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Direito Constitucional (Leis Especiais) – Legislação Esquematizada 
 
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SUMÁRIO 
Lei nº 4.717, de 29 de junho de 1965......................................................................................................................... 3 
Lei nº. 7.347, de 24 de julho de 1985 ....................................................................................................................... 13 
Lei nº 9.868, de 10 de novembro de 1999 ............................................................................................................... 28 
Lei nº 12.562, de 23 de dezembro de 2011 ............................................................................................................. 51 
Lei nº 9.882, de 3 de dezembro de 1999 ................................................................................................................. 54 
Lei nº 11.417, de 19 de dezembro de 2006 ............................................................................................................. 59 
Lei nº 12.016, de 7 de agosto de 2009..................................................................................................................... 62 
Lei nº 13.300, de 23 de junho de 2016..................................................................................................................... 76 
Lei nº 9.507, de 12 de novembro de 1997 ............................................................................................................... 80 
Lei nº 1.579, de 18 de março de 1952 ...................................................................................................................... 85 
 
 
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Lei nº 4.717, de 29 de junho de 1965. 
 
Ação Popular – CF/88 
CF/88. Art. 5. LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato 
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio 
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas 
judiciais e do ônus da sucumbência; 
 
Art. 1º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos 
lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de 
sociedades de economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a União 
represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou 
fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de 50% do 
patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos 
Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos. 
 
§ 1º - Consideram-se patrimônio público para os fins referidos neste artigo, os bens e direitos de valor 
econômico, artístico, estético, histórico ou turístico. 
 
§ 2º Em se tratando de instituições ou fundações, para cuja criação ou custeio o tesouro público concorra com 
menos de 50% do patrimônio ou da receita ânua, bem como de pessoas jurídicas ou entidades 
subvencionadas, as consequências patrimoniais da invalidez dos atos lesivos terão por limite a repercussão 
deles sobre a contribuição dos cofres públicos. 
 
§ 3º A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita com o título eleitoral, ou com documento que a ele 
corresponda. 
 
§ 4º Para instruir a inicial, o cidadão poderá requerer às entidades, a que se refere este artigo, as certidões e 
informações que julgar necessárias, bastando para isso indicar a finalidade das mesmas. 
 
§ 5º As certidões e informações, a que se refere o parágrafo anterior, deverão ser fornecidas dentro de 15 dias da 
entrega, sob recibo, dos respectivos requerimentos, e só poderão ser utilizadas para a instrução de ação 
popular. 
 
§ 6º Somente nos casos em que o interesse público, devidamente justificado, impuser sigilo, poderá ser 
negada certidão ou informação. 
 
§ 7º Ocorrendo a hipótese do parágrafo anterior (imposição de sigilo), a ação poderá ser proposta 
desacompanhada das certidões ou informações negadas, cabendo ao juiz, após apreciar os motivos do 
indeferimento, e salvo em se tratando de razão de segurança nacional, requisitar umas e outras; feita a 
requisição, o processo correrá em segredo de justiça, que cessará com o trânsito em julgado de sentença 
condenatória. 
 
Quando usar a ação popular? 
➢ Usada para anular os atos lesivos ao (à): 
✓ Patrimônio Público (bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou turístico); 
✓ Moralidade Administrativa; 
✓ Meio ambiente; 
✓ Patrimônio Histórico; 
✓ Patrimônio cultural. 
 
OBS: A Ação Popular engloba os direitos difusos, mas não engloba os direitos individuais homogêneos. 
 
STF/Súmula 101 
O mandado de segurança não substitui a ação popular. 
 
STF/Súmula 365 
Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular. 
 
 
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Ações Coletivas 
✓ Direitos e Interesses Difusos; 
 
✓ Direitos e Interesses Coletivos Stricto Sensu; 
 
✓ Direitos e Interesses Individuais Homogêneos. 
Direitos ou Interesses Conceito 
Difusos 
➢ Consiste em direitos transindividuais, de natureza indivisível, de que 
sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de 
fato. 
 
➢ Características: 
• Indivisibilidade do seu objeto: Não é possível numerar individualmente, 
pessoa por pessoa, em relação ao objeto. Dessa forma, os efeitos da coisa 
julgada alcançam todos. 
 
Ex: Dano ambiental. 
 
• Situação de fato em comum: Todos estão na mesma situação fática, não 
precisando existir ligação jurídica entre os titulares, que é o que ocorre nos 
direitos coletivos. 
 
Ex: Consumidores que adquirem um veículo com defeito de fábrica. 
 
• Indeterminabilidade dos titulares: Não tem como determinar os 
titulares. 
Coletivo Stricto Sensu 
➢ Consiste em direitos transindividuais, de natureza indivisível de que seja 
titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a 
parte contrária por uma relação jurídica base; 
 
➢ No interesse difuso há uma situação de fato em comum, já no interesse 
coletivo há uma relação jurídica como base, sendo possível a 
determinação dos titulares. 
 
➢ Características: 
• Indivisibilidade do Objeto: Não é possível numerar individualmente, 
pessoa por pessoa, em relação ao objeto. 
 
• Relação jurídica em comum: Deve existir um interesse comum entre as 
pessoas criando-se uma relação jurídica. 
 
• Determinabilidade dos titulares: É possível identificar os titulares do 
interesse coletivo; 
Individual Homogêneo 
➢ Consiste naqueles decorrentes de origem comum, ou seja, são os direitos 
individuais. 
 
➢ Características: 
 
• Divisibilidade do objeto: É possível numerar individualmente, pessoa por 
pessoa, em relação ao objeto. Os direitos individuais homogêneos não são 
transindividuais. 
 
• Origem Comum: Existe uma causa em comum que vincular os titulares do 
direito. 
 
• Determinabilidade dos Titulares: É possível identificar os titulares. 
 
 
 
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Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de: 
 
a) incompetência; 
 
b) vício de forma; 
 
c) ilegalidade do objeto; 
 
d) inexistência dos motivos; 
 
e) desvio de finalidade. 
 
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ãoas seguintes normas: 
 
a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou; 
 
b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades 
indispensáveis à existência ou seriedade do ato; 
 
c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato 
normativo; 
 
d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é 
materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido; 
 
e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, 
explícita ou implicitamente, na regra de competência. 
 
Hipóteses de Nulidade do Ato 
Incompetência O ato não se incluir nas atribuições legais do agente. 
Vício de Forma 
Omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis 
à existência ou seriedade do ato. 
Ilegalidade do Objeto O resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo; 
Inexistência de 
Motivos 
A matéria de fato ou de direito é materialmente inexistente ou juridicamente 
inadequada. 
Desvio de Finalidade O agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto. 
 
Art. 3º Os atos lesivos ao patrimônio das pessoas de direito público ou privado, ou das entidades mencionadas 
no art. 1º, cujos vícios não se compreendam nas especificações do artigo anterior, serão anuláveis, segundo as 
prescrições legais, enquanto compatíveis com a natureza deles. 
 
Art. 4º São também nulos os seguintes atos ou contratos, praticados ou celebrados por quaisquer das pessoas 
ou entidades referidas no art. 1º: 
 
I - A admissão ao serviço público remunerado, com desobediência, quanto às condições de habilitação, das 
normas legais, regulamentares ou constantes de instruções gerais. 
 
II - A operação bancária ou de crédito real, quando: 
 
a) for realizada com desobediência a normas legais, regulamentares, estatutárias, regimentais ou internas; 
 
b) o valor real do bem dado em hipoteca ou penhor for inferior ao constante de escritura, contrato ou avaliação. 
 
III - A empreitada, a tarefa e a concessão do serviço público, quando: 
 
a) o respectivo contrato houver sido celebrado sem prévia concorrência pública ou administrativa, sem que 
essa condição seja estabelecida em lei, regulamento ou norma geral; 
 
 
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b) no edital de concorrência forem incluídas cláusulas ou condições, que comprometam o seu caráter 
competitivo; 
 
c) a concorrência administrativa for processada em condições que impliquem na limitação das possibilidades 
normais de competição. 
 
IV - As modificações ou vantagens, inclusive prorrogações que forem admitidas, em favor do adjudicatário, durante 
a execução dos contratos de empreitada, tarefa e concessão de serviço público, sem que estejam previstas em lei 
ou nos respectivos instrumentos., 
 
V - A compra e venda de bens móveis ou imóveis, nos casos em que não cabível concorrência pública ou 
administrativa, quando: 
 
a) for realizada com desobediência a normas legais, regulamentares, ou constantes de instruções gerais; 
 
b) o preço de compra dos bens for superior ao corrente no mercado, na época da operação; 
 
c) o preço de venda dos bens for inferior ao corrente no mercado, na época da operação. 
 
VI - A concessão de licença de exportação ou importação, qualquer que seja a sua modalidade, quando: 
 
a) houver sido praticada com violação das normas legais e regulamentares ou de instruções e ordens de 
serviço; 
 
b) resultar em exceção ou privilégio, em favor de exportador ou importador. 
 
VII - A operação de redesconto quando sob qualquer aspecto, inclusive o limite de valor, desobedecer a normas 
legais, regulamentares ou constantes de instruções gerais. 
 
