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Quimioterápicos antimicrobianos Sulfonamidas · Sulfas, sulfonamidas e sulfonamídicos são denominações genéricas dos derivados de para-aminobenzossulfonamida · Foram os primeiros antimicrobianos eficientes na prevenção e cura das infecções no homem e nos animais por via sistêmica · Classificação de acordo com sua estrutura química · Derivados de N1 → ubstituição feita em um dos hidrogênios do grupo sulfonamidico Mais usadas na clínica · Derivados de N4 → substituição ocorre em um ou dois hidrogênios do grupamento amínico · Derivados de N1 e N4 → substituição se faz nos hidrogênios de ambos os grupos Apresentações · Tribssen → sulfadiazina · Rosulfant → sulfasalazina · Curseon injetável → sulfadimetoxina + Trimetropin Mecanismo de ação · Em dose terapêutica → efeitos bacteriostáticos · Em altas concentrações seu efeito é bactericida → não recomendado (efeitos colaterais graves) · As sulfas são análogas do ácido p-aminobenzoico (PABA) → substância importante na formação do ácido fólico (fundamental para a síntese de RNA e DNA bacteriano) · Sulfas agem como antimetabólicos, impedindo a formação do ácido fólico · Viabilidade clínica se dá por ter toxicidade seletiva → não causa efeito tóxico para o hospedeuro, que consegue utilizar ácido fólico da dieta · Deve-se evitar o uso concomitante de sulfas e derivados do PABA, já que esses possuem antagonismo competitivo Vias de administração · São administradas principalmente por via oral · Porém, quando administradas em água de bebida devem ser dissolvidas com sais de sódio (são muito pouco solúveis em água) · Também podem ser aplicados topicamente · Não é tão recomendada pois podem promover reações alérgicas e retardo da cicatrização O pus, os produtos do metabolismo e o sangue, diminuem a eficiência desses quimioterápicos · Os sais monossódicos das sulfas podem ser administrados via IV (apenas, não podendo ser administrados por nenhuma outra via parenteral) Características farmacocinéticas · Podem ser divididas em vários tipos de acordo com variações no tempo de absorção, de excreção, de ação no organismo, do local onde serão absorvidas e da espécie animal que está utilizando · Absorção · Aves (+++), cães (++) e gatos (++) → absorção rápida · Suínos e equinos (+-) → absorção intermediátia · Ruminantes (-) →absorção lenta · Privação de água e estase ruminal retardam a absorção destes quimioterápicos · Diarreia e exercício aumentam a absorção destes quimioterápicos · Se ligam às proteínas plasmáticas de forma variável → depende do pKa do fármaco · No pH fisiológico: sulfas com baixo pKa → alto grau de ligação com as proteínas · Distribuição → ampla a todos os tecidos, podendo até atravessar barreira hematencefálica e placentária (pode apresentar níveis fetais semelhantes aos dos plasmáticos) · Biotransformação → acontece no fígado por acetilação e oxidação · O metabólito formado (N4-acetil) além de não apresentar atividade antimicrobiana, é menos solúvel em água · Há aumento dos riscos de efeitos tóxicos → maior probabilidade de precipitação nos túbulos contorcidos distais · Eliminação → por via renal (filtração glomerular e secreção tubular) · Algumas sulfas podem sofrer reabsorção tubular Uma pequena porção pode ser eliminada por secreções da saliva, suor e leite Uso e resistência · Possuem espectro de ação amplo, sendo efetivas contra bactérias Gram + e Gram - Possuem, ainda, ação contra protozoários (Toxoplasma sp.) e coccídeos · Vantagens das sulfas: · Baixo custo · Adminidtração oral para ruminantes (não causam alteração na flora ruminal) · São muito eficazes quando administradas no início do curso da doença, já que para infecções crônicas que já estão com muitos tecidos lesionados, não tem grandes efeitos · A dose inicial das sulfas deve ser maior que as doses de manutenção subsequentes (em geral, usa-se o dobro) · Resistência: plasmídios baterianos · Principais formas de resistência às sulfas são por: · Diminuição da afinidade das sulfas oela di-hidropteroatosintase · Aumento da capacidade do