar à dieta óleos vegetais fontes de AGE Carboidratos 40 - 60 % Módulos (Maltodextrina, polímeros de glicose e oligossacarídeos): 5% do VET ou 2 a 5% do volume da dieta Fibras DRI Líquidos HOLLIDAY; SEGAR, 1957Avaliar restrição em caso de ascite e edema Vitaminas DRISuplementar Vit A, D, E, K Minerais DRISuplementar Cálcio, Cobre, Ferro, Magnésio, Selênio, Zinco 5.5 Colestase 51 (KLOOSTERMAN et al, 2022; SOCIEDADE BRASILERA DE PEDIATRIA, 2021; BONFIM, 2021; TESSITORE et al., 2021) Calorias Fase aguda inicial: 40-45kcal/kg/dia 40-55kcal/kg/dia Fase aguda tardia: 70-95kcal/kg/dia 60-80kcal/kg/dia Fase de recuperação: 110-160kcal/kg/dia 90-120kca/kg/dial Enteral Parenteral Proteinas Fase aguda inicial: 1-2g/kg/dia 1-2g/kg/dia Fase aguda tardia: 2-3g/kg/dia 2-3g/kg/dia Fase de recuperação: 3,5-4,5g /kg/dia 2,5-3,5g/kg/dia Complementar com aditivos do leite humano Proteína extesamente hidrolizada ou de aminoácidos quando não for possível o leite materno VAN GOUDEOEVER et al, 2018: 1 dia: 1,5-2,5g/kg/dia; 2 dia-2m: 2,5-3,5g/kg/dia Enteral Parenteral Lipídeos Fase aguda inicial: 2-3g/kg/dia 1-2g/kg/diaFase aguda tardia: 3-6g/kg/dia 2-3g/kg/dia Fase de recuperação: 5-8g/kg/dia 3-4g/kg/dia Enteral Parenteral Carboidratos Fase aguda inicial: 5-8g/kg/dia 5-8g/kg/dia Fase aguda tardia: 7-11g/kg/dia 7-10g/kg/dia Fase de recuperação: 11-15g/kg/dia 11-14g/kg/dia Enteral Parenteral Fibras - Líquidos 150-180mL/kg/dia Vitaminas DRISuplementar Minerais DRISuplementar 5.6 Criticamente Doente Pré-termo 52 (MOLTU et al., 2021; VAN GOUDEOEVER, 2018)Fase aguda: 1-2 dias Fase aguda tardia: 3-7dias Fase de recuperação: após 7 dias Calorias Fase aguda inicial: 35-50-kcal 15-40kcal Fase aguda tardia: 55-80kcal 45-70kcal Fase de recuperação: 90-120kcal 75-85kcal Enteral Parenteral Proteinas Fase agudainicial: <1,5g 1,0gFase aguda tardia: 1,5-2,5g 1,5-2,5g Fase de recuperação: 2,0-3,5g 2,0-3,0g Enteral Parenteral Lipídeos Fase aguda inicial: <3,0g <1,5gFase aguda tardia: 3,0-4,5g 1,5-2,5g Fase de recuperação: 4,0-6,0g 3,0-4,0g Enteral Parenteral Carboidratos Fase aguda inicial: 4,0-6,0g 4,0-7,0gFase aguda tardia: 6,0-10,0g 6,0-10,0g Fase de recuperação: 9,0-15,0g 8,0-14,0g Enteral Parenteral Fibras - Líquidos HOLLIDAY; SEGAR, 1957DRI Vitaminas DRISuplementação em condições clínicas específicas Minerais DRISuplementação em condições clínicas específicas 5.7 Criticamente Doente Neonatos (0-28 dias) 53 (MOLTU et al., 2021) Calorias Fase aguda/crônica (Estresse): Utilizar TMB (FAO/OMS ou Schofield) s/ adicionar fator de estresse. Atingir pelo menos 2/3 na primeira semana Fase de estabilização/recuperação: ASPEN, 2002, 2017: 0-1a: 90-120kcal; 1-7a: 75-90kcal; 7-12a: 60-75kcal; 12-18a: 25- 30kcal Nutrição Parenteral (JOESTEN et al, 2018): Fase aguda Fase estabilização Fase recuperação 0-1 ano 45-50kcal/kg/dia 60-65kcal/kg/dia 75-85kcal/kg/dia 1-7 anos 