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EA
D
Abordagem à Teoria 
Estruturalista
2
1. ObjetivOs
•	 Compreender	a	Teoria	Estruturalista	e	sua	intervenção	no	
conflito	das	Teorias	Clássicas	e	das	Relações	Humanas.
•	 Identificar	 a	metodologia	 do	 Estruturalismo	 e	 sua	 rele-
vância	na	análise	e	na	constituição	das	organizações.
•	 Entender	os	tipos	de	Estruturalismo,	sua	aplicação	nas	or-
ganizações,	bem	como	o	perfil	do	homem	organizacional	
e	sua	atividade	na	sociedade	das	organizações.
2. COnteúdOs
•	 Origens	da	Teoria	Estruturalista.	
•	 Conceito	de	Estruturalismo.
•	 Tipos	de	Estruturalismo.
•	 A	sociedade	das	organizações	e	o	homem	organizacional.
© Práticas Corporais Alternativas54
3. Orientações para O estudO da unidade
Antes	de	 iniciar	o	estudo	desta	unidade,	é	 importante	que	
você	leia	as	orientações	a	seguir:
1)	 Aproveite	 a	 oportunidade	 para	 colocar	 seus	 estudos	
em	dia	e	tirar	suas	dúvidas.	Caso	tenha	dúvidas,	poderá	
acessar	a	Sala	de	Aula	Virtual	(SAV)	e	interagir	com	seus	
colegas	de	turma	e	com	seu	tutor.
2)	 Um	dos	principais	autores	da	Escola	Estruturalista	foi	o	
sociólogo	e	professor	Amitai	Etzioni.	Para	saber	um	pou-
co	mais	sobre	sua	vida	e	obra,	acesse	os	sites	História	da	
Administração	e	Fundação	Etzioni.	
•	 História	da	Administração.	Disponível	em:	<http://www.his-
toriadaadministracao.com.br/jl/index.php?option=com_
content&view=article&id=146:amitai-etzioni&catid=10:gu
rus&Itemid=10>.	Acesso	em:	28	set.	2012.	
•	 Fundação	 Etzioni:	 Disponível	 em:	 <http://amitaietzioni.
org/index.shtml>.	Acesso	em:	28	set.	2012.	
4. intrOduçÃO à unidade
Como	 foi	 visto	 na	 unidade	 anterior,	 a	 divergência	 entre	 a	
Teoria	Clássica	e	a	Teoria	das	Relações	Humanas	criou	tal	impasse	
no	estudo	da	Administração	que	nem	mesmo	a	Teoria	Burocrática	
teve	condições	de	ultrapassar	(CHIAVENATO,	2000).
Para	isso,	a	abordagem	estruturalista	mostra	um	redesenho	
da	Teoria	Burocrática.	Ainda	que	as	premissas	da	Teoria	das	Rela-
ções	Humanas	sejam	consideradas	relevantes,	a	visão	estruturalis-
ta	é	mais	crítica	em	relação	à	organização	formal.
Nesta	unidade,	vamos	aprender	que	os	estudiosos	do	estrutura-
lismo,	de	origem	europeia,	buscam	a	interdisciplinaridade	das	ciências.	
O	 início	dos	estudos	dessa	 teoria	baseia-se	primeiramente	
na	oposição	entre	a	Teoria	Clássica	e	a	das	Relações	Humanas,	na	
necessidade	de	considerar	a	organização	como	uma	organização	
http://www.historiadaadministracao.com.br/jl/index.php?option=com_content&view=article&id=146:amitai-etzioni&catid=10:gurus&Itemid=10
http://www.historiadaadministracao.com.br/jl/index.php?option=com_content&view=article&id=146:amitai-etzioni&catid=10:gurus&Itemid=10
http://www.historiadaadministracao.com.br/jl/index.php?option=com_content&view=article&id=146:amitai-etzioni&catid=10:gurus&Itemid=10
http://www.historiadaadministracao.com.br/jl/index.php?option=com_content&view=article&id=146:amitai-etzioni&catid=10:gurus&Itemid=10
http://amitaietzioni.org/index.shtml
http://amitaietzioni.org/index.shtml
Claretiano - Centro Universitário
55© U2 - Abordagem à Teoria Estruturalista
social,	na	integração	da	abordagem	estrutural	com	as	ciências	so-
ciais	e	no	aprimoramento	do	conceito	de	estrutura.