microorganismo de inativar esses fármacos · Caminho metabólico alternativo para a formação do ácido fólico · Aumento da produção de PABA pelas bactérias Efeitos tóxicos · Toxicidade aguda → rara e associada à altas doses ou administração errada · Salivação, diarreia, hiperpneia, excitação, fraqueza muscular e ataxia · Toxicidade crônica → cristalúria sulfonamídica (precipitação de sulfas e seus metabólicos acetilados nos túbulos contorcidos renais) · Para evitar: · Hidratação do paciente · Administração concomitante de bicarbonato de sódio (aumenta o pH) · Uso combinado de sulfas · Evitar que o tratamento se prolongue por mais de 1 semana · Uso de sulfas é contraindicado em abscessos → podem grande quantidade de ácido fólico livre · Efeitos com o uso prolongado → poliartrite, hiperssensibilidade, anemia aplásica, trombocitopenia, febre e eosinofilia · Em bovinos ainda é citado aparecimento de neurite periférica (nervos ciático e braquial) e degeneração da mielina da medula espinhal · Nas aves poedeiras → altas doses resultam na diminuição da postura de ovos e produção de ovos defeituosos Principais posologias e indicações de uso para animais domésticos Trimetropina · É uma diaminopirimidina · Análogo estrutural do ácido di-hidrofólico · Inibe a enzima di-idrofofalato redutase → responsável pela transformação do ácido di-hidrofólico em ácido tetra-hidrofólico · Pode ser utilizado isoladamente mas associação com as sulfas é muito vantajosa · Possuem efeito sinérgico · Atuam em fases diferentes na formação do ácido tetra-hidrofólico · Apresentam menor chance de desenvolvimento de resistência bacteriana → possuem efeito bactericida quando associados Espectro de ação e usos · Na veterinátia → associação de trimetropin+ sulfametoxazol, sulfadiazina ou sulfadoxina · Amplo espectro de ação → bactérias Gram + e Gram - · Utilizados em animais domésticos em infecções dos sistema respiratório, digestivo e urinário · Contraindicações e cuidados · Como quase sempre associado às sulfas → não deve ser administrado para animais com hiperssensibilidade às sulfonamidas ou pirimidinas · Deve ser administrado com cuidado em pacientes renais e hepáticos Posologia das associações mais frequentes Apresentações · Diaziprim → Sulfadiazina + Trimetropin · Trissulfin SID → Sulfametoxidina + Ormetropin · Bactrim → Sulfametazol+ Trimetropin · Borgal → Sulfadoxina + Trimetropin Quinolonas · Grupo de substâncias químicas que possuem como base o anel 4-quinolona · Dividem-se em substâncias de: · Primeira geração → grande eficiência contra a maioria das Enterobacteriaceae · Não apresenta atividade contra Pseudomonas aeruginosa, anaeróbicos e bactérias Gram + · Segunda geração (fluorquinolonas) → Apresentam ação contra Enterobacteriaceae, Pseudomonas aeruginosa · Ciprofloxacino e o ofloxacino apresentam ainda atividade contra Chlamydia sp., Mycoplasma sp. e Legionella sp · Terceira geração → além de atuarem nos microrganismos sensíveis às quinolonas de segunda geração, são eficientes no combate à S. pnemunoniae · Quarta geração → potente atividade contra aneróbicos · Devido à efeitos colaterais graves → uso restrito a hospitais As quinolonas de primeira geração tem caído em desuso com o surgimento das outras gerações Apresentações · Flotril → Enrofloxacino · Ciprofloxacina Calox → Ciprofloxacino · Orbax → Orbifloxacino · Ciprodez → Ciprofloxacino · Diarretron → Norfloxacino · Marbopet → Marbofloxacino Mecanismo de ação · Tem ação bactericida · Inibem a enzima DNA girase → impede o enrolamento da hélice de DNA bacteriano em uma forma superespiralada · Uso de clorafenicol e rifamicina concomitante ao uso de quinolonas produzirá efeito antagônico Farmacocinética · Via oral → rapidamente absorvidas · Pico máximo de concentração sérica varia conforme espécies (assim como o grau da biotransformação) · Fuorquinolonas → ótima distribuição no organismo e baixa ligação com proteínas plasmáticas Efeitos tóxicos · Diminuem o metabolismo hepático dealgumas substâncias e podem produzir toxicidade grave · Contraindicação para animais em