40-45kcal/kg/dia 55-60kcal/kg/dia 65-75kcal/kg/dia 7-12 anos 30-40kcal/kg/dia 45-55kcal/kg/dia 55-65kcal/kg/dia 12-18 anos 20-30kcal/kg/dia 25-40kcal/kg/dia 30-55kcal/kg/dia Proteinas Fase aguda: mínimo de 1,5g/kg/dia 0-2a: 2-3g/kg/dia; 2-13a: 1,5-2,0g/kg/dia; 13-18a: 1,5g/kg/dia Se obesidade, utilizar peso ideal Crianças à termo: 2m-3anos: 2,5g/kg/dia; 3-18anos: 2,0g/kg/dia ASPEN, 2009, 2017 VAN GOUDEOEVER et al, 2018 Proteína extensamente hidrolisada ou Aminoácidos livres, se trato gastrointestinal comprometido ou condição de risco: desnutrição jejum prolongado, uso de drogas vasoativas/alfa adrenérgica Lipídeos DRIÔmega 3: 0,5% das calorias totais Carboidratos DRIReduzir em caso de hiperglicemia. Evitar sacarose Fibras Se trato gastrointestinal integro Líquidos HOLLIDAY; SEGAR, 1957/DRIDependerá do Balanço hídrico Vitaminas DRI Suplementação em condições clínicas específicas Suplementar para melhorar estress oxidativo: Vit. A, C, E 5.8 Criticamente Doente Crianças e adolescentes 54 (,JOESTEN et al., 2018; VAN GOUDEOEVER, 2018; ASPEN, 2002, 2009, 2017 ) Calorias DRI + 20% a 50% Proteinas DRI + 20% a 50% Lipídeos 1 a 3 anos : 30 - 40%4 a 18 anos: 25 - 35% Carboidratos 45 - 65% Fibras DRI Líquidos HOLLIDAY; SEGAR, 1957DRI Vitaminas DRI + 20 a 50%Suplementar vitamina A, D, Ácido Fólico Minerais DRI + 20 a 50%Suplementar Ferro, Zinco, Cobre, Selênio 5.9 Desnutrição Leve e Moderada 55 (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2021) Calorias Fase de estabilização: 80 - 110 kcal/kg/dia Fase de Transição/Reabilitação: 100 - 135 kcal/kg/dia Acompanhamento: 150 - 220 kcal/kg/dia Proteinas Fase de estabilização: 1,0 - 1,5 g/kg/dia Fase de Transição/Reabilitação: conforme necessidades Acompanhamento: 4,0 - 5,0 g/kg/dia Lipídeos 1 a 3 anos : 30 - 40%4 a 18 anos: 25 - 35% Carboidratos 45 - 65%;Isenta ou reduzida em lactose Fibras DRI Líquidos Fase de estabilização: 120 - 140 ml/kg/diaFase de recuperação: 150 - 200 ml/kg/dia Vitaminas DRI + 20 a 50%Suplementar vitamina A, D, Ácido Fólico Minerais DRI + 20 a 50%Suplementar Ferro, Zinco, Cobre, Selênio 5.10 Desnutrição Grave 56 (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2021; ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2000) Calorias DRI Proteinas 15 - 20% Lipídeos 25 - 35% Colesterol: 200mg/dia Gorduras saturadas: 1% VET Carboidratos 45 - 60% Açúcar <5% do VET Adoçantes: rodiziar os tipos de adoçantes Fibras DRI Líquidos HOLLIDAY; SEGAR, 1957DRI Vitaminas DRI Minerais DRI 5.11 Diabetes Mellitus 57 (AMERICAN DIABETES ASSOCIATIONS, 2019; ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2000) Calorias DRI Proteinas DRI Lipídeos DRI Carboidratos DRI Sem lactose: na desidratação grave, desnutrição e na diarreia persistente e crônica Fibras DRIFibra solúvel: Pectina, Goma Guar, FOS, GOS Líquidos HOLLIDAY; SEGAR, 1957DRI Vitaminas DRISuplementar Vit. A em caso