VIII - O empréstimo concedido pelo Banco Central da República, quando: 
 
a) concedido com desobediência de quaisquer normas legais, regulamentares,, regimentais ou constantes de 
instruções gerias: 
 
b) o valor dos bens dados em garantia, na época da operação, for inferior ao da avaliação. 
 
IX - A emissão, quando efetuada sem observância das normas constitucionais, legais e regulamentadoras que 
regem a espécie. 
 
DA COMPETÊNCIA 
 
Art. 5º Conforme a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da ação, processá-la e julgá-la o 
juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para as causas que interessem à União, ao 
Distrito Federal, ao Estado ou ao Município. 
 
§ 1º Para fins de competência, equiparam-se atos da União, do Distrito Federal, do Estado ou dos Municípios os 
atos das pessoas criadas ou mantidas por essas pessoas jurídicas de direito público, bem como os atos das 
sociedades de que elas sejam acionistas e os das pessoas ou entidades por elas subvencionadas ou em relação 
às quais tenham interesse patrimonial. 
 
§ 2º Quando o pleito interessar simultaneamente à União e a qualquer outra pessoas ou entidade, será 
competente o juiz das causas da União, se houver; quando interessar simultaneamente ao Estado e ao 
Município, será competente o juiz das causas do Estado, se houver. 
 
Competência - Interesses Simultâneos 
União x Outros Estado x Município 
Juiz das causas da União. Juiz das causas do Estado. 
 
§ 3º A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações, que forem posteriormente 
intentadas contra as mesmas partes e sob os mesmos fundamentos. 
 
 
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§ 4º Na defesa do patrimônio público caberá a suspensão liminar do ato lesivo impugnado. 
 
STJ/Informativo 662 
Em face da magnitude econômica, social e ambiental do caso concreto, é possível a fixação do juízo 
do local do fato para o julgamento de ação popular que concorre com diversas outras ações individuais, 
populares e civis públicas decorrentes do mesmo dano ambiental. 
 
DOS SUJEITOS PASSIVOS DA AÇÃO E DOS ASSISTENTES 
 
Art. 6º A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas no art. 1º, contra as 
autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato 
impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo. 
 
Sujeitos Passivos 
✓ Pessoas Públicas ou Privadas; 
 
✓ Autoridades, funcionários ou administradores; 
 
✓ Agente omissivo que deu oportunidade à lesão; 
 
✓ Beneficiários diretos. 
 
STJ/REsp. 931.528-SP 
Conforme a jurisprudência do STJ, é necessário o listisconsórcio passivo. 
 
§ 1º Se não houver benefício direto do ato lesivo, ou se for ele indeterminado ou desconhecido, a ação será 
proposta somente contra as outras pessoas indicadas neste artigo. 
 
§ 2º No caso de que trata o inciso II, item "b", do art. 4º, quando o valor real do bem for inferior ao da avaliação, 
citar-se-ão como réus, além das pessoas públicas ou privadas e entidades referidas no art. 1º, apenas os 
responsáveis pela avaliação inexata e os beneficiários da mesma. 
 
§ 3º A pessoas jurídica de direito público ou de direito privado, cujo ato seja objeto de impugnação, poderá 
abster-se de contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure útil ao interesse 
público, a juízo do respectivo representante legal ou dirigente. 
 
§ 4º O Ministério Público acompanhará a ação, cabendo-lhe apressar a produção da prova e promover a 
responsabilidade, civil ou criminal, dos que nela incidirem, sendo-lhe vedado, em qualquer hipótese, assumir a 
defesa do ato impugnado ou dos seus autores. 
 
§ 5º É facultado a qualquer cidadão habilitar-se como litisconsorte ou assistentedo autor da ação popular. 
 
MP – Ação Popular 
✓ Acompanha a ação; 
 
✓ Apressa a produção de provas; 
 
✓ Promove a responsabilidade, civil ou criminal. 
 
OBS: É vedado, em qualquer hipótese, assumir a defesa do ato impugnado ou dos seus autores. 
 
Não Confundir! 
Mandado de 
Segurança 
O ingresso de litisconsorte ativo não será admitido após o despacho da petição 
inicial. 
Ação Civil Pública 
Fica facultado ao Poder Público e a outras associações legitimadas nos termos deste 
artigo habilitar-se como litisconsortes de qualquer das partes. 
Ação Popular 
É facultado a qualquer cidadão habilitar-se como litisconsorte ou assistente do autor 
da ação popular. 
 
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DO PROCESSO 
 
Art. 7º A ação obedecerá ao procedimento ordinário (comum), previsto no Código de Processo Civil, 
observadas as seguintes normas modificativas: 
 
I - Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: 
 
a) além da citação dos réus, a intimação do representante do Ministério Público; 
 
b) a requisição, às entidades indicadas na petição inicial, dos documentos que tiverem sido referidos pelo autor 
(art. 1º, § 6º), bem como a de outros que se lhe afigurem necessários ao esclarecimento dos fatos, ficando prazos 
de 15 a 30 dias para o atendimento. 
 
§ 1º O representante do Ministério Público providenciará para que as requisições, a que se refere o inciso anterior, 
sejam atendidas dentro dos prazos fixados pelo juiz. 
 
§ 2º Se os documentos e informações não puderem ser oferecidos nos prazos assinalados, o juiz poderá 
autorizar prorrogação dos mesmos, por prazo razoável. 
 
II - Quando o autor o preferir, a citação dos beneficiários far-se-á por edital com o prazo de 30 dias, afixado na 
sede do juízo e publicado 3 vezes no jornal oficial do Distrito Federal, ou da Capital do Estado ou Território em 
que seja ajuizada a ação. A publicação será gratuita e deverá iniciar-se no máximo 3 dias após a entrega, na 
repartição competente, sob protocolo, de uma via autenticada do mandado. 
 
III - Qualquer pessoa, beneficiada ou responsável pelo ato impugnado, cuja existência ou identidade se torne 
conhecida no curso do processo e antes de proferida a sentença final de primeira instância, deverá ser citada para 
a integração do contraditório, sendo-lhe restituído o prazo para contestação e produção de provas, salvo, quanto 
a beneficiário, se a citação se houver feito na forma do inciso anterior. 
 
IV - O prazo de contestação é de 20 dias, prorrogáveis por mais 20, a requerimento do interessado, se 
particularmente difícil a produção de prova documental, e será comum a todos os interessados, correndo da 
entrega em cartório do mandado cumprido, ou, quando for o caso, do decurso do prazo assinado em edital. 
 
V - Caso não requerida, até o despacho saneador, a produção de prova testemunhal ou pericial, o juiz ordenará 
vista às partes por 10 dias, para alegações, sendo-lhe os autos conclusos, para sentença, 48 horas após a 
expiração desse prazo; havendo requerimento de prova, o processo tomará o rito ordinário. 
 
VI - A sentença, quando não prolatada em audiência de instrução e julgamento, deverá ser proferida dentro de 15 
dias do recebimento dos autos pelo juiz. 
 
Parágrafo único. O proferimento da sentença além do prazo estabelecido privará o juiz da inclusão em lista de 
merecimento para promoção, durante 2 anos, e acarretará a perda, para efeito de promoção por antiguidade, de 
tantos dias quantos forem os do retardamento, salvo motivo justo, declinado nos autos e comprovado perante o 
órgão disciplinar competente. 
 
Proferimento da Sentença Além do Prazo – Efeitos ao Juiz 
✓ Não fará parte da lista de merecimento para promoção, durante 2 anos; 
 
✓ Perderá, tantos dias quantos forem os de retardamento, para efeito de promoção por antiguidade, 
salvo motivo justo. 
 
Art. 8º Ficará sujeita à pena de desobediência, salvo motivo justo devidamente comprovado, a autoridade, o 
administrador ou o dirigente, que deixar de fornecer, no prazo fixado no art. 1º, § 5º (15 dias), ou naquele que tiver 
sido estipulado pelo juiz (art. 7º, n. I, letra "b" – 15 a 30 dias), informações e certidão ou fotocópia de documento 
necessários à instrução da causa. 
 
Parágrafo único. O prazo contar-se-á do dia em que entregue, sob recibo, o requerimento do interessado ou o 
ofício de requisição (art. 1º, § 5º, e art. 7º, n. I, letra "b"). 
 
 
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Prazo de Entrega de Documentos 
Autoridade, Administrador ou Dirigente Juiz 
15 dias. 15 a 30 dias. 
 
Art. 9º Se o autor desistir da ação ou der motiva à absolvição da instância, serão publicados editais nos prazos e 
condições previstos no art. 7º, inciso II, ficando assegurado a qualquer cidadão, bem como ao representante do 
Ministério Público, dentro do prazo de 90 dias da última publicação feita, promover o prosseguimento da ação. 
 
Atenção! 
Não é possível ao MP ajuizar inicialmente ação popular, mas ele pode promover o prosseguimento da 
ação, como autor superveniente, quando o autor desistir da ação. 
 
Art. 10. As partes só pagarão custas e preparo a final. 
 