No	estudo	das	unidades	anteriores,	relembramos	que	os	pri-
meiros	estudos	das	teorias	administrativas	deram	ênfase	à	eficiên-
cia	e	à	organização	das	empresas,	em	relação	às	quais	destacavam	
a	importância	da	divisão	do	trabalho,	a	perfeita	seleção	do	indiví-
duo,	 a	 especialização	das	 atividades,	 além	do	 agrupamento	dos	
trabalhadores	na	busca	de	produção	em	escala.
Essas	abordagens	demonstraram	a	relevância	direcionada	à	
internalização	dos	processos	organizacionais.	As	empresas	ganha-
ram	 em	 eficiência,	 produtividade	 e	 formalismo,	 em	 detrimento	
dos	aspectos	sociais	implícitos	na	organização.
Esta	unidade	abordará	o	conceito	de	estrutura,	a	sua	aplica-
ção	na	sociedade	burocrática	de	Weber	e	sua	utilidade	no	desen-
volvimento	das	organizações.	
5. Origens da teOria estruturaLista
O	termo	estrutura	é	de	uso	muito	antigo	em	todas	as	ciên-
cias,	pois	ele	significa	tudo	o	que	a	análise	 interna	de	uma	tota-
lidade	revela,	 isto	é,	os	elementos	 internos	de	um	sistema,	suas	
inter-relações	e	sua	disposição	(MOTTA;	VASCONCELOS,	2002).	
Embora	o	termo	"estrutura"	tenha	alcançado	sua	populari-
zação	após	a	década	de	1930,	sua	utilização	na	língua	inglesa	tem	
origem	no	período	anterior	ao	século	16,	ocasião	em	que	significa-
va	unicamente	a	forma	pela	qual	um	edifício	era	construído.
Posteriormente,	 ele	 foi	 utilizado	 também	 para	 denotar	 as	
inter-relações	entre	as	partes	componentes	de	um	todo,	sentido	
em	que	é	usado	pela	Biologia.	A	expressão	"estrutura"	foi	incluí-
da	nas	Ciências	Sociais	graças	a	H.	Spencer	(1858),	que	a	utilizou	
como	um	conceito	de	função	anatômica,	ou	seja,	estudo	por	meio	
de	uma	análise	minuciosa.	
© Práticas Corporais Alternativas56
No	final	da	década	de	1950,	aconteceu	o	declínio	da	Aborda-
gem	das	Relações	Humanas,	por	se	tratar	de	uma	teoria	democrática	
e	ideológica.	As	organizações,	juntamente	com	a	sociedade	mundial	
do	pós-guerra,	passavam	por	um	profundo	processo	de	mudança.
Os	estudiosos	organizacionais	 constataram	que	a	 tentativa	
inicial	de	 implantação	das	ciências	do	comportamento	na	Teoria	
Administrativa,	por	meio	de	uma	filosofia	humanística	que	desta-
cava	a	presença	e	a	relevância	do	homem	na	organização,	gerava	
inúmeras	reflexões	no	estudo	da	Administração.	
Embora	 se	 notasse	 na	 comunidade	 científica	 e	 organizacio-
nal	 que	 um	 dos	 principais	 objetivos	 da	 Abordagem	 Humanística	
era	combater	de	forma	ampla	a	Teoria	Clássica,	ela	não	foi	capaz	de	
estabelecer	as	bases	adequadas	de	uma	nova	teoria	que	pudesse	
substituir	as	abordagens	organizacionais	mecanicistas.	Veja	a	seguir:
Com	efeito,	os	princípios	da	Teoria	das	Relações	Humanas	geraram	
uma	oposição	com	a	Teoria	Clássica,	criando	um	impasse	dentro	da	
Administração	que	a	Teoria	da	Burocracia	não	teve	condições	de	
convalescer.	A	Teoria	Estruturalista	reproduz	uma	extensão	da	Teo-
ria	da	Burocracia	e	uma	ligeira	aproximação	à	Teoria	das	Relações	
Humanas.	Representa	também	uma	visão	extremamente	crítica	da	
organização	formal	(CHIAVENATO,	2000,	p.	344).
Agora	que	você	já	conheceu	as	origens	da	teoria	estruturalista,	
vamos	abordar	os	conceitos	e	tipos	específicos	de	Estruturalismo.	
6. COnCeitO de estruturaLismO 
Dando	continuidade	ao	nosso	estudo	da	Teoria	Estruturalista,	
é	necessário,	primeiramente,	conhecer	o	conceito	de	Estruturalismo.	