de desnutrição Minerais DRI Suplementar Zinco por 10 a 14 dias Reposição de eletrólitos (Soro de Reidratação Oral) Probióticos Sacharomyces boulardii (250-750mg/dia) Lactobacilus rhamnosus GG (1 bilhão UFC/dia) L. reuteris ( 10-40 milhões de UFC/dia) L. lactis, Bifidubacterium, L. acidophilus Tratamento da diarreia aguda por 5 a 7 dias 5.12 Diarreia 58 (KAMBALE et al, 2020; SILVA et al, 2018; SHAHRAMIAN et al, 2018; SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2017) Calorias DRI Proteinas DRI Proteína de soja Lipídeos 30% (sendo 10% de saturada e 20% de monoinsaturadas e poliinsaturadas) Permanecendo o quadro de dislipidemias a longo prazo, reduzir gorduras saturadas para 7% Evitar gorduras Trans Fitoesteróis: 1,2 - 1,5g/dia (crianças acima de 5 anos) com hiperlipidemia familiar Ômega 3: 1 - 4g/dia para triglicerídeos >500mg/dL Carboidratos 45 - 60%Redução de alimentos fontes de carboidratos simples Fibras 5g + idade (máximo 20g) Preferir solúveis: psyllium, Pectinas (frutas) e gomas (aveia, cevada, grão de bico, ervilha e lentilha) Líquidos HOLLIDAY; SEGAR, 1957 Vitaminas DRISuplementar, se necessário: Vit. B3 Minerais DRI Lácteos A partir de 1 ano utilizar semi-desnatados com cautela. 5.13 Dislipidemia 59 (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2020; AMERICAN DIABETES ASSOCIATIONS, 2019; ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2000) Calorias DRI Proteinas DRI Isenta de glúten (trigo, centeio, cevada, aveia contaminada) Lipídeos DRI Carboidratos DRIIsenta de lactose até recuperação das vilosidades intestinais Fibras DRI Líquidos HOLLIDAY; SEGAR, 1957DRI Vitaminas DRISuplementar, se necessário: Vitamina do complexo B e Vit. D Minerais DRISuplementar, se necessário: Cálcio, Ferro, Magnésio, Zinco 5.14 Doença Celíaca 60 (QUEIROZ, 2021) Calorias DRI Proteinas DRI + 25% (se necessário)TGF-ß2: Fator de transformação de crescimento beta Lipídeos DRI Oferta de TCM se quadro de esteatorreia Ômega 3 Carboidratos DRI Restrição de alimentos fermentativos na fase ativa Restrição de lactose na fase ativa Restrição de açúcar Fibras DRIRestrição de fibras insolúveis na fase ativa Líquidos HOLLIDAY; SEGAR, 1957DRI Vitaminas DRIAumentar a oferta de vitaminas A, D, E, K, C Minerais DRI Aumentar a oferta de cálcio, ferro, cobre e zinco Restrição de sódio se PA elevada Próbioticos VSL 3 ou Escherichia coli Nissle 1917 (Colite Ulcerativa)Lactiaseibacillus rhamnosus GG (Doença de Crohn) Nutrição enteral Exclusiva, com dieta oligomérica ou polimérica por 4 a 8semanas, na Doença de Crohn. 