Art. 11. A sentença que, julgando procedente a ação popular, decretar a invalidade do ato impugnado, condenará 
ao pagamento de perdas e danos os responsáveis pela sua prática e os beneficiários dele, ressalvada a ação 
regressiva contra os funcionários causadores de dano, quando incorrerem em culpa. 
 
Art. 12. A sentença incluirá sempre, na condenação dos réus, o pagamento, ao autor, das custas e demais 
despesas, judiciais e extrajudiciais, diretamente relacionadas com a ação e comprovadas, bem como o dos 
honorários de advogado. 
 
Art. 13. A sentença que, apreciando o fundamento de direito do pedido, julgar a lide manifestamente temerária, 
condenará o autor ao pagamento do décuplo das custas. 
 
Art. 14. Se o valor da lesão ficar provado no curso da causa, será indicado na sentença; se depender de 
avaliação ou perícia, será apurado na execução. 
 
Valor da Lesão 
Provado no curso da causa Se depender de avaliação ou perícia 
Indicado na sentença. Apurado na execução. 
 
§ 1º Quando a lesão resultar da falta ou isenção de qualquer pagamento, a condenação imporá o pagamento 
devido, com acréscimo de juros de mora e multa legal ou contratual, se houver. 
 
§ 2º Quando a lesão resultar da execução fraudulenta, simulada ou irreal de contratos, a condenação versará 
sobre a reposição do débito, com juros de mora. 
 
§ 3º Quando o réu condenado perceber dos cofres públicos, a execução far-se-á por desconto em folha até o 
integral ressarcimento do dano causado, se assim mais convier ao interesse público. 
 
§ 4º A parte condenada a restituir bens ou valores ficará sujeita a sequestro e penhora, desde a prolação da 
sentença condenatória. 
 
Art. 15. Se, no curso da ação, ficar provada a infringência da lei penal ou a prática de falta disciplinar a que a 
lei comine a pena de demissão ou a de rescisão de contrato de trabalho, o juiz, "ex-officio", determinará a 
remessa de cópia autenticada das peças necessárias às autoridades ou aos administradores a quem competir 
aplicar a sanção. 
 
Art. 16. Caso decorridos 60 dias da publicação da sentença condenatória de segunda instância, sem que o autor 
ou terceiro promova a respectiva execução, o representante do Ministério Público a promoverá nos 30 dias 
seguintes, sob pena de falta grave. 
 
Art. 17. É sempre permitida às pessoas ou entidades referidas no art. 1º, ainda que hajam contestado a ação, 
promover, em qualquer tempo, e no que as beneficiar a execução da sentença contra os demais réus. 
 
Art. 18. A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível "erga omnes" (efeito contra todos), exceto no caso 
de haver sido a ação julgada improcedentepor deficiência de prova; neste caso, qualquer cidadão poderá 
intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova. 
 
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Art. 19. A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação está sujeita ao duplo grau de 
jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal; da que julgar a ação procedente 
caberá apelação, com efeito suspensivo. 
 
§ 1º Das decisões interlocutórias cabe agravo de instrumento. 
 
§ 2º Das sentenças e decisões proferidas contra o autor da ação e suscetíveis de recurso, poderá recorrer 
qualquer cidadão e também o Ministério Público. 
 
STJ/REsp 1.925.492-RJ 
Aplica-se à ação de improbidade administrativa o previsto no artigo 19, § 1º, da Lei da Ação Popular, 
segundo o qual das decisões interlocutórias cabe agravo de instrumento. 
 
Ministério Público e Ação Popular 
➢ É vedado ao MP, em qualquer hipótese, assumir a defesa do ato impugnado ou dos seus autores. 
 
➢ O MP poderá: 
✓ Acompanha a ação; 
✓ Apressa a produção de provas; 
✓ Promove a responsabilidade, civil ou criminal. 
 
➢ O MP poderá promover prosseguimento da ação, no caso de desistência do autor ou se este der 
motivo à absolvição da instância; 
 
➢ Caso decorridos 60 dias da publicação da sentença condenatória de segunda instância, sem que o 
autor ou terceiro promova a respectiva execução, o representante do Ministério Público a promoverá 
nos 30 dias seguintes, sob pena de falta grave. 
 
➢ Das sentenças e decisões proferidas contra o autor da ação e suscetíveis de recurso, poderá recorrer 
qualquer cidadão e também o Ministério Público. 
 
➢ O MP não pode habilitar-se como litisconsorte ou assistente do autor da ação popular. 
 
Ação Popular x Ação Civil Pública 
Características Ação Popular Ação Civil Pública 
Legitimidade Qualquer cidadão 
MP, DP, Adm. Direta e Indireta e 
Associação. 
Objeto 
Anulação ou a declaração de nulidade 
de atos lesivos ao: 
• Patrimônio Público; 
• Moralidade Administrativa; 
• Meio ambiente; 
• Patrimônio Histórico; 
• Patrimônio cultural. 
Ações de responsabilidade por danos 
morais e patrimoniais causados: 
• Meio-ambiente; 
• Consumidor; 
• Bens e direitos artísticos, estéticos, 
históricos, turísticos e paisagísticos; 
• Interesse difuso ou coletivo; 
• Ordem urbanística; 
• Honra e dignidade de grupos raciais, 
étnicos ou religiosos; 
• Patrimônio público e social. 
Pedido 
Preventivo 
Anulação ou Nulidade. 
Cumprimento de obrigação de fazer ou não 
fazer. 
Pedido 
Repressivo 
Anulação ou Nulidade. Condenação em dinheiro para reparar dano. 
 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 20. Para os fins desta lei, consideram-se entidades autárquicas: 
 
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a) o serviço estatal descentralizado com personalidade jurídica, custeado mediante orçamento próprio, 
independente do orçamento geral; 
 
b) as pessoas jurídicas especialmente instituídas por lei, para a execução de serviços de interesse público ou 
social, custeados por tributos de qualquer natureza ou por outros recursos oriundos do Tesouro Público; 
 
c) as entidades de direito público ou privado a que a lei tiver atribuído competência para receber e aplicar 
contribuições parafiscais. 
 
Art. 21. A ação prevista nesta lei prescreve em 5 anos. 
 
Art. 22. Aplicam-se à ação popular as regras do Código de Processo Civil, naquilo em que não contrariem os 
dispositivos desta lei, nem a natureza específica da ação. 
 
 
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STF/Súmula 101 
O mandado de segurança não substitui a ação popular. 
 
STF/Súmula 365 
Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular. 
 
STF/Pet 5.856 
A competência para julgar ação popular contra ato de qualquer autoridade, via de regra, até mesmo do 
Presidente da República, é do juízo competente de primeiro grau. 
 
STJ/REsp 1.352.498/DF 
É possível a declaração incidental de inconstitucionalidade em Ação Popular, desde que a controvérsia 
constitucional não figure como pedido, mas sim como causa de pedir, fundamento ou simples questão 
prejudicial, indispensável à resolução do litígio principal, em torno da tutela do interesse público. 
 
STJ/EREsp 1.220.667-MG 
A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência de ação de improbidade administrativa 
está sujeita ao reexame necessário, com base na aplicação subsidiária do art. 475 do CPC/73 e por 
aplicação analógica da primeira parte do art. 19 da Lei n. 4.717/65. 
 
STJ/AREsp 949.377/MG 
No mais, quanto à alegação de que não houve efetivo dano ao Erário, esclareço que, para o cabimento da 
Ação Popular, basta a ilegalidade do ato administrativo por ofensa a normas específicas ou desvios dos 
princípios da Administração Pública, dispensando-se a demonstração de prejuízo material. 
 
STJ/REsp 1.733.540/DF 
A norma específica inserida no microssistema de tutela coletiva, prevendo a impugnação de decisões 
interlocutórias mediante agravo de instrumento (art. 19 da Lei n. 4.717/65), não é afastada pelo rol taxativo 
do art. 1.015 do CPC/2015, notadamente porque o inciso XIII daquele preceito contempla o cabimento 
daquele recurso em 'outros casos expressamente referidos em lei. 
 
 
 
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Lei nº. 7.347, de 24 de julho de 1985 
 
Ação Civil Pública 
A Ação Civil Pública consiste em um Remédio Constitucional (CF. Art. 129, Inciso III) utilizado para 
responsabilizar os agentes que causaram danos morais e materiais a bens e direitos difusos, coletivos, 
individuais homogêneos, dentre outros. 
 
Ações Coletivas 
✓ Direitos e Interesses Difusos; 
 
✓ Direitos e Interesses Coletivos Stricto Sensu; 
 
✓ Direitos e Interesses Individuais Homogêneos. 
Direitos ou Interesses Conceito 
Difusos 
➢ Consiste em direitos transindividuais, de natureza indivisível, de que 
sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de 
fato. 
 
➢ Características: 
• Indivisibilidade do seu objeto: Não é possível numerar individualmente, 
pessoa por pessoa, em relação ao objeto. Dessa forma, os efeitos da coisa 
julgada alcançam todos. 
 
Ex: Dano ambiental. 
 
• Situação de fato em comum: Todos estão na mesma situação fática, não 
precisando existir ligação jurídica entre os titulares, que é o que ocorre nos 
direitos coletivos. 
 
Ex: Consumidores que adquirem um veículo com defeito de fábrica. 
 
