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WBA0058_v3.0 Projetos avançados de investimento Custo Médio Ponderado de Capital Custos: capital próprio e de terceiros e sua relação com os investidores Bloco 1 Rodrigo Monteiro Custos: capital próprio e de terceiros e sua relação com os investidores Aspecto fundamental para gerenciamento de risco das atividades de uma empresa. Fonte de recursos: como a empresa se financia? Por que isso é importante? A forma como a empresa financia suas atividades, indica quanto de seus custos é de capital próprio ou de terceiros e, assim, seu grau de alavancagem. A organização contábil de uma empresa: passivo e o ativo Empresas, especialmente as de capital aberto, adotam por exigência de lei o controle de seus recursos, especificamente as suas origens e seu destino. Para apurar essas contas, se utiliza o Balanço Patrimonial, que, em essência, está dividido em três grandes contas: • Ativo: onde os recursos são aplicados. Representam direitos da empresa. • Passivo: capital da empresa obtido por terceiros. • Patrimônio líquido: capital da empresa obtido por proprietários ou sócios. A organização contábil de uma empresa: passivo e o ativo Quadro 1 - Estrutura básica de um Balanço Patrimonial Ativo Passivo (capital de terceiros) Capital próprio (patrimônio líquido) Fonte: adaptado de Martins, Diniz e Miranda (2020). A organização contábil de uma empresa: passivo e o ativo O ponto a ser destacado na Balança Patrimonial, na presente lição, é como a empresa se financia, pois isso indicará sua estrutura de custos. Custos que a empresa possui para se manter em atividade: • Custos variáveis. • Custos fixos. Custos que a empresa tem ao financiar suas atividades: • Custo de capital próprio. • Custo de capital de terceiros. A organização contábil de uma empresa: passivo e o ativo O que significa custo de capital próprio e custo de capital de terceiros? • Custo de capital próprio: valor que a empresa deve pagar aos seus sócios acionistas. • Custo de capital próprio: valor que a empresa deve pagar por utilizar recursos que não o próprio. Qual é maior? Relação risco e retorno: • Para empresa. • Para investidor. Custo Médio Ponderado de Capital O conceito de alavancagem e sua relação com riscos e retorno Bloco 2 Rodrigo Monteiro O conceito de alavancagem e sua relação com riscos e retorno Empresas têm suas obrigações representadas pelo lado direito de seu Balanço Patrimonial, tendo que remunerar tanto seus sócios como os não sócios. A empresa, ao se financiar com capital próprio: • Assume menor risco. A empresa, ao se financiar com capital de terceiros: • Assume maior risco. Investidor acionista: • Tem maior risco, mas maior retorno. O conceito de alavancagem e sua relação com riscos e retorno • O capital próprio tem maior custo, pois está associado ao retorno que o investidor deseja, e este tende a ser maior que a taxa que remunera o capital de terceiros (juros de mercado). • Logo, mesmo sendo menos arriscado para empresa, ao se financiar com capital próprio, terá um custo maior. • Em termos de capital de terceiros, o risco da empresa é maior, pois a obrigação gerada precisa ser quitada não importa a situação financeira da empresa. O conceito de alavancagem e sua relação com riscos e retorno • A estrutura de custos dirá o percentual de participação de cada um dos capitais da empresa, em termos de capital total. • Um bom resultado financeiro pode atrair novos investidores acionistas, mas se esse bom resultado for em decorrência de um aumento da participação do capital de terceiros, esse resultado pode ser enganoso. • A empresa pode estar operando alavancada. O conceito de alavancagem e sua relação com riscos e retorno Alavangem: quando maior parte do capital da empresa está alocado no de terceiros (passivo), o que indica custos futuros que deverão ser pagos. Quanto maior o capital de terceiros, mais alavancada a empresa estará. Custo Médio Ponderado de Capital Custo total ponderado de capital, o modelo CMPC Bloco 3 Rodrigo Monteiro Custo total ponderado de capital, o modelo CMPC Como visto, uma empresa possui dois tipos de custos, o relacionado ao capital próprio e o do capital de terceiros. Como representar esses tipos: • Custo de capital de terceiros: normalmente, representado pela soma do que é pago em termos de juros pagos nos empréstimos, debêntures e financiamentos. • Custo de capital próprio: mensurado pelo retorno esperado dos acionistas. Custo total ponderado de capital, o modelo CMPC • Uma forma de ponderar a estrutura de custos de uma empresa é por meio do Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC). • Esse indicador mostrará o custo mínimo da atividade da empresa e o retorno mínimo esperado por investidores. Para calcular, inicialmente, se obtêm o percentual de cada capital no total da empresa. Custo total ponderado de capital, o modelo CMPC Vamos assumir: • E: representa o patrimônio líquido. • D: divida da empresa (passivo). • V: capital total da empresa (E + D). Exemplo: Uma empresa possui 100 mil ações no mercado, cada um