Veja,	a	seguir,	a	definição	de	Estruturalismo	feita	por	dois	autores:
1)	 Estruturalismo	 é	 um	 método	 analítico	 e	 comparativo	
que	estuda	os	elementos	ou	fenômenos	com	relação	a	
uma	 totalidade,	 salientando	o	 seu	valor	de	posição.	O	
conceito	de	estrutura	significa	a	análise	interna	de	uma	
totalidade	em	seus	elementos	constitutivos,	sua	disposi-
ção,	suas	inter-relações	etc.	(CHIAVENATO,	2000,	p.	345).	
Claretiano - Centro Universitário
57© U2 - Abordagem à Teoria Estruturalista
2)	 Estruturalismo	é	um	método	analítico	comparativo	por-
que	estuda	o	conceito	de	sistema	e	considera	o	relacio-
namento	das	partes	na	constituição	do	 todo,	portanto	
implica	 totalidade	 e	 interdependência	 (MOTTA;	 VAS-
CONCELOS,	2002,	p.132).
Ao	comparar	as	duas	definições,	podemos	chegar	à	conclu-
são	 do	 interesse	 dos	 estruturalistas	 pelos	 sistemas,	 isto	 porque	
eles	desenham	como	característica	a	visão	de	que	o	todo	é	maior	
do	que	a	simples	soma	das	partes.
Por	outro	lado,	em	razão	da	necessidade	de	se	enxergar	as	
organizações	 como	um	complexo	 social	 –	 no	qual	 vários	 grupos	
sociais	se	interagem	para	compartilhar	os	objetivos	principais	da	
organização	–,	a	abordagem	estruturalista	possuía	parâmetros	de	
gerenciamento	de	conflitos,	motivo	pelo	qual	incrementava	subsí-
dios	necessários	para	reunir	mecanismos	de	sustentação	da	estru-
tura	organizacional.
7. tipOs de estruturaLismO
Como	vimos	no	item	anterior,	o	estruturalismo	tem	como	
cenário	o	relacionamentodas	partes	na	 formação	de	um	todo.	
Essa	totalidade	tem	como	princípio	a	interdependência	das	par-
tes	e	a	somatória	delas	para	completar	o	perfil	básico	do	estru-
turalismo.
Motta	e	Vasconcelos	(2002),	em	seus	estudos	sobre	as	cor-
rentes	estruturalistas,	dizem	que	não	existe	uma	única	definição	
com	validação	máxima	sobre	qual	é	o	tipo	mais	ideal	de	estrutu-
ralismo	a	ser	aplicado	nas	organizações.	Entretanto,	é	necessária	
a	compreensão	de	cada	tipo	de	Estruturalismo,	pois	cada	um	tem	
sua	limitação	conceitual	e	metodológica.
Para	facilitar	nosso	estudo,	apresentamos	no	quadro	a	seguir	
os	quatro	tipos	de	Estruturalismo	e	suas	características.
© Práticas Corporais Alternativas58
Quadro 1	Os	tipos	de	Estruturalismo.
tipOs CaraCterÍstiCas
1)	O	Estruturalismo	
Abstrato
O	Estruturalismo	Abstrato	foi	um	modelo	desenvolvido	
por	Lévi-Strauss	na	década	de	1940,	que	adotou	
um	perfil	totalizador	em	detrimento	do	funcionário	
individualizador.	As	relações	sociais	se	consolidaram	no	
produto	para	a	confecção	de	modelos	de	estrutura	social.
2)	O	Estruturalismo	
Concreto
Neste	modelo,	a	estrutura	é	considerada	a	própria	
definição	do	objeto.	O	conjunto	de	relações	sociais	
se	constituiria	uma	estrutura	a	ser	analisada	e	
compreendida.
3)	O	Estruturalismo	
Fenomenológico
Na	concepção	do	Estruturalismo	Fenomenológico,	o	
objetivo	é	buscar	na	estrutura	um	sentido	real	e	lógico	
dos	fatos	ocorridos.	O	tipo	ideal	de	burocracia	que	
estudamos	na	Unidade	I,	para	Max	Weber,	é	o	que	reflete	
este	conceito.
4)	O	Estruturalismo	
Dialético
Nesta	corrente	de	estudo	destaca-se	Karl	Marx,	em	que	a	
história	garante	a	análise,	ou	seja,	a	análise	descobre	as	
partes	e	influencia	no	desenvolvimento	do	todo,	gerando	
um	episódio	de	sua	história.
Fonte:	adaptado	de	Motta	e	Vasconcelos	(2002,	p.	134).