• Indeterminabilidade dos titulares: Não tem como determinar os 
titulares. 
Coletivo Stricto Sensu 
➢ Consiste em direitos transindividuais, de natureza indivisível de que seja 
titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a 
parte contrária por uma relação jurídica base; 
 
➢ No interesse difuso há uma situação de fato em comum, já no interesse 
coletivo há uma relação jurídica como base, sendo possível a 
determinação dos titulares. 
 
➢ Características: 
• Indivisibilidade do Objeto: Não é possível numerar individualmente, 
pessoa por pessoa, em relação ao objeto. 
 
• Relação jurídica em comum: Deve existir um interesse comum entre as 
pessoas criando-se uma relação jurídica. 
 
• Determinabilidade dos titulares: É possível identificar os titulares do 
interesse coletivo; 
 
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Individual Homogêneo 
➢ Consiste naqueles decorrentes de origem comum, ou seja,são os direitos 
individuais. 
 
➢ Características: 
 
• Divisibilidade do objeto: É possível numerar individualmente, pessoa por 
pessoa, em relação ao objeto. Os direitos individuais homogêneos não são 
transindividuais. 
 
• Origem Comum: Existe uma causa em comum que vincular os titulares do 
direito. 
 
• Determinabilidade dos Titulares: É possível identificar os titulares. 
 
Princípio da Indisponibilidade da Ação Coletiva (LACP. Art. 5º § 3º + LAP Art. 9º) 
Em regra, o objeto da ação coletiva é irrenunciável, desta forma, em caso de desistência infundada ou 
abandono da ação por associação legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a 
titularidade ativa, pois a ação é um interesse da coletividade. No entanto, é possível a mitigação da ação 
por devida justificação ou motivação da desistência do autor. 
 
Princípio da Indisponibilidade da Execução Coletiva (LACP. Art. 15 + LAP Art. 16) 
Após o trânsito em julgado da sentença condenatória, caso a associação autora não promova a execução da 
sentença, deverá o MP promover a execução, sendo facultada igual iniciativa aos demais legitimados. 
 
Princípio do Interesse Jurisdicional no Conhecimento do Mérito 
Estabelece que a extinção do processo coletivo sem a conclusão do mérito precisa ser evitada, por conta do 
interesse transindividual ser relevante. 
 
Princípio da Prioridade na Tramitação 
Deve existir prioridade no andamento do processo coletivo em relação ao individual. 
 
Princípio do Máximo Benefício da Tutela Jurisdicional Coletiva (Art. 103 §§ 3º e 4º e Art. 104, do CDC) 
O indivíduo não será prejudicado pela coisa julgada coletiva, apenas beneficiado, desta forma, ocorrendo 
decisão contrária aos seus interesses, tal decisão não lhe afetará. Com isso, mesmo ocorrendo coisa julgada 
coletiva, o indivíduo poderá entrar com ação individual para ir atrás dos seus direitos. 
 
Princípio do Ativismo Judicial ou da Máxima Efetividade do Processo Coletivo 
Originado nos EUA, sendo chamado de Defining Function, tal princípio estabelece que o Juiz responsável 
pelo processo coletivo tenha mais poderes que o que está responsável pelo processo individual. Desta 
forma, o do processo coletivo pode flexibilizar certas regras, beneficiando a proteção da coletividade. O Juiz 
do processo coletivo terá alguns poderes instrutórios amplos, como: 
• Mandar produzir prova necessária ao alcance da verdade processual, ex officio; 
• Conceder liminar, com ou sem justificação prévia; (LACP. Art. 12). 
• Conceder antecipação de tutela com ou sem requerimento da parte; (Art. 84, § 3 º, Lei 8.078/90). 
• Conceder medidas de apoio para assegurar o resultado prático equivalente. (Art. 84, § 3 º, Lei 8.078/90). 
 
Princípio da Máxima Amplitude do Processo Coletivo (CDC. Art. 83; ECA. Art. 212; EI. Art. 82) 
Conforme SOUZA (2013, p 165), para a defesa dos interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos 
são cabíveis todas as espécies de ações (conhecimento, cautelar, execução), procedimentos, provimentos 
(declaratório, condenatório, constitutivo ou mandamental), e medidas, inclusive liminares (cautelares e de 
antecipação de tutela). 
Fonte: SOUZA, Landolfo Andrade. O ônus da prova na ação civil pública: hipóteses de flexibilização. São Paulo, 2013, p. 171. PUC-SP. 
 
Princípio da Ampla Divulgação da Demanda Coletiva (CDC. Art. 94.) 
Estabelece que após a propositura da ação, será publicado edital no órgão oficial, a fim de que os 
interessados possam intervir no processo como litisconsortes, sem prejuízo de ampla divulgação pelos 
meios de comunicação social por parte dos órgãos de defesa do consumidor. 
 
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Princípio da Integratividade do Microssistema Processual Coletivo (LACP. Art. 21 + CDC. Art. 90) 
Estabelece que determinados assuntos tratados em um dispositivo de uma lei podem ser aplicados em outra 
lei, de forma harmônica, sendo aproveitados os conceitos de uma em relação a outra. 
 
Art. 1º. Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de responsabilidade por 
danos morais e patrimoniais causados: 
 
l - ao meio-ambiente; 
 
ll - ao consumidor; 
 
III – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; 
 
IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo. 
 
V - por infração da ordem econômica; 
 
VI - à ordem urbanística. 
 
VII – à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos. 
 
VIII – ao patrimônio público e social. 
 
Parágrafo único. Não será cabível ação civil pública para veicular pretensões que envolvam tributos, 
contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS ou outros fundos de natureza 
institucional cujos beneficiários podem ser individualmente determinados. 
 
Ação Civil Pública 
É Cabível Não é cabível 
➢ Danos morais e patrimoniais ao (à): 
✓ Meio-ambiente; 
✓ Consumidor; 
✓ Bens e direitos artísticos, estéticos, históricos, 
turísticos e paisagísticos; 
✓ Interesse difuso ou coletivo; 
✓ Ordem urbanística; 
✓ Honra e dignidade de grupos raciais, étnicos 
ou religiosos; 
✓ Patrimônio público e social. 
➢ Tributos; 
 
➢ Contribuições Previdenciárias; 
 
➢ FGTS; 
 
➢ Fundos de natureza institucional cujos 
beneficiários podem ser individualmente 
determinados; 
 
Ação Popular x Ação Civil Pública 
Características Ação Popular Ação Civil Pública 
Legitimidade Qualquer cidadão 
MP, DP, Adm. Direta e Indireta e 
Associação. 
Objeto 
Anulação ou a declaração de nulidade 
de atos lesivos ao: 
• Patrimônio Público; 
• Moralidade Administrativa; 
• Meio ambiente; 
• Patrimônio Histórico; 
• Patrimônio cultural. 
Ações de responsabilidade por danos 
morais e patrimoniais causados: 
• Meio-ambiente; 
• Consumidor; 
• Bens e direitos artísticos, estéticos, 
históricos, turísticos e paisagísticos; 
• Interesse difuso ou coletivo; 
• Ordem urbanística; 
• Honra e dignidade de grupos raciais, 
étnicos ou religiosos; 
• Patrimônio público e social. 
 
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Pedido 
Preventivo 
Anulação ou Nulidade. 
Cumprimento de obrigação de fazer ou não 
fazer. 
Pedido 
Repressivo 
Anulação ou Nulidade. Condenação em dinheiro para reparar dano. 
 
Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá 
competência funcional para processar e julgar a causa. 
 
Parágrafo único. A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente 
intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. 
 
Não Confundir – Competência Funcional 
LACP LAP 
Foro do local onde ocorrer o dano. Origem do ato impugnado. 
 
STJ/CC 113.788-DF 
Na hipótese de ação civil pública, a competência se dá em função do local onde ocorreu o dano. Trata-
se de competência absoluta, devendo ser afastada a conexão com outras demandas. 
 
STJ/CC 155.994-SP 
Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar a ação civil pública fundamentada na não concessão pela 
União de Selo de Responsabilidade Social a empresa pela falta de verificação adequada do cumprimento de 
normas que regem as condições de trabalho. 
 
Art. 3º A ação civil poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou 
não fazer. 
 
Art. 4º. Poderá ser ajuizada ação cautelar para os fins desta Lei, objetivando, inclusive, evitar dano ao patrimônio 
público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos, 
à ordem urbanística ou aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. 
 
Art. 5º. Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:I - o Ministério Público; 
 
II - a Defensoria Pública; 
 
III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
 
IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; 
 
V - a associação que, concomitantemente: 
 
a) esteja constituída há pelo menos 1 ano nos termos da lei civil; 
 
b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao 
consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao 
patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. 
 
Legitimidade para Ação Principal e Ação Cautelar 
➢ Ministério Público; 
➢ Defensoria Pública; 
➢ União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
➢ Autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; 
➢ Associação que, concomitantemente: 
✓ Tenha pelo menos 1 ano nos termos da lei civil; 
✓ Inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção aos objetos de proteção da Ação Civil Pública. 
 