com valor de R$ 20,00. Além disso, a empresa tem uma dívida de R$ 750 mil. Custo total ponderado de capital, o modelo CMPC • Para alguns casos, a empresa abate no Imposto de Renda o valor pago em sua dívida de mercado (juros). Exemplo: Empresa tem uma dívida de R$ 600 mil, com juros de 20% e uma alíquota de imposto de 25%. Nesse cenário, o juros pago sobre a dívida será de: Custo total ponderado de capital, o modelo CMPC Fórmula do custo médio ponderado de capital (CMPS): Com RE representando o custo do capital próprio (e pode ser obtido ao se calcular o CAPM), e RV o custo de capital de terceiros. Exemplo: Empresa tem um CPMC de 20%. Isso indicará: • O retorno mínimo exigido para um novo investimento. • O mínimo de retorno esperado por um acionista. Teoria em Prática Bloco 4 Rodrigo Monteiro Reflita sobre a seguinte situação Uma empresa contrata seus serviços, pois quer realizar um grande projeto, porém, não sabe o custo mínimo de sua atividade, nem como isso pode afetar o retorno esperado pelo mercado. Nessa situação, solicita sua avaliação para indicar seu custo médio ponderado de capital, a partir dos seguintes dados: • Quantidade de ações no mercado: 100 mil. • Valor por ação: R$ 30,00. • Passivo: R$ 1,5 milhão. • Custo de capital próprio: 18,45%. • Juros da dívida: 12%. • Alíquota: 25%. Norte para a resolução Inicialmente, você deve obter o percentual do capital que é próprio, e o percentual de capital que é de terceiros. Para isso, deve ter o capital total: Capital próprio = 100.000,00 x 30 = 3.000.000,00. Capital de terceiros = 1.500.000,00. Capital total = 4.500.000,00. Assim: o percentual de capital próprio e de terceiros será: % de capital próprio = 3.000.000 / 4.500.000 = 66,66%. % de capital de terceiros = 1.500.000 / 4.500.000 = 33,33%. Norte para a resolução Agora, para encontrar o CMPC da empresa, basta aplicar a fórmula: Que resultará em: Dicas do(a) Professor(a) Bloco 5 Rodrigo Monteiro Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o login por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na construção da sua carreira profissional. Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso! Leitura Fundamental Indicação de leitura 1 O objetivo desse artigo é de verificar se três métodos baseados em fluxo de caixa descontado(fluxo de caixa operacional disponível, o valor presente ajustado, o fluxo de caixa do capital próprio), indicam o mesmo resultado ou se houve divergência. Os resultados indicam diferenças nos valores obtidos. Excelente para aprofundar o conhecimento sobre metodologias aplicadas no valuation. Referência: SAURIN, V; COSTA JÚNIOR, N. C. A; ZILIO, A. C. S. Estudo dos modelos de avaliação de empresas com base na metodologia do fluxo de caixa descontado: estudo de caso. Revista de Ciências da Administração, v. 9, n. 18, p. 123-148, [s. l.], 2007. Indicação de leitura 2 A pesquisa de monografia se propõe a estudar a relação que existe entre o custo médio ponderado capital (CMPC) e retornos oferecidos aos investidores, por meio de mudanças nos preços das ações de empresas não financeiras listadas na Bolsa de Valores. Referência: SANTIAGO, C. J. A relação entre o custo médio ponderado de capital e o percentual de retorno: uma análise das empresas não financeiras da BOVESPA. Especialização em Contabilidade e Finanças. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 2014. Dica do(a) Professor(a) Para um profissional de excelência no mercado de trabalho, principalmente para aqueles que atuarão como analistas, consultores ou investidores, procure sempre pesquisar novas metodologias de precificação de ativos e análises de risco das empresas. Para isso, boas dicas de leituras em sites são: • BE educação. • Fundamentus. ASSAF NETO, A. Matemática financeira e suas aplicações. São Paulo: Atlas, 2012. ASSAF NETO, A. Mercado financeiro. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2018. BE EDUCAÇÃO. Disponível em: https://edu.b3.com.br/login#homeSection?utm_source=Google&utm_medium=CPC&utm_ca mpaign=Institucional_AFBR&utm_content=Ads. Acesso em: 26 set. 2022. FUNDAMENTUS. Disponível em: https://www.poupardinheiro.com.br/redirect.php?tipo=postout&urlout=https%3A%2F%2Ffu ndamentus.com.br%2Findex.php. Acesso em: 26 set. 2022. MARTINS, E; DINIZ, J. A; MIRANDA, G. J. Análise avançada das demonstrações contábeis: uma abordagem crítica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2020. ROSS, S. et al. Fundamentos de administração financeira. Porto Alegre: Bookman, 2013. SANTIAGO, C. J. A relação entre o custo médio ponderado de capital e o percentual de retorno: uma análise das empresas não financeiras da BOVESPA. Especialização em Contabilidade e Finanças. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 2014. SAURIN, V; COSTA JÚNIOR, N. C. A; ZILIO, A. C. S. Estudo dos modelos de avaliação de empresas com base na metodologia do fluxo de caixa descontado: estudo de caso. Revista de Ciências da Administração, v. 9, n. 18, p. 123-148, [s. l.], 2007. Referências Bons estudos!
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