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TERAPEUTICA VETERINÁRIA Dentre alguns deveres do Médico-Veterinário, podemos citar: I- Aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em benefício II- Exercer a profissão evitando qualquer forma de mercantilismo; Dentre algumas vedações ao Médico-Veterinário, podemos citar: Drogas proibidas Drogas que possam causar danos à saúde animal ou humana; Drogas que tenham o objetivo de aumentar ou de diminuir a capacidade física dos animais. I- Prescrever medicamentos sem registro, menos os manipulados; II- Fazer receita sem ter exame prévio do paciente; III- Prescrever ou administrar aos animais: Terá obrigação de reparar o dano, independente de culpa IMPERÍCIA = Não tem competência ou habilidade. (Ex: Na OSH corte de ureter por desconhecimento anatômico) IMPRUDÊNCIA = Precipitado, sem avaliar consequências. (Ex: Cirurgia eletiva em animal sem condições físicas) NEGLIGÊNCIA = Omissão. Deixa de fazer algo necessário. (Ex: Não esterilizar material) IV- Praticar atos profissionais que caracterizem: BACÉRIAS E SEUS MECANISMOS DE RESISTENCIA: Alteração na permeabilidade da membrana; Alteração no local de atuação do antibiótico; Bombeamento ativo do antibiótico para fora da bactéria; Produção de enzimas que destroem os antibióticos (mais frequente); Por que a produção de animais para consumo é uma das principais fontes geradoras de superbactérias? Porque os produtores de animais para consumo usam antibióticos de forma desnecessária para o crescimento da pecuária e também como defensivo agrícola, ou seja, nos pastos onde esses animais se alimentam, ingerindo o antibiótico. As bactérias presentes no organismo desses animais, se tornam resistentes aos antibióticos e dessa forma, quando ingerida a carne mal passada ou até mesmo ao manipular a carne crua, podemos nos contaminar com essas “super bactérias”, ou seja, bactérias resistentes. O uso das quinolonas é desaconselhável em filhotes Quais outros problemas o uso de antibiótico errado fornece? Além de matar as bactérias ruins presentes no organismo, utilizar antibióticos sem necessidade pode matar as bactérias benéficas também, causando prejuízos a saúde INFECÇÃO X COLONIZAÇÃO INFECÇÃO : As bactérias, assim como outros microrganismos, não estão sempre associadas à infecção, mas podem colonizar transitória ou permanentemente vários sítios corporais. A diferença entre colonização e infecção leva em consideração não apenas o sítio corporal de onde o microrganismo foi isolado, mas também as condições clínicas do paciente. COLONIZAÇÃO: Indica que o paciente está com uma bactéria, mas sem apresentar infecção ou qualquer outra doença. Para os casos de colonização, não há sequer necessidade de tratamento Ocorre quando uma bactéria que colonizava previamente um paciente passa a causar dano à sua saúde. Nestes casos, o tratamento é feito com antibióticos específicos para o tipo de bactéria identificada. CONCEITOS ANTIMICROBIANOS São substâncias que têm a capacidade de inibir o crescimento e/ou destruir microorganismos. Podem ser produzidos por bactérias ou por fungos ou podem ser total ou parcialmente sintético ANTIBIÓTICOS1. 