 
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STF/Súmula 601 
O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa de direitos difusos, coletivos e individuais 
homogêneos dos consumidores, ainda que decorrentes da prestação de serviço público. 
 
STJ/AREsp 1.688.809/SP 
O Ministério Público Federal é parte legítima para pleitear indenização por danos morais coletivos e 
individuais em decorrência do óbito de menor indígena. 
 
STJ/REsp 1.701.853/RJ 
É patente a legitimidade do Ministério Público Federal para propor Ação Civil Pública em defesa de 
direitos individuais disponíveis de candidatos específicos em exame da OAB, dado o relevante 
interesse social, na medida em que busca a proteção das garantias constitucionais da publicidade e acesso 
à informação (CF, art. 5º, XIV e XXXIII), da ampla defesa (CF, art. 5º, LV), da isonomia (CF, art. 5º, caput) e 
do direito fundamental ao trabalho (CF, art. 6º). 
 
STJ/REsp 1.978.138-SP 
A legitimidade ativa na ação civil pública das pessoas jurídicas da administração pública indireta depende da 
pertinência temática entre suas finalidades institucionais e o interesse tutelado. 
 
STF/ADI 3.943 
A Defensoria Pública tem legitimidade para propor ação civil pública, na defesa de interesses difusos, 
coletivos ou individuais homogêneos. 
 
STF/RE 612.043/PR 
Em ação civil pública proposta por associação, na condição de substituta processual, possuem legitimidade 
para a liquidação e execução da sentença todos os beneficiados pela procedência do pedido, 
independentemente de serem filiados à associação promovente. 
 
STJ/REsp 1.405.697-MG 
Caso ocorra dissolução da associação que ajuizou ação civil pública, não é possível sua substituição no 
polo ativo por outra associação, ainda que os interesses discutidos na ação coletiva sejam comuns a 
ambas. 
 
Associações – Autorização Expressa para Ajuizar Ação Coletiva 
Ação Coletiva em Geral 
Ação Coletiva na Defesa de Direitos Difusos, 
Coletivos ou individuais homogêneos 
Há necessidade de autorização expressa dos 
associados. 
Independe de autorização expressa dos 
associados. 
STF/RE 573.232/SC STJ/REsp. 1.796.185/RS 
O disposto no artigo 5º, inciso XXI, da Carta da 
República encerra representação específica, não 
alcançando previsão genérica do estatuto da 
associação a revelar a defesa dos interesses dos 
associados. 
 
As balizas subjetivas do título judicial, formalizado 
em ação proposta por associação, é definida pela 
representação no processo de conhecimento, 
presente a autorização expressa dos associados e 
a lista destes juntada à inicial. 
A jurisprudência do STJ entende que tais entes 
possuem legitimidade para defesa dos direitos e dos 
interesses coletivos ou individuais homogêneos, 
independentemente de autorização expressa dos 
associados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Restrição dos Julgamentos RE 612.043/PR e RE 573.232/SC 
STF/RE 573.232/SC STF/RE 612.043/PR 
O disposto no artigo 5º, inciso XXI, da Carta da 
República encerra representação específica, não 
alcançando previsão genérica do estatuto da 
associação a revelar a defesa dos interesses dos 
associados. 
 
As balizas subjetivas do título judicial, formalizado 
em ação proposta por associação, é definida pela 
representação no processo de conhecimento, 
presente a autorização expressa dos associados e 
a lista destes juntada à inicial. 
Em ação civil pública proposta por associação, na 
condição de substituta processual, possuem 
legitimidade para a liquidação e execução da 
sentença todos os beneficiados pela procedência 
do pedido, independentemente de serem filiados à 
associação promovente. 
STJ/REsp 1.649.087/RS 
As teses de repercussão geral resultadas do julgamento do RE 612.043/PR e do RE 573.232/SC tem seu 
alcance expressamente restringido às ações coletivas de rito ordinário, as quais tratam de interesses 
meramente individuais, sem índole coletiva, pois, nessas situações, o autor se limita a representar os 
titulares do direito controvertido, atuando na defesa de interesses alheios e em nome alheio. 
 
STJ/REsp 1.325.857-RS 
É desnecessária a apresentação nominal do rol de filiados para o ajuizamento de Ação Civil Pública por 
associação. 
 
STJ/REsp 1.841.604-RJ 
A decisão em mandado de segurança coletivo impetrado por associação beneficia todos os associados, 
sendo irrelevante a filiação ter ocorrido após a sua impetração. 
 
§ 1º O Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará obrigatoriamente como fiscal da 
lei. 
 
§ 2º Fica facultado ao Poder Público e a outras associações legitimadas nos termos deste artigo habilitar-se como 
litisconsortes de qualquer das partes. 
 
Não Confundir! 
Mandado de 
Segurança 
O ingresso de litisconsorte ativo não será admitido após o despacho da petição 
inicial. 
Ação Civil Pública 
Fica facultado ao Poder Público e a outras associações legitimadas nos termos deste 
artigo habilitar-se como litisconsortes de qualquer das partes. 
Ação Popular 
É facultado a qualquer cidadão habilitar-se como litisconsorte ou assistente do autor 
da ação popular. 
 
§ 3º Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação legitimada, o Ministério Público ou 
outro legitimado assumirá a titularidade ativa. 
 
§ 4.° O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz, quando haja manifesto interesse social 
evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido. 
 
Dispensa de Pré-constituição de mais de um ano para associação 
➢ Manifesto interesse social pela: 
✓ Dimensão ou característica do dano; 
 
✓ Relevância do bem jurídico a ser protegido. 
 
STJ/REsp 1.600.172-GO 
É dispensável o requisito temporal (pré-constituição há mais de um ano) para associação ajuizar ação 
civil pública quando o bem jurídico tutelado for a prestação de informações ao consumidor sobre a existência 
de glúten em alimentos. 
 
 
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§ 5.° Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da União, do Distrito Federal e dos 
Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta lei. 
 
§ 6° Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua 
conduta às exigências legais, mediante cominações, que terá eficácia de título executivo extrajudicial. 
 
Características da Legitimidade no Processo Coletivo 
Rol Taxativo de Legitimados 
1) Rol Taxativo de Legitimados: 
✓ Ministério Público; 
✓ DefensoriaPública; 
✓ União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
✓ Autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; 
✓ Associação que, concomitantemente: 
• Tenha pelo menos 1 ano nos termos da lei civil; 
• Inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção aos objetos de proteção da Ação Civil 
Pública. 
 
2) Legitimidade Concorrente: Cada um dos legitimados pode propor a ação. 
 
3) Legitimidade Disjuntiva: Para ajuizar a ação não é preciso ter vínculo de dependência entre os 
legitimados, sendo a ação ajuizada individualmente. 
 
4) Legitimidade Mista: Consiste na possibilidade de tanto pessoas jurídicas de direito público, quanto 
pessoas jurídicas de direito privado serem legítimos para ajuizar Ação Civil Pública. 
 
5) Quanto a natureza jurídica no processo coletivo, ela pode ser: 
✓ Ordinária: A legitimidade é instituída por lei por conta do interesse coletivo. Desta forma, os 
legitimados podem defender seus próprios interesses e interesses alheios; 
 
✓ Extraordinária: O legitimado defende direito alheio em seu nome, de forma exclusiva ou concorrente 
ao legitimado ordinário (considerado titular do direito material); (Classificação aceita pelo CPC). 
 
✓ Autônoma para condução do processo: Não há vínculo com o direito material, sendo de natureza 
processual. 
 
Legitimidade do Ministério Público - ACP 
Direitos Difusos O Ministério Público possui legitimidade ampla. 
Direitos Coletivos O Ministério Público possui legitimidade ampla. 
Direitos Individuais 
Homogêneos 
O MP possui legitimidade ampla, se os direitos forem indisponíveis. 
 
Sendo os direitos individuais homogêneos disponíveis, o Ministério Público 
apresentará legitimidade apenas nos que houver relevância social. 
 
Legitimidade da Defensoria Pública - ACP 
Direitos Difusos Direitos Coletivos e Individuais Homogêneos 
Legitimidade ampla em propor a ação coletiva, 
levando em consideração que beneficiará as 
pessoas hipossuficientes. 
Legitimidade mais restrita, sendo indispensável que 
os beneficiados da decisão sejam pessoas 
hipossuficientes. 
 
STJ/REsp 1.582.243-SP 
Em caso de dissolução, por decisão judicial, da associação autora de ação civil pública, é possível a 
substituição processual pelo Ministério Público. 
 
STJ/REsp 1.582.243-SP 
Ainda que o processo esteja em curso no Superior Tribunal de Justiça, o Ministério Público Federal não 
possui legitimidade para substituir associação extinta por decisão judicial em ação civil pública proposta 
perante a Justiça estadual. 
 
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Art. 6º Qualquer pessoa poderá e o servidor público deverá provocar a iniciativa do Ministério Público, 
ministrando-lhe informações sobre fatos que constituam objeto da ação civil e indicando-lhe os elementos de 
convicção. 
 
Provocar a Iniciativa do MP 
Provocação Facultativa Provocação Obrigatória 
Qualquer Pessoa. Servidor Público. 
 