5.15 Doença Inflamatória Intestinal 61 (SANTOS; TAKAHASHI, 2021; CHENG et al., 2021; VAN RNEENEN et al., 2021; TRIANFAFILLIDIS, 2020) Calorias GEB X 1,1kcal Sem disfunção motora: 15kcal x Estatura (cm) Com disfunção motora ambulatorial: 14kcal x Estatura (cm) Não ambulatorial: 11kcal x Estatura (cm) Desnutrição severa: acrescentar 20% Proteinas DRI Déficit nutricional ou úlcera de decúbito: DRI + 20% ou 2,0- 2,4g/kg/dia Utilizar peso/estatura Preferir proteína do soro do leite, se retardo no esvaziamento gástrico Lipídeos DRIAcréscimo de TCM se houver necessidade de aporte calórico Carboidratos DRI Acréscimo de Maltodextrina, se houver necessidade de aporte calórico Fibras DRI Crianças > 2 anos: 5g + idade Se dieta enteral, preferir com fibras Líquidos HOLLIDAY; SEGAR, 1957DRIVitaminas DRISuplementar Vit. A, Ácido fólico, B6, B12, C, D, K Minerais DRISuplementar Cálcio, Zinco 5.16 Encefalopatia Crônica não Evolutiva/Deficiência Neurológica 62 (ESPGHAN, 2017; SAVAGE et al., 2012; MARCHAND, MOTIL, 2006; CULLEY, 1969) Calorias 0 - 3m: 100 - 170 kcal/kg/dia 4m - 3a: 95 - 142 kcal/kg/dia 4 - 6a: 90 - 135 kcal/kg/dia 7 - 10a: 70 - 105 kcal/kg/dia 11 - 14a: 50 - 75kcal/kg/dia 15 - 18a: 40 -60kcal/kg/dia MENINOS 0 - 3m: 100 - 170 kcal/kg/dia 4m - 3a: 95 - 142 kcal/kg/dia 4 - 6a: 90 - 135 kcal/kg/dia 7 - 10a: 60-90 kcal/kg/dia 11 - 14a: 40- 60 kcal/kg/dia 15 - 18a: 38 - 57 kcal/kg/dia MENINAS Proteinas 0 - 3m: 2,4 - 4,2 g/kg/dia 4 -12 m: 1,7 - 3,2 g/kg/dia 1 - 6a: 1,25 - 2,2g/kg/dia 7 - 10a: 1,15 - 2g/kg/dia 11 - 14a: 1,1 - 1,94g/kg/dia 15 - 18a: 0,98 - 1,7g/kg/dia MENINOS 0 - 3m: 2,4 - 4,2 g/kg/dia 4 -12 m: 1,7 - 3,2 g/kg/dia 1 - 6a: 1,25 - 2,2g/kg/dia 7 - 10a: 1,15 - 2g/kg/dia 11 - 14a: 1,1 - 1,94g/kg/dia 15 - 18a: 0,95 - 1,64g/kg/dia MENINAS 5.17 Epidermólise Bolhosa 63 (SALERA et al., 2019) Lipídeos DRIEvitar alimentos gordurosos Carboidratos DRIEvitar açúcares simples Fibras DRI Líquidos HOLLIDAY; SEGAR, 1957DRI Vitaminas DRISuplementação de vitaminas A, C, D, E, complexo B Minerais DRI Próbioticos e glutamina Sem evidências científicas Calorias DRI Fração 1:1: 9kcal/gordura + 4kcal PTN + CHO = 13kcal Fração 2:1: 18kcal/gordura + 4kcal PTN + CHO = 22kcal Fração 3:1: 27kcal/gordura + 4kcal PTN + CHO = 31kcal Fração 4:1: 36kcal/gordura + 4kcal PTN + CHO = 40kcal Proteinas DRI Lipídeos Semana 1: proporção 1:1 (gordura/proteina + carboidrato) Semana 2: proporção 2:1 (gordura/proteina + carboidrato) Semana 3: proporção 3:1 (gordura/proteina + carboidrato) Semana 4: proporção 4:1 (gordura/proteina + carboidrato) TCM: melhor resposta a cetose Carboidratos Determinado após a quantidade de proteina Evitar açúcares, sorbitol, frutose, maltodextrina Fibras Computar como carboidrato Líquidos HOLLIDAY; SEGAR, 1957DRI Vitaminas DRISuplementar, se necessário: A, D, E, Ácido fólico Minerais DRI Suplementar, se necessário: cálcio, ferro, cobre, zinco, magnésio, selênio. Próbioticos Sem evidências científicas 5.18 Epilepsia Resistente a Fármaco Dieta cetogênica 64 (SAMPAIO, 2018) Calorias DRI Proteinas DRI Lipídeos DRI No máximo 30% ômega 3 Carboidratos DRI Se Resistência à insulina, reduzir para 45%-60% Sacarose: < 10% Evitar bebidas açucaradas, fontes de