2. QUIMIOTERÁPICOS Aqueles obtidos de microrganismos Obtidos não naturalmente, sintéticos e semi-sintéticos CLASSIFICAÇÃO QUIMIOTERÁPICOS E ANTIBIÓTICOS BACTERICIDAS BACTERIOSTÁTICO Destrói as bactérias Inibe vias metabólicas do crescimento, mas não destrói as bactérias AMINOGLICOSÍDEOS QUINOLONAS, PENICILINAS CEFALOSPORINAS BACITRACINA RINFAMICINA - - SULFONAMINAS MACROLÍDEOS TETRACLINA CLORANFENICOL MECANISMOS DE AÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS Agem na membrana e na parede celular Agem sobre o metabolismo Agem sobre a síntese de ácidos nucleícos Agem sobre a síntese proteíca Os que agem na parede, na membrana e no DNA são bactericidas e aqueles que atuam na síntese de proteínas são os bacteriostáticos ESPECTRO DE AÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS Gram + → Coloração azul Gram – → Coloração rosa Amplo espectro: Inibem o crescimento populacional de bactérias indistintamente, sendo muito potente PRINCÍPIOS SEGUIDOS PARA O USO DE ANTIBIÓTICOS Indicação específica Conhecimento do mecanismo de ação Posologia Associação TIPO DE AÇÃO ANTIBACTERIANA DEPENDE DA CONCENTRAÇÃO DEPENDE DO TEMPO São bactericidas mais lerdos O mais importante é superar o CIM (Concentração inibitória mínima) por um longo período, ou seja, é uma menor concentração que impede o desenvolvimento de uma bactéria por um longo período 1. 2. BETALACTAMICOS PENICILINAS CEFALOSPORINAS CLINDAMICINA MACROLÍDEOS SULFA/ TRIMETROPIM 1. 2. 3. 4. 5. 6. São bactericidas mais rápidas O mais importante é superar o CIM (Concentração inibitória mínima) muitas vezes, ou seja, é uma menor concentração que impede o desenvolvimento de uma bactéria diversas vezes, mesmo que seja por pouco tempo 1. 2. AMINOGLICOSÍDEOS QUINOLONAS TETRACICLINAS METRONIDAZOL AZITROMICINA 1. 2. 3. 4. 5. INSUCESSOS OU ERROS NA ANTIBIÓTICOTERAPIA Não usar o antibiótico certo ou não fazer associação quando precisar - Pode entrar em sepse Tratar doenças ou sintomas que não precisam de antibióticos Presença de pus, inflamação acentuada Resistencia bacteriana 1. 2. 3. 4. SULFONAMIDAS LEPTOSPIRA TEM RESISTENCIA NATURAL AS SULFONAMIDAS NÃO INDICADO PARA PACIENTES COM INSUFICIENCIA RENAL OU HEPÁTICA Tipos mais usados: Sulfadiazina e Sulfametoxazol (Sulfametoxazol + Trimetoprim) Dependem do TEMPO BACTERIOSTÁTICOS (Se ligam as Proteínas Plasmáticas) Amplo espectro (Gram + e Gram -) MECANISMOS DE AÇÃO O Sulfametoxazol + Trimetoprim juntos atuam em duas enzimas diferentes e intensificam a inibição enzimática na bactéria Sulfonamidas e Trimetoprim são bacteriostáticos, mas quando usados juntos se tornam bactericidas SISTÊMICA (IV): Possui ação rápida, intermediária e lenta ORAL E INTESTINAL: Possuem menor absorção que a sistêmica TÓPICA: Lenta. Pouco absorvidas e pouco irritantes para o tecido. (Ex: Sulfacetamida, acetato de mafenida) 1. 2. 3. SULFADIAZINA AÇÃO LONGA: SULFADIMETOXINA, SULFADOXINA CONSTITUINTES OU FARMACOCINÉTICA SULFONAMIDAS DE AÇÃO CURTA E DE AÇÃO LONGA AÇÃO CURTA: AÇÃO INTERMEDIÁRIA: SULFAMETOXAZOL VIAS DE ADMINISTRAÇÃO ORAL: Reduz o consumo de água pelo animal, destrói a flora intestinal IV: IM: A injeção deve ser lenta, pois se for fora da veia pode causar irritação ou necrose Causa dor e necrose e tem uma maior ligação com proteína plasmática MECANISMOS DE RESISTENCIA Adaptação Enzimática: Klebsiela e Pseudomonas aeruginosa, enterococus anaeróbicos De ação curta são os que mais depositam nos rins, causando cristalúria Se depositam no organismo Não causam cristalúria, pois são hidrolizadas no TGI USOS TERAPÊUTICOS Infecções urinárias em geral Infecções respiratórias Infecções gastroentéricas Coccidiose e toxoplasmose Prostites Ferimentos Conjutivite bacteriana CONTRA INDICAÇÕES Pacientes com insuficiencia hepática ou renal São antagonistas de anestésicos locais Mais probabilidade de cristalúria Pode causar intoxicação aguda Pode casar ceratoconjutivite seca EXISTE NORMAS PARA USO DAS SULFAS: Infecções agudas Água em abundancia Verificar a atividade hepática e renal Suspender o tratamento se tiver poli ou hematúria 1. 