Art. 7º Se, no exercício de suas funções, os juízes e tribunais tiverem conhecimento de fatos que possam ensejar 
a propositura da ação civil, remeterão peças ao Ministério Público para as providências cabíveis. 
 
Art. 8º Para instruir a inicial, o interessado poderá requerer às autoridades competentes as certidões e 
informações que julgar necessárias, a serem fornecidas no prazo de 15 dias. 
 
§ 1º O Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer 
organismo público ou particular, certidões, informações, exames ou perícias, no prazo que assinalar, o qual não 
poderá ser inferior a 10 dias úteis. 
 
§ 2º Somente nos casos em que a lei impuser sigilo, poderá ser negada certidão ou informação, hipótese em 
que a ação poderá ser proposta desacompanhada daqueles documentos, cabendo ao juiz requisitá-los. 
 
MP 
Poderá instaurar, sob sua presidência, Poderá requisitar 
Inquérito civil Certidões, informações, exames ou perícias 
 
STJ/REsp 1279586-PR 
Admite-se emenda à inicial de ação civil pública, em face da existência de pedido genérico, ainda que já 
tenha sido apresentada a contestação. 
 
Art. 9º Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas as diligências, se convencer da inexistência de 
fundamento para a propositura da ação civil, promoverá o arquivamento dos autos do inquérito civil ou das 
peças informativas, fazendo-o fundamentadamente. 
 
§ 1º Os autos do inquérito civil ou das peças de informação arquivadas serão remetidos, sob pena de se incorrer 
em falta grave, no prazo de 3 dias, ao Conselho Superior do Ministério Público. 
 
§ 2º Até que, em sessão do Conselho Superior do Ministério Público, seja homologada ou rejeitada a promoção de 
arquivamento, poderão as associações legitimadas apresentar razões escritas ou documentos, que serão juntados 
aos autos do inquérito ou anexados às peças de informação. 
 
§ 3º A promoção de arquivamento será submetida a exame e deliberação do Conselho Superior do Ministério 
Público, conforme dispuser o seu Regimento. 
 
§ 4º Deixando o Conselho Superior de homologar a promoção de arquivamento, designará, desde logo, outro 
órgão do Ministério Público para o ajuizamento da ação. 
 
Art. 10. Constitui crime, punido com pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, mais multa de 10 (dez) a 1.000 
(mil) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, a recusa, o retardamento ou a omissão de dados 
técnicos indispensáveis à propositura da ação civil, quando requisitados pelo Ministério Público. 
 
Art. 11. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz determinará o 
cumprimento da prestação da atividade devida ou a cessação da atividade nociva, sob pena de execução 
específica, ou de cominação de multa diária, se esta for suficiente ou compatível, independentemente de 
requerimento do autor. 
 
Art. 12. Poderá o juiz conceder mandado liminar, com ou sem justificação prévia, em decisão sujeita a agravo. 
 
§ 1º A requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada, e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, 
à segurança e à economia pública, poderá o Presidente do Tribunal a que competir o conhecimento do respectivo 
 
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recurso suspender a execução da liminar, em decisão fundamentada, da qual caberá agravo para uma das 
turmas julgadoras, no prazo de 5 dias a partir da publicação do ato. 
 
§ 2º A multa cominada liminarmente só será exigível do réu após o trânsito em julgado da decisão favorável ao 
autor, mas será devida desde o dia em que se houver configurado o descumprimento. 
 
Mandado Liminar 
✓ Com ou sem justificação prévia; 
 
✓ Sujeita a agravo; 
 
✓ Sua execução pode ser suspensa: 
• Por pessoa jurídica de direito público interessada; 
 
• Para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia pública; 
 
✓ Caberá agravo da suspensão de execução da liminar a uma das turmas julgadoras no prazo de 5 dias. 
 
Art. 13. Havendo condenação em dinheiro, a indenização pelo dano causado reverterá a um fundo gerido por um 
Conselho Federal ou por Conselhos Estaduais de que participarão necessariamente o Ministério Público e 
representantes da comunidade, sendo seus recursos destinados à reconstituição dos bens lesados. 
 
§ 1º. Enquanto o fundo não for regulamentado, o dinheiro ficará depositado em estabelecimento oficial de crédito, 
em conta com correção monetária. 
 
§ 2º. Havendo acordo ou condenação com fundamento em dano causado por ato de discriminação étnica nos 
termos do disposto no art. 1o desta Lei, a prestação em dinheiro reverterá diretamente ao fundo de que trata o 
caput e será utilizada para ações de promoção da igualdade étnica, conforme definição do Conselho Nacional de 
Promoção da Igualdade Racial, na hipótesede extensão nacional, ou dos Conselhos de Promoção de Igualdade 
Racial estaduais ou locais, nas hipóteses de danos com extensão regional ou local, respectivamente. 
 
Art. 14. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos recursos, para evitar dano irreparável à parte. 
 
Art. 15. Decorridos 60 dias do trânsito em julgado da sentença condenatória, sem que a associação autora lhe 
promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Público, facultada igual iniciativa aos demais legitimados. 
 
Art. 16. A sentença civil fará coisa julgada erga omnes (contra todos), nos limites da competência territorial do 
órgão prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que 
qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova. 
 
STF/RE 1.101.937/SP 
I - É inconstitucional a redação do art. 16 da Lei 7.347/1985, alterada pela Lei 9.494/1997, sendo 
repristinada sua redação original. 
 
II - Em se tratando de ação civil pública de efeitos nacionais ou regionais, a competência deve observar o 
art. 93, II, da Lei 8.078/1990 (Código de Defesa do Consumidor). 
 
III - Ajuizadas múltiplas ações civis públicas de âmbito nacional ou regional e fixada a competência nos 
termos do item II, firma-se a prevenção do juízo que primeiro conheceu de uma delas, para o julgamento de 
todas as demandas conexas. 
CDC. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é competente para a causa a justiça local: 
II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, para os danos de âmbito nacional ou regional, 
aplicando-se as regras do Código de Processo Civil aos casos de competência concorrente. 
 
STJ/EREsp 1.134.957-SP 
É indevido limitar, aprioristicamente, a eficácia de decisões proferidas em ações civis públicas coletivas 
ao território da competência do órgão judicante. 
 
 
 
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22/90 
STJ/REsp 1.807.990-SP 
A prescrição para execução individual em ações civis públicas contra plano de saúde é de cinco anos. 
 
Art. 17. Em caso de litigância de má-fé, a associação autora e os diretores responsáveis pela propositura da 
ação serão solidariamente condenados em honorários advocatícios e ao décuplo das custas, sem prejuízo da 
responsabilidade por perdas e danos. 
 
Litigância de Má-fé 
➢ Associação autora e os diretores responsáveis serão solidariamente condenados: 
✓ Em honorários advocatícios; 
 
✓ Décuplo das custas; 
 
✓ Responsabilidade por perdas e danos. 
 
Art. 18. Nas ações de que trata esta lei, não haverá adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais 
e quaisquer outras despesas, nem condenação da associação autora, salvo comprovada má-fé, em 
honorários de advogado, custas e despesas processuais. 
 
Atenção! 
Não haverá adiantamento nem condenação da associação autora em honorários, custas, emolumentos e 
despesas processuais, salvo comprovada má-fé. 
 
STJ/Pet 9.892-SP 
Ante a necessidade de conferir às regras de isenção tributária interpretação restritiva (art. 111 do CTN), as 
disposições dos arts. 18 da Lei n. 7.347/1985 e 87 da Lei n. 8.078/1990 só impediriam o adiantamento das 
custas judiciais em ações civis públicas, em ações coletivas que tenham por objeto relação de consumo e na 
ação cautelar prevista no art. 4º da Lei n. 7.347/1985, não tendo o condão de obstar a antecipação das 
custas nos demais tipos de ação, como, por exemplo, em ações rescisórias ou em incidentes processuais. 
 
STJ/REsp 1.974.436-RJ 
Não se aplica às ações civis públicas propostas por associações e fundações privadas o princípio da 
simetria na condenação do réu nas custas e nos honorários advocatícios. 
 
Inicialmente cumpre salientar, que a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça, no EAREsp 962.250/SP, 
fixou, quanto ao tema, a seguinte tese: "em razão da simetria, descabe a condenação em honorários 
advocatícios da parte requerida em ação civil pública, quando inexistente má-fé, de igual sorte como ocorre 
com a parte autora, por força da aplicação do art. 18 da Lei n. 7.347/1985". 
 
Ao analisar-se o inteiro teor do voto, é possível aferir que a União, embargante, pretendia que prevalecesse 
o entendimento no sentido de que seria cabível a condenação em honorários advocatícios, em ação civil 
pública, sendo isento de tal verba apenas o autor, salvo quando atuasse de má-fé. Assim, a União pretendia 
a reforma do acórdão embargado, para condenar o vencido ao pagamento de honorários advocatícios em 
seu favor. 
 
Para solucionar o caso em apreço, o argumento de acesso à justiça se afigura de primaz importância. Isso 
porque a legitimação da justiça está subordinada ao efetivo poder de o indivíduo dela se avizinhar. Dessa 
maneira, para se atingir a efetiva composição dos litígios, faz-se mister permitir o acesso, sem embaraço, ao 
Poder Judiciário. Exprime-se, nesse sentido, a noção de acesso à justiça. 
 