frutose, sacarose, entre outros açúcares Fibras DRI Líquidos HOLLIDAY-SEGAR, 1957DRI Vitaminas DRISuplementar, se necessário: D, E Minerais DRI Suplementar, se necessário: cálcio, ferro, cobre, zinco, magnésio, selênio. Próbioticos Lactobacillus rhamnosus, Bididobacterium lctis, Bifidobacteriumbifidum 5.19 Esteatose Hepática 65 (PINHEIRO; QUEIROZ, 2021; NASPGHAN, 2017) Calorias Tratamento emergencial: Acompanhamento: 0-6 meses: 80-115kcal/kg/dia; 7-12 meses: 85-95kcal/kg/dia; 1-3 anos: 80-95kcal/kg/dia; 4-6 anos: 80-90kcal/kg;dia 0-6 meses: 98-128kcal/kg/dia; 7-12 meses: 96-109kcal/kg/dia; 1-3 anos: 98-109kcal/kg/dia; 4-6 anos: 96-98kcal/kg/dia Proteinas Isento de Lisina e reduzido em triptofano Fase aguda: 0,8-1,0g/kg/dia Fórmula isenta de Lisina: GAcMed A Desnutrição: máximo 1-1,5g/kg/dia de proteína de fontes naturais e complementar com fórmula isenta de lisina Proteina Total Lisina Prot. natural Carnitina 0-6 meses 0,8-1,3g/kg/dia 100mg/kg/dia 100mg/kg/dia 7-12 meses 0,8-1,3g/kg/dia 90mg/kg/dia 100mg/kg/dia 1-3 anos 0,8g/kg/dia 60-80mg/kg/dia 100mg/kg/dia 4-6 anos 0,8g/kg/dia 50-60mg/kg/dia 50-100mg/kg/dia > 6 anos 0,8g/kg/dia 50-60mg/kg/dia 30-50mg/kg/dia Lipídeos Fase aguda Inicial: 1-2g/kg/dia, com progressão até 2-3g/kg/dia Carboidratos DRI Suplementação de maltodextrina no tratamento emergencial Casa: < 5 anos: 10% 5 meses -1 ano: 12% 1-2 anos: 15% 2-6 anos: 20% 6-10 anos: 20% > 10 anos: 25% Hospital: 0-1 anos: 12-15% 1-3 anos: 10-12% 3-6 anos: 10% 6-10 anos: 6-8% > 10 anos: 3-6% Fibras DRI Líquidos < 5 anos: 150ml/kg/dia; 5 meses -1 ano: 120ml/kg/dia; 1-2 anos: 100ml/kg; 2-6 anos: 1200-1500ml/dia; 6-10 anos: 1500-2000ml/dia; > 10 anos: 2000-2500ml/dia Vitaminas e Minerais DRI 5.20 Erro Inato do Metabolismo Acidúria Glutárica 66(KOLKER et al., 2011, MARTINS et al,. 2006, SOCIEDADE PORTUGUESA DE PEDIATRIA, 2007 ) Calorias DRI Proteinas Isenta de Fenilalanina Fórmulas isentas de Fenilalanina: PKUMed A, B, C; Fleet PKU Natural Fórmula metabólica Total 0-2 anos 1,0g/kg/dia 2,5g/kg/dia 3,0g/kg/dia 3-10 anos 0,3-0,8g/kg/dia 1,7g/kg/dia 2,0-2,5g/kg/dia 11-14 anos 0,25g/kg/dia 1,25g/kg/dia 1,5g/kg/dia > 14 anos 0,2g/kg/dia 0,8g/kg/dia 1,0g/kg/dia 0-5meses: 20-70mg/kg/dia 5m-1anos: 15-50mg/kg/dia 1-4 anos: 15-40mg/kg/dia 7-15 anos: 15-30mg/kg/dia 15-19 anos: 10-30mg/kg/dia Lipídeos DRI Carboidratos DRI Fibras DRI Líquidos HOLLIDAY; SEGAR, 1957DRI Vitaminas DRI Minerais DRI 5.21 Erro Inato do Metabolismo Fenilcetonúria 67 (PUGLIESE, 2021) Calorias (kcal/kg/dia) <6m 6-12m 1-4a 4-7a 7-11a 11-15a 15-19a 150-95 kcal 135-80 DRI DRI DRI DRI DRI Proteinas Fórmulas isentas desses aminoácidos: MSUD 1, 2, MSUD MED A, B Utilizar alimentos fontes de proteinas naturais p/ complementar a fórmula específica. <6m 6-12m 1-4a 4-7a 7-11a 11-15a 15-19a 3,0-3,5g 2,5-3,0g DRI DRI DRI DRI DRI (g/kg/dia) STRAUSS et al., 2013: 0-2m 3-5m 6-8m 9-12m 