2. 3. 4. QUINOLONAS MECANISMO DE AÇÃO BACTERICIDAS (Alteração da permeabilidade da membrana) Depois de um período foi adicionado flúor que deixou as quinolonas mais potencializadas e com um espectro mais amplo atingindo, também, bactérias gram positivas e microbactérias. Além disso, aumentou a absorção por via oral, melhor capacidade de penetração celular, entre outros. Alteração da enzima DNA girase, na qual o antibiótico não consegue se ligar a ela 1º geração: 2º geração: 3º geração: 4º geração: Ácido nadixico e pipemídico Norfloxacino, ofloxacino, ciprofloxacino (gram + e gram -) (ineficiente em anaeróbicos) (Fluorquinolonas) Levofloxacino, moxifloxacino, sparafloxacina e gatifloxacino (ineficienteem anaeróbicas) Trovafloxacino e sitafloxacino (amplia ação contra anaeróbicos) A 1º geração é restrita para bactérias gram - e não é muito usada por ser tóxica na veterinária ENROFLOXACINO- EXCLUSIVO NA VETERINÁRIA- NÃO USADO EM GATOS POIS PODE CAUSAR CEGUEIRA. EXCESSÃO: MARBOFLOXACINO DA 2º GERAÇÃO ou PRADOFLOXACINA (3ºGERAÇÃO) QUE ESTÁ APTA CARACTERÍSTICAS FARMACOCINÉTICAS As quinolonas são mais lipossolúveis que as sulfas, dessa forma, são melhores absorvidos por VO, com exceção do norfloxacino (2º geração). Elas possuem uma ampla distribuição, ou seja, agem em várias partes do organismo São metabolizados pelo fígado e excretado pelos rins e bile USOS TERAPEUTICOS Infecções urinárias Prostatite Infecções do TGI INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS INFERIOR E SUPERIOR(TOSSE DOS CANIS) Otite externa maligna Infecções osteoarticulares Clamidioses Septicemia Não atua bem em anaeróbicas Atua mais em Gram + e microbactérias Melhor absorção oral Distribuição nos tecidos é alta Tem uma meia vida longa e por isso, pode fazer uma única dose por dia) Usada mais em gatos (pradofloxacina 3º geração) A segunda geração é mais usada na veterinária e é uma opção para os animais que não recebem bem as sulfas. Usada no tratamento da Tosse dos canis. Associados aos Beta lactâmicos e metronidazol para aumentar o espectro de ação Possuem afinidade com íons Não indicada para filhotes, mais adultos É de amplo espectro, ou seja, atuam nas Gram + e Gram - Não atua bem em anaeróbicos 2º GERAÇÃO 3º GERAÇÃO É de amplo espectro, ou seja, tem ação contra gram + e gram - Amplia a ação contra os anaeróbicos (anaeróbico intestinal bacteroides fragilis) 4º GERAÇÃO O uso das quinolonas com antiácidos ou complexos vitamínicos (magnésio, cálcio, ferro ou zinco) pode diminuir a biodisponibilidade das quinolonas REAÇÕES ADVERSAS Náuseas, vomitos, diarréia, dor abdominal Crstalúria Em animais jovens pode causar lesões na cartilagem (+ de 30 dias de uso) Não fazer em cães com alterações cerebrais, porque as ENROFLOXACINAS podem estimular o SNC Podem causar lesões oculares que podem chegar até cegueira, dependendo da dose, durante 21 dias Pode causar aborto com lesão nas cartilagens do feto Passa pelo leite Cães de pequeno e médio porte não usa ate 8 meses Cães de grande porte não usa até 18 meses de vida Em gatos: Vômitos - espasmos musculares - problemas oculares NITROMIDAZÓIS Atuam contra bactérias anaeróbicas e protozoários (tricomonas, ameba e giárdia) BACTERICIDAS Possui uma