Nessa linha de intelecção, é imperioso ressaltar que o entendimento proclamado no EAREsp 962.250/SP 
não se aplica às ações civis públicas propostas por associações e fundações privadas, pois, do contrário, 
barrado estaria, de fato, um dos objetivos mais nobres e festejados da Lei n. 7.347/1985, qual seja viabilizar 
e ampliar o acesso à justiça para a sociedade civil organizada. 
 
Art. 19. Aplica-se à ação civil pública, prevista nesta Lei, o Código de Processo Civil, aprovado pela Lei nº 5.869, 
de 11 de janeiro de 1973, naquilo em que não contrarie suas disposições. 
 
Art. 20. O fundo de que trata o art. 13 desta Lei será regulamentado pelo Poder Executivo no prazo de 90 dias. 
 
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23/90 
 
Art. 21. Aplicam-se à defesa dos direitos e interesses difusos, coletivos e individuais, no que for cabível, os 
dispositivos do Título III da lei que instituiu o Código de Defesa do Consumidor. 
 
Atenção! 
Regra (STJ/REsp 1.108.542/SC) Exceção (STJ/REsp 1.374.232/ES) 
Por aplicação analógica da primeira parte do art. 19 
da Lei nº 4.717/65, as sentenças de improcedência 
de ação civil pública sujeitam-se indistintamente ao 
reexame necessário. 
A remessa necessária não é aplicada para as ações 
coletivas dos direitos individuais homogêneos. 
 
STJ/REsp 1.709.093-ES 
O Ministério Público não tem legitimidade ativa para ajuizar ação civil pública objetivando a restituição de 
valores indevidamente recolhidos a título de empréstimo compulsório sobre aquisição de automóveis de 
passeio e utilitários. 
 
Art. 22. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. 
 
Art. 23. Revogam-se as disposições em contrário. 
 
 
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STF/Súmula 643 
O Ministério Público tem legitimidade para promover ação civil pública cujo fundamento seja a ilegalidade de 
reajuste de mensalidades escolares. 
 
STJ/Súmula 329 
O Ministério Público tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa do patrimônio público. 
 
STJ/Súmula 489 
Reconhecida a continência, devem ser reunidas na Justiça Federal as ações civis públicas propostas nesta e 
na Justiça estadual. 
 
STF/RE 612.043/PR 
A eficácia subjetiva da coisa julgada formada a partir de ação coletiva, de rito ordinário, ajuizada por 
associação civil na defesa de interesses dos associados, somente alcança os filiados, residentes no 
âmbito da jurisdição do órgão julgador, que o fossem em momento anterior ou até a data da propositura da 
demanda, constantes da relação jurídica juntada à inicial do processo de conhecimento. 
 
STF/ADI 3.943 
A Defensoria Pública tem legitimidade para propor ação civil pública, na defesa de interesses difusos, 
coletivos ou individuaishomogêneos. 
 
STF/RE 733.433/MG 
Defensoria Pública tem legitimidade para a propositura de ação civil pública que vise a promover a tutela 
judicial de direitos difusos e coletivos de que sejam titulares, em tese, pessoas necessitadas. Desta forma, a 
Defensoria Pública não possui legitimidade irrestrita. 
 
STF/409.356/RO 
O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública (ACP) que vise anular ato administrativo 
de aposentadoria que importe em lesão ao patrimônio público. 
 
STF/ARE 945.846/RS 
O TAC (Termo de Ajuste de Conduta) é título executivo extrajudicial, que pode ser tomado por qualquer 
órgão público legitimado à ação civil pública, na defesa do meio ambiente, do consumidor, das crianças e 
adolescentes, de idosos e de demais interesses transindividuais (difusos, coletivos ou individuais 
homogêneos), conforme prevê o art. 5° da Lei 7.347/85 e o art. 82 do CDC. 
 
Teses do STJ 
Processo Coletivo I – Legitimidade 
01) O Ministério Público tem legitimidade para atuar em defesa dos direitos difusos, coletivos e individuais 
homogêneos dos consumidores. 
 
02) O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública visando tutelar direitos dos 
consumidores relativos a serviços públicos. 
 
03) O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública com o objetivo de assegurar os 
interesses individuais indisponíveis, difusos ou coletivos em relação à infância, à adolescência e aos 
idosos, mesmo quando a ação vise à tutela de pessoa individualmente considerada. 
 
04) O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública com o objetivo de assegurar 
assistência médica e odontológica à comunidade indígena, em razão da natureza indisponível dos bens 
jurídicos salvaguardados e o status de hipervulnerabilidade dos sujeitos tutelados. 
 
05) O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública com o objetivo de assegurar os 
interesses individuais indisponíveis, difusos ou coletivos em relação às pessoas desprovidas de 
recursos financeiros, mesmo quando a ação vise à tutela de pessoa individualmente considerada. 
 
06) O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública em defesa de interesses e direitos 
individuais homogêneos pertencentes a consumidores decorrentes de contratos de cessão e concessão 
do uso de jazigos em cemitérios. 
 
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07) O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública com o fim de impedir a cobrança 
abusiva de mensalidades escolares. 
 
08) O Ministério Público Estadual não tem legitimidade para ajuizar ação civil pública objetivando defesa 
de bem da União, por se tratar de atribuição do Ministério Público Federal. 
 
09) O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública objetivando a cessação dos jogos 
de azar. 
 
10) O Ministério Público tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa do patrimônio público. 
(Súmula n. 329/STJ) 
 
11) O Ministério Público tem legitimidade para propor ação civil pública objetivando o fornecimento de 
medicamentos e tratamentos médicos, a fim de tutelar o direito à saúde e à vida. 
 
12) O Ministério Público tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa dos interesses de 
mutuários do Sistema Financeiro da Habitação, visto que presente o relevante interesse social da 
matéria. 
 
13) O Ministério Público não tem legitimidade para pleitear, em ação civil pública, a indenização 
decorrente do seguro obrigatório (DPVAT) em benefício do segurado. (Súmula n. 470/STJ) 
 
14) O Ministério Público tem legitimidade para propor ação civil pública com o objetivo de anular concurso 
realizado sem a observância dos princípios estabelecidos na Constituição Federal. 
 
Processo Coletivo II – Legitimidade 
01) O integrante da categoria tem legitimidade para ajuizar execução individual de sentença proveniente de 
ação coletiva proposta por associação ou sindicato, independentemente de filiação ou autorização expressa 
no processo de conhecimento. (Tese superada). 
 
02) Os sindicatos e as associações têm legitimidade ativa para atuar como substitutos processuais na 
defesa de direitos e interesses dos integrantes da categoria nas fases de conhecimento, liquidação e 
execução. (As associações precisam de autorização expressa dos associados para defender seus 
direitos). 
 
03) A Defensoria Pública detém legitimidade para propor ações coletivas na defesa de direitos difusos, 
coletivos ou individuais homogêneos. 
 
04) A Defensoria Pública tem legitimidade ampla para propor ação coletiva quando se tratar de direitos 
difusos e legitimidade restrita às pessoas necessitadas nos casos de direitos coletivos em sentido estrito 
e individuais homogêneos. 
 
05) Os sindicatos e as associações, na qualidade de substitutos processuais, têm legitimidade para atuar 
judicialmente na defesa dos interesses coletivos de toda a categoria que representam, sendo dispensável a 
relação nominal dos afiliados e suas respectivas autorizações. (Parcialmente Superada). 
 
06) A apuração da legitimidade ativa das associações e dos sindicatos como substitutos processuais, em 
ações coletivas, passa pelo exame da pertinência temática entre os fins sociais da entidade e o mérito da 
ação proposta. (Parcialmente Superada). 
 
07) A ilegitimidade ativa ou a irregularidade da representação processual não implica a extinção do 
processo coletivo, competindo ao magistrado abrir oportunidade para o ingresso de outro colegitimado no 
polo ativo da demanda. 
 
Processo Coletivo III – Legitimidade 
01) Por critério de simetria, não é cabível a condenação da parte vencida ao pagamento de honorários 
advocatícios em favor do Ministério Público nos autos de ação civil pública, salvo comprovada má-fé. 
 
 
 
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02) É possível a inversão do ônus da prova da ação civil pública em matéria ambiental a partir da 
interpretação do art. 6º, VIII, da Lei 8.078/1990 c/c o art. 21 da Lei n. 7.347/1985. 
 
03) No âmbito do Direito Privado, é de cinco anos o prazo prescricional para ajuizamento da execução 
individual em pedido de cumprimento de sentença proferida em ação civil pública. (Tese julgada sob o rito do 
art. 543-C do CPC/1973 - TEMA 515) 
 
04) Na execução individual de sentença coletiva contra a Fazenda Pública, quando já iniciada a 
execução coletiva, o prazo quinquenal para a propositura do título individual, nos termos da Súmula n. 
150/STF, interrompe-se com a propositura da execução coletiva, voltando a correr, após essa data, pela 
metade. 
 