13-18m 19-24m 25-36m 2,4g 2,3g 2,2g 2,0g 2,1g 2,0g 1,5g Leu (mg) 72 58 44 35 33 27 21 <6m 6-12m 1-4a 4-7a 7-11a 11-15a 15-19a Leu: 60-100mg 40-75 40-70 35-63 30-60 30-50 15-40 Isol: 30-90mg 30-90 20-85 20-80 20-30 20-30 10-30 Val: 40-95mg 30-60 30-85 30-50 25-30 25-30 20-30 Lipídeos 50% do VETComplementar com TCM e óleos fontes de AGE Carboidratos 30-35% do VETComplementar com Maltodextrina Fibras DRI Líquidos <6m 6-12m 1-4a 4-7a 7-11a 11-15a 15-19a 135-160mL 120-145mL 95mL 90mL 75ml 50-55mL 50-65mL Vitaminas DRI Minerais DRISódio: 140-145mEq/L 5.22 Erro Inato do Metabolismo Leucinose 68(PUGLIESE, 2021; STRAUSS et al., 2013; SOCIEDADE PORTUGUESA DE PEDIATRIA, 2007) Calorias DRI + 10 a 100% Proteinas 20% Lipídeos 35-40% (1/3 saturados, 1/3 poliinsaturados, restante de monoTCM em caso de má absorção e ausência de enzimas digestivas Carboidratos 40-45% Fibras DRI Líquidos HOLLIDAY; SEGAR, 1957/DRI Vitaminas Hidrossolúveis: DRI Lipossolúveis: suplementar A, D, E, K, A D E K 0-12m 1500UI 400-500UI 40-50mg 0,3-0,5mg 1-3a 5000UI 800-1000UI 80-150mg 0,3-0,5mg 4-8a 5000-10000UI 800-1000UI 100-200mg 0,3-0,5mg >8a 10000UI 800-2000UI 200-400mg 0,3-1,0mg Minerais DRI Aumentar a oferta de cálcio, zinco, selênio, magnésio Sódio: neonatos e crianças: 2-3mEq/kg/dia Cloreto de sódio a 20% Condição de risco Condição extrema 0-6m: 1,5-3ml 3-6ml 6-12m:3-6ml 6-9ml 1-5a: 4-8ml 9-16ml > 5a: 9-12ml 18-34ml Próbioticos L Rhamnosus GG, L Casei e L. Reuteri Enzimas pancreáticas (CREON) < 12m: 2000-4000U de lipase/120ml de fórmula 1-4 anos: 2000-4000U/g gordura/refeição. Máximo 10.000U/kg/dia > 4 anos: 2000-4000U/g gordura/refeição. 1000-2500U/kg/refeição. Máximo 10.000U/kg/dia 5.23 Fibrose Cística 69 (NERI et al., 2022) Calorias DRI Proteinas DRI Se ureia e creatinina alterados, seguir recomendação para Insuficiência Renal Crônica. Lipídeos DRI Carboidratos DRI Fibras DRI Líquidos Restrição hídrica: 20ml/kg + diurese do dia anterior Vitaminas DRI Minerais DRI Restrição de potássio, se níveis alterados Restrição de sódio 1,5-2,0g/dia 5.24 Glomerunefrite Difusa Aguda 70 (KADIGO, 2021) Calorias DRI + 20 - 50%DRI + 20 - 70% para crianças maiores Proteinas 3-4g/kg/dia Lipídeos 30 - 60% TCM: 30-70%, se fluxo biliar comprometido AGE: 2,2-4,5% da energia total (relação 5:1 linoleico/linolênico) Dieta hipolipídica, se má absorção de gordura Carboidratos 40 - 60 % Fibras DRI Líquidos HOLLIDAY; SEGAR, 1957 DRI Avaliar restrição em caso de ascite e edema Vitaminas DRISuplementar Vit A, D, E, K Minerais DRI Suplementar Cálcio, Cobre, Ferro, Fósforo, Magnésio, Selênio, Zinco 5.25 Hepatopatia Crônica 71 (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2021; BONFIM, 2021) Calorias DRI Aumentar aporte quando o ganho de peso estiver inadequado Proteinas Requerimento baseado no TFG: g/kg/dia < 2 anos: Utilizar P/I ideal. > 2 anos utilizar peso ideal IMC/I