8. a sOCiedade de Organizações
Nos	princípios	estabelecidos	pelos	estruturalistas,	"a	socie-
dade	moderna	e	industrializada	é	uma	sociedade	de	organizações,	
das	quais	o	homem	passa	a	depender	para	nascer,	viver	e	morrer"	
(CHIAVENATO,	2000,	p.	346).	
Em	nosso	estudo	de	Administração I,	aprendemos	que	as	or-
ganizações	sociais	possuem	diferenças	peculiares,	pois	necessitam	
de	que	seus	participantes	tenham	características	de	personalidade	
baseadas	no	trabalho	em	equipe,	na	obtenção	de	resultados	e	na	
construção	de	bens	 que	 atendam	às	 expectativas	 da	 sociedade.	
Embora	a	ciência	das	teorias	administrativas	seja	algo	recente,	as	
organizações	não	são	recentes.	Elas	existem	desde	o	 tempo	dos	
faraós	e	dos	imperadores	da	antiga	China.	A	Igreja,	por	exemplo,	
Claretiano - Centro Universitário
59© U2 - Abordagem à Teoria Estruturalista
elaborou	sua	organização	ao	longo	dos	séculos,	e	os	exércitos,	des-
de	a	Antiguidade,	desenvolveu	formas	de	organizações.	
Acompanhando	o	desenvolvimento	da	humanidade,	um	nú-
mero	crescente	de	organizações	foi	sendo	criado	porque	era	ne-
cessário	atender	às	demandas	crescentes	dos	grupos	sociais,	além	
do	fato	de	o	ser	humano,	ao	longo	do	tempo,	conhecer	novas	ne-
cessidades	em	função	do	desenvolvimento	tecnológico,	o	que	gera	
uma	diversidade	de	produtos.
De	acordo	com	Chiavenato	(2000),	as	organizações	sofreram	
um	longo	e	penoso	desenvolvimento,	por	meio	de	quatro	etapas,	
a	saber:
1)	 etapa da natureza:	etapa	inicial,	em	que	os	fatores	na-
turais	(elementos	da	natureza),	constituíam	a	base	única	
de	subsistência	da	humanidade.
2)	 etapa do trabalho:	surge	o	trabalho,	e	os	elementos	da	
natureza	passam	a	ser	transformados	por	ele,	que,	por	
sua	vez,	passa	a	condicionar	as	 formas	de	organização	
da	sociedade.
3)	 etapa do capital:	o	capital	predomina	sobre	a	natureza	e	
o	trabalho,	tornando-se	um	dos	fatores	básicos	da	vida	
social.
4)	 etapa da organização:	a	natureza,	o	trabalho	e	o	capital	
se	submetem	à	organização,	pois	ela	se	utiliza	deles	para	
alcançar	seus	objetivos.
As	organizações	são	desenhadas	pelos	estruturalistas	como	
um	modelo	constituído	e	em	permanente	relacionamento	com	o	
ambiente	no	qual	estão	inseridas.	
Conforme	explicações	de	Motta	e	Vasconcelos	(2002),	a	or-
ganização	é	compreendida	em	um	sistema	maior.	Uma	indústria,	
por	exemplo,	relaciona-se	com	o	governo,	com	os	fornecedores,	
com	o	cliente,	com	os	concorrentes,	enfim,	com	inúmeras	organi-
zações.
Para	Chiavenato	(2000),	a	análise	das	organizações	realizada	
pelos	 estruturalistas	 foi	 um	estudo	muito	mais	 amplo	 do	 que	 o	
© Práticas Corporais Alternativas60
de	qualquer	outra	teoria	anterior,	pois	pretendia	conciliar	a	Teoria	
Clássica	e	a	Teoria	das	Relações	Humanas,	baseando-se	também	
na	Teoria	da	Burocracia.	Trata-se	de	uma	abordagem	múltipla	uti-
lizada	pela	Teoria	Estruturalista,	que	envolve:	
1.	 Organização	formal	e	informal.
2.	 Recompensas	 salariais	 e	materiais	 como	 as	 recompensas	 so-
ciais	e	simbólicas.
3.	 Todos	os	diferentes	níveis	hierárquicos	de	uma	organização.
4.	 Todos	os	diferentes	tipos	de	organizações.
5.	 A	 análise	 intra-organizacional	 e	 análise	 inter-organizacional	
(CHIAVENATO,	2000,	p.	348-349).
No	estudo	de	Administração I,	aprendemos	que	as	organizações	
constituem	a	forma	dominante	de	instituição	da	moderna	sociedade.	