05) O art. 18 da Lei n. 7.347/1985, que dispensa o adiantamento de custas, emolumentos, honorários 
periciais e quaisquer outras despesas, dirige-se apenas ao autor da ação civil pública. (Tese superada). 
 
06) Não é possível se exigir do Ministério Público o adiantamento de honorários periciais em ações civis 
públicas, ficando o encargo para a Fazenda Pública a qual se acha vinculado o Parquet. (Tese julgada 
sob o rito do art. 543-C do CPC/1973 - TEMA 510) 
 
07) A liquidação e a execução individual de sentença genérica proferida em ação civil coletiva pode ser 
ajuizada no foro do domicílio do beneficiário, porquanto os efeitos e a eficácia da sentença não estão 
circunscritos a lindes geográficos, mas aos limites objetivos e subjetivos do que foi decidido, levando-
se em conta, para tanto, sempre a extensão do dano e a qualidade dos interesses metaindividuais postos em 
juízo (arts. 468, 472 e 474, CPC e 93 e 103, CDC). (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/1973 - 
TEMA 480) 
 
08) A eficácia subjetiva da sentença coletiva abrange os substituídos domiciliados em todo o território 
nacional desde que a ação tenha sido: 
a)proposta por entidade associativa de âmbito nacional; 
b) contra a União; e 
c) no Distrito Federal. 
 
09) A abrangência nacional expressamente declarada na sentença coletiva não pode ser alterada na fase 
de execução, sob pena de ofensa à coisa julgada. 
 
10) Os efeitos e a eficácia da sentença no processo coletivo não estão circunscritos a lindes geográficos, 
mas aos limites objetivos e subjetivos do que foi decidido. 
 
11) A sentença proferida em ação coletiva somente surte efeito nos limites da competência territorial do 
órgão que a proferiu e exclusivamente em relação aos substituídos processuais que ali eram domiciliados à 
época da propositura da demanda. 
 
12) As limitações da sentença coletiva não podem ser aplicadas às ações ajuizadas anteriormente à 
vigência da Lei n. 9494/97. 
 
13) Ajuizada ação coletiva atinente a macrolide geradora de processos multitudinários, suspendem-se as 
ações individuais, no aguardo do julgamento da ação coletiva. 
 
STJ/REsp 1.841.604-RJ 
A decisão em mandado de segurança coletivo impetrado por associação beneficia todos os associados, 
sendo irrelevante a filiação ter ocorrido após a sua impetração. 
 
STJ/REsp 1.372.593-SP 
Na ação civil pública, reconhecido o vício na representação processual da associação autora, deve-se, 
antes de proceder à extinção do processo, conferir oportunidade ao Ministério Público para que assuma 
a titularidade ativa da demanda. 
 
STJ/REsp 1.273.643-PR 
No âmbito do direito privado, é de cinco anos o prazo prescricional para ajuizamento da execução individual 
em pedido de cumprimento de sentença proferida em ação civil pública. 
 
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STJ/AREsp 1.688.809/SP 
O Ministério Público Federal é parte legítima para pleitear indenização por danos morais coletivos e 
individuais em decorrência do óbito de menor indígena. 
 
STJ/REsp 1.405.697-MG 
Caso ocorra dissolução da associação que ajuizou ação civil pública, é possível sua substituição no polo 
ativo por outra associação que possua a mesma finalidade temática. 
 
STJ/REsp 1.701.853/RJ 
É patente a legitimidade do Ministério Público Federal para propor Ação Civil Pública em defesa de direitos 
individuais disponíveis de candidatos específicos em exame da OAB, dado o relevante interesse social, na 
medida em que busca a proteção das garantias constitucionais da publicidade e acesso à informação (CF, 
art. 5º, XIV e XXXIII), da ampla defesa (CF, art. 5º, LV), da isonomia (CF, art. 5º, caput) e do direito 
fundamental ao trabalho (CF, art. 6º). 
 
 
 
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28/90 
Lei nº 9.868, de 10 de novembro de 1999 
 
Controle de Constitucionalidade - Conceito 
➢ Consiste na análise da compatibilidade das normas legais, infralegais ou atos normativos em 
relação a Constituição Federal, sendo levado em conta os requisitos formais e materiais. 
 
➢ As normas infraconstitucionais e infralegais (Normas Inferiores) devem sempre está de acordo com a 
Constituição Federal (Norma Superior). 
 
Controle de Constitucionalidade - Requisitos 
➢ A existência do controle de constitucionalidade se faz a partir de um (a): 
✓ Constituição rígida (O processo para modificação e criação deve ser mais dificultoso que as normas 
comuns); 
✓ Constituição superior em relação às demais normas; 
✓ Constituição escrita; 
✓ Órgão controlador que funcione como guardião da constituição; 
 
Inconstitucionalidade – Quando ocorre? 
➢ Pode ocorrer por ação ou omissão; 
 
➢ A inconstitucionalidade por ação acontece a partir dos atos derivados do Poder Público ou de normas 
que contrariam a Constituição. 
 
➢ A inconstitucionalidade por omissão ocorre quando o Estado deveria agir, mas acaba não fazendo 
nada. Esse tipo de inconstitucionalidade apresenta-se em relação as normas de eficácia limitada, que 
são aquelas que depende da criação de uma lei para gerar todos os seus efeitos. 
 
➢ A inconstitucionalidade pode ser: 
✓ Material (Determinado conteúdo da Constituição Federal é violado); 
 
✓ Formal (Violação de processo legislativo para criação de norma). 
 
Inconstitucionalidade 
Formal ou Nomodinâmica Material ou Nomoestática 
O processo legislativo de criação da norma não 
está de acordo com o que apresenta na 
Constituição. 
O conteúdo da lei está em desacordo com o que a 
CF apresenta. 
 
Tipos de Inconstitucionalidade 
Inconstitucionalidade Progressiva 
➢ Trata-se de normas consideradas constitucionais, porém que estão transitando para a 
inconstitucionalidade. 
 
“Ocorrendo mudança no plano fático, verifica-se o fenômeno denominado de inconstitucionalidade progressiva, é dizer, 
a lei, que nasceu constitucional, vai transitando para a esfera da inconstitucionalidade, até tornar-se írrita." 
(CARVALHO, Kildare Gonçalves. Direito Constitucional. Belo Horizonte: Del Rey, 2009, p. 494.). 
 
➢ A Inconstitucionalidade Progressiva trata-se de uma situação constitucional imperfeita, que é aquela 
está entre uma constitucionalidade plena e uma inconstitucionalidade absoluta, não existindo 
redução do texto constitucional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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29/90 
Teoria da Inconstitucionalidade por Atração ou Arrastamento 
➢ É uma exceção ao princípio do pedido, por mais que tenha um vínculo com a Petição Inicial da ADI, o 
STF não se amarra à causa de pedir, podendo declarar a ADI perante um motivo diferente dos 
apresentados na petição inicial. 
 
➢ A ADI possui uma cauda de pedir aberta. 
 
➢ A Inconstitucionalidade por Arrastamento ocorre quando uma lei principal é declarada inconstitucional 
e, consequentemente, leis secundárias a principal também se tornam inconstitucionais. 
 
Inconstitucionalidade Circunstancial 
É quando uma norma considerada válida na maioria dos casos acaba, em determinadas situações 
concretas, tornando-se inconstitucional quando confrontada em determinadas situações concretas. 
 
Inconstitucionalidade Chapada 
Consiste em uma inconstitucionalidade que é evidente, óbvia, clara, flagrante. 
 
Órgão Controlador 
➢ Tem a função de analisar a constitucionalidade das normas em relação a constituição. Pode ser 
classificado como: 
✓ Jurisdicional ou Judicial; (Mais adotado pelo Brasil) 
✓ Político; 
✓ Misto. 
 
Controle Jurisdicional 
➢ Trata-se do controle de constitucionalidade realizado pelo Poder Judiciário, sendo feito de forma: 
✓ Difusa: Controle realizado por qualquer juízo ou tribunal em relação ao caso concreto; 
 
✓ Concentrada: Controle realizado por apenas um órgão, em casos abstratos. 
 
Controle Político 
➢ Doutrina de José Afonso da Silva: Trata-se do controle de constitucionalidade realizado por órgãos 
políticos do Poder Legislativo e Executivo. 
 
➢ Doutrina de Alexandre de Moraes: Ocorre em Estados onde o órgão que garante a supremacia da 
Constituição sobre o ordenamento jurídico é distinto dos demais Poderes do Estado. 
 
Ex: Veto do Presidente da República de norma incompatível com a CF. 
 
Ex: Impedimento de tramitação projeto de lei considerado inconstitucional por parte da Comissão 
Parlamentar. 
 
Controle Misto 
Trata-se do controle de constitucionalidade realizado por meio do controle político e jurisdicional. 
 
Processo Legislativo Controle de Constitucionalidade – Preventivo x Repressivo 
Preventivo ou 
Prévio 
➢ Ocorre durante o processo de criação da norma (processo legislativo), verificando a 
compatibilidade material do projeto de lei em relação a constituição; 
 
➢ Tem natureza marcadamente política, mesmo quando levado a efeito em juízo, 
porque atua ainda quando do processo de elaboração normativa. 
 
➢ O controle preventivo

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