Toxicofilias

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Camila Klausen - 7 fase 
Toxicofilias 
CONCEITO (OMS): Estado de intoxicação crônica ou 
periódica, produzido pelo uso repetido de substâncias de 
origem natural ou sintética, prejudicial à saúde do indivíduo 
e à sociedade. 
 
CONTEXTO ATUAL: 
- Aumento dos níveis de consumo: Familiares; Econômicos; 
Problemas sociais; Normalização do consumo “recreativo”; 
Facilidade de transporte e técnicas de obtenção e refino 
 
Problema social: Baixo nível sócio econômico; Crime 
organizado. 
 
Classificação 
De acordo com ação sobre o sistema nervoso central: 
Perturbadoras; Estimulantes; Depressoras. 
 
Perturbadoras: 
› Naturais: Maconha, cogumelos, cactos, lírio, 
trombeteira, etc. 
› Sintéticas: LSD, ecstasy 
› Anticolinérgicos: Medicamentos e Plantas 
 
Depressoras: 
› Álcool 
› Barbitúricos 
› Ansiolíticos 
› Hipnóticos 
› Opiáceos 
› Narcóticos (morfina, codeína) 
› Cola 
› Solventes 
› Aerossóis 
 
Vias de entrada 
› Iatrogênica 
› Espírito de grupo 
› Experimentador curioso 
› Drug culture 
 
Fases da dependência 
Psíquica: Desejo compulsivo 
Física: Sintomas orgânicos de abstinência 
Tolerância: Necessidade de aumento da dose da droga para 
obtenção do mesmo efeito 
 
A personalidade toxifílica 
› Insegurança, medo 
› Ansiedade, depressão 
› Intolerância à frustração 
› Intolerância à dor física ou depreciação moral 
› Fragilidade frente a pressões psicológicas 
 
 
 
 
Maconha 
Cannabis sativa. Princípio ativo: THC (tetrahidrocanabidiol). 
Droga mais consumida depois do álcool 
 
Efeito agudo: euforia, loquacidade, fome, riso fácil, midríase, 
hiperemia conjuntival, taquicardia, HAS 
 
Efeito crônico: abulia, isolamento social, hiporreflexia, 
distúrbios da memória, oligo/azoospermia, tosse crônica 
(quando fumo) 
 
Cocaína 
Alcaloide extraído da folha da coca. Vias de absorção: 
mucosa nasal, mucosa oral, endovenoso. 
 
Efeito rápido: estimulante, agitação, erotismo, sensação de 
superioridade, labilidade emocional, redução de senso 
moral e aumento da agressividade. 
 
Efeito crônico: paranoia, abulia, apatia, estado consumptivo, 
tremores, lesões neuronais irreversíveis. 
 
Anfetaminas 
“Rebater” efeitos depressores de outras drogas, perda de 
peso. 
 
Vias: via oral (dissolvida em líquidos), via EV 
 
Efeitos: Inquietação, desatenção, confusão, delírios 
 
Barbitúricos 
Tremores, perturbação da marcha, disartria, sonolência, 
confusão, apatia, bradipsiquia. Retirada repentina: 
desordens psíquicas, convulsões 
perícia das toxicofilias 
1. Identificação da substância 
2. Quantidade consumida 
3. Estudo biopsicológico (caracterizar o estado de 
dependência) 
4. Estudo da personalidade 
 
INIMPUTABILIDADE 
 
 
 
 
Camila Klausen - 7 fase 
Álcool 
Embriaguez vs Alcoolismo. Participa de 70% dos atos 
violentos. Efeitos em relações familiares, sociais e 
profissionais. 
 
ALCOOLISMO: 
Etiologia desconhecida – fatores biopsicológicos, genéticos? 
 
Absorção: 30% absorvido rapidamente pelo estômago (5 
min); 70% pelo intestino (90-120 min – concentração 
plasmática máxima). Alimentos retardam a absorção em até 
4-6h 
 
Efeitos: Efeito altamente depressor do SNC, com variados 
sinais e sintomas sistêmicos. Dependem principalmente da 
tolerância do indivíduo, e não da quantidade 
 
FASES DA EMBRIAGUEZ: 
 
Subaguda/de excitação: MACACO; Euforia, animação, 
vivacidade, loquacidade, etc. Embriaguez incompleta 
 
Aguda/de confusão: LEÃO. Perturbações nervosas e 
psíquicas, disartria, andar cambaleante, 
irritabilidade/agressividade. Fase médico legal. Embriaguez 
completa 
 
Super-aguda/de sono: PORCO. Hipotensão, sudorese, 
vômito, incapacidade de deambular, sonolência, 
inconsciência, coma. Embriaguez completa 
 
Perícia da embriaguez 
Exame clínico: inspeção externa, hálito, fala, atenção, 
memória, marcha, coordenação motora, equilíbrio, etc. 
 
Exame laboratorial: sangue, urina, saliva, liquor. Depende 
de autorização do periciado 
 
Etilômetro (bafômetro): triagem (falsos positivos), medida 
do teor alcoólico do ar expirado. 
 
Quesitos 
 
 
exame bioquímico 
 
Exemplos de conclusão pericial 
 
 
Responsabilidade criminal 
 
Código penal: RESPONSÁVEL quando embriaguez 
incompleta ou completa, mesmo que culposa. 
 
Embriaguez com o propósito de adquirir condições 
psíquicas para praticar delito – agravo da pena 
 
Alcoolistas crônicos – dependentes: medidas de segurança 
e tratamento 
 
Formas de embriaguez 
Culposa: imprudência de beber exageradamente, 
negligenciando os efeitos do álcool – Responsável 
 
Preterdolosa: não quer o resultado, mas sabe que em estado 
de embriaguez pode cometê-lo – Responsável 
 
Acidental: 
- Fortuita – Pode isentar responsabilidade/reduzir pena 
- Por força maior: incapaz de resistir, levado pelos outros 
– Pode isentar responsabilidade/reduzir pena 
 
Preordenada: embriaguez como ferramenta para adquirir 
coragem para cometer um delito – Agrava a pena 
 
Habitual: alcoolismo crônico, dependência – Tratamento 
médico 
 
Patológica: baixa tolerância, baixas doses com 
manifestações intempestivas – Pode caracterizar 
inimputabilidade