fase de crescimento e fêmeas prenhas → danos nas cartilagens · Efeitos teratogênicos, cristalúria e cegueira em gatos · Cães tratados por muito tempo podem apresentar alterações quanto à atividade testicular Posologias das principais fluorquinolonas Derivados Nitrofurânicos · Grupo de antibióticos de amploe spectro para bactérias, alguns protozoários e fungos · Tem ação bactericida ou bacteriostática (a depender da dosagem) · Vantagens → raros casos de resistência bacteriana · Desvantagens → uso por via sstêmica tem sido bastante limitado devido a efeitos colaterais como anemia, aumento do tempo de sangramento, anorexia e vômitos Mecanismo de ação · Ainda não foi totalmente elucidado, mas acredita-se que esteja relacionado a danos no DNA bacteriano levando à morte celular Nitrofurantoína · Usada especificamente para doenças do trato urinário (principalmente cães) · É administrada via oral e é rapidamente absorvida, sendo eliminada pelos rins · É biotransformada no fígado · Atravessa a barreira hematencefálica e transplacentária, logo, não é indicada oara animais em gestação · Também é contraindicada para animais com nefroparias · Animais com histórico de diabetes e anemia → administração deve ser cautelosa · Os principais efeitos adversos são: vômitos, reação de hipersensibilidade e alteração do sistema nervoso periférico, causando fraqueza Furazolidona · Muito utilizada no tratamento de infecções do trato digestório (principalmente causadas por Salmonella, Shigella, Staphylococcus, Streptococcus e Escheria Coli · Efeitos adversos como vômito, diarreia e anorexia são pouco descritos Nitrofurazona · Bastante utilizada em tratamento tópico no caso de queimaduras, enxertos, metrites e mastite bovina · Também conhecida como Nitrofural · Únicos efeitos adversos já relatados são alergias de contato Posologias Antibióticos que interferem na síntese da parede celular · A parede celular é ma estrutura encontrada apenas nas bactérias e possui como função proteção, sustentação e manutenção da forma da bactéria · É essencial para a manutenção da vida bacteriana → antibióticos que inibem a síntese da paprede celular são bactericidas · É responsável pela classificação das bactérias em Gram + e Gram - · Os antibióticos que atuam sobre os processos de síntese de parede celular da bactéria podem atuar em diversos níveis da produção das proteínas e organização da parede celular Betalactâmicos · Penicilinas e cefalosporinas → possuem em sua estrutura química um anel betalactâmico · Atuam inibindo a transpeptidase e interferindo na última etapa do peptidoglicano na parede · Betalactâmicos são tempo-dependentes · Estes medicamentos têm efeito apenas sobre a síntese da parede celular das bactérias, não interferindo nas paredes de bactérias já formadas Resistência aos betalactâmicos · Ao longo dos anos de utilização do fármaco → algumas bactérias descobriram estratégias para burlar a ação desse tipo de antibiótico · Produção de Betalactamases → enzimas que quebram e inativam o anel betalactâmico · Os genes que codificam essas enzimas podem ser passados entre as gerações de bactérias através da divisão celular ou plasmídeos · Bactérias Gram - desenvolveram a capacidade de modificar os folhetos da parede celular → menos sensíveis à ação desse medicamento Penicilinas Classificação · Depende da natureza de seus compostos · Penicilinas naturais → as primeiras a serem descobertas · Advindas de fungos do gênero Penicillium · Penicilina G → inativada no pH estomacal (usada como antibiótico parenteral) Tem ação principalmente sobre bactérias Gram + · Penicilinas V → são resultado da fermentação do Penicillium · Possuem mecanismo de ação e espectro semelhantes às penicilinas naturais · Resistem ao pH estomacal · Penicilinas resistentes às penicilinases → espectro de ação superior ao das penicilinas naturais · Atua principalmente sobre Staphyllococcus aureus · Nafcilina, meticilina e isoxazolilpenicilinas · Penicilinas de largo espectro de ação → surgiram na busca por medicamentos cada vez mais eficientes no combate a vários