Elas	são	a	explanação	de	um	contexto	altamente	especializado	e	in-
terdependente,	que	se	configura	por	um	padrão	de	vida	em	evolução.	
Portanto,	as	instituições	organizadas	norteiam	praticamente	
todos	os	contextos	da	vida	humana,	abrangendo	o	compartilha-
mento	de	grande	número	de	pessoas.	Todos	os	aspectos	da	vida	
humana	 envolvem	 a	 participação	 de	 numerosas	 pessoas.	 Com	
efeito,	em	uma	sociedade	moderna,	caracterizada	por	um	grande	
número	de	organizações,	os	indivíduos	precisam	e	dependem	de-
las	para	nascer,	viver	e	morrer.	
À	 mercê	 desse	 complexo,	 a	 participação	 dos	 indivíduos	 é	
compulsória,	ou	seja,	a	possibilidade	de	o	ser	humano	estar	alheio	
às	organizações	praticamente	inexiste.	
Em	função	disso,	o	homem	organizacional	desempenha	papéis	
em	diferentes	sociedades	de	organizações,	moderna	e	industrializada,	
e,	de	acordo	com	Motta	e	Vasconcelos	(2002),	para	ser	bem-sucedido,	
ele	precisa	ter	as	seguintes	características	de	personalidade:
1)	 ter	 flexibilidade,	 pois	 o	 indivíduo	 precisa	 estar	 prepa-
rado	para	se	deparar	constantemente	com	frustrações.	
Por	isso,	deve	ser	capaz	de	adiar	recompensas	e	ansiar	
constantemente	a	realização;
Claretiano - Centro Universitário
61© U2 - Abordagem à Teoria Estruturalista
2)	 o	homem	organizacional	participa	simultaneamente	de	
inúmeros	sistemas	sociais	e	desempenha	papéis	diferen-
tes	em	cada	um	deles;
3)	 as	mudanças	no	contexto	social	e	organizacional	consti-
tuem	o	grande	desafio	da	sociedade	moderna	e	indus-
trializada.	Por	 isso,	o	 indivíduo	precisa	estar	habilitado	
para	enfrentar	os	diversos	cenários	constituídos	de	uma	
forma	dinâmica;
4)	 os	interesses	em	uma	sociedade	são	predominantes,	vi-
sando	ao	aspecto	grupal.	Uma	das	características	essen-
ciais	para	que	o	homem	organizacional	seja	inserido	nos	
sistema	organizacional	é	o	perfil	político.	
Os	homens	constroem	as	organizações	em	que	vivem	e	por	
elas	são	construídos.	O	homem	não	pode	se	alienar	das	organiza-
ções,	adotando	comportamentos	conformistas,	contrários	àqueles	
desenhados	pelas	instituições	(MOTTA	e	VASCONCELOS,	2002).
A	grande	contribuição	do	Estruturalismo	para	as	teorias	das	
organizações	foi	a	inclusão	de	uma	prática	direcionada	à	raciona-
lidade	limitada,	caracterizada	pelos	estudos	de	outros	tipos	de	or-
ganizações.
Além	disso,	o	enfoque	da	Teoria	Estruturalista	destaca	as	re-
lações	entre	as	partes	da	organização,	em	que	podemos	citar	os	
grupos	 formais	e	 informais,	a	 formação	hierárquica,	os	aspectos	
sociais	e	materiais	e,	principalmente,	a	apresentação	das	organiza-
ções	como	sistemas	abertos.
É	importante	afirmar	que	o	estudo	dos	ambientes	interno	e	
externo	das	organizações	possibilitou	sua	análise	como	um	siste-
ma	aberto.	Em	função	disso,	o	conceito	de	sistema	foi	difundido	
no	estudo	das	organizações,	como	veremos	na	próxima	unidade.9. Organizações segundO etziOni
Para	Etzioni,	há	três	tipos	de	organizações.	Cada	tipo	é	defi-
nido	pela	forma	de	poder	exercida	sobre	as	pessoas	e	cada	forma	
© Práticas Corporais Alternativas62
de	poder	dá	origem	a	um	tipo	de	obediência.	O	tipo	de	poder	de-
termina	o	tipo	de	obediência,	que,	por	sua	vez,	define	a	natureza	
da	organização	(MAXIMIANO,	2004).	
O	Quadro	2	sintetiza	essa	ideia:
Quadro 2	Tipologia	de	poder,	obediência	e	organização	conforme	
Etzioni.	
tipO de pOder tipO de COntratO psiCOLÓgiCO tipO de OrganizaçÃO
PODER	COERCITIVO:	
baseia-se	em	punições.