alta lipossolubilidade e, por isso, uma ampla distribuição entre os tecidos Bem absorvida por VO (alimentar antes) Ampla distribuição pelo organismo Metabolizada no fígado e excretada pela urina que fica com coloração avermelhada/acastanhada Proibido uso em animais de produção MECANISMOS DE AÇÃO Contra Tricomoníase, giardíase e amebíase FEMBENDAZOL USOS TERAPÊUTICOS Ataxia e tremores Midríase Nistagmo Não deve ser usada em pacientes renais REAÇÕES ADVERSAS Se ocorrer intoxicação, interrompe o tratamento e entra com Diazepam Gatos: ¼ dose BETALACTAMICOS Os betalactamicos incluem a PENICILINA e seus derivados que possuam o anel beta lactamico Penicilinas Cefalosporinas Monobactamicos BACTERICIDAS Cocos aeróbicos e anaeróbicos Atua mais em Gram + e espiroquetas Não atuam bem contra gram - MECANISMOS DE AÇÃO Quando a bactéria produz a enzima betalactamase ela destrói a estrutura química do antibiótico (anel betalactamico) Através da cultura e antibiograma é possível identificar se a bactéria produz essa enzima ou não, por isso são exames fundamentais na escolha dos antibióticos A indústria química criou inibidores da betalactamase (aditivos adicionados ao anel betalactamico) 1. 2. 3. Interferem com a síntese da parede celular → Transpeptidação → expõe a membrana bacteriana (peptideoglicanos) celular → lise A primeira penicilina foi a G, que possui diferentes formas que se diferenciam pelo tempo de meia vida: PENICILINA G CRISTALINA-4-6h PENICILINA G PROCAÍNA-12-24h PENICILINA G BENZATINA-2-7 dias SÃO INATIVADAS EM PH ÁCIDO, ENTÃO SÓ PODE SER FEITA POR VIA PARENTERAL Destroem o anel beta lactamico inativando a droga Já essas atuam em bactérias gram -, as quais produzem mais betalactamase São de amplo espectro, pois atuam nas Gram +, Gram - e anaeróbicas Geralmente associadas a inibidores de betalactamase (ácido clavulanico ou sulbactam) AMOXILINA- Muito usado em gatos, pois não da cegueira. Ótimo para substituir as fluorquinolonas. Mas, caso escolha as quinolonas, dar preferencia para a pradofloxacina ou marbofloxacina COLIRIO DE AMPICILINA - Um dos raros que se escolhe a opção humana do que a veterinária, pois o humano não tem conservantes MECANISMOS DE RESISTENCIA AMINOPENICILINAS OU PENICILINAS DE ESPECTRO AMPLIADO AMOXILINA PODE SER USADA EM ANIMAIS JOVENS, DIFERENTE DAS QUINOLONAS USOS TERAPEUTICOS Clostridioses Sthaphylococus Estreptococus Espiroquetas Piodermites Amoxilina + Metronidazol + omeprazol= gastrite por H pilory Amoxilina + clavulanato= Otite, piodermite, infecções urinárias, respiratórias e LEPTOSPIROSE CEFALOSPORINAS Parentes químicos das penicilinas, os quais possuem uma margem maior de segurança e trazem bons resultados clínicos CONTRA GRAM - ESTÁVEL EM MEIO ÁCIDO DEVE ESTAR SOB REFRIGERAÇÃO CEFALEXINA, CEFALOTINA CEFOVEXINA, CEFTIOFUR, CEFTRIAXONA 1º geração: 2º geração: 3º geração: CEFACLOR E CEFUROXIMA ESPECTRO DE AÇÃO 1º geração: 2º geração: 3º geração: Gram +. Anaeróbicos e Pseudomonas são resistentes Pouco usada na veterinária. Gram + e Gram -. Contra anaeróbicos Mais cara. Gram + e Gram -. Usado mais para infecções graves. Um exemplo é o convenia INIBIDORES DA SINTESE PROTEICA AMINOGLICOSÍDEOS, TETRACICLINAS, MACROLIDEOS, LINCOSAMINAS, CLORANFENICOL BACTERIOSTÁTICOS AMPLO ESPECTRO, MAS NÃO ATUAM EM ANAERÓBICAS AMINOGLICOSÍDEOS SÃO HIDROSSOLUVEIS, LOGO NÃO SÃO HEPATOTÓXICOS, UMA VEZ QUE PASSAM DIRETAMENTE PELO FÍGADO E SÃO METABOLIZADOS NOS RINS
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