agentes infecciosos · Ampicilina, amoxicilina e mecilinam · Penicilinas anti-Pseudomonas → desenvolvidas especialmente para o tratamento desse agente · Carboxipenicilinas e ureidopenicilinas Toxicidade · De modo geral → consderados pouco tóxicos · Atuam sobre estruturas não presentes no corpo do animal · Podem ocorrer reações alérgicas Cefalosporinas · Obtidas através de culturas ed fungos Cephalosporium · São classificadas em geraç~eos segundo a ordem cronológica de seu desenvolvimento · Exemplos de cefalosporinas → cefaloridina, cefalexina, cefaclor, cefepina · De modo geralm esse grupo apresenta características farmaconinéticas, mecanismo de ação e toxicidade semelhantes às penicilinas Outros Betalactâmicos Inibidores de betalactamases · Ácido clavulânico → isolado de culturas Streptomyces e efeito sinérgico quando associado às penicilinas · Sulbalactam e Tazobalactam → com características semelhantes às do ácido clavulânico Carbapenemas · Ação sobre Gram + e Gram - · Imipenem → pouco utilizado devido aos efeitos tóxicos · Meroprenem e Ertaprenem → semelhantes ao Imiprenem, porém, menos tóxicos Monobactâmicos · Aztrenam e Tigemonam → espectro de ação mais focado em Gram – Apresentações · Penicilina G Bentazina · Ampicilina Injetável · Agemoxi → Amoxicilina · Cefa-Cure → Cefadroxila · Lexin → Cefalexina · Pathozone → Cefoperazona Bacitracina · Antibiótico bactericida polipeptídico produzido pelo Bacillus linchenformis · Age contra a maioria das bactérias Gram +, sendo pouco eficaz para o combate de bactérias Gram - · Impedem a síntese de parede celular ao inibir a desfosforilação de um pirofosfato lipídico (importante carreador na membrana celular que transporta os precursores da parede pela membrana · Acredita-se que este fármaco lesione a membrana citoplasmática da célula bacteriana Farmacocinética e outras informações · Não tem boa absorção via oral e devido à sua nefrotoxicidade também não é utilizado via parenteral Uso · Forma tópica → cremes, pomadas e soluções otológicas e oftálmicas · Forma intramamária → tratamento de mastites · Formulações orais específicas → promotores de crescimento para aes, suínos e bovinos · Pode ser utilizada associada com neomicina ou polimixina B para que o espectro de ação antimicrobiano seja ampliado · Pode estar presente em anti-inflamatórios tópicos Resistência bacteriana · Rara ocorrência, bem como reações adversas · Quando ocorrem, se manifestam como alergia no local de aplicação Apresentações · Nebacetin → Sulfato de neomicina + bacitracina · Mastijet → Associação de antibióticos (incluindo bacitracina) com AIE · Crema 6A → Associação de antibióticos (incluindo bacitracina) com AI e outros fármacos Glicopeptídeos · Antibióticos com atividade contra bactérias Gram + (principalmente cocos) · Interferem na síntese da parede celular bacteriana pois se ligam à D-alanina, impedindo a transpeptidação · Classificados como bactericidas Vancomicina · Efeito bactericida na maioria dos cocos e efeito bacteriostático em alguns enterococos · Sem atividade sobre a maioria das bactérias Gram - · Não é absorvida via oral · Causa irritação tecidual e dor quando administrada IM · Deve ser administrada via intravenosa diluída em soro glicosado ou soro fisilógico · Pode atingir o líquido cefalorraquidiano · Tem efeito sinérgico com outros glicopeptídeos · Não é muito usada na medicina veterinária Teicoplamina · A teicoplanina age como a vancomicina · Excelente no tratamento contra bactérias Gram + · Não é absorvida por VO · Pode ser administrada IV ou IM · É mais potente que a Vancomicina e os intervalos de aplicação são menores se comparados aos dela (no Brasil, não é usada em animais) Avoparcina · Mesmo mecanismo de ação que as demais, porém não tem uso devido a problemas com resistência bacteriana Apresentações · Celovan → Vancomicina · Bactomax → TeicoplaninaEstes medicamentos são de uso humano, mas com literatura técnica se baseia seu uso na medicina veterinária Fosfomicina · Derivada do ácido fosfônico → isolada originalmente em culturas de Strepromyces fradiae · Atualmente é sintetizada em laboratório · É ativa em bactérias Gram + e Gram - (de maneira variável) · Combate várias enterobactérias, porém nao é efetiva contra Pseudomonas · A resistência adquirida é pouco comum · Quando ocorre → cromossômica ou via troca de plasmídeos · Possui ação sinérgica com betalactâmicos, aminoglisosídeos e cloranfenicol · Pouco utilizada em medicina veterinária, no entanto constitui tratamento de infecçõe spor estaficlococos e bacilos Gram - · Mecanismo de ação · Interfere na primeira etapa da síntese da parede celular bacteriana · Inibe a enzima citoplasmática enolpiruvato transferase ao se ligar covalentemente ao radical de cisteína do local ativo · Bloqueia a adição de UDP-N-acetilglicosamina, o que impede a disponibilização de peptideoglicanos para a parede celular · Vias · Oral e parenteral → boa distribuição pelos diferentes tecidos · Não produz efeitos tóxicos · É excretada na urina Antibióticos que interferem na permeabilidade da membrana celular · A membrana celular recobre o citoplasma da célula do microorganismo e tem a mesma constituição daquela encontrada nas células eucariontes · É uma estrutura fundamental para a manutenção da vida do microrganismo · Qualquer alteração nessa estrutura interfere na permeabilidade seletiva → pode levar a bactéria à morte Polimixinas · São antibióticos bactericidas de estrutura polipeptídica, produzidos pelo Bacillus polymyxa · As primeiras → descritas em 1940 contra Pseudomonas aeruginosa · Possui tipos A, B, C, D, E e M · Apenas B e E tem uso terapêutico · Polimixina E → colistina, colistato sódico ou colimicina · São utilizadas frequentemente via tópica e em preparações intramamárias (possuem toxicidade sistêmica) · O uso sistêmico só é indicado para inativação d endotoxinas, mas em doses abaixo daquelas com atividade antimicrobiana Apresentações · Previn → polimixina B e outros fármacos · Tetra delta → polimixina B com outros fármacos Mecanismo de ação · São detergentes catiônicos que interferem na permeabilidade seletiva da membrana celular · Se ligam à constituintes glicoproteicos → desorganizam sua estrutura → alteram a permeabilidade da membrana e a respiração celular → morte bacteriana · Podem também neutralizar endotoxinas → ligação da porção catiônica à porção aniônica do lipídio A da endotoxina (resulta na inativação) Espectro de ação e resistência · Efeitos observados em bactérias Gram - · Devido ao maior conteúdo lipídico · Aerobacter, Escheria, Histophilus, Kesbiella, Pasteurella, Pseudomonas, Salmonella e Shigella · Todas as bactérias Gram + são resistentes · Possuem efeito sinérgico com sulfas, trimetoprim, rifampina e cefalosporinas · Raramente as bactérias sensíveis adquirem resistência → existe resistência cruzada entre as polimixinas Farmacocinética · Não são absorvidas por via oral, porém são ativas no lúmen intestinal → usadas em infecções entéricas e comoa ditivos nas rações de animais de produção · Sistemicamente, em baixas doses via IM e IV, ligam-se moderadamente às proteínas plasmáticas · Distribuem-se pelos pulmões, fígado, rins e músculo esquelético · Excreção → na sua forma ativa, pelos rins, por filtração glomerular Pode se acumular em indivíduos com insuficiência renal Efeitos adversos · A administração sistêmica pode causar nefrotoxicidade com dano às células epiteliais dos túbulos renais e neurotoxicidade · Apatia, letargia, ataxia transitória, bloqueio neuromuscular · Polimixina E → menos tóxica que a Polimixina B · Antibióticos que interferem na síntese de ácidos nucleicos Rifamicinas Conceito e espectro de ação · Constiturm um grupo de antibióticos extraídos de culturas de Streptomyces mediterranei · Produzem uma série de substâncias → Rifamicina B é mais ativa e menos tóxica (usada pra produzir vários compostos sintéticos como rifamicina SV, a rifamida e a rifampina · Rifamicina SV → 1° sintético utilizado em larga escala, devido ao seu poder sobre Gram + e micobactérias · Não tem boa ação sobre Clostridium e enterococos · A atividade sobre Gram + só ocorre em altas doses · Rifamida → espectro superior ao da Rifamacina SV, combatendo algumas cepas de Escheria coli e Proteus mirabilis · Rifampina - criada devido à necessidade de um medicamento de uso oral · É a mais utilizada em medicina veterinária · Tem bom espectro de ação tanto sobre Gram + , como também sobre Gram - Apresentações · Rifocina Spray · Rifamicina · Rifaltin · Rifamicina SV sódica Medicamentos de uso humano, porém com literatura técnica se baseia seu uso na medicina veterinária Mecanismo de ação e resistência · Inibição da RNA polimerase DNA-dependente · Fármaco entra na célula e liga-se à enzima, tornando-a inativa · Impede a síntese do RNA e, por consequência, o microorganismo não consegue realizar sua síntese proteica · Possuem ação contra microrganismos intra e extracelulares → penetram os fagócitos e agem sobre as bactérias, sem interferir na fagocitose · Resisência ocorre com certa facilidade → utilização em associação a outros antibióticos · Essa resistência pode se desencolver por mutação ou por realão cruzada com outrso fármacos Farmacocinética · São rapidamente absorvidas VO → tem melhor absorção em meio ácido · Alto grau de ligação à proteínas plasmáticas · Possuem boa biodistribuição → lipossolubilidade · Atravessam a barreira transplacentária · Sofrem biotransformação hepática com produção de metabólito ativo e excreção biliar · Todas as excreções do animal ficam com coloração vermelha-alaranjada com uso de rifamicinas Podem sofrer eliminação renal · Fato interessante: doses múltiplas desse fármaco induzem sua própria biotransformação no organismo, reduzindo seu tempo de meia vida e eliminação Efeitos tóxicos · Há poucos relatos de toxicidade em medicina veterinária · Em cães pode ocorrer hepatíte clínica, sento raramente observada trombocitopenia · Pode ainda, ocorrer anorexia, vômito e diarreia Novobiocina Apresentações · Albadry Plus suspensão → novobiocina + outros fármacos · Tetra-delta → Novobiomicina + Polimixina B + outros fármacos Mecanismo de ação · É extraída de culturas de Streptomyces e é um antibiótico cumarínico bacteriostático · Inativa a subunidade beta da DNA girase bacteriana, inibindo a atividade da ATPase · Sugere-se também que ocorra a inibição inespecífica da síntese da parede celular → inibe a disposição dos aminoaçúcares do peptidoglicano, inibindo também o ácido teicoico que juntamente, formaria a parede celular das bactérias Gram + · Outra função: bloqueio da síntese de DNA e RNA → impede a síntese bacteriana · Possui atividade contra bactérias Gram + e Gram -, tendo maior ação contra as + (em especial, Staphilococcus) Farmacocinética e efeitos tóxicos · Apresenta boa absorção VO · Pico plasmático entre 1-4h, devendo ser administrada em jejum · Aplicação tópica também é uma boa opção · Aplicação IM não é recomendada devido à irritação e dor no local de aplicação · Baixa distribuição pelos líquidos corporais · Não atravessa a barreira hematencefálica · Presente em maiores [ ] no intestino delgado e fígado · Cerca de 90% desse fármaco fica ligado com proteínas plasmáticas · Eliminação → Fezes e bile Baixa excreção renal Antibióticos que interferem na síntese proteica Aminoglicosídeos · Antibioticos bactericidas produzidos por diversos microganismos, sendo que há tambpem de origem sintética Apresentações · Lispec Espectinomicina + Lincomicina · Gentemax → Gentamicina · Kanainjecto → Canamicina · Curseon Oral → Neomicina Mecanismo de ação · Ligam-se à subunidade 30S do ribossomo e interferem na síntese de proteínas bacterianas · Provocam a leitura incorreta do código genético e promovem a formação defeituoda de proteínas essenciais · A incorporação incorreta de aminoácidosna cadeia polipeptídica leva à uma deficiência funcional no metabolismo da bactéria, levando-a à morte Espectro de ação · São usados para o tratamento de infeções por bactérias aeróbicas Gram - e Gram + · Algumas especialidades são muito boas contra Pseudomonas · Estes fármacos são mais atibos em pH alcalino e quando associados aos betalactâmicos são mais eficientes Farmacocinética e efeitos tóxicos · Quando administrados por VO → ativados apenas no intestino · Melhor administrados por vias parenterais para tratar infecções sistêmicas · Ligam-se pouvo à proteínas plasmáticas · São eliminadas pela via renal · Todos os aminoglicosídeos causam ototoxicidade e nefrotoxicidade · Doses devem ser muito bem definidas e seus possíveis efeitos tóxicos devem ser monitorados durante todo o tratamento Macrolídios Apresentações · Eritrex → Eritromicina · Aziplus - Azitromicina · Micotil - Tilmicosina · Claritromicina Uso · Na medicina veterinária → uso limitado devido à toxicidade para herbivoros VO e à dor no local de administração · São capases de atingir altas [ ] dentro dos fagócitos e com boa distribuição pelos tecidos Mecanismo e espectro de ação · Se ligam à subunidade 50S dos ribossomos da bactéria, impedindo a translocação do RNA transportador · São antibióticos bacteriostáticos · Tem ação bactericida em altas [ ] · São classificados como tempo-dependentes · Não é bom associar macrolídios com o cloranfenicol → relação de antagonismo · Largo espectro de ação → bactérias Gram + e Gram - aeróbias e anaeróbias, além do Mycoplasma · Demais medicamentos → espectro de ação parecido Farmacocinética · Eritromicina → pouco absorvida VO · É inativada no pH ácido do estômago · Desenvolvidas outras fórmulas adaptadas para serem misturadas à ração e água dos animais · Vias SC e IM causam irritação tecidual e dor (prefer~encia pela via oral · Não atravessa barreira hematencefálica, mas atravessa barreira placentária → [ ] terapêuticas no feto · Tilosina → bem absorvida no TGI · Indicados para infecções pulmonares devido à preferência dos farmacos por se concentrarem nesses tecidos · Biotransformação ocorre no fígado · Excreção via bile e fezes Toxicidade e efeitos adversos · Causam irritação tecidual que leva à dor, inflamação nas veias e em torno delas e em alguns tecidos · Podem ocorrer náuseas, vômito, diarreia e cólica intestinal · EQuando a eritromicina é administrada junto à outros medicamentos que também sejam metabolizados no fígado, pode inibir esse processo, potencializando os efeitos tóxicos deles no organismo Lincosamidas · Monoglicosídeos ligados à um aminoácido · Lincomicina → isolada de uma cultura de Strptomyces lincolnensis · Clindamicina → derivado semi-sintético Recentemente foi introduzida no emrcado a pirlimicina → uso intramamário em vacas para o tratamento de mastite · Embora tenham estruturas diferentes, possuem aspectos muito semelhantes aos macrolídeos Apresentações · Linco-Spectin - Lincomicina ++ outros fármacos · Antirobe - Clindamicina · Pirsue → Pirlimicina Mecanismo e espectro de ação · Inibem a síntese proteica · Ligaçaõ com a Subunidade 50S do ribossomo · Inibe a translocação do RNA transportador e a enzima peptil-transferase → responsável pelo alongamento da cadeia peptídica · Bacteriostáticas · Ação bactericida em altas concentrações · Ativas contra bactérias Gram + e Mycoplasma · Clindamicina → espectro de ação um pouco maior → combate também Gram- anaeróbias) Resistância e farmacocinética · Bactérias podem desenvolver resistência às lincosamidas e de forma cruzada entre elas · São bastante lipossolúveis · Ultrapassam barreiras celulares com facilidade, inclusive a barreira hematencefálica · Clindamicina tem maior absorção intestinal quando administrada VO · Ambas sofrem biotransformação hepática · Bile é a principal via de eliminação Cerca de 20% é eliminado de forma intacta pela urina · Devido ao caráter básico, podem ser captadas pelos tecidos que tem pH mais baixo que o plasma → úbere e próstata Toxicidade e efeitos adversos · Diarreia grave em equinos e coelhos · Não se deve administrar por VO ou parenteral para equinos → colite hemorrágica pode levar à óbito · Pode ser utilizada em cãe se gatos (raramente ocorrem vômitos e diarreias) · Causam bloqueio neuromuscular e depressão cardíaca · Não é recomendado o uso como agentes anestésicos · Sua aplicação IV deve ser lenta · Injeção IM provoca muita dor no local
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