Idade DRI Est 3 Est 4 e 5 HD DP 0 a 6 meses 1,5 1,5-2,1 1,5-1,8 1,6 1,65-1,80 7 a 12 meses 1,2 1,2-1,7 1,2-1,5 1,3 1,35-1,50 1 a 3 anos 1,05 1,05-1,5 1,05-1,25 1,15 1,20-1,30 4 a 13 anos 0,95 0,95-1,35 0,95-1,15 1,05 1,10-1,25 14 a 18 anos 0,95 0,85-1,20 0,85-1,05 0,95 1,00-1,15 Lipídeos DRI Módulo de TCM ou óleo vegetal: 3-5% (< 1 ano), 9% (> 1 ano), se houver necessidade de aporte energético Carboidratos DRI Módulo de carboidrato (maltodextrina/polímeros de glicose): 3- 5% (< 6meses), 5-8% (6m-1a), 8-18% (> 1ano) Fibras DRI Líquidos Restrição hídrica para tratamento dialítico20ml/kg de peso + diurese do dia anterior ou 400-600ml/m2 Vitaminas DRI Suplementar, se necessário Suplementar vitaminas hidrossolúveis no estágio 5 Minerais DRI Cálcio: 100 a 200% da DRI Outros minerais: mg/dia Idade Na K F normal c/ PTH alto F e PTH alto 0-6 m 100 500 ≤ 100 ≤ 80 7-12m 275 700 ≤ 275 ≤ 220 1-3a 460 1000 ≤ 460 ≤ 370 4-8a 500 1200-1600 ≤ 500 ≤ 400 9-18a 1250 2000 ≤ 1250 ≤ 1000 5.26 Insuficiência Renal Crônica 72(SHAWA et al., 2020; KDOQI, 2009) Calorias DRI Proteinas DRIAjustada conforme a lesão renal Lipídeos DRI Se Dislipidemia: 30% (sendo 10% de saturada e 20% de monoinsaturadas e poliinsaturadas). Permanecendo o quadro de dislipidemias a longo prazo, reduzir gorduras saturadas para 7% Evitar gorduras Trans Carboidratos DRI Se uso crônico de glicocorticoídes e Resistência à Insulina: Dieta hipoglicídica, pobre em carboidratos de alto índice glicêmico Fibras DRI Líquidos HOLLIDAY; SEGAR, 1957DRI Vitaminas DRI Suplementar Vitamina D Suplementar, se necessário: Vit. C, E Minerais DRI Suplementar Cálcio Sódio: baixo teor Antinflamatórios Polifenois e Ácidos Graxos Poli-insaturatos: estudos insuficientespara população pediátrica 5.27 Lúpus Eritematoso Sistêmico 73 (PUGLIESE; ELIAS, 2021) Calorias DRI (peso no percentil 50) Desnutrição leve: DRI + 20-50% (peso atual) Desnutrição grave ou falha no crescimento: DRI + 50-100% (peso atual Proteinas <2 anos: 2,5-3,0g/kg/dia 2-11 anos: 2,0g/kg/dia >12 anos: 1,5-2,0g/kg/dia Se perda de peso ou desnutrição: acréscimo de 15-20% Lipídeos DRIEvitar alimentos gordurosos, em caso de naúseas e vômitos Carboidratos DRI Sem lactose e sem fibras insolúveis, em caso de diarreia persistente Fibras DRI Líquidos HOLLIDAY; SEGAR, 1957DRI Vitaminas DRISuplementar, se necessário: Vit A e D Minerais DRISuplementar, se necessário: Cálcio, Magnésio, Zinco 5.28 Oncologia 74 (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NUTRIÇÃO ONCOLÓGICA, 2021; INCA, 2014) Calorias Sem disfunção: 14,7 x Estatura (cm) Atividade leve a moderada: 13,9 x Estatura (cm) Atividade restrita intensa: 10 x Estatura (cm Atividade física grave: 11,1 x Estatura (cm) Desnutrição: adicionar 20% Movimentos atetoides (adolescentes): > 6000kcal/dia Proteinas DRI Déficit nutricional ou úlcera de decúbito: DRI + 20% ou 2,0- 2,4g/kg/dia Utilizar