ALIENATÓRIO:	obediência	
sem	questionamento.
COERCITIVA:	objetivo	
é	controlar	o	
comportamento.
PODER	MANIPULATIVO:	
baseia-se	em	
recompensas.
CALCULISTA:	obediência	
interesseira.
UTILITÁRIA:	objetivo	é	
obter	resultados	por	
meio	de	barganha	com	os	
funcionários.
PODER	NORMATIVO:	
baseia-se	em	crenças	e	
símbolos.
MORAL:	disciplina	interior.
NORMATIVA:	objetivo	é	
realizar	missão	ou	tarefa	
em	que	os	participantes	
acreditam.
Fonte:	Maximiano	(2004,	p.	136).	
Podemos	observar	que	nas	organizações coercitivas,	o	con-
trole	é	feito	pela	força	e/ou	ameaça	e	que,	sem	elas,	as	pessoas,	
provavelmente,	não	permaneceriam	nas	organizações.	A	disciplina	
também	é	mantida	de	 forma	 rigorosa.	 Podemos	exemplificar	 as	
prisões	como	organizações	coercitivas.
Nas	organizações utilitárias,	o	controle	é	feito	principalmen-
te	por	meio	de	remuneração,	recompensas,	benefícios	e	incenti-
vos	para	a	obtenção	do	comportamento	esperado.	A	maioria	das	
empresas	comerciais	se	enquadrariam	nesse	tipo	de	organização.
Já	nas	organizações normativas,	 o	 controle	é	baseado	em	
crenças,	motivações	interiores,	no	qual	seus	participantes	apresen-
tam	alto	grau	de	envolvimento	e	comprometimento.	Instituições	
religiosas,	partidos	políticos,	times	de	futebol,	escolas	de	samba,	
entre	outras,	podem	ser	consideradas	organizações	normativas.
Claretiano - Centro Universitário
63© U2 - Abordagem à Teoria Estruturalista
10. Questões autOavaLiativas
Confira,	a	seguir,	as	questões	propostas	para	verificar	o	seu	
desempenho	no	estudo	desta	unidade:
1)	 Nesta	unidade,	você	viu	diversos	conceitos	relacionados	à	Teoria	Estrutura-
lista.	Monte	um	breve	resumo	retomando	cada	um	desses	conceitos,	rela-
cionando-os	com	o	cotidiano	da	empresa	em	que	trabalha.	
2)	 Quais	são	os	pontos	positivos	da	Escola	Estruturalista?
3)	 Você	conseguiria	apontar	alguns	pontos	negativos	dessa	escola?	
11. COnsiderações
Chegamos	ao	final	desta	unidade.	Nela,	você	estudou	sobre	
a	 Teoria	 Estruturalista	 e	 sua	 intervenção	 no	 conflito	 das	 Teorias	
Clássicas	e	das	Relações	Humanas.	
Estudou,	também,	sobre	como	se	fundamenta	a	metodologia	
do	estruturalismo	e	sobre	sua	relevância	na	análise	e	na	constituição	
das	organizações.	Viu,	ainda,	quais	são	os	tipos	de	estruturalismo.
Na	 terceira	 unidade,	 você	 terá	 a	 oportunidade	 de	 estudar	
sobre	a	teoria	sistêmica.
12. E- REFERÊNCIAS 
Sites pesquisados
AMITAI	 ETZIONI.	 Homepage.	 Disponível	 em:	 <http://amitaietzioni.org/index.shtml>.	
Acesso	em:	28	set.	2012.
HISTÓRIA	 DA	 ADMINISTRAÇÃO.	 Homepage.	 Disponível	 em:	 <http://www.
historiadaadministracao.com.br/>.	Acesso	em:	28	set.	2012.
13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHIAVENATO,	 I.	 Introdução à teoria geral da administração.	 6.	 ed.	 Rio	 de	 Janeiro:	
Campus,	2000.
http://amitaietzioni.org/index.shtml
http://www.historiadaadministracao.com.br/
http://www.historiadaadministracao.com.br/
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MAXIMIANO,	A.	C.	A.	Teoria Geral da Administração:	da	revolução	urbana	à	revolução	
digital.	São	Paulo:	Atlas,	2004.
MOTTA,	 F.	 C.	 P.;	 VASCONCELOS,	 I.	 F.	 F.	 G. Teoria geral da administração. São	 Paulo:	
Pioneira	Thomson	Learning,	2002.

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