peso/estatura Preferir proteína do soro do leite, se necessidade de esvaziamento gástrico mais rápido Lipídeos DRIAcréscimo de TCM se houver necessidade de aporte calórico Carboidratos DRI Acréscimo de Maltodextrina se houver necessidade de aporte calórico Fibras DRISe dieta enteral, preferir com fibras Líquidos HOLLIDAY-SEGAR, 1957DRI Vitaminas DRISuplementar Vit. A, Ácido fólico, B6, B12, C, D, K Minerais DRISuplementar Cálcio, Zinco 5.29 Paralisia Cerebral 75 (ESPGHAN, 2017; SAVAGE et al., 2012; ROKUZEK; HEINDICLES,1985; CULLEY, 1969) Calorias 120-130kcal/kg/dia Proteinas 2,5-3,0g/kg/dia Lipídeos 6,0-8,0g/kg/dia Carboidratos 10-14g/kg/dia Fibras 150-200ml/kg/dia Líquidos DRISuplementar Vit. A, C, D Vitaminas DRISuplementar Ferro, Zinco 5.30 Prematuridade Primeiro ano de vida 76 (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2012) Calorias DRI Proteinas DRI Proteína extensamente hidrolisada ou aminoácidos, se suspeita ou diagnóstico de APLV, ou que não respondam ao tratamento convencional Lipídeos DRI Carboidratos DRI Expessantes: goma jataí, amido de arroz e milho pré- gelatinizado, amido de batata, farinha de semente de alfarroba e carboximetilcelulose. < 6 meses: amido de milho e de arroz > 6 meses: amido de batata, farinha de cereais ou aveia. Cereal: preferir sem açúcar. Cuidado com aporte calórico Alfarroba: a partir de 42 semanas de IG Goma Xantana: a partir de 1 ano de idade Fibras DRI Líquidos HOLLIDAY; SEGAR, 1957DRI Vitaminas DRISuplementar, se necessário: Vit. D Minerais DRI 5.31 Refluxo Gastroesofágico 77 (ROSEN et al., 2018) Calorias DRI Proteinas DRI Lipídeos DRIEvitar alimentos gordurosos Carboidratos DRI Restrição de FODMAPs Oligossacarídeos: Frutanos e galactanos Dissacarídeos: Lactose Monossacarídeos: frutose Polióis: sorbitol, manitol, xilitol, eritritol, polidestrose e isomaltose Fibras DRIFase ativa: pobre em fibras insolúveis Líquidos HOLLIDAY; SEGAR, 1957DRI Vitaminas DRI Minerais DRI Próbioticos Lactobacillus GG, VSL 3#, Bifidobacterium, Bacilus coagulans 5.32 Síndrome do Intestino Irritável 78 (TAKAHASHI, SANTOS, 2021; DEVANAYANA et al., 2018) Calorias DRI Acréscimo de 20-40%, se déficit nutricional 130kcal/kg/dia na Síndrome Nefrótica Congênita Proteinas DRI Acréscimo de 30-40% se déficit nutricional Em caso de lesão renal, seguir protocolo para insuficiência renal 4g/kg/dia na Síndrome Nefrótica congênita Sem glúten na Síndrome Nefrótica Cortico-resistente Sem proteína do leite de vaca, se sensibilidade Lipídeos DRI Limitar saturados à 10% e colesterol ao máximo de 300mg. Hiperlipidemia: máximo de 7% de saturados e 200mg de colesterol. Incrementar polinsaturados (W3) e monoinsaturados Carboidratos DRI Restrição de lactose se intolerância alimentar Restrição de carboidratos simples, se hiperglicemia. Fibras DRI